Dor, funcionalidade, resistência muscular e controle postural de mulheres com síndrome de dor no grande trocânter e efeito do fortalecimento dos músculos do quadril e do core

Data

2023-04-17

Autores

Marcioli, Marieli Araujo Rossoni

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Resumo

Introdução: Apesar de ser a causa mais comum de dor lateral no quadril e possuir alta incidência, ainda não há um consenso sobre as melhores opções de tratamentos conservadores para a Síndrome de Dor no Grande Trocânter (SDGT). Objetivo: Avaliar as diferenças de capacidade funcional e controle postural entre mulheres com e sem SDGT; e os efeitos do fortalecimento dos músculos do quadril e do core sobre a dor, capacidade funcional e controle postural em mulheres com SDGT. Métodos e resultados: Foram desenvolvidos dois estudos. O primeiro estudo estabeleceu as alterações funcionais e o controle postural durante o apoio unipodal semi-estático e dinâmico (com mini agachamentos) em 36 mulheres sedentárias. Destas, 18 tinham diagnóstico de SDGT (grupo dor - GD) e 18 sem queixas álgicas (grupo controle - GC). Todas responderam ao questionário Victorian Institute of Sports Assessment for Gluteal Tendinopathy (VISA-G) para análise da capacidade funcional relacionada a dor lateral do quadril, e foram submetidas à avaliação do controle postural na plataforma de força. Os resultados mostraram que GD apresentou alto índice de dor, por 10 meses e baixa capacidade funcional. Na análise do controle postural semi-estático, GD mostrou piores resultados para a área de oscilação do centro de pressão (COP) e maior amplitude de oscilação médio-lateral. Na avaliação dinâmica, os resultados da amplitude médio-lateral e velocidade antero-posterior foram maiores no GD, mas o COP foi pior no GC. O segundo estudo, caracterizado como ensaio clínico randomizado, comparou os efeitos de dois protocolos de exercícios: um com fortalecimentos dos músculos do quadril (G1, N=12) e outro com fortalecimentos dos músculos do quadril e dos músculos do core (G2, N=12), desenvolvidos por 4 semanas (2 vezes por semana). Todas as participantes foram avaliadas no início da pesquisa, logo após o término do protocolo e 12 semanas depois (follow up). Foram avaliadas a dor (Escala Visual Analógica de dor – EVA), capacidade funcional (Questionário Visa-G.Br), controle postural (semi-estático e dinâmico, pela plataforma de força) e a resistência do core (testes funcionais Prone Bridge Test (PBT) e Supine Bridge Test (SBT)). Os resultados demonstraram que inicialmente os dois grupos apresentavam dor moderada, que diminuíram após as intervenções e permaneceram menores no follow up, com forte tamanho de efeito e com diferenças entre os tempos de análises, porém sem diferença entre os grupos. A capacidade funcional melhorou para os dois grupos após a intervenção e após o follow up, sem diferenças entre os grupos, e com efeito fraco. Os dois grupos melhoraram o tempo de permanência na PBT, porém sem diferenças entre os grupos e os tempos; entretanto, o G2 apresentou efeito forte para o desempenho. Para o SBT, G2 foi melhor nos momentos após a intervenção e no follow up, porém estabeleceu pequeno tamanho de efeito do tratamento. A análise do controle postural não mostrou diferença entre os grupos e tempos avaliados, com efeitos moderados na área do COP no controle postural semi-estatico e dinâmico. Conclusão: Mulheres com SDGT apresentaram baixa capacidade funcional e pior controle postural semi-estático e dinâmico. Além disso, exercícios para o quadril e para o core diminuem, de forma semelhante, a dor, melhoram a capacidade funcional e a resistência do core, sem efeitos sobre o controle postural semi-estático e dinâmico.

Descrição

Palavras-chave

Avaliação de incapacidade, Equilíbrio postural, Dor no quadril, Mulheres, Ciências da reabilitação, Síndrome de Dor no Grande Trocânter (SDGT), Quadril - Dor - Mulheres

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