Ação e poder no pensamento de Hannah Arendt
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Sampar, Rene Erick
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Resumo
Resumo: O objetivo da presente Dissertação é analisar a relação existente entre a ação e poder, no intuito de apresentar os fatores que, desde a Antiguidade, obstaram a atividade da ação em se constituir como vetor dos desígnios políticos, bem como expor as razões que levaram nossas instituições atuais a se pautarem na violência e, por conseguinte, não serem capazes de gerar poder na acepção de Hannah Arendt A discussão geral proposta nesta pesquisa, construída sobre o paralelo entre o pensamento filosófico e político tradicional e o pensamento de Arendt, vincula-se a uma indagação que subjaz a filosofia desta autora no que tange ao modo como a política tem sido conceituada sob uma fórmula hierárquica que divide a sociedade entre governantes e governados A fuga da fragilidade dos assuntos humanos perpetrados pela ação e suas frustrações conduz a uma trama política baseada apenas em noções idílicas de um governo que, na atualidade, administra as necessidades sociais, sem jamais estabelecer espaços para que todos possam participar dos assuntos públicos e encontrar o sentido da política Por sua vez, o poder, disposto na ideia de governo, tem sido conceituado como a capacidade de influência e controle que determinado grupo possui sobre o comportamento alheio, materializando-se em geral mediante o emprego e o monopólio dos meios de violência Ao distanciar suas reflexões desta concepção, Hannah Arendt fundamenta o poder na capacidade de ação conjunta das pessoas e a política como o espaço criado pela reunião dos indivíduos capazes de agir e de trazer a novidade ao mundo A violência, principal protagonista do enredo político de todos os tempos, não possui, neste sentido, o condão de criar o poder e a política, mas os elimina juntamente com a ação plural pelo seu caráter de dominação Ao repensar as estruturas paradigmáticas da política ocidental que confluem na formação das instituições do século XX, Arendt acena para a política construída sob o arrimo da pluralidade e o respeito à singularidade humana
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Palavras-chave
Filosofia alemã, Philosophy, German