02 - Mestrado - Filosofia
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 02 - Mestrado - Filosofia por Título
Agora exibindo 1 - 20 de 95
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Ação e poder no pensamento de Hannah ArendtSampar, Rene Erick; Müller, Maria Cristina [Orientador]; Garcia, Bianco Zalmora; Alves, Fernando de BritoResumo: O objetivo da presente Dissertação é analisar a relação existente entre a ação e poder, no intuito de apresentar os fatores que, desde a Antiguidade, obstaram a atividade da ação em se constituir como vetor dos desígnios políticos, bem como expor as razões que levaram nossas instituições atuais a se pautarem na violência e, por conseguinte, não serem capazes de gerar poder na acepção de Hannah Arendt A discussão geral proposta nesta pesquisa, construída sobre o paralelo entre o pensamento filosófico e político tradicional e o pensamento de Arendt, vincula-se a uma indagação que subjaz a filosofia desta autora no que tange ao modo como a política tem sido conceituada sob uma fórmula hierárquica que divide a sociedade entre governantes e governados A fuga da fragilidade dos assuntos humanos perpetrados pela ação e suas frustrações conduz a uma trama política baseada apenas em noções idílicas de um governo que, na atualidade, administra as necessidades sociais, sem jamais estabelecer espaços para que todos possam participar dos assuntos públicos e encontrar o sentido da política Por sua vez, o poder, disposto na ideia de governo, tem sido conceituado como a capacidade de influência e controle que determinado grupo possui sobre o comportamento alheio, materializando-se em geral mediante o emprego e o monopólio dos meios de violência Ao distanciar suas reflexões desta concepção, Hannah Arendt fundamenta o poder na capacidade de ação conjunta das pessoas e a política como o espaço criado pela reunião dos indivíduos capazes de agir e de trazer a novidade ao mundo A violência, principal protagonista do enredo político de todos os tempos, não possui, neste sentido, o condão de criar o poder e a política, mas os elimina juntamente com a ação plural pelo seu caráter de dominação Ao repensar as estruturas paradigmáticas da política ocidental que confluem na formação das instituições do século XX, Arendt acena para a política construída sob o arrimo da pluralidade e o respeito à singularidade humanaItem Análise do comportamento enquanto uma ciência normal : possibilidades e consideraçõesPaulino, Lucas Roberto Pedrão; Silva, Marcos Rodrigues da [Orientador]; Dutra, Luiiz Henrique de Araújo; Santos, Éder SoaresResumo: O presente trabalho tem por objetivo investigar a possibilidade de compreensão da Análise do Comportamento enquanto uma ciência normal pela filosofia de Thomas Samuel Kuhn Essa compreensão envolve a evidenciação de características normais nas práticas analíticocomportamentais Assim, o primeiro capítulo apresenta de forma introdutória algumas ideias gerais de Kuhn, ressaltando os conceitos associados de “ciência normal” e “paradigma”; apresenta alguns conceitos kuhnianos essenciais para esse trabalho que estão intimamente relacionados com ciência normal: comunidade científica, matriz disciplinar, generalizações simbólicas, valores, modelos e exemplares O segundo capítulo estabelece relações possíveis entre os conceitos kuhnianos e a Análise do Comportamento Nele, defender-se-á que a comunidade formada por analistas do comportamento exibe, por meio de suas práticas, várias características de uma comunidade científica normal, compartilhando uma mesma matriz disciplinar; apresentar-se-á a seleção por consequências como uma generalização simbólica, a ordem, a previsão e o controle como valores, o discurso acerca do que é o comportamento como modelo, e os esquemas de reforçamento, os procedimentos de “escolha de acordo com o modelo” e as estruturas de treino como exemplares Mostrar-se-á que a Análise do Comportamento é uma empreitada comunitária que envolve a educação de novos analistas do comportamento e que se fundamenta firmemente em pesquisas anteriores realizadas na mesma matriz disciplinar O terceiro capítulo problematiza a Dissertação São levantadas questões sobre a Análise Aplicada do Comportamento enquanto ciência normal e sobre o uso da filosofia de Kuhn como chave de análise para a Análise do Comportamento Apresenta-se a característica interacional entre os contextos aplicado e experimental como fator suficiente para se considerar toda a Análise do Comportamento enquanto uma ciência normal, visto que ambos os contextos concordam com o uso dos mesmos exemplares Sugere-se a presença de exemplares próprios do contexto aplicado, utilizando-se da Psicoterapia Analíticofuncional como um exemplo de sub-estrutura refinada da Análise do Comportamento Expõem-se pelo menos dois aspectos importantes da Dissertação : diálogo com a comunidade filosófica e oferta de uma ferramenta interpretativa sobre a Análise do Comportamento por meio da concepção de Kuhn Tal ferramenta pode ajudar a mostrar um caráter integrativo entre todas suas sub-comunidades, podendo, com isso, conscientizar os analistas do comportamento da matriz disciplinar na qual estão inseridos Além disso, essa ferramenta pode colaborar com a articulação da matriz disciplinar analíticocomportamental ao fornecer novas interpretações ou novos modos de se olhar para o mundo analítico-comportamental Conclui-se que há elementos suficientes para se considerar Análise do Comportamento como uma ciência normal passível de ser compreendida pela filosofia de KuhnItem Arendt e o caso Eichmann : reflexões sobre a justiçaTuratto, Ana Carolina Turquino; Müller, Maria Cristina [Orientador]; Cenci, Elve Miguel; Gomes, Sérgio AlvesResumo: Trata-se de uma reflexão acerca da justiça a partir da análise de Hannah Arendt do julgamento de Eichmann pelo tribunal de Jerusalém, tendo por propulsão o porquê da concordância de Arendt com a pena de morte imposta ao réu e disso concluir pela realização da justiça ao caso, apesar das severas críticas tecidas ao processamento Da pesquisa teórica pela revisão bibliográfica das obras da filósofa e de seus comentadores, pode-se depreender que, segundo Arendt, seria o pensamento, em especial, o axioma socrático da não contradição em questões morais, o pensamento alargado e a imaginação que fazem com que pessoas não abram mão das faculdades do juízo e de fazerem escolhas certas, caso contrário não conseguiriam conviver consigo mesmas No caso Eichmann, embora consciente de seus atos, o réu optou por não pensar e julgar Diante dessa escolha, tornou-se um risco à humanidade, que decidiu por não querer conviver mais com ele, aplicando-lhe, por meio do tribunal, o axioma socrático Nesse sentido, a justiça feita teria sido política, no interesse não de um Estado específico, mas no interesse da humanidade, cuja existência se caracteriza pela pluralidadeItem O argumento da inferência da melhor explicação e o problema das alternativas não concebidasCastilho, Daiane Camila; Silva, Marcos Rodrigues da [Orientador]; Liston, Gelson; Plastino, Caetano ErnestoResumo: A questão acerca da aceitação de teorias científicas é um dos problemas centrais do debate entre realismo e antirrealismo científico A proposta deste trabalho é, em um primeiro momento, apresentar e analisar a estrutura do argumento realista da inferência da melhor explicação Em um segundo momento apresentaremos algumas críticas ao argumento da inferência da melhor explicação, como o argumento da indução pessimista, o problema da subdeterminação e o argumento do conjunto defeituoso Ainda nesse capítulo apresentaremos o problema das alternativas não concebidas, apontado recentemente por Kyle Stanford como uma nova abordagem crítica antirrealista em relação ao argumento da inferência da melhor explicação No último capítulo apresentaremos um exemplo da história da biologia, a teoria da pangênese de Darwin, que servirá para ilustrar o problema das alternativas não concebidas, permitindo uma melhor compreensão da crítica antirrealista de Kyle StanfordItem Uma arte de viver para um tempo de catástrofe : uma estética da existência em Albert CamusBalbino, Lorena de Paula; Nalli, Marcos Alexandre Gomes [Orientador]; Weber, José Fernandes; Cardoso Junior, Hélio RebelloResumo: A presente Dissertação busca traçar relações entre os conceitos de Estética da existência, Absurdo e Revolta de Albert Camus Nosso propósito é expor de que modo a ética indicada por Camus em O mito de Sísifo pode ser compreendida como uma ética da estilização da vida e de que modo essa ética toma preocupações políticas em O homem revoltado O absurdo constatado pelo homem aponta para a possibilidade de criar modalidades de existência em que uma subjetividade toma para si uma ética modalizadora fundada no absurdo O absurdo é, para Camus, a constatação primeira que possibilita ao homem o ato da criação ao informar que é ele o responsável por sua própria história O homem deve enfrentar o absurdo por meio de uma postura filosófica que Camus denominou de revolta A subjetividade só pode criar esteticamente a existência a partir do que é dado no real, ou seja, a partir do absurdo Entre o real e o desejo do homem é, segundo Camus, a estilização que move sua criaçãoItem A articulação entre a liberdade da ação e a liberdade da vontade em Hannah ArendtSouza, Aline Monteiro de; Müller, Maria Cristina [Orientador]; Oliveira, Kathlen Luana de; Nalli, Marcos Alexandre GomesResumo: O presente estudo apresenta como tema a ideia de liberdade nas atividades da ação e do querer em Hannah Arendt (196–1975) Objetiva-se compreender a articulação entre a liberdade da ação e a liberdade da vontade, tendo por propulsão a indagação de como os seres humanos iniciam uma série de coisas no mundo Arendt propõe uma reflexão acerca da condição humana e a subdivide em duas dimensões distintas, porém conexas – dimensão ativa e dimensão contemplativa Desta reflexão surge a concepção de que a atividade da ação pertence ao modo de vida ativo, enquanto a atividade do querer pertence ao modo de vida interior, de modo que tais atividades realizam-se em esferas distintas Entretanto, a ação e o querer compartilham características similares – espontaneidade e natalidade A partir da afirmação de Arendt de que a liberdade só se efetiva como realidade tangível no mundo público, pretende-se entender qual a liberdade pertinente a cada atividade e quais implicações podem ser depreendidas da relação entre a liberdade da ação e a liberdade da vontade A ação é responsável pela manifestação da liberdade política como espontaneidade no mundo comum, ao passo que o querer lida com a liberdade de possibilidades Pode-se supor a existência de uma certa ligação entre a liberdade da ação e a liberdade interior Da pesquisa bibliográfica baseada em procedimentos como leitura, análise, compreensão e reconstrução teórica dos textos de Hannah Arendt e de seus comentadores, infere-se que há de fato uma ligação entre as liberdades, na medida em que a liberdade da vontade impele a ação por meio da escolha de como se aparecerá no mundo e como portadora da potência da liberdade, enquanto a liberdade da ação só se torna realidade no mundo público Nesse sentido, a relação entre a liberdade da vontade e a liberdade da ação não constituem uma conexão de cunho causal e determinado, mas sim de forma contingenteItem Autoconhecimento e sabedoria de vida : estudo sobre aprimoramento da conduta moral em SchopenhauerSilva, Rafael Ramos da; Pavão, Aguinaldo Antonio Cavalheiro [Orientador]; Debona, Vilmar; Weber, José FernandesResumo: O objetivo desta pesquisa consiste em investigar a possibilidade que Schopenhauer guarda para aquilo que chamamos de “aprimoramento de conduta moral” de forma conscientemente ponderada Considera-se este um problema relevante para o pensamento schopenhaueriano na medida em que a estrutura metafísica do mundo resguarda a liberdade como uma condição inteligível da Vontade como coisa-em-si, e que condena a vontade humana, empírica e individual, considerada como o caráter do homem, ao princípio de causalidade que rege todas as coisas; assim, fazendo da ação humana o resultado da estrutura moral dada a ele pela natureza e dos motivos que se apresentam a ele como objetos representados – o que faz também da escolha uma simples ilusão onde o sujeito pensa estar escolhendo quando na verdade estaria apenas observando o conflito dos motivos para que aquele que melhor se adequa ao caráter moral seja tomado como causa da ação praticada Por outro lado, Schopenhauer concebe ainda a noção de caráter adquirido como forma segundo a qual o caráter moral do homem se expõe da maneira mais adequada, dando a entender, assim, que haveria um equívoco em pensarmos a conduta humana como simples resultado de uma equação entre inclinações do caráter inteligível e motivos abstraídos pelo conhecimento Além disso, a noção de caráter adquirido aparece como uma explicação fundamental para a recusa de Schopenhauer do argos logos – crença turca ou fatalismo turco –, isto é, a crença segundo a qual se não há uma autoria consciente sobre nossas ações o mais correto seria que cada indivíduo se lançasse sobre quaisquer inclinações, pois não haveria sentido lutar contra elas quando, na verdade, não estaria sobre nosso poder escolher quem somos e nem mesmo como vamos agir A proposta que trazemos neste texto é de que o problema do sentido de nossos esforços em relação à nossa conduta de vida vai muito além do argumento de Schopenhauer contra a limitação da crença turca por ela não considerar a falta de conhecimento que um indivíduo tem acerca da própria estrutura moral, o que inviabilizaria o abandono dos nossos esforços contra inclinações Nas páginas que se seguem, argumentamos que há uma hipótese afastamento do fatalismo também porque a proposta dos Aforismos para a sabedoria de vida pode conter elementos de continuidade em relação à metafísica da Vontade, em especial à doutrina do caráter adquirido, que permitem não apenas que não se abandone os esforços contra inclinações, mas que permitem pensar ainda a possibilidade de que o autoconhecimento represente a possibilidade de aprimoramento da conduta individual em relação a uma conduta irrefletida e não ponderadaItem O canalha sensato como problema filosóficoPavanello, Paola; Faggion, Andréa Luisa Bucchile [Orientador]; Feldhaus, Charles; Dutra, Delamar José VolpatoResumo: O presente estudo possui como objetivo investigar o problema do canalha sensato a fim de compreender se há razões para lhe oferecer a fim de que não crie exceções do cumprimento das regras de justiça beneficamente para si enquanto os demais indivíduos as observam Para tanto, há uma dificuldade em solucionar o desafio na medida em que parece não haver razão para que esse indivíduo não se beneficie das violações da justiça quando sua ação não trará prejuízos consideráveis para si Assim, a partir da leitura e análise dos textos de David Hume, bem como de seus comentadores, o presente estudo apresenta o problema do canalha sensato, situando-o dentro da teoria moral e política do filósofo, para compreender o que esse indivíduo representa para a teoria do autor Nesse sentido, será analisada tanto a descrição do canalha pelo filósofo, como a resposta fornecida na tentativa de solucionar o desafio, e em que medida sua réplica pode ser considerada suficiente para silenciar o problema Ainda que o objetivo da réplica de Hume não seja o de convencer o canalha a seguir o caminho reto da justiça, sua resposta enfrenta os limites de sua própria teoria moral Isso, porque na medida em que a ação justa em Hume é fundada no interesse, a ação do canalha também é Desta maneira, a filosofia humeana não é capaz de fornecer uma resposta ao canalha a ponto de mostrar que ele teria boas razões para regular sua ação pela moralidade e sacrificar seu interesse Assim, ainda que a filosofia de Hume explique a motivação que falta no canalha que o leva a uma vida de violações ocultas, ela parece não oferecer recursos para que o interesse próprio não seja buscado em todos os casos Pela dificuldade em silenciá-lo, será crucial recorrer a outros sistemas filosóficos que não fundamentem a justiça no auto-interesse a fim de melhor compreendermos quais premissas filosóficas ensejam o canalha Para tanto, as teorias de Platão, Robert Nozick e Joseph Raz serão investigadas na busca de outros pressupostos filosóficos que respaldem a moralidade em uma base mais objetiva acerca dos valores, diferentemente da construção de HumeItem A ciência normal em Thomas Kuhn : apresentação, críticas e respostas dadas por Thomas KuhnPatrício, Maria Júlia de Oliveira Cyrino; Silva, Marcos Rodrigues da [Orientador]; Sousa, Claudiney José de; Nalli, Marcos Alexandre GomesResumo: O trabalho apresentado teve como o objetivo mostrar como se desenvolve a filosofia de Thomas Kuhn, mais precisamente, sua estrutura científica De inicio faço uma análise sobre a ciência normal para mostrar como ela funciona no meio científico de acordo com os pensamentos de Kuhn Porem, quando Karl Popper, Paul Feyerabend e Larry Laudan chegam as conclusões que Kuhn nos mostra em Estruturas das Revoluções Científicas, ás criticas começam a aparecer Portanto, as críticas perante a ciência normal de Thomas Kuhn são aprofundadas e por fim, a necessidade da resposta de Kuhn sobre as críticas dadas e uma sua tentativa de explicar que ele pode estar correto em suas colocações Concluimos que as críticas que foram dadas pelos filósofos foram pertinentes já que muito do que foi colocado ainda não havia sido pensado e talvez não teria sido se não fosse levado em consideração todas as críticas dadas por cada um e as críticas ficam ainda mais pertinentes, principalmente pelo recuo nítido que as vezes Kuhn consegue dar com sua retórica; deixando assim, alguns espaços sem soluções e os cientistas acabam por continuar seguindo os manuais de KuhnItem O conceito de alienação em Ludwig FeuerbachSilva, Jefferson Luiz Schafranski da; Feldhaus, Charles [Orientador]; Weber, José Fernandes; Schütz, RosalvoResumo: Esta Dissertação tem como objetivo reconstruir concepção materialista de Feuerbach na obra A essência do cristianismo, em particular a concepção de alienação religiosa A fim de explicar em que consiste uma abordagem adequada e inadequada à religião e à filosofia, Feuerbach trata da questão da essência do homem e, consequentemente o que aliena o ser humano, a saber, uma concepção equivocada do fenômeno religioso A religião não deve ser entendida como um empreendimento abstrato, que trata de um ser existente independente do ser humano e fora dele Esse texto também procura traçar algumas relações entre a concepção antropológica materialista do fenômeno religioso e suas implicações políticas Assim como Hegel antes dele e Marx depois dele, Feuerbach desenvolve uma concepção filosófica que tem como um elemento central a ideia de um movimento dialético da práxis Explicar essa dinâmica será um elemento importante na reconstrução da maneira como ele compreende a alienação religiosa, principalmente quando se trata da relação do ser humano material e real com a sua essência Feuerbach entende que tratar de forma adequada o fenômeno religioso implica tratar do ser humano enquanto um ser em gênero ou espécie, razão pela qual esse estudo baseando-se na obra A Essência do Cristianismo e outras obras de Feuerbach procura reconstruir tanto o fenômeno da consciência moral alienada quanto da consciência moral não alienada É importante ressaltar que a distinção não tem relevância apenas para a teologia e para a religião, mas também para a filosofia Por conseguinte, o conceito de alienação, um conceito muito utilizado e discutido por Marx, possui em Feuerbach um papel muito importante, uma vez que serve como parâmetro inclusive de uma filosofia que trataria de forma mais apropriada tanto da consciência religiosa quanto de outros problemas da filosofia Além disso, busca-se apresentar a função da crítica emancipatória do pensamento de Feuerbach, que compreende o ser humano como o ator ou agente ativo da realidade históricaItem O conceito de verdade em Ser e Tempo como possível resposta ao conceito de verdade em KantImpério, Fábio Augusto; Santos, Eder Soares [Orientador]; Florentino Neto, Antônio; Weber, José FernandesResumo: Pretende-se investigar, nesta Dissertação , o conceito de verdade em Ser e Tempo, no parágrafo 44, como possível resposta ao conceito de verdade em Kant O caminho para alcançarmos tal objetivo divide-se em três momentos: primeiro, o texto exporá as razões para defendermos o enfrentamento Heidegger/Kant acerca da questão da verdade Em seguida faremos um panorama do conceito tradicional de verdade, ressaltando o conceito de verdade em Kant e a posição de Heidegger em relação a essa tradição Por fim, veremos o conceito de verdade no parágrafo 44 de Ser e Tempo, identificando como o filósofo muda radicalmente o entendimento sobre a questão da verdade, retirando-a de uma análise a partir de uma epistemologia e colocando-a sob a perspectiva da problemática ontológico-fundamental Kant, por um lado, quer fundar uma analítica transcendental, Heidegger, por outro lado, quer fundar uma analítica existencial O percurso teórico aqui proposto tem a intenção de mostrar o conceito de verdade em ambas perspectivas, avaliando em que medida Heidegger consegue responder a KantItem A concepção sociológica de Bruno Latour como problematização ao argumento da inferência da melhor explicaçãoMinikoski, Debora Domingas; Silva, Marcos Rodrigues da [Orientador]; Plastino, Caetano Ernesto; Santos, Eder SoaresResumo: O objetivo deste trabalho é apresentar a concepção sociológica de ciência de Bruno Latour (211, 212 e 213) como uma problematização para a premissa b do argumento realista da inferência da melhor explicação (b) a hipótese H explicou melhor E que outras hipóteses rivais) O debate realismo/antirrealismo tem como dois de seus principais pontos de discussão a questão do processo de construção e de aceitação de teorias Em linhas gerais, realistas defendem que a aceitação de uma teoria implica na sustentação da crença em sua verdade (ou verdade aproximada) e na existência das entidades que ela postula (tanto observáveis quanto inobserváveis) Já antirrealistas defendem que a crença a ser mantida em relação a essas teorias não deve se ligar a verdade, mas se restringir ao seu sucesso empírico Para defender que a dinâmica da ciência ocorre sob a ótica do realismo, muitos realistas fazem uso do argumento da inferência da melhor explicação, que se estrutura da seguinte forma: a) uma evidência E deve ser explicada; b) a hipótese H explicou melhor E que outras hipóteses rivais; c) conclusão: H é passível de crença em sua verdade e as entidades postuladas por H devem ser inferidas Em contrapartida, antirrealistas lançam inúmeras dúvidas acerca do argumento, entre eles estão Bas C Van Fraassen (1989, 27) e Stanford (26) Ambos os autores construíram grandes desafios ao argumento realista no que diz respeito a confiabilidade da avaliação das hipóteses que é pressuposta na segunda premissa do argumento; van Fraassen o fez a partir de uma discussão essencialmente filosófica, já Stanford construiu sua crítica a partir de uma análise filosófica e histórica Há, porém, um terceiro nível de análise da ciência segundo a qual é possível problematizar o argumento realista (também a partir de sua segunda premissa), esse é o nível sociológico A partir da concepção sociológica de Latour, argumentaremos que a análise de ciência do autor suscita a seguinte pergunta: dadas as dificuldades (materiais e teóricas) em se reunir todos os elementos necessários para se construir uma hipótese rival, será que sempre haverá rivais disputando para explicar uma mesma evidência como a premissa b pressupõe?Item Consciência como negatividade e indeterminismo em SartreBastos, Jackson Valentim; Santos, Eder Soares [Orientador]; Perius, Cristiano; Weber, José FernandesResumo: O propósito deste trabalho é analisar como se configura o pensamento sartreano a respeito da conduta humana, em que bases ela se constitui, que tipo de existência ela confere ao homem e como a noção de presença contribui para esse debate Nesse intuito percorremos alguns escritos de Sartre, com especial atenção em A transcendência do ego e O ser e o nada, tendo em vista assimilar como a noção de consciência coopera para a caracterização da condição humana, tendo em vista o modo como o homem fundamenta sua conduta e pode vislumbrar as possibilidades de se constituir no mundo A reflexão se debruça sobre algumas noções, como natureza humana, existência, conduta, situação, consciência e presença, que merecem uma atenção especial para pensar a condição humana na perspectiva da filosofia de Sartre Desse modo, a pergunta que rege nossa investigação é: qual a visão de Sartre a respeito da existência humana e como a noção de consciência que ele adota corrobora com a efetivação do comportamento humano?Item Criação e impessoalidade em torno do pensamento deleuzianoSouza, Geysa Gonçalves Rodrigues de; Grisotto, Américo [Orientador]; Weber, José Fernandes; Müller Junior, GuilhermeResumo: Partindo do interesse pela criação, a filosofia de Deleuze contribuiu na compreensão da exigência da impessoalidade nesse processo, atestada desde suas primeiras obras A impessoalidade criativa não universaliza, pelo contrário, é o que permite relacionar singularidades múltiplas Surge daí um pensamento sem autoria, múltiplo também nos meios expressivos O tema da impessoalidade é frequente no pensamento do filósofo francês, ocupando e marcando presença mesmo quando não mencionado diretamente, repetindo-se sempre diferenciando-se a cada novo agenciamento que o autor faz, levando ao encontro de conceitos como: transcendental, o fora, hecceidade, virtualidade, memória, corpo sem órgãos, estilo, afecto e perceptoItem Criação, afirmação e arte : de o nascimento da tragédia à a gaia ciênciaChicarelli, Monalisa; Weber, José Fernandes [Orientador]; Burnett Junior, Henry Martin; Santos, Volnei Edson dos; Frezzatti Junior, Wilson Antônio; Santos, Eder SoaresResumo: O objetivo da Dissertação foi compreender, tanto o modo como Nietzsche concebeu as relações entre os temas da criação, da afirmação e da arte em O Nascimento da Tragédia, Humano, Demasiado Humano e A Gaia Ciência, bem como, apreender as principais mudanças ocorridas em seu pensamento que explicam as transformações de suas concepções No primeiro capítulo, num primeiro momento, apresentamos os aspectos mais gerais da interpretação nietzscheana da tragédia, presentes em sua concepção do apolíneo e do dionisíaco Num segundo momento, explicitamos o modo como Nietzsche concebeu a morte da tragédia E, por fim, como último momento do primeiro capítulo, abordamos o tema da criação trágica e da relação entre criação e dor/sofrimento Nesse momento, caracterizamos a criação trágica, exemplificada na interpretação nietzscheana de Édipo e de Prometeu, como figuras prototípicas do palco grego, pois a interpretação feita por Nietzsche dessas duas figuras do palco grego contém o núcleo da sua teoria da criação trágica e da relação entre dor, criação e afirmação No segundo capítulo, num primeiro momento, foi dado destaque à crítica à moral e à metafísica, pois são os temas que marcam a mudança do pensamento do autor, momento em que foi abordada a valorização da história, da psicologia e da ciência A partir disso, foi possível abordar a nova maneira como Nietzsche concebe a arte, a criação e a afirmação, que consiste em: recusar a ideia segunda a qual a arte revelaria o substrato metafísico do mundo, ou seja, segundo a qual ela daria acesso à verdade; abandonar o juízo segundo o qual a arte seria superior à ciência; ocupar uma posição intermediária, entre a religião e a ciência, numa teoria da evolução da cultura e da civilização E num terceiro momento, buscou-se mostrar que a partir do tema/problema da morte de Deus, tal como ele é formulado no § 125 de A Gaia Ciência, é formulada uma concepção radical do trágico Por fim, em forma de anexos, foram acrescentadas reflexões sobre o tema do corpo e do teatro na obra do diretor José Celso Martinez CorrêaItem A crítica de Hannah Arendt aos tratados e declarações de direitos do homemPistori, Claudia Aparecida Galindo; Müller, Maria Cristina [Orientador]; Garcia, Bianco Zalmora; Cenci, Elve MiguelResumo: O tema a ser abordado nesta pesquisa trata da crítica de Hannah Arendt aos Tratados e Declarações de Direitos do Homem de 1789 e de 1948, bem como dos documentos de proteção dos direitos humanos, que foram baseados nesta última Carta Com base na crítica de Hannah Arendt será feita uma análise dos refugiados sírios no século XXI e como os direitos humanos não alcançam estes indivíduos, a partir da perda da cidadania síria, de forma semelhante ao que acontecera com os judeus e minorias, no século XX, resguardando-se o contexto histórico e político que diferenciam as duas situações de apatridia Considerando o problema da escassez de proteção dos direitos humanos, a pesquisa detém quatro objetivos a serem alcançados: apresentar as falhas apontadas pela filósofa da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, quais sejam: a destinação de proteção contida no documento, que se mostrará uma ilusão; os direitos humanos são impraticáveis; e, a proteção é restrita aos cidadãos Como segundo objetivo, serão apresentadas as dificuldades de proteção apontadas pelo filósofo irlandês Edmund Burke e por Norberto Bobbio, em referência à Declaração dos Direitos do Homem de 1789 O terceiro objetivo será demonstrar que a Declaração dos Direitos do Homem de 1948 é mera intenção de proteção, pois não foi positivada O quarto objetivo será apresentar o conceito de direito a ter direitos, formulado por Hannah Arendt, no sentido de efetiva participação política a todos os indivíduos A Metodologia aplicada será bibliográfica, utilizando-se as reflexões de Hannah Arendt, de Norberto Bobbio e de Celso Lafer Desse modo, observa-se que, de fato, existe um déficit de proteção dos direitos humanos, por estarem eles vinculados à condição de cidadão, o que permite concluir que, ao perder a cidadania, o indivíduo perde todos os direitos civis, políticos e humanos Resta claro, que Hannah Arendt apenas aponta as falhas da proteção dos direitos humanos, descarta a possibilidade de um governo mundial, mas, não diz como colocar em prática o conceito de direito a ter direitos Diante disso, o déficit de proteção dos direitos humanos é mantido e caberá à humanidade refletir sobre este assunto humano e buscar soluções No último tópico do terceiro capítulo desta pesquisa, foram apresentadas algumas sugestões de solução desta escassez de proteção dos direitos humanos, na visão de Celso Lafer que, baseando-se no conceito de soberania plena, que significa que ela deve ser associada aos ideais de autossuficiência e de autodomínio e, não no sentido construído, a partir da criação dos Estados-nações, que delimita a legitimidade do soberano dentro do território nacional Já na visão de Norberto Bobbio, a necessidade de instigar os Estados que ainda não possuem regras específicas para a tutela dos direitos humanos que o façam; e, para aqueles já possuem tais regras, que as aperfeiçoem, seja em relação ao número e qualidade dos direitos que veem a necessidade de serem tutelados, seja na quantidade e qualidade dos controles jurisdicionais utilizados Outras soluções poderão ser pensadas por futuros pesquisadoresItem A crítica de Heidegger à ciência modernaGouvêa, Miriele Sicote de Lima; Santos, Eder Soares [Orientador]; Weber, José Fernandes; Ferreira, Alexandre de OliveiraResumo: O objetivo principal desta Dissertação é a compreensão da crítica que Heidegger faz à ciência bem como a relação fundamental apresentada pelo autor entre ciência e técnica Com isso, pode-se dizer que o objetivo deste trabalho é apresentar a essência da técnica para, em seguida, analisar a concepção que Heidegger desenvolve de ciência que é fundamental para que se possa compreender a sua crítica, especialmente, no que refere aos critérios científicos como a objetificação, a calculabilidade e a mensurabilidade que são considerados problemáticos em sua visão Tendo isso em vista, o objetivo final deste trabalho é desenvolver uma relação entre a concepção de ciência de Heidegger e as concepções realista e anti-realista da ciência a fim de investigar se a crítica que Heidegger faz à ciência encontra algum limiteItem Crítica e aufklärung : a genealogia do sujeito em FoucaultPetrica, Denise Corder; Nalli, Marcos Alexandre Gomes [Orientador]; Weber, José Fernandes; Duarte, André de MacedoResumo: Este trabalho se ocupa em pensar como Michel Foucault estabeleceu uma relação com o presente Esta é inclusive a tarefa que a filosofia foucaultiana assume com o seu tempo, um diagnóstico para sua atualidade Nesta tarefa, o objeto desta análise é o sujeito, e para problematizar o sujeito e a atualidade, é indispensável uma interpretação genealógica e demorada do poder disciplinar É neste processo minucioso da genealogia foucaultiana que o sujeito aparece como algo produzido a partir das técnicas disciplinares na Modernidade Nesta interpretativa genealógica do sujeito, Foucault sinaliza para um trabalho impaciente e demorado de liberdade Nesta relação com o presente, os termos como a Aufklärung e a Crítica aparecem como um modo de superar os limites do assujeitamento moderno Eis o papel da Crítica, da Genealogia e da Aufklärung, uma atitude, não apenas de recusa, mas à medida que ela se realiza, a partir do trabalho minucioso e paciente da genealogia, permitem meios para que o sujeito se torne outro É o direito que o sujeito tem de interrogar a verdade e não se sujeitar a ela Neste jogo de forças entre o poder a verdade e o sujeito, a Crítica, a Genealogia e Aufklärung é não apenas a possibilidade de violar a verdade, como também a possibilidade de resisti-la, recusála e, sobretudo ultrapassá-laItem As críticas de Karl Popper aos critérios de significado de Rudolf CarnapSantos, Kelly Cristina dos; Liston, Gelson [Orientador]; Cunha, Ivan Ferreira da; Santos, Eder SoaresResumo: O presente trabalho tem como objetivo abordar a posição de Carnap e de Popper a respeito do que ambos entendem como sendo o método mais adequado para avaliar as teorias científicas, bem como para demarcar a ciência da metafísica Tais questões perpassam a análise dos critérios de significado de Carnap, o verificacionismo e, posteriormente, o confirmacionismo Tais critérios foram elaborados com o intuito de proporcionar, por meio da análise lógica da linguagem, o rigor necessário ao conhecimento científico, fundamentado no método indutivo Em seguida, abordaremos o critério metodológico defendido por Popper, o falseacionismo Tal critério de falseabilidade ou refutabilidade do sistema teórico é um critério metodológico, que afirma como sendo científico um sistema teórico, que faz afirmativas que podem se chocar com observações, isto é, capaz de estar sempre exposto às refutações derivadas da experiência Através disso, objetiva-se aprofundar tais questões a partir da análise das críticas de Popper aos critérios de significado de Carnap, em que é possível evidenciar com maior clareza as contribuições lógicas e metodológicas dos argumentos de ambos os filósofos à epistemologiaItem A cura em Foucault : uma leitura de vigiar e punirSilva, Ítalo Leandro da; Nalli, Marcos Alexandre Gomes [Orientador]; Caponi, Sandra Noemi Cucurullo de; Mansano, Sonia Regina VargasResumo: O tema da cura em Vigiar e Punir aparece no discurso dos magistrados como a justificatica para a punição dos criminosos A prisão teria como objetivo, desde seu nascimentos, realizar uma tranformação substancial no comportamento dos detentos, tornando-os úteis para o sistema produtivo Foucault, desde sua entrada no Collège de France e sua militância juntamente ao GIP, coloca em xeque o sistema penal francês por meio do questionamento do trabalho penal realizado pelos detentos e da denuncia que caráter terapêutico da prisão não passa de uma máscara de seus verdadeiros objetivos A genealogia é a ferramenta utilizada para a interpretação dos mecanismos disciplinares das sociedades atuais Por meio dela se observa o caráter bélico da constituição dos sujeitos como objetos de saber e como pontos de apoio do poder A análise das ilustrações de Vigiar e Punir possibilita compreender a cura segundo os postulados de uma ortopedia, ou seja, como correção Para a realização das operações corretivas, o poder disciplinar lança mão das técnicas de vigilância (Vigiar) e da sanção normalizadora (Punir) A efetiva consumação da vigilância se dá pelo emprego dos princípios do panoptismo, materializados na arquitetura dos estabelecimentos disciplinares e na fixação da hierarquia e por meio da observação permanente dos indivíduos, no controle dos comportamentos A internação torna-se um imperativo para se realizar os tratamentos A prisão, o asilo e o hospital são entendidos como máquinas para a tranformação dos homens A sanção normalizadora opera as cirurgias corretivas por meio da punição àqueles que fogem aos regulamentos disciplinares e por meio da repetição dos exercícios seguindo um crescimento gradual até alcançar uma meta considerada normal A utilização ortopédica do trabalho, instituída desde os primeiros modelos de encarceramento, é notada como um dos princípios penitenciários e alcança a terapia psiquiátrica, como vistas à utilização dos doentes mentais O trabalho parece ser um critério para determinar a condição de cura dos indivíduos, sendo um dos objetivos do poder em sua tarefa de forjar corpos úteis Constitui-se, deste modo, uma ergoterapia aplicada sobre os detentos e doentes mentais A junção das técnicas de vigilância e da sanção normalizadora coadunam-se na forma do exame, o qual possibilitaria a produção da verdade por meio da confissão em suas várias formas A psiquiatria realizaria por meio dos laudos psiquiátricos a conexão com o judiciário e lhe forneceria a justificativa cientifíca para uma punição como terapêutica e, em troca, consegueria seus objetos nos crimes sem razão, inimputáveis pelo atestado da loucura A cura, enfim, seria o resultado ou o efeito esperado após os processos de sujeição e objetivação dos indivíduos pelo poder disciplinar realizados durante seu isolamento na internação A luta pela autonomia dos indivíduos com constituiu-se como um dos motes da investida de Foucault na batalha contra o poder médico e contra a psiquiatrização de nossa existência