01 - Doutorado - Ciências da Reabilitação
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Item Alinhamento postural da coluna no plano sagital de crianças eutróficas e acima do peso em fase pré-escolar e escolar : estudo longitudinalCamargo, Mariana Zingari; Fujisawa, Dirce Shizuko [Orientador]; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Costa, Viviane de Souza Pinho; Siqueira, Cláudia Patrícia Cardoso Martins; João, Silvia Maria AmadoResumo: Introdução: Os problemas posturais em crianças e adolescentes estão relacionados aos maus hábitos posturais, na escola e em casa, e ao estilo de vida A identificação precoce das alterações posturais e de fatores agravantes se faz necessária para que a criança mantenha o alinhamento adequado, durante seu crescimento e desenvolvimento Objetivos: Descrever e caracterizar o alinhamento postural da coluna vertebral, em plano sagital, durante o crescimento e desenvolvimento de crianças da fase pré-escolar à escolar Para tal, dois estudos específicos foram desenvolvidos: (1) caracterizar a postura da cabeça, cervical e ombros; (2) avaliar o alinhamento da coluna torácica e lombar e oscilação de tronco, no plano sagital, de crianças eutróficas e acima do peso corporal Métodos: Em ambos os estudos, a amostra foi de 99 crianças, e as avaliações foram realizadas em dois momentos do crescimento e desenvolvimento infantil, fase pré-escolar (cinco e seis anos) e escolar (de oito a onze anos) As crianças foram avaliadas por meio de análise antropométrica e fotogrametria computadorizada As variáveis angulares e lineares avaliadas por meio da fotogrametria foram: ângulo sagital da cabeça, ângulo cervical, ângulo dos ombros, distância da cabeça, ângulo oscilação de tronco, ângulo torácico e ângulo lombar Resultados: No primeiro estudo, diferenças foram encontradas entre as fases pré-escolar e escolar, mas apenas as variáveis ângulo do ombro (AO) e distância da cabeça (DC) foram significantes (AO = 32,79 [3,49 – 35,9] e 35,84 [33,53 – 38,15] p = ,26, respectivamente; DC = 8,4 [8,7 – 8,73] e 11,23 [1,94 -11,52] p <,1, respectivamente) A correlação positiva foi obtida entre a distância da cabeça e massa corporal (rho= ,597, p <,1) No segundo estudo, foram identificadas diferenças entre os grupos eutrófico e acima do peso, na fase escolar, para as variáveis ângulo torácico-AT(26,7±7,31 e 211,63±5,68; p<,1) e ângulo lombar-AL (14,32±7,93 e 97,13±9,32; p<,1) Observou-se que os valores obtidos de AT e AL dos escolares sofreram influência na postura dos pré-escolares Conclusão: Os estudos desenvolvidos identificaram a presença de alterações no alinhamento postural das crianças durante o periodo de crescimento e desenvolvimento As alterações observadas foram no posicionamento da cabeça, da cervical e dos ombros entre as crianças nas fases pré-escolar e escolar, apresentando cabeça anteriorizada e ombros protusos Também foram identificadas alterações significantes nas regiões torácica e lombar da coluna em escolares com excesso de peso corporal, evidenciando hipercifose torácica e hiperlordose lombarItem Análise da influência de fatores intrínsecos na avaliação do controle postural em crianças com desenvolvimento típicoVitor, Leonardo George Victorio; Fujisawa, Dirce Shizuko [Orientador]; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Costa, Viviane de Souza Pinho; Oliveira, Márcio Rogério de; Lopes, JosianeResumo: Introdução: O controle postural (CP) em crianças vem sendo amplamente estudado, devido as suas diferentes metodologias e respostas de avaliação Inúmeros são os fatores que influenciam positivamente ou negativamente a qualidade das estratégias de equilíbrio, como exemplo, o processo de evolução motora, o sexo, a antropometria e as informações visuais, que podem alterar o padrão de respostas de ação Objetivos: Verificar o controle postural de crianças em desenvolvimento típico, por meio de dois estudos: 1) Analisar a influência de fatores intrínsecos (faixa etária, sexo, informação visual e antropometria) no CP de crianças com desenvolvimento típico, e; 2) Identificar a qualidade das estratégias de equilíbrio da criança sobre a plataforma de força durante o teste de alcance Métodos: Participaram ao todo 62 crianças No estudo 1 foram avaliadas 62, e no 2 participaram 61 crianças Em ambos estudos as crianças foram divididas em grupos por faixa etária: G1 5-6 anos; G2 7-8 anos e G3 9-1 anos No estudo 1 foram analisados os parâmetros área de deslocamento do centro de pressão (A-COP) e velocidades (VEL) anteroposterior (AP) e médio-lateral (ML) na plataforma de força (PF) em condições bipodal olhos abertos e olhos fechados O estudo 2 avaliou o teste de alcance funcional (TA) nas direções anterior e laterais direita e esquerda sobre a PF, extraídos os principais parâmetros do centro de pressão Resultados: No estudo 1, o G3 apresentou melhor desempenho de equilíbrio com e sem informação visual As meninas, inicialmente, tiveram pior CP do que os meninos em G1, mas em G2 e G3 já não apresentaram diferenças O avanço da idade influenciou positivamente a qualidade das respostas de equilíbrio em melhora da A-COP de 21%, 24% menor VEL AP e 39% em VEL ML No estudo 2, os resultados da PF e TA não se correlacionaram e o G3 teve melhor alcance (p<,1), mas não melhores estratégias na PF As meninas apresentaram melhor CP sobre a plataforma, mas não alcançaram significativamente mais do que os meninos A idade foi o fator de maior influência positiva no TA Conclusão: O avanço da idade tem maior influência no CP, em função do processo evolutivo Meninas, inicialmente, tiveram piores respostas de CP, mas aos 7–8 anos de idade, superam os meninos As crianças com maior limite de estabilidade, nem sempre apresentam boas estratégias de CP A idade aumenta o limite de estabilidade em todas as direções, mas não melhora os índices de CP sobre a PF As meninas têm melhores estratégias sobre a PF nos deslocamentos, mas não tem maior limite de estabilidade do que os meninosItem Análise tridimensional da marcha de crianças com paralisia cerebral: efetividade do uso de órteses suropodálicas, confiabilidade e validade de classificações preexistentes e criação e avaliação de propriedades psicométricas de uma nova classificaçãoMelanda, Alessandro Giurizatto; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili [Orientador]; Lavado, Edson Lopes; Moura, Felipe Arruda; Rolim Filho, Epitácio Leite; Lucareli, Paulo Roberto Garcia; Fujisawa, Dirce Shizuko [Coorientadora]Resumo: Introdução: Paralisia Cerebral (PC) é a causa mais comum de distúrbio físico na infância As crianças com PC, como efeito da lesão neurológica, comumente apresentam fraqueza, espasticidade, falta de coordenação muscular e controle postural inadequado, que juntos dificultam a mobilidade e limitam as atividades físicas Entretanto, mais da metade das crianças identificadas com PC andam de forma independente A avaliação criteriosa dos indivíduos auxilia na indicação, frequência, tempo ou momento no processo de tratamento que cada modalidade deve ser utilizada A análise tridimensional da marcha (A3DM) é considerada o padrão-ouro na avaliação do andar de indivíduos com PC e foi utilizada nesta tese como principal instrumento de medida Objetivos: avaliar a efetividade do uso de órteses suropodálicas (OSP) em crianças com PC, identificar a aplicabilidade de classificações preexistentes da marcha em crianças com PC espástica e construir uma nova classificação da marcha para crianças com PC para suprir deficiências das classificações atuais Métodos: Quatro estudos originais retrospectivos foram desenvolvidos e contaram com a utilização do banco de dados do Laboratório de Marcha do Centro Hospitalar de Reabilitação de Curitiba – Paraná, coletados entre os anos de 21 e 217 O primeiro (1) estudo avaliou 24 crianças com PC espástica que foram submetidas a A3DM com e sem OSP Foram utilizados para análise o “Gait Profile Score” (GPS) e dados de tempo e espaço da marcha das crianças com e sem as órteses O segundo (2) estudo determinou utilidade da classificação publicada por Papageorgiou et al, em 219, em avaliar uma amostra de 13 crianças com PC espástica Também foi determinada a reprodutibilidade inter e intraobservador da referida classificação O terceiro (3) estudo determinou a utilidade clínica e a reprodutibilidade inter e intraobservadores a partir da classificação da marcha proposta e publicada por Davids e Bagley, em 214, em uma amostra de 131 crianças O quarto (4) estudo propôs uma nova classificação baseada em níveis de comprometimento para a marcha de crianças com PC espástica Foram utilizados dados da A3DM de 11 crianças para construção desta classificação De forma inovadora, também foi considerado o uso de equipamentos auxiliares da marcha (bengalas, muletas e andadores) nesta construção Foi determinada a reprodutibilidade inter e intraobservadores, assim como a reprodutibilidade dos observadores com o resultado do consenso da avaliação dos autores e a reprodutibilidade entre os diferentes profissionais (fisioterapeutas e cirurgiões ortopédicos) Resultados: O estudo (1) mostrou que o índice GPS, dos lados direito e esquerdo, não apresentaram variações estatisticamente significantes ao comparar os mesmos indivíduos deambulando com e sem órteses Foi observado aumento das variáveis espaço-temporais (velocidade da marcha, comprimento do passo e da passada), quando os participantes estavam em uso de órtese O estudo (2) mostrou que todos os grupos da classificação foram representados na amostra avaliada, com 95,4% dos participantes classificados A classificação mostrou sobreposição das características cinemáticas entre os grupos A reprodutibilidade foi quase perfeita interobservador, com reprodutibilidade intraobservador substancial e moderada para os avaliadores um e dois, respectivamente O terceiro estudo (3) determinou que a classificação de Davids e Bagley apresenta utilidade clínica com reprodutibilidade interobservadores e intraobservadores, moderada e moderada a substancial, respectivamente No quarto estudo (4) foi construída uma classificação de níveis da marcha de crianças com PC, após avaliação do padrão de uma amostra de 11 participantes A classificação proposta mostrou validade de face, critério e concorrente A reprodutibilidade interobservadores foi substancial, tanto utilizando dados da A3DM, quanto utilizando apenas a análise observacional da marcha (AOM), por meio de vídeo bidimensional A reprodutibilidade intraobservador foi substancial ou quase perfeita, a partir dos dados da A3DM ou somente AOM A reprodutibilidade entre os observadores e o consenso da classificação realizado pelos autores foi substancial ou quase perfeita, assim como a reprodutibilidade entre os tipos de profissionais avaliadores mencionados Conclusões: os quatro estudos científicos utilizaram a A3DM na avaliação de crianças com PC espástica e adicionaram informações relevantes na avaliação da marcha desta população A presente tese mostrou por meio do primeiro estudo (1) que OSP prescritas por profissional sem utilização da A3DM não produzem alterações significativas no padrão global da marcha (GPS), apesar de apresentarem benefícios funcionais (parâmetros de tempo e espaço) A classificação da marcha dessa população, auxilia na comunicação e no planejamento de tratamentos O segundo (2) e terceiro (3) estudos determinaram que as classificações estudadas são instrumentos capazes de classificar a marcha de crianças com PC, apesar de limitações terem sido observadas em ambas O quarto estudo (4) construiu uma nova classificação que objetiva agregar benefícios às classificações existentes com validade e excelente reprodutibilidade em classificar crianças com PCItem Associação entre fadiga e sintomas não motores e motores na doença de Parkinson(2023-03-31) Terra, Marcelle Brandão; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Christofoletti, Gustavo; Vitório, Rodrigo; Andrade, Suellen Marinho; Probst, Vanessa SuzianeIntrodução: A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa, caracterizada pela perda dos neurônios dopaminérgicos da substância negra compacta do mesencéfalo. Hoje sabe-se que a doença engloba tanto sintomas motores, como a bradicinesia, tremor, rigidez, alterações posturais e da marcha, assim como sintomas não motores, entre eles as alterações do sono, do humor, problemas urinários, disfunções na fala, disfagia, hiposmia, constipação, comprometimento cognitivo, distúrbios autonômicos e fadiga. O quadro de sintomas não motores é muito relevante e tem impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos. A fadiga é um sintoma muito prevalente na doença, atingindo até 50% dos indivíduos e que pode ser muito incapacitante. Apesar de sua importância no contexto da DP, ainda é um sintoma insuficientemente estudado na literatura. Objetivos: o nosso estudo almejou verificar a associação entre a fadiga com: características demográficas (sexo, idade, tempo de diagnóstico, escolaridade, índice de massa corporal - IMC, dose de medicamento dopaminérgico), clínicas (ansiedade e depressão, cognição, estadiamento da doença – escala de Hoehn Yahr - HY) e com o equilíbrio, sintomas motores e sintomas não motores da doença. Metodologia: Primeiramente, categorizamos nossa amostra em dois grupos: “fadiga” e “não fadiga”, com objetivo de os comparar em relação as variáveis citadas. Foram desenvolvidas duas pesquisas: (1) no primeiro estudo, realizamos análise de correlação, para verificar a relação entre o desfecho equilíbrio, avaliado por meio da plataforma de força, e a fadiga, avaliada por meio da Parkinson Fatigue Scale (PFS). Além disso, comparamos os grupos “com fadiga” e “sem fadiga” nas variáveis demográficas, sinais e sintomas da DP e equilíbrio; (2) no segundo estudo, investigamos a associação entre a fadiga, avaliada de forma subjetiva por meio da PFS, e os dados demográficos, estadiamento da doença, ansiedade e depressão, cognição e os sintomas não motores e motores da doença (Movement Disorder Society – Unified Parkinson’s disease Rating Scale). Foi também realizada a comparação entre os grupos (“fadiga” e “não fadiga”), nas variáveis citadas. Resultados: no primeiro estudo, verificamos que não houve correlação entre as variáveis de fadiga e os parâmetros de controle postural (área do centro de pressão dos pés, velocidade e amplitude) e que não houve diferença entre os grupos “low-fatigue” e “high-fatigue”. No segundo estudo, verificamos que o grupo “fadiga” apresentou: maior pontuação na escala de HY, maior severidade dos sintomas não motores e motores relacionados às atividades de vida diária, mais complicações motoras e maior ansiedade e depressão. De acordo com os modelos de análise de regressão, nossos resultados apontam que a fadiga se associa a menor dose diária equivalente de levodopa e ao aumento do: IMC, ansiedade e depressão, sintomas não motores das experiências da vida diária. Conclusão: De acordo com os achados dos dois estudos que compõem esta tese, a fadiga esta´ mais relacionada aos sintomas na~o motores, quando comparado ao comprometimento motor em si. Estes resultados reforc¸am a importa^ncia de uma abordagem sistematizada dos sintomas na~o motores na DP.Item Atividade física na vida diária e comportamento sedentário de pacientes com DPOC : mortalidade, perfil dos pacientes e impacto da variação sazonal e do uso de equipamentos portáteisFurlanetto, Karina Couto; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Bellinetti, Laryssa Milenkovich; Mayer, Anamaria Fleig; Fernandes, Karen Barros Parron; Guedes, Dartagnan PintoResumo: Introdução: A quantificação detalhada, objetiva e padronizada do nível de atividade física na vida diária (AFVD) de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) permitiu identificar que desfechos clínicos relevantes estão associados com o padrão de comportamento inativo desses pacientes Apesar da crescente relevância de diferentes aspectos da AFVD no mundo científico e na rotina clínica, muitas lacunas sobre este tema ainda existem na literatura atual Questões importantes precisam ser melhor elucidadas em pacientes com DPOC com base em evidências sólidas, como a associação entre inatividade e mortalidade, uma melhor definição do perfil da população, e o grau de influência de variações sazonais e do uso de equipamentos portáteis Adicionalmente, os termos “sedentarismo” e “inatividade física” são comumente e erroneamente considerados como sinônimos A presente tese de doutorado foi desenvolvida com o intuito de contribuir com evidências científicas envolvendo questões relativas à mortalidade, perfil dos pacientes e impacto da variação sazonal e do uso de equipamentos portáteis sobre a AFVD de pacientes com DPOC Métodos: Quatro estudos foram desenvolvidos, sendo 3 artigos originais e 1 artigo de revisão de literatura Os dois primeiros estudos abordam as formas e pontos de corte para identificar os pacientes com DPOC que apresentam padrão de comportamento sedentário, inativo ou ativo Os outros dois estudos abordam o impacto de dois fatores sobre a AFVD que ainda não estão bem estabelecidos, como a sazonalidade e o uso de equipamentos portáteis Foram desenvolvidos: (1) um estudo retrospectivo de coorte (n=11) para identificar um ponto de corte de comportamento sedentário em pacientes com DPOC e investigar sua associação com a mortalidade em um follow-up de 5 anos; (2) um estudo transversal (n=14) para comparar o perfil de pacientes com DPOC considerados fisicamente ativos ou inativos de acordo com diferentes classificações do nível de AFVD; (3) um estudo prospectivo de coorte para investigar a variabilidade da AFVD causada pela sazonalidade (verão e inverno) em pacientes com DPOC que vivem em regiões do mundo com diferentes características climáticas (Londrina, Brasil [n=19] e Leuven, Belgica [n=18]); e (4) um estudo de revisão de literatura que investiga se a utilização de equipamentos portáteis, como a oxigenoterapia domiciliar ou a ventilação não-invasiva (VNI) influenciam no aumento ou redução do nível de AFVD, e neste caso, de pacientes mais graves Resultados: O estudo (1) concluiu que 8:3 horas/dia em atividades que requerem <1,5 equivalente metabólico (MET) é um ponto de corte capaz de identificar pacientes com DPOC sedentários e que apresentam maior risco de mortalidade Este estudo também mostrou que cada hora/dia gasta em atividades <1,5 MET aumenta o risco de mortalidade em 42% O estudo (2) identificou que, independente do método de classificação utilizado, pacientes com DPOC fisicamente ativos são caracterizados por melhor capacidade de exercício, função pulmonar, composição corporal e estado funcional quando comparados a pacientes fisicamente inativos Adicionalmente, pacientes fisicamente ativos são possivelmente também caracterizados por melhor força muscular periférica e expiratória e qualidade de vida, além de menor prevalência de doença cardíaca estável e risco de mortalidade O estudo (3) mostrou que a AFVD dos pacientes com DPOC reduz no período do inverno em ambas as regiões do mundo, e de forma mais acentuada em pacientes brasileiros Além disso, identificou que pacientes brasileiros são mais ativos que pacientes belgas mesmo após o ajuste para as variáveis climáticas Por fim, o estudo de revisão de literatura (4) identificou que pacientes com DPOC que utilizam oxigenoterapia ou VNI domiciliar apresentam a AFVD ainda mais comprometida do que pacientes que não se utilizam desses equipamentos Possivelmente, fornecer equipamentos mais leves de oxigenoterapia não seja suficiente para reverter o comportamento sedentário Adicionalmente, diferentes estudos mostraram que intervenções com implementação de 3 meses de VNI noturna parecem aumentar a AFVD de pacientes com hipercapnia Conclusões: Os quatro artigos científicos desenvolvidos apresentam conclusões clinicamente relevantes e mostram que os fatores pesquisados nesta tese impactam na AFVD dos pacientes com DPOC A associação entre mortalidade e o ponto de corte para sedentarismo proposto sugere que estratégias para reduzir o comportamento sedentário podem aumentar a sobrevida desses pacientes Além disso, estratégias que encorajam o paciente com DPOC a se tornar fisicamente mais ativo são fortalecidas com as evidências encontradas por meio da comparação entre os pacientes fisicamente inativos ou ativos Por fim, as variações no clima e o uso de equipamentos portáteis como a oxigenoterapia domiciliar e a ventilação não invasiva noturna devem ser considerados nas avaliações futuras dos pacientes com DPOC pois são fatores que influenciam a atividade física diária Novas pesquisas em pacientes com DPOC são incentivadas, de forma que no futuro seja possível determinar quais formas de intervenção que objetivam o aumento da atividade física e a redução do sedentarismo podem resultar em benefícios reais para a saúde desses pacientesItem Avaliação da capacidade funcional em pacientes com DPOC : revisão da literatura sobre testes funcionais de membros inferiores, confiabilidade do cronômetro no registro da velocidade de marcha e utilização do teste 4-metre gait speed para prescrição..Reche, Gianna Kelren Waldrich Bisca; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Teixeira, Denilson de Castro; Karsten, Marlus; Fernandes, Karen Barros Parron; Trelha, Celita SalmasoResumo: Introdução: Testes funcionais, tais como velocidade de marcha, timed Up and Go (TUG), sit-to-stand (STS) e teste do degrau, ganharam popularidade tanto em pesquisa quanto na prática clínica nos últimos anos, visto que avaliam a capacidade funcional de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) de maneira prática, rápida e com menor custo Entretanto, as propriedades de medida dos diferentes protocolos de teste, aspectos técnicos e a utilização dos mesmos na prescrição de exercício ainda não foram solidamente estabelecidos A presente tese de doutorado foi então desenvolvida com o intuito de se aprofundar sobre a utilização de testes funcionais em pacientes com DPOC, e assim contribuir com as evidências científicas relacionadas à avaliação funcional desses pacientes Métodos: Três estudos foram desenvolvidos, sendo um artigo de revisão sistemática da literatura e dois artigos originais A revisão sistemática (1) avaliou as características e evidências disponíveis sobre as propriedades de medida dos testes de velocidade da marcha, timed Up and Go (TUG), sit-to-stand (STS) e teste do degrau; investigou a relação entre esses testes e alguns desfechos clínicos importantes na DPOC; e ainda viabilizou recomendações para a prática clínica e para pesquisas futuras O artigo (2) comparou e avaliou a concordância de dois métodos (cronômetro e vídeo) que registram o tempo de realização do teste velocidade de marcha em 4 metros (ou 4-metre gait speed, 4MGS) em pacientes com DPOC, e avaliou a concordância entre dois avaliadores que realizaram a mensuração do tempo apenas com cronômetro No artigo (3) foi avaliada a eficácia do teste 4MGS na prescrição da intensidade de exercício físico e para predizer a distância percorrida no teste da caminhada de seis minutos (TC6min) bem como identificar qual protocolo do teste melhor estima esses resultados em pacientes com DPOC Resultados: O estudo (1) concluiu que testes funcionais simples de membros inferiores revelam informações sobre desfechos clínicos importantes em pacientes com DPOC Os testes 4MGS; 5 repetições do movimento de levantar e sentar e o teste do degrau de 6 minutos (TD6) apresentam as propriedades psicométricas mais bem estabelecidas quando comparados aos outros testes, enquanto as propriedades do TUG precisam ser melhor estudadas O estudo (2) mostrou que o cronômetro apresentou resultado semelhante ao método critério (vídeo) e excelente concordância com ele em todos os protocolos do 4MGS testados Adicionalmente, quando o cronômetro foi utilizado por dois avaliadores independentes, verificou-se excelente concordância entre eles Como resultado do estudo (3), o 4MGS realizado com velocidade máxima em um corredor de 8 metros predisse melhor a intensidade do exercício, com um coeficiente de determinação R2 = ,46 Conclusão: Testes funcionais podem ser utilizados na prática clínica para avaliar a capacidade funcional em pacientes com DPOC Os testes 4MGS, 5STS, TUG e TD6 são bem tolerados pelos pacientes, práticos e viáveis, considerando o tempo, espaço e recursos disponíveis Além disso, refletem desfechos clínicos importantes na DPOC de morbimortalidade, hospitalizações, quedas, capacidade de exercício e qualidade de vida Para a avaliação do tempo gasto no 4MGS, o uso do cronômetro mostrou-se confiável, ampliando a possibilidade de uso do teste na prática profissional Por fim, a utilidade clínica do 4MGS pode ser maior do que previamente esperado, uma vez que todos os protocolos do teste se correlacionaram com o TC6min e o protocolo do 4MGS realizado com velocidade máxima em um corredor de 8 metros provou ser a melhor opção para a prescrição da intensidade do exercício para pacientes com DPOC moderada a muito graveItem Avaliação das atividades de vida diária em pacientes com DPOC : revisão, avaliação crítica e aprimoramento das ferramentas disponíveis na literatura(2021-06-16) Paes, Thaís Rebeca; Hernandes, Nidia Aparecida; Pitta, Fabio; Corso, Simone Dal; Motta, Thais Jordão Perez Sant Anna; Rodrigues, Antenor Luiz LimaIntrodução: A presente tese de doutorado teve como objetivo geral contribuir cientificamente para o aprimoramento das ferramentas utilizadas na avaliação das atividades de vida diária (AVDs) em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Dessa forma, os objetivos dos estudos que compõem a presente tese foram: 1) desenvolver um mapa conceitual das AVDs para indivíduos com DPOC, identificar e avaliar criticamente as ferramentas que avaliam AVDs disponíveis e verificar se as ferramentas abordam os temas encontrados no mapa conceitual; 2) Revisar sistematicamente os protocolos objetivos disponíveis para a avaliação de AVDs em indivíduos com DPOC, assim como as propriedades de medida testadas de cada protocolo; 3) Determinar a mínima diferença detectável (MDD) do desempenho funcional de indivíduos com DPOC avaliado por meio do Londrina ADL Protocol (LAP); 4) Desenvolver uma forma de classificação do desempenho funcional avaliado pelo LAP considerando, além de seu principal desfecho (i.e., tempo de execução), os sintomas percebidos, o estresse cardiovascular e a saturação periférica de oxigênio (SpO2). Métodos: Quatro estudos foram desenvolvidos e são apresentados nesta tese. No primeiro estudo foram realizadas entrevistas com indivíduos com DPOC cujo objetivo foi identificar o que é relevante e importante em relação à realização das AVDs para, então, desenvolver um mapa conceitual e verificar se o que foi apontado pelos indivíduos é abordado nas ferramentas de avaliação de AVDs disponíveis na literatura vigente. No segundo estudo, conduziu-se uma revisão sistemática para a identificação dos testes objetivos de avaliação das AVDs em DPOC disponíveis na literatura e a verificação de suas propriedades de medida. O terceiro estudo, o método baseado na distribuição dos dados foi utilizado para determinar a MDD do LAP. No último estudo, foi realizada uma análise de clusters para dividir os indivíduos com DPOC em grupos e, na sequência, utilizou-se uma árvore de decisão para classificar os indivíduos nesses grupos utilizando-se o tempo de execução do LAP, a variação dos sintomas, das variáveis de estresse cardiovascular e da saturação periférica de oxigênio (SpO2). Resultados: Os temas relevantes para a realização das AVDs identificados no mapa conceitual foram: limitação durante as AVDs; tipo de atividade; participação na vida diária; e barreiras e facilitadores. Dentre as ferramentas disponíveis, a maioria aborda a limitação durante as AVDs e o tipo de atividade; algumas ferramentas avaliam a participação na vida diária e poucas avaliam as barreiras e os facilitadores. Somente as ferramentas: Activities of Daily Living Questionnaire by Odgen et al (ADLQ); Manchester Respiratory Activities of Daily Living Questionnaire (MRADL); Pulmonary Functional Status Scale (PFSS) versão longa e curta avaliaram os quatro temas. Na revisão sistemática, foram encontrados cinco testes que avaliam objetivamente o desempenho nas AVDs, sendo que somente três são considerados confiáveis e válidos (Glittre ADL Test, MFTE e LAP), e somente um (Glittre ADL Test) teve sua responsividade testada e confirmada na população de indivíduos com DPOC. A MDD do LAP, estimada por meio do método baseado na distribuição dos dados, varia entre 19 e 30 segundos. Por fim, a amostra de indivíduos com DPOC estudada foi dividida em quatro clusters, sendo identificado que a fadiga referida, o tempo de execução e a frequência cardíaca podem ser usados para classificar o grau de limitação funcional dos indivíduos nos quatro grupos: Grupo 1, que gasta mais tempo para realizar o LAP e com mais dispneia; Grupo 2, que gasta mais tempo para realizar o LAP com mais dispneia e fadiga; Grupo 3, que realiza o LAP em menos tempo e sem sintomas; e Grupo 4, que realiza o LAP em menos tempo, com poucos sintomas e com maior estresse cardiovascular . Conclusão: Os artigos científicos apresentados nesta tese mostraram que: 1) A Limitação durante as AVDs, o tipo de atividade, a participação na vida diária e as barreiras e facilitadores são os temas relevantes para os indivíduos com DPOC, e poucas são as ferramentas que avaliam os quatro temas; 2) Cinco teste objetivos de avaliação de AVDs foram encontrados, sendo que somente três são confiáveis e válidos e somente o Glittre ADL Test teve sua responsividade testada e confirmada na população; 3) A MDD do desempenho funcional avaliado pelo LAP varia entre 19 e 30 segundo; 4) Os indivíduos com DPOC podem ser classificados em quatro grupos, complementando a avaliação e facilitando a intrepretação dos resultados do teste. Isso porque, alguns pacientes podem realizar o LAP com tempo similar, porém parte deles pode apresentar esforço físico e experimentar mais sintomas do que outros.Item Avaliação, reabilitação e sobrevida na doença pulmonar obstrutiva cronicaRodrigues, Antenor Luiz Lima; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Mantoani, Leandro Cruz; Camillo, Carlos Augusto; Buzzachera, Cosme Franklin; Teixeira, Denilson de CastroResumo: Introdução: A presente tese de doutorado tem o objetivo de contribuir cientificamente para: o aprimoramento de estratégias para a suspeição/diagnóstico da fraqueza dos músculos inspiratórios; elucidar o padrão de ativação e oxigenação dos músculos respiratórios, assim como do gasto energético e oferta de oxigênio sistêmica de pacientes com DPOC quando submetidos a situações de sobrecarga; avaliar se a sobreposição da DPOC e da asma (ie, ACO: asma-COPD overlap) modifica os efeitos de um programa de treinamento físico em termos de qualidade de vida, estado funcional, sintomas de ansiedade e depressão, impacto da dispneia durante atividades de vida diária e capacidade de exercício quando comparados a sujeitos com DPOC sem a sobreposição de asma; e identificar estatisticamente grupos de pacientes com DPOC que apresentem maior associação com a incidência de óbito em dois anos Métodos: Quatro estudos foram desenvolvidos e são apresentados nesta tese No primeiro estudo o impacto do uso de diferentes equações de predição para força muscular inspiratória na suspeição/diagnóstico de fraqueza muscular inspiratória foi investigado No segundo estudo, durantes dois tipos de sobrecarga, a ativação e a oxigenação dos músculos respiratórios e o gasto energético e oferta sistêmica de oxigênio de sujeitos com DPOC foram investigadas No terceiro estudo os efeitos de um programa de treinamento físico de alta intensidade (>6% da capacidade máxima de exercício) sobre a qualidade de vida, estado funcional, sintomas de ansiedade e depressão, impacto da dispneia durante atividades de vida diária e capacidade de exercício foram comparados em sujeitos apresentando somente DPOC e pacientes apresentando ACO No quarto estudo, fatores que previamente demonstraram ser associados com mortalidade em pacientes com DPOC foram utilizados para agrupar pacientes com DPOC por meio da análise de k-means e a associação entre ser alocado nos diferentes grupos e o óbito em dois anos foi analisada Resultados: O primeiro estudo mostrou que o uso de diferentes equações de referência disponíveis na literatura impacta de maneira importante na suspeição/diagnóstico de fraqueza muscular inspiratória O segundo estudo mostrou que o diafragma e os músculos inspiratórios “não-diafragmáticos” são recrutados quando a demanda ventilatória é aumentada; no entanto, os outros músculos inspiratórios parecem ser utilizados como uma reserva quando o diafragma tem sua capacidade de gerar força limitada O terceiro estudo mostrou que os efeitos de um programa de treinamento físico de alta intensidade são similares em pacientes com DPOC e naqueles com ACO Finalmente, o quarto estudo mostrou que a análise de K-means foi capaz de identificar um grupo de indivíduos com DPOC com maior chance de óbito Conclusão: Os artigos científicos apresentados nesta tese mostram que: 1) a suspeição/diagnóstico de fraqueza muscular inspiratória pode variar dependo da equação de referência utilizada; 2) apesar de tanto o diafragma quanto os músculos inspiratórios “não-diafragmáticos” serem recrutados quando a demanda ventilatória é aumentada, os outros músculos parecem ser utilizados como uma reserva para auxiliar quando o diafragma tem sua capacidade de gerar força limitada; 3) O treinamento físico de alta intensidade promove benefícios similares sobre a qualidade de vida, estado funcional, sintomas de ansiedade e depressão, impacto da dispneia durante atividades de vida diária e capacidade de exercício em indivíduos com DPOC e com ACO; e 4) grupos de indivíduos com DPOC com maior risco de óbito podem ser identificados por meio da utilização da análise de k-meansItem Características físicas e funcionais de crianças vítimas de queimaduras e efeitos do programa de exercícios com base no método pilates sobre a força muscular respiratória, mobilidade toracoabdominal e qualidade do sono em escolaresValenciano, Paola Janeiro; Fujisawa, Dirce Shizuko [Orientador]; Santos, Mara Lisiane de Moraes dos; Trelha, Celita Salmaso; Oliveira, Josiane Marques Felcar Piaie de; Probst, Vanessa SuzianeResumo: Introdução: O crescimento e desenvolvimento infantil sofrem influências de fatores ambientais, como por exemplo, a atividade física O método Pilates pode ser uma alternativa de atividade física, no entanto, seus potenciais efeitos precisam ser investigados Objetivos: Investigar a atividade física em dois contextos diferentes, primeiro sobre a influência de acidentes graves por queimaduras em crianças em relação à capacidade funcional de exercício e atividade física e, segundo, avaliar os efeitos do de um programa de exercícios com base no método Pilates sobre a mobilidade toracoabdominal, força muscular respiratória e qualidade do sono para crianças na fase escolar Métodos: No primeiro estudo, do tipo transversal com crianças vítimas de queimaduras, foi avaliado o estado nutricional por meio do escore z, a atividade física regular por meio do questionário Physical Activity Questionnaire for Older Children (PAQ-C) e a capacidade funcional de exercício pelo Teste de caminhada de seis minutos (TC6) O segundo estudo foi do tipo ensaio clínico controlado randomizado com crianças escolares em que foi avaliado o efeito de 28 sessões, em grupo, do Pilates em solo Os desfechos foram mobilidade toracoabdominal, mensurada por meio de cirtometria (medida do coeficiente respiratório - CR); força muscular respiratória por meio da manovacuometria; e qualidade do sono por meio do questionário de Hábitos de Sono das Crianças (CSHQ-PT) Resultados: No primeiro estudo participaram 21 crianças vítimas de queimaduras Após 12,7±5,5 meses da alta hospitalar, 13 (61,9%) dos participantes encontravam-se eutróficos e 7 (33,3%) com a estatura abaixo do esperado Em relação à atividade física, 11 (52,3%) foram classificados como ativos e 1 (47,6%) como sedentários e a distância percorrida no TC6 foi de 564,7±7,6 metros Na análise de associação, não houve diferença significante entre as variáveis eutróficos, sobrepeso / obeso com ativos ou sedentários (P=,65); e entre médio ou grande queimados com ativos ou sedentários (P=,31) No segundo estudo, participaram 4 crianças, 2 no grupo pilates e 2 no controle Houve redução dos despertares noturnos no grupo pilates P=,3 (ES=,4, SRM=,5), e diferença na comparação dos deltas entre os grupos (P=,1); o controle apresentou aumento da sonolência diurna (P=,6) e a comparação dos deltas mostrou diferença (P=,1) Houve redução do CR basal no grupo pilates P=,1 (ES=,3, SRM=,6) e diferença na comparação dos deltas (P=,4); houve aumento do CR abdominal no grupo pilates P=,2 (ES=,6, SRM=,5) Houve aumento da força muscular expiratória no grupo pilates P=,5 (ES=,1, SRM=,2) Conclusão: Os achados mostraram que não houve associação entre as crianças consideradas grande queimado ou sobrepeso / obesos com o sedentarismo, também não houve redução da capacidade funcional do exercício, mesmo com parte dos participantes apresentando alteração nos dados antropométricos e sendo sedentários Também foi possível observar que o método Pilates em solo melhorou a mobilidade toracoabdominal (basal e abdominal), a força muscular expiratória e a qualidade do sono de crianças em idade escolar, podendo ser considerado como opção de atividade física estruturada para a população infantilItem Desempenho funcional em doenças respiratórias crônicas : um olhar aprofundado na doença pulmonar intersticialZamboti, Camile Ludovico; Camillo, Carlos Augusto Marçal [Orientador]; Furlanetto, Karina Couto; Oliveira, Cristino Carneiro; Cruz, Joana; Mesquita, Rafael Barreto deResumo: Introdução: Pacientes com doenças respiratórias crônicas (DRC) apresentam alterações pulmonares e sistemicas, com consequente limitação nas atividades de vida diária (AVDs) No entanto, existem inumeros instrumentos para avaliar o desempenho funcional de indivíduos com DRC, e portanto, difícil a compreensão dos testes mais apropriados para avaliação do desempenho funcional, em especial nas DRC que não possuam o diagnósico principal a doença pulmonar obstrutiva cronica (DPOC) Ainda, em doenças pulmonares intersticiais (DPI) são escassos os testes com propriedades métricas adequadas e que possuem relação com outros defechos clínicos, e não se sabe se a longo prazo existe piora do desempenho funcional e equilíbrio corporal, e também, se pacientes com DPI apresentam quedas Objetivos: A presente tese foi elaborada no intuito de contribuir com as evidências científicas relacionadas aos instrumentos de desempenho funcional em DRC, especialmente em DPI Bem como, aprofundar o olhar no desempenho funcional em pacientes com DPI, testes de desempenho funcional adequados para DPI, associação do desempenho funcional com atividade física da vida diária (AFVD) e diferenças no desempenho funcional, equilíbrio corporal e história de quedas em pacientes com DPI ao longo de um ano Metodologia: Quatro estudos foram desenvolvidos: (1) Através de uma revisão sistemática, o primeiro estudo sumarizou as informações dos instrumentos de desempenho funcional, propriedades de medidas investigadas e associação com desfechos negativos em pacientes com DRC que não possuam como diagnóstico principal a DPOC; (2) No segundo estudo foi comparado o desempenho funcional em pacientes com DPI clínicamente estáveis e individuos saudáveis e investigado as propriedades métricas de testes de desempenho funcional em pacientes com DPI; (3) O terceiro estudo investigou a relação e um ponto de corte discriminativo do teste timed up and go (TUG) com a AFVD em pacientes com DPI; e por fim, (4) o quarto estudo observou o número de quedas em um ano em pacientes com DPI e comparou o desempenho funcional e equilíbrio estático em pacientes classificados como caidores e não caidores em um ano Resultados: O primeiro estudo demonstrou que o desempenho funcional é avaliado primariamente por questionários em DRC não-DPOC e de acordo com os estudos publicados até o momento, a maioria dos testes com propriedades de medida satisfatórias foram em pacientes com asma e DPI e poucos intrumentos possuem associações com desfechos clínicos negativos (ex mortalidade, hospitalização, entre outros) O segundo estudo demonstrou pior desempenho funcional em pacientes com DPI (n=4, 25 mulheres, 61±11 anos, 75±17% predito de capacidade vital forçada – CVF), comparados a indivíduos saudáveis (n=36, 22 mulheres, 61±9 anos, CVF 97±11%pred), e também mostrou que os testes TUG na velocidade usual (TUGu), rápida (TUGf) e 5 repetições de sentar e levantar (5rep-STS) possuem propriedades métricas adequadas para pacientes com DPI O terceiro estudo encontrou uma boa relação do desempenho do TUG com as variáveis de passos e atividade moderada em pacientes com DPI (n=54, 26 mulheres, 6±11 anos, CVF 68±17%pred) e o desempenho no TUG>9,25s parece ser um bom ponto de corte discriminativo de inatividade física avaliada pelo número de passos por dia O quarto estudo incluiu 52 pacientes com DPI (33 mulheres, 59±11 anos, CVF 69±11 %pred), 12 (22%) apresentaram queda em um ano e não houve diferença no desempenho funcional e equilíbrio estático em pacientes classificados como caidores e não caidores em um ano Conclusões: Os quatro artigos científicos agregam à literatura com informações sobre instrumentos de desempenho funcional em pacientes com DRC não-DPOC, em especial em pacientes com DPI Os instrumentos disponíveis na literatura para avaliação do desempenho funcional em DRC não-DPOC foram descritos, e considerando os estudos publicados até o momento, poucos foram os intrumentos adequados e com associações de desfechos clínicos negativos em diferentes diagnósticos com DPI Diante das lacunas expostas, foi observado comprometimento funcional nos pacientes com DPI comparado a indivíduos saudáveis e três instrumentos (TUGu, TUGf e 5rep-STS) demonstraram ser adequados para avaliação do desempenho funcional em pacientes com DPI Bem como, foi possível observar que existe relação do desempenho funcional (TUG) com a atividade fisica da vida diária, e apesar dos pacientes com DPI apresentarem relativamente alta proporção de quedas, não há diferença na performance funcional e equilíbrio estático entre pacientes com DPI caidores e não caidoresItem Dor, funcionalidade, resistência muscular e controle postural de mulheres com síndrome de dor no grande trocânter e efeito do fortalecimento dos músculos do quadril e do core(2023-04-17) Marcioli, Marieli Araujo Rossoni; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Andraus, Rodrigo Antonio Carvalho; Oliveira, Marcio Rogerio de; Siqueira, Claudia Patrícia Cardoso Martins; Facci, Ligia MariaIntrodução: Apesar de ser a causa mais comum de dor lateral no quadril e possuir alta incidência, ainda não há um consenso sobre as melhores opções de tratamentos conservadores para a Síndrome de Dor no Grande Trocânter (SDGT). Objetivo: Avaliar as diferenças de capacidade funcional e controle postural entre mulheres com e sem SDGT; e os efeitos do fortalecimento dos músculos do quadril e do core sobre a dor, capacidade funcional e controle postural em mulheres com SDGT. Métodos e resultados: Foram desenvolvidos dois estudos. O primeiro estudo estabeleceu as alterações funcionais e o controle postural durante o apoio unipodal semi-estático e dinâmico (com mini agachamentos) em 36 mulheres sedentárias. Destas, 18 tinham diagnóstico de SDGT (grupo dor - GD) e 18 sem queixas álgicas (grupo controle - GC). Todas responderam ao questionário Victorian Institute of Sports Assessment for Gluteal Tendinopathy (VISA-G) para análise da capacidade funcional relacionada a dor lateral do quadril, e foram submetidas à avaliação do controle postural na plataforma de força. Os resultados mostraram que GD apresentou alto índice de dor, por 10 meses e baixa capacidade funcional. Na análise do controle postural semi-estático, GD mostrou piores resultados para a área de oscilação do centro de pressão (COP) e maior amplitude de oscilação médio-lateral. Na avaliação dinâmica, os resultados da amplitude médio-lateral e velocidade antero-posterior foram maiores no GD, mas o COP foi pior no GC. O segundo estudo, caracterizado como ensaio clínico randomizado, comparou os efeitos de dois protocolos de exercícios: um com fortalecimentos dos músculos do quadril (G1, N=12) e outro com fortalecimentos dos músculos do quadril e dos músculos do core (G2, N=12), desenvolvidos por 4 semanas (2 vezes por semana). Todas as participantes foram avaliadas no início da pesquisa, logo após o término do protocolo e 12 semanas depois (follow up). Foram avaliadas a dor (Escala Visual Analógica de dor – EVA), capacidade funcional (Questionário Visa-G.Br), controle postural (semi-estático e dinâmico, pela plataforma de força) e a resistência do core (testes funcionais Prone Bridge Test (PBT) e Supine Bridge Test (SBT)). Os resultados demonstraram que inicialmente os dois grupos apresentavam dor moderada, que diminuíram após as intervenções e permaneceram menores no follow up, com forte tamanho de efeito e com diferenças entre os tempos de análises, porém sem diferença entre os grupos. A capacidade funcional melhorou para os dois grupos após a intervenção e após o follow up, sem diferenças entre os grupos, e com efeito fraco. Os dois grupos melhoraram o tempo de permanência na PBT, porém sem diferenças entre os grupos e os tempos; entretanto, o G2 apresentou efeito forte para o desempenho. Para o SBT, G2 foi melhor nos momentos após a intervenção e no follow up, porém estabeleceu pequeno tamanho de efeito do tratamento. A análise do controle postural não mostrou diferença entre os grupos e tempos avaliados, com efeitos moderados na área do COP no controle postural semi-estatico e dinâmico. Conclusão: Mulheres com SDGT apresentaram baixa capacidade funcional e pior controle postural semi-estático e dinâmico. Além disso, exercícios para o quadril e para o core diminuem, de forma semelhante, a dor, melhoram a capacidade funcional e a resistência do core, sem efeitos sobre o controle postural semi-estático e dinâmico.Item Efeito da fotobiomodulação na resposta ergogênica, funcionalidade, dano muscular, estresse e recuperação percebida de atletas de rugby : ensaio clínico randomizadoSantos, Vanessa Batista da Costa; Macedo, Christiane de Souza Guerino [Orientador]; Aguiar, Andreo Fernando; Ramos, Solange de Paula; Oliveira, Márcio Rogério de; Carmargo, Mariana ZingariResumo: Introdução: A fotobiomodulação é um bom recurso para acelerar a recuperação de atletas e reduzir os danos musculares causados pelo exercício físico, entretanto existem lacunas na literatura relacionadas aos parâmetros e momento ideal de aplicação Objetivo: Avaliar os efeitos da fotobiomodulação com diodos emissores de luz (LED) aplicada em diferentes momentos na dor muscular, resposta inflamatória e ergogênica, além do desempenho funcional e da percepção de recuperação de atletas de rugby Métodos e resultados: Foram realizados dois ensaios clínicos randomizados cruzados O primeiro avaliou o melhor momento de aplicação da fotobiomodulação (85nm, 8J/cm2) na resposta ergogênica e dano muscular de atletas de rugby de ambos os sexos (onze homens e sete mulheres), idade 24,23 (± 5,33) anos e índice de massa corporal (IMC) de 29,21 (± 5,47) Os participantes foram testados por quatro semanas, em três delas foram submetidos a fotobiomodulação em momentos diferentes (aplicações antes, no intervalo e após o exercício físico) e uma situação controle sem nenhuma intervenção, todas de forma randomizada, com avaliadores cegos O protocolo de exercício utilizado foi composto por duas baterias de exercícios com os testes Bangsbo Sprint test (BST) e Yo-Yo intermittent recovery level 1(Yoyo-IR1) Este estudo não encontrou diferenças no teste de BST entre os grupos, no entanto, a fotobiomodulação aplicada no intervalo do exercício manteve o desempenho na análise intragrupo do tempo médio e total do BST entre o primeiro e o segundo bloco de exercício (p>,5), enquanto os outros grupos apresentaram queda significativa do desempenho no segundo bloco (p<,5) A aplicação da fotobiomodulação antes do exercício melhorou o desempenho seguinte no teste de Yoyo-IR1 (p<,1 comparados aos demais grupos), tal como a aplicação no intervalo preveniu a redução da distância percorrida no segundo teste de Yoyo-IR1 (p>,5), ao contrário do que ocorreu com os grupos de fotobiomodulação antes e após o exercício com queda da distância percorrida (p<,5) Entretanto, não ocorreram alterações significativas entre os grupos nos marcadores de fadiga (lactato) e dano muscular (creatina quinase) O segundo estudo, utilizou a mesma metodologia do primeiro, e avaliou o efeito da fotobiomodulação aplicada antes do exercício, com as análises do desempenho nos testes funcionais Modified Star Excursion Balance Test (mSEBT), Single Hop Test (SHT) e Triple Hop Test (THT), percepção de recuperação pelo questionário Recovery-Stress Questionnaire for Athletes (RESTQ-Sport-76) A amostra foi composta por atletas de rugby do sexo masculino, com média de idade de 25,36 (± 5,81) anos, IMC de 3,75 (± 5,9) No mSEBT os resultados mostraram que o grupo que recebeu a fotobiomodulação alcançou a distância de 91,47 (± 11,53) cm pré protocolo de fadiga, 91,9 (± 14,93) cm imediatamente após e 91,62 (± 13,64) cm após 48 horas do exercício físico, comparado ao grupo controle que alcançou 89,4 (± 12,67) cm, 9,63 (± 14,1) cm, 93,45 (± 12,24) cm, respectivamente (p>,5) No SHT o grupo fotobiomodulação apresentou pré protocolo de fadiga 158,33 (± 21,8) cm, pós 148,39 (± 25,4) cm e 48 após o exercício 154,81 (27,21) cm, enquanto o grupo controle atingiu 16,3 (± 18,9) cm, 155,57 (± 24,19) cm e 16,21 (± 21,5) cm, respectivamente (p>,5) No THT, os atletas alcançaram no grupo fotobiomodulação pré protocolo de fadiga 52,9 (± 82,77) cm, após 473,24 (±76,29) cm e após 48 horas 49,45 (83,52) cm, comparado ao grupo controle que desempenhou 533,48 (± 57,87) cm, 52,36 (± 61,45) cm e 54,69 (± 62,96) cm, respectivamente (p>,5) Além disso, os resultados estabeleceram que a fotobiomodulação não alterou a percepção de estresse e recuperação (p>,5) dos atletas avaliados Conclusão: A fotobiomodulação (85nm, 8J/cm2) aplicada antes do exercício foi eficaz para melhorar o desempenho no teste de YoyoIR1 e não alterou o dano muscular após o exercício No entanto, nenhum achado foi observado no desempenho funcional ou na percepção de estresse e recuperação de atletas de rugby Como contribuição para a prática clínica aponta-se que a fotobiomodulação pode ser aplicada antes do exercício com o objetivo de melhora do desempenho em exercícios de predominância aeróbia, mas não apresenta efeitos benéficos para melhorar a funcionalidade dos membros inferiores ou o estresse percebidoItem Efetividade da estimulação transcraniana por corrente contínua combinada à fisioterapia na marcha e equilíbrio de indivíduos com doença de Parkinson : ensaio clínico randomizado(2023-05-11) Bueno, Maria Eduarda Brandão; Smaili, Suhaila Mahmoud; Moura, Felipe Arruda; Machado, Daniel Gomes da Silva; Lindquist, Ana Raquel Rodrigues; Probst, Vanessa SuzianeIntrodução: Devido a heterogeneidade dos estudos envolvendo a utilização da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) em indivíduos com doença de Parkinson (DP), ainda não está claro se a ETCC melhora a função motora nessa população, bem como se o tratamento combinado da ETCC com fisioterapia é superior ao tratamento da ETCC ou da fisioterapia isoladamente. Objetivo: Verificar a efetividade da ETCC combinada à fisioterapia na melhora da marcha e equilíbrio de indivÍduos com DP. Metodologia: Foram realizados dois ensaios clínicos randomizados, com os grupos alocados da seguinte forma: 1) No primeiro estudo, em que foi verificado o efeito agudo da ETCC associado a fisioterapia, 50 indivíduos foram alocados em quatro grupos (ETCC ativa aplicada em Cz + fisioterapia; ETCC ativa aplicada em C3-Cz-C4 + fisioterapia; ETCC sham + fisioterapia; e Palestra educacional + fisioterapia). Foi realizada uma única sessão de intervenção conforme a distribuição dos grupos, e a corrente foi aplicada por 20 minutos com intensidade de 2Ma. 2) No segundo estudo, foram realizadas dez sessões de intervenção, com 42 individuos randomizados em três diferentes grupos (ETCC ativa aplicada em C3-Cz-C4 + fisioterapia; ETCC sham + fisioterapia; Palestra educacional + fisioterapia). A corrente foi aplicada por 20 minutos com intensidade de 2Ma. Os dois estudos apresentaram protoloco de avaliação semelhante, com análise de marcha e equilíbrio realizadas por meio de sistema 3D de análise de movimento. Na análise biomecânica da marcha, foram realizadas três condições: marcha normal, marcha com dupla tarefa e marcha com obstáculo. Para a análise do equilíbrio, foram utilizadas as seguintes posições: Romberg com olhos abertos e olhos fechados, e Tandem com olhos abertos e olhos fechados. No primeiro estudo, as avaliações foram realizadas em três momentos: pré-intervenção, pós-intervenção (imediatamente após o término da intervenção) e follow-up (24 horas após o término da intervenção). Já no segundo estudo, as avaliações foram realizadas em dois momentos: pré-intervenção e pós-intervenção (um dia após o término das dez sessões). Resultados: Nos dois estudos não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes para todas as variáveis de marcha e equilíbrio quando considerada a interação tempo (pré-intervenção, pós-intervenção e follow-up) vs. grupo (ETCC real, ETCC sham ou Educação). Conclusão: Não foi verificado efeito agudo após aplicação de uma sessão de ETCC ativa sobre áreas motoras combinada à fisioterapia na melhora da marcha e equilíbrio de indivíduos com DP, quando comparada com ETCC sham ou palestra educacional. Adicionalmente, não foi verificado efeito adicional da ETCC a longo prazo após aplicação de um protocolo de dez sessões combinadas à fisioterapia nestes mesmos desfechos.Item Efetividade do método Pilates em solo na flexibilidade da cadeia posterior, mobilidade de tronco e alinhamento postural no plano sagital em crianças de oito a 12 anos : ensaio clínico randomizadoCibinello, Fabíola Unbehaun; Fujisawa, Dirce Shizuko [Orientador]; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Lavado, Edson Lopes; Siqueira, Cláudia Patrícia Cardoso MartinsResumo: Introdução: O método Pilates pode ser uma alternativa de exercício físico na infância, porém seus potenciais efeitos ainda não estão bem descritos na literatura Objetivos: Verificar a efetividade de um programa de exercícios com base no método Pilates sobre a flexibilidade da cadeia posterior, mobilidade de tronco (Estudo 1) e alinhamento postural no plano sagital (Estudo 2) em crianças de oito a 12 anos sem doenças crônicas ou alterações musculoesqueléticas Métodos: Os estudos apresentados foram do tipo ensaio clínico randomizado controlado com a participação de 4 crianças na faixa etária entre oito a 12 anos Os participantes foram divididos em dois grupos, 2 no grupo Pilates (GP) e 2 no grupo controle (GC) O efeito de 28 sessões, em grupo, de Pilates em solo foi avaliado Os desfechos do estudo 1 foram a flexibilidade muscular e a mobilidade de tronco, mensuradas pelos testes distância do terceiro dedo ao solo e sentar e alcançar no banco de Wells No estudo 2 foi o alinhamento postural no plano sagital avaliado pela fotogrametria Resultados: Em ambos os estudos não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos na avaliação pós-intervenção No estudo 1, houve diferença significante na distância alcançada no teste de sentar e alcançar (p = 4; ES = 29; SRM = 73) e no teste distância do terceiro dedo ao solo, no ângulo posterior do joelho (p = 26; ES = 56; SRM = 54) entre a avaliação pré e pós-intervenção no GP No estudo 2, entre a avaliação pré e pós-intervenção no GP na vista sagital direita (p=19; ES=7; SRM=57) e esquerda (p= 37; ES = 76; SRM = 5) houve uma diferença significante no alinhamento vertical do corpo e no ângulo sagital da cabeça na vista direita (p= 35; ES = 41; SRM = 51) Houve diferença significante no GC entre a avaliação pré e pós-intervenção no alinhamento vertical do tronco na vista sagital esquerda (p= 16; (ES = 56; SRM = 44) Conclusão: Não houve comprovação da efetividade do método Pilates em solo na flexibilidade da cadeia posterior, mobilidade de tronco e alinhamento postural no plano sagital em crianças de oito a 12 anos, pois não houve diferença significante em relação ao grupo controle Portanto, não se pode afirmar que a melhora encontrada em algumas variáveis seja decorrente do programa de intervenção com exercícios baseados no método Pilates solo Entretanto, a proposta foi possível de ser realizada em ambiente escolar, envolvendo atividades lúdicas e linguagem adaptada para a faixa etáriaItem Função pulmonar, função física, atividade física e comportamento sedentário na vida diária em pacientes com DPOCFerreira, Leila Donária de Oliveira; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Hernandes, Nidia Aparecida; Fernandes, Karen Barros Parron; Ferreira Filho, Olavo Franco; Mesquita, Rafael de BarretoResumo: Introdução: O paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresenta uma série de características que levam a diminuição da sua função pulmonar e prejuízos em sua função física, o que faz com que estes apresentem limitações para a realização de suas atividades de vida diária Além disso, esse indivíduo é menos ativo fisicamente e permanece a maior parte do seu dia em um comportamento sedentário Atualmente os pesquisadores têm como alvo torná-los fisicamente mais ativos e/ou menos sedentários, visto o impacto desse comportamento no dia-a-dia dessa população Objetivo: Estudar diferentes aspectos de variáveis relevantes da DPOC como a classificação GOLD (Global Obstructive Lung Disease) A-B-C-D função pulmonar, função física, atividade física na vida diária, comportamento sedentário e mortalidade Métodos: Três artigos originais foram desenvolvidos O primeiro estudo (1) aborda transversalmente a associação entre diferentes desfechos funcionais com a nova classificação do GOLD A-B-C-D (multidimensional) e GOLD I-II-III-IV (unidimensional) em 9 pacientes com DPOC O segundo estudo (2), também com delineamento transversal, verifica a associação da diferença entre a CVL (capacidade vital lenta) e CVF (capacidade vital forçada) com o nível de AFVD (atividade física na vida diária) em 28 pacientes com DPOC e verifica as diferenças na AFVD entre indivíduos com CVL maior ou menor do que a CVF E por fim, o terceiro estudo (3), um estudo de coorte retrospectivo, aborda o valor prognóstico de variáveis de atividade física (AF) e comportamento sedentário (CS) no intuito de prever a mortalidade em 12 pacientes com DPOC Resultados: O estudo (1) mostra que as classificações GOLD A-B-C-D e I-II-III-IV não refletem bem a funcionalidade dos pacientes com DPOC O TC6min (teste de caminhada de seis minutos) foi o único desfecho significativamente associado a ambas as classificações GOLD Boa funcionalidade avaliada pelo TC6min foi observada em 8%, 69% e 43,5% (GOLD B, C e D, respectivamente) e 81%, 59% e 29% (GOLD II, III e IV, respectivamente) Os coeficientes de associação (V Cramer’s) e correlação (Spearman) do TC6min com o GOLD multidimensional e unidimensional foram de V=,3, r=-,35 e V=,37, r=-,25; respectivamente No estudo (2) não foram encontradas correlações significativas entre CVL-CVF e as variáveis da AF no grupo geral No grupo CVL>CVF foi encontrada significância estatística na correlação entre a CVL-CVF e o tempo gasto/dia em pé (r=-,56) e sentado (r=,75) Já no grupo CVL=CVF, houve correlação significativa somente com o tempo gasto/dia em pé (r=,57) e deitado (r=-,62) E por fim, no estudo (3) observamos nas curvas de Kaplan-Meier que o número de passos/dia, o tempo ativo (atividades > 1,5 METs) e o tempo sedentário (atividades <1,5 METs) foram associados à mortalidade Na análise de regressão de COX univariada, o número de passos/dia (HR 3,1, IC 95% 1,2-8), o tempo ativo (HR 3,1, 1-5,5) e o tempo sedentário (HR 3,2, 4-7,3) foram considerados preditores de mortalidade na população referida No entanto, em uma análise multivariada, apenas o tempo sedentário foi preditor de mortalidade (HR 2,4, IC95% 1,9-8,8) Conclusões: Os três estudos desenvolvidos apresentam conclusões com potencial de aplicabilidade clínica e demonstram que os fatores pesquisados nesta tese impactam sobre diferentes desfechos em pacientes com DPOC Evidenciamos com o primeiro estudo (1) que houve associação fraca entre o GOLD (multidimensional e unidimensional) e o TC6min, e não houve associação com atividades da vida diária e o nível de AF Essa ausência de associação possivelmente está relacionada ao fato de que esses desfechos funcionais envolvem uma interação complexa, afetada não apenas por componentes físicos, mas também por fatores psicossociais, pessoais e ambientais Já no segundo estudo (2) demonstrou-se que, indivíduos com maior obstrução ao fluxo aéreo segundo a diferença CVL-CVF tendem a gastar mais tempo em atividades de menor gasto energético, que não envolvam caminhar; e o estudo (3) demonstra que, em análise de regressão multivariada, o comportamento sedentário apresenta melhor capacidade preditiva de mortalidade em pacientes com DPOC do que variáveis clássicas de AFVD como o número de passos e o tempo ativo Portanto, estratégias para reduzir o tempo sedentário podem vir a aumentar a sobrevida de pacientes com DPOCItem Funcionalidade e fragilidade em indivíduos hospitalizados por exacerbação aguda da doença pulmonar obstrutiva crônicaMorita, Andrea Akemi; Probst, Vanessa Suziane [Orientador]; Camillo, Carlos Augusto Marçal; Galvan, Carrie Chueiri Ramos; Okamura, Larissa Araújo de Castro; Santos, Suhaila Mahmoud SmailiResumo: INTRODUÇÃO: O quadro de exacerbação aguda da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) gera impacto negativo na qualidade de vida, função pulmonar, mortalidade e funcionalidade Sabe-se que aspectos físicos e funcionais estão deteriorados nesses indivíduos durante a hospitalização por exacerbação Além da funcionalidade, é importante avaliar a fragilidade, componente este que está intimamente relacionado ao quadro de vulnerabilidade da doença Estudos recentes têm mostrado que exacerbações frequentes podem estar associadas à fragilidade Portanto, a presente tese foi desenvolvida no intuito de verificar, em profundidade, a fragilidade e a funcionalidade em indivíduos hospitalizados por exacerbação aguda da DPOC MÉTODOS: Dois estudos transversais e observacionais foram desenvolvidos O primeiro estudo (artigo 1) teve por objetivo verificar a prevalência de fragilidade em indivíduos com exacerbação da DPOC, comparar dois métodos de avaliação: o fenótipo de fragilidade de Fried e a escala de Edmonton e ainda, associar a fragilidade com a funcionalidade O segundo artigo (artigo 2) verificou a associação entre funcionalidade e atividade física de vida diária (AFVD) em indivíduos hospitalizados por exacerbação aguda da DPOC e analisou-se a influência da funcionalidade na AFVD nesses sujeitos RESULTADOS: Foi possível verificar por meio do estudo 1, que existe alta prevalência de fragilidade em indivíduos com DPOC hospitalizados por exacerbação aguda da doença Além disso, os métodos de avaliação de fragilidade, ou seja, a escala de Edmonton e o fenótipo de Fried, se correlacionam, mas não concordam entre si Adicionalmente, existe associação entre fragilidade e funcionalidade nesses indivíduos O segundo estudo (artigo 2) mostrou que a funcionalidade está associada à AFVD e essa funcionalidade influencia a AFVD CONCLUSÃO: A partir dos dois estudos realizados nesta tese, foi possível verificar que a fragilidade e a funcionalidade estão reduzidas em indivíduos internados por exacerbação aguda da DPOC Esses aspectos podem ser avaliados com a utilização de testes simples e rápidos, que podem ser realizados à beira leito Portanto, a avaliação desses desfechos faz-se necessária para que o fisioterapeuta possa traçar um plano terapêutico adequado no intuito de minimizar as sequelas decorrentes desse quadroItem Funcionalidade em adultos vítimas de queimaduras internados em um centro de tratamento especializado(2021-08-17) Itakussu, Edna Yukimi; Hernandes, Nidia Aparecida; Trelha, Celita Salmaso; Pitta, Fábio; Mantoani, Leandro Cruz; Reche, Gianna Kelren Waldrich BiscaIntrodução: Queimaduras graves podem desencadear injúrias locais e sistêmicas que repercutem nos mais diversos órgãos e sistemas do corpo humano e os sobreviventes frequentemente vivenciam consideráveis problemas que afetam amplas dimensões da funcionalidade. Instrumentos capazes de identificar as dificuldades funcionais enfrentadas tornam-se cada vez mais necessários para medir os resultados das intervenções terapêuticas e avaliar as progressões individuais de cada sobrevivente. Atualmente, não há um consenso na literatura que forneça a ferramenta mais adequada para este fim. Uma padronização dos métodos de avaliação da funcionalidade após uma queimadura seria de grande valia para os profissionais que trabalham com esta população. O primeiro objetivo desta tese foi investigar os instrumentos (questionários ou testes objetivos) utilizados para avaliar a funcionalidade em adultos após uma lesão por queimadura; identificar as características e as propriedades de medidas desses instrumentos e avaliar sua utilidade clínica. O segundo objetivo foi traduzir, adaptar transculturalmente, validar, verificar a confiabilidade e a responsividade e estimar a mudança mínima detectável (MMD) do questionário Upper Extremity Functional Index (UEFI) para o português do Brasil. Métodos: A revisão sistemática foi registrada no PROSPERO (CRD42016048065) e conduzida pelo protocolo guiado pelo Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses (PRISMA) Statement, e a pesquisa foi conduzida por três autores em seis bases de dados eletrônicas. Estudos nos quais as propriedades de medida foram mensuradas, foram submetidos a uma avaliação de qualidade através do Consensus-based Standards for the Selection of Health Status Measurement Instrument (COSMIN) checklist. Para a avaliação da utilidade clínica de cada instrumento encontrado, foram utilizados os critérios de Tyson e Connell que avaliaram: o tempo de administração, análise e interpretação do instrumento, custo e a necessidade de equipamentos especiais e treinamento para seu uso ou aplicação. O estudo da tradução e análise das propriedades psicométricas do UEFI foi realizado no Centro de Tratamento de Queimaduras (CTQ) do Hospital Universitário de Londrina. O processo de tradução e adaptação transcultural foi baseado em recomendações internacionais, divididas em cinco etapas: tradução, síntese e revisão das traduções por um comitê de especialistas, retro tradução, avaliação pelo autor do instrumento original e pré-teste. As propriedades psicométricas foram testadas em dois momentos importantes e distintos: na alta hospitalar e no primeiro retorno ambulatorial ao CTQ. Para a avaliação da validação de constructo, o coeficiente de correlação de Spearman foi calculado entre os escores do UEFI e dos escores do ‘domínio função’ do Burn Specific Health Scale Brief Brazil (BSHS-B-Br); para a confiabilidade intra e inter examinadores o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e o a de Cronbach foram calculados. A responsividade foi calculada pelo tamanho do efeito ou effect size através do Cohen d e do Standardized Response Mean (SRM). E finalmente a MMD foi estimada pelo método baseado na distribuição: 1) 0,5 vezes o desvio padrão (DP) da medida da baseline; 2) empirical rule effect size; 3) Cohen d effect size; 4) Standard Error of Measurement (SEM). Resultados: A revisão sistemática encontrou 34 estudos que avaliaram a funcionalidade ou função de membros superiores e inferiores em adultos após uma queimadura. Dezenove ferramentas foram encontradas, sendo doze questionários e sete testes objetivos; as propriedades psicométricas dos instrumentos foram pouco estudadas, ou seja, apenas nove deles tiveram algumas de suas propriedades avaliadas, desses, quatro obtiveram boa pontuação quando avaliamos a qualidade do estudo via COSMIN. Apenas um instrumento não apresentou escore suficiente para ser considerado de boa utilidade clínica. No segundo estudo, uma amostra de 131 adultos que sofreram queimaduras e ficaram internados no CTQ de Londrina foram avaliados. Encontrou-se uma forte correlação entre o UEFI-Br e o BSHS-B-Br (domínio função), valores excelentes de ICC e do a de Cronbach foram encontrados, portanto a confiabilidade intra e inter avaliador do UEFI-Br foram consideradas excelentes. A responsividade do instrumento foi considerada moderada e a MMD variou de 11 a 13 pontos nos dois momentos. Conclusão: A presente revisão sistemática demonstrou que apesar de terem sido utilizados muitos instrumentos para a avaliação da funcionalidade, poucos foram validados para esta população específica; além disso, não há um consenso sobre qual é a melhor ferramenta para este fim. Há uma necessidade de maiores estudos para validá-los e compará-los entre si, para encontrar um que melhor avalie a funcionalidade após uma injúria por queimadura. No segundo estudo concluímos que o UEFI-Br mostrou ser uma ferramenta válida, confiável, responsiva e capaz de detectar uma mudança ao longo do tempo. O estudo mostrou que o uso do UEFI-Br é uma boa escolha quando o objetivo é medir a limitação de atividade dos membros superiores e mudança na funcionalidade em adultos brasileiros vítimas de queimaduras.Item Impacto da oclusão vascular parcial na dor, capacidade funcional, força, ativação muscular do quadríceps e controle postural de mulheres com e sem dor patelofemoral(2023-12-14) Ferreira, Daiene Cristina; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Rodrigues, Aryane Flauzino Machado; Almeida, Gabriel Peixoto Leão; Oliveira, Márcio Rogério de; Andraus, Rodrigo Antônio CarvalhoIntrodução: O uso da oclusão vascular parcial (OVP) aumentou consideravelmente nos últimos anos, tanto em indivíduos saudáveis como na reabilitação de pacientes com disfunções musculoesqueléticas. Entretanto, poucos estudos avaliaram o efeito da OVP na dor patelofemoral, e os parâmetros de aplicação e protocolos de intervenção com OVP ainda não estão bem estabelecidos. Objetivo: Verificar o impacto da OVP do quadríceps na dor, capacidade funcional, força, ativação muscular do quadríceps e controle postural de mulheres com e sem dor patelofemoral. Métodos e Resultados: Foram realizados dois estudos. O primeiro estudo avaliou 14 mulheres, sem queixas álgicas ou disfunções musculoesqueléticas, com e sem OVP, nos desfechos força muscular do quadríceps por dinamometria digital portátil, ativação muscular do quadríceps por eletromiografia de superfície, controle postural em apoio unipodal, com agachamento unipodal e na subida-descida de degraus com plataforma de força. Os resultados mostram que o uso da OVP não apontou diferenças de força e ativação muscular, mas melhorou a velocidade da oscilação anteroposterior do controle postural em apoio unipodal. Foi estabelecida correlação moderada e inversa entre força muscular e as variáveis do controle postural na subida de degraus durante o uso da OVP (r = -0,5), e no grupo sem OVP observou-se correlação de moderada a forte no exercício de mini agachamento e na descida de escada (-0,5 < r > -0,7). Concluiu-se que a OVP não prejudicou a força, ativação muscular do quadríceps ou o controle postural de mulheres saudáveis. O segundo estudo foi um ensaio clínico aleatorizado e cego, com mulheres com dor patelofemoral submetidas à dois protocolos de intervenção. O grupo de fortalecimento do quadríceps com carga externa (20 % do peso corporal) realizou 12 atendimentos, por seis semanas. O grupo com OVP realizou o mesmo protocolo de exercícios sem carga externa e com OVP no quadríceps. Os desfechos foram dor na realização dos exercícios (Escala Visual Análoga - EVA), dor na última semana (EVA), capacidade funcional (Anterior Knee Pain Scale - AKPS e Lysholm Knee Scoring Scale - Lyshom), controle postural em atividades de subida e descida de degrau (plataforma de força), ativação muscular (eletromiografia de superfície) e força muscular (dinamômetro portátil). O mesmo avaliador cego coletou os dados na linha de base, após o tratamento e com quatro semanas de follow-up. Os resultados mostram que a dor na última semana não foi diferente entre os grupos no baseline, após o tratamento e no follow-up (P>0,05), e que os dois grupos melhoraram significativamente (P<0,05; d>1). Entretanto, somente o grupo submetido à carga externa apresentou menor dor no follow-up. Para a dor durante os exercícios não houve diferença entre os grupos (P=0,79). Em relação à capacidade funcional, não foi estabelecida diferenças entre os grupos (P>0,05) na AKPS ou Lysholm, e ambos os grupos melhoraram de forma significativa após o tratamento e no follow-up (P<0,05; d>1). Para o controle postural não foi estabelecida diferença entre os grupos, mas somente o grupo com carga externa melhorou a oscilação do centro de pressão (COP) na subida (P<0,01) e descida (P=0,005) da escada após o tratamento. Os resultados da ativação muscular foram inconclusivos, e os grupos foram semelhantes no baseline e no momento após os tratamentos. Entretanto, no follow-up, o grupo com carga externa apresentou menor recrutamento do reto femoral (P<0,004) e o grupo OVP menor recrutamento do vasto medial obliquo (P<0,05). Para a força muscular do quadríceps não foi estabelecida diferenças entre os grupos nos momentos avaliados. Mas, somente o grupo com carga externa apresentou maiores valores no pós-tratamento (P=0,009) e manteve essa melhora no follow-up (P<0,001). Conclusão: Pode-se concluir que exercícios com OVP não tiveram alterações do controle postural, força e ativação muscular, e que os dois tratamentos desenvolvidos para mulheres com DPF, por meio de exercícios com OVP ou com carga externa de 20% do peso corporal, foram semelhantes para os resultados de dor, capacidade funcional, controle postural e força muscular. Como contribuição clínica, o uso da OVP apresenta os mesmos resultados de exercícios com carga adicional externa de 20% e podem ser mais uma opção de escolha do fisioterapeuta.Item Novos aspectos da atividade física na vida diária e capacidade de exercício na DPOC : gasto energético andando por minuto e relação com a aderência a um programa de treinamento físico(2021-02-21) Brito, Igor Lopes de; Pitta, Fábio de Oliveira; Furlanetto, Karina Couto; Rodrigues, Antenor Luiz Lima; Sant’Anna, Thaís Jordão Perez; Lorenzo, Valéria Amorim Pires DiIntrodução: A presente tese de doutorado teve como objetivo geral contribuir cientificamente com uma nova perspectiva relativa ao nível de atividade física da vida diária (AFVD) em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e compreender aspectos que influenciam na aderência a um programa de treinamento físico nessa população. Dessa forma, dois estudos foram desenvolvidos e são apresentados nesta tese, que tiveram como objetivos: estudo 1) descrever e comparar gasto energético (GE)/minuto caminhando e em diferentes posturas corporais em indivíduos com DPOC; e investigar se o GE/minuto caminhando é um preditor da classificação desses indivíduos como fisicamente ativos ou inativos de acordo com a classificação do American College of Sports Medicine (ACSM); e estudo 2) verificar se completar um programa de treinamento físico de alta intensidade em indivíduos com DPOC estável se associa aos quadrantes propostos no mapa conceitual de Koolen et al., a saber: capacidade de exercício (CE) e atividade física (AF) preservadas (em inglês: can do, do do); CE preservada e AF comprometida (can do, don’t do); CE comprometida e AF preservada (can’t do, do do); e CE e AF comprometidas (can’t do, don’t do). Métodos: No estudo (1) foi realizada uma avaliação objetiva da AFVD com dois monitores de atividade física, um que avalia as posições corporais e atividades, e o outro que avalia o gasto energético minuto-a-minuto. Os dois aparelhos foram sincronizados para avaliar o gasto energético em cada posição e atividade corporal. Em seguida os pacientes foram classificados como ativos e inativos fisicamente de acordo com as recomendações do ACSM. No estudo (2) os indivíduos com DPOC foram separados de acordo com os quadrantes que levam em consideração capacidade de exercício e atividade física da vida diária preservada ou comprometida, e realizaram um programa de treinamento físico de alta intensidade de 12 semanas. Ao final do programa foi observado se cada indivíduo de cada quadrante completou o protocolo proposto de treinamento físico. Resultados: O estudo (1) mostrou que o GE/minuto andando foi maior no grupo de indivíduos fisicamente ativos em relação aos inativos (2,8 [2,4 – 3,4] vs 2,4 [2,2 – 2,6] kcal/min; P<0,05) e que o gasto energético durante a caminhada é um preditor independente para a classificação como fisicamente ativo de acordo com o ACSM. O estudo mostrou também que o aumento de 1 quilocaloria/minuto andando aumenta 18 vezes a chance de o indivíduo ser classificado com ativo. Já o estudo (2) mostrou que o grupo que apresenta CE e AFVD preservadas na avaliação basal tem menor proporção de indivíduos que completam o programa de treinamento físico (58%) em relação aos grupos com apenas AFVD comprometida (80%), apenas CE comprometida (70%) e CE+AFVD comprometidas (78%) (V Cramer = 0,19; P=0,002). Conclusão: Os artigos científicos apresentados nesta tese mostraram que: 1) o gasto energético por minuto andando é um preditor significativo da classificação dos indivíduos com DPOC como fisicamente ativos, independente do tempo dispendido para a atividade; e 2) capacidade de exercício e nível de atividade física preservados ao início de um programa de reabilitação pulmonar são fatores associados com a falta de aderência em um programa de treinamento físico em indivíduos com DPOC.Item Número de tentativas na avaliação do controle postural na plataforma de força, confiabilidade intra e interexaminador do método Viladot para classificação do arco plantar e efetividade do Mat PilatesNeves, Jessica Caroliny de Jesus; Fujisawa, Dirce Shizuko [Orientador]; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Costa, Viviane de Souza Pinho; Lavado, Edson Lopes; Oliveira Junior, Eros deResumo: Introdução: O Mat Pilates é uma opção de atividade física estruturada para a população infantil Os exercícios baseados no método Pilates podem promover o desenvolvimento do controle postural, visto que promovem experiências, desafios motores e o fortalecimento muscular Os pés têm influência ascendente nas estruturas do corpo, portanto alterações podais podem modificar a postura da criança e influenciar nas estratégias de controle postural Os efeitos do Mat Pilates no controle postural e pés das crianças se tornam assunto de interesse, já que há escassez sobre o tema Ainda, a avaliação do controle postural é importante, já que faz parte do desenvolvimento motor e é a base para realizar atividades de vida diária Os estudos disponíveis na literatura sobre avaliação do controle postural e pés nas crianças escolares utilizam parâmetros baseados em população adulta ou métodos que não estão consolidados para a população infantil Objetivos: Estabelecer o número de tentativas para a avaliação do controle postural na plataforma de força em crianças escolares (estudo 1); Avaliar a confiabilidade na avaliação da impressão plantar com o método Viladot (estudo 2), e; Verificar a efetividade do método Mat Pilates no equilíbrio (estático e dinâmico) e pés de crianças escolares (estudo 3) Métodos: O estudo 1 - estudo transversal, amostra constituída por crianças saudáveis e desenvolvimento típico, com oito anos de idade (n=344); foram avaliadas medidas antropométricas e controle postural na plataforma de força O estudo 2 – amostra constituída por crianças entre oito e 12 anos (n=4); foram coletadas medidas antropométricas e impressão plantar por meio da plantigrafia e o método para classificação do arco longitudinal medial foi o método Viladot O estudo 3 – ensaio clínico controlado, cego e aleatorizado, amostra constituída de escolares entre oito e 12 anos (Grupo Pilates: n=2/ Grupo Controle: n=2), foram avaliadas medidas antropométricas, equilíbrio estático e dinâmico, arco e pressão plantar; os instrumentos utilizados foram plataforma de força, teste de alcance anterior e lateral, plantigrafia, método Viladot e baropodometria Resultados: No estudo 1, o controle postural não apresentou diferença entre as três tentativas (p>,5) No estudo 2, o método Viladot é satisfatoriamente confiável para avaliar o arco plantar quando avaliado por único examinador em tempos diferentes (excelente concordância para todos os tipos de pés, Kappa geral 1,, (p<,, IC a 95% 1,-,77) e por examinadores diferentes ao mesmo tempo (alta concordância para o pé normal e excelente concordância no pé plano e cavo do membro inferior direito, Kappa geral ,82 (p<,, IC a 95% ,94-,67); alta concordância para o pé normal e cavo e excelente concordância para o pé plano, no membro inferior esquerdo, Kappa geral ,78 (p<, IC a 95% ,92-,64) No estudo 3, a pressão plantar e controle postural estático melhoraram significativamente (p<,5) no grupo Pilates No entanto, o controle postural estático também melhorou no grupo controle (p<,5) O arco longitudinal medial e o controle postural dinâmico não modificaram com o Mat Pilates (p>5) Conclusão: Os achados mostraram que: uma tentativa é suficiente para avaliar o controle postural na plataforma de força em crianças saudáveis com oito anos de idade (estudo 1) O método Viladot é um instrumento confiável (replicável e consistente), ou seja, sua aplicação repetida ao mesmo indivíduo produz resultados semelhantes (estudo 2) Os exercícios baseados no Mat Pilates melhoraram a distribuição plantar em crianças escolares, porém não modificaram o controle postural estático (visto que o grupo controle também teve melhora significativa) e controle postural dinâmico, e o arco longitudinal medial (estudo 3) Os estudos apresentam resultados clinicamente relevantes, visto que contribuem tanto para a prática clínica, quanto para a pesquisa científica