Comparação entre treinamento de força periodizado e não-periodizado: impacto sobre a força muscular, composição corporal, aptidão funcional e biomarcadores cardiometabólicos em mulheres idosas.
Data
2025-04-12
Autores
Tricolli, Ian
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Resumo
Introdução: A prática do treinamento de força (TF) tem sido uma alternativa
amplamente recomendada para combater os efeitos deletérios do envelhecimento,
com destaque para o declínio da força, massa muscular e aptidão funcional.
Entretanto, muitos dos benefícios associados ao TF podem ser influenciados pela
forma de sobrecarga imposta durante as sessões de treinamento. Objetivo:
Comparar os efeitos de 24 semanas de TF periodizado e não periodizado sobre a
força muscular, a composição corporal, a aptidão funcional e os biomarcadores
cardiometabólicos em mulheres idosas. Métodos: Uma amostra de 100 mulheres (>
60 anos) foi dividida em dois grupos: periodizado (PER) e não-periodizado (N-PER),
para serem treinadas por meio de programa de TF de corpo inteiro, constituído por
oito exercícios que foram executados em três séries cada, em três sessões
semanais, em dias alternados. O grupo PER treinou as 12 primeiras semanas em
uma faixa de 10-15 repetições e as últimas 12 semanas em uma faixa de 8-12
repetições, ao passo que grupo N-PER permaneceu treinando na faixa de 8-12
repetições por todo o período. Medidas antropométricas, composição corporal, força
muscular, testes motores e biomarcadores cardiometabólicos foram analisados.
Resultados: O TF promoveu aumentos de força nos exercícios supino, cadeira
extensora, rosca Scott e, consequentemente, na carga total levantada, em ambos os
grupos (P < 0,05). No exercício supino vertical, embora o tamanho do efeito tenha
sido grande em ambos os grupos, maiores aumentos foram revelados no grupo NPER
(P < 0,05). Para rosca Scott, o grupo PER apresentou melhor desempenho do
que o grupo N-PER (P < 0,05), com tamanho do efeito grande. Ganhos de massa
muscular de pequena magnitude e similares foram revelados em ambos os grupos
(P < 0,05), sem diferença entre eles. O grupo PER apresentou uma melhoria de
desempenho superior ao grupo N-PER, sobretudo, nos testes de caminhada de 6
min e velocidade habitual da marcha (P < 0,05). O comportamento metabólico foi
relativamente similar entre os grupos, embora uma redução na glicose tenha sido
identificada no grupo N-PER em comparação ao grupo PER (P < 0,05). Vale
destacar que o TF promoveu redução nos triglicerídeos e na VLDL-c, em ambos os
grupos (P < 0,05). Conclusão: Nossos resultados sugerem que 24 semanas de TF
periodizado e não periodizado produzem respostas relativamente similares, no que
tange aos aumentos de força, melhoria da massa muscular e de biomarcadores de
risco cardiometabólico, em mulheres idosas fisicamente independentes. Por outro
lado, o TF periodizado parece ser mais adequado para otimizar a melhoria da
aptidão funcional.
Descrição
Palavras-chave
Treinamento resistido, Envelhecimento, Variação de carga, Capacidade funcional, Saúde da mulher, Treinamento de força - Mulheres idosas, Função cardíaca