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Navegando CCB - CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS por Assunto "Abelha"
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Item As abelhas das orquídeas da Ilha do Superagui : Uma abordagem ecológica e molecularGiangarelli, Douglas Caldeira; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Augusto, Solange Cristina; Garófalo, Carlos Alberto; Ribeiro, José Eduardo Lahoz da Silva; Júlio, Carlos Eduardo de AlvarengaResumo: As abelhas da tribo Euglossini formam um grupo distinto dentro da família Apidae, por apresentar particularidades restritas a esta tribo, como a coleta de fragrâncias em fontes florais e não-florais, realizadas por seus machos O grupo mostra forte associação de seus machos com flores de orquídeas, sendo a tribo popularmente conhecida como abelhas das orquídeas Em áreas de Mata Atlântica localizadas no sul do Brasil, os estudos com este grupo de abelhas ainda são escassos Visando contribuir para um maior conhecimento das comunidades de Euglossini presentes em latitudes sul acima de 25o, onde apenas uns poucos estudos foram realizados até o presente, este trabalho teve como objetivo estudar as comunidades de Euglossini de duas fitofisionomias de Mata Atlântica, Floresta Ombrófila Densa (FOD) e Restinga, da Ilha do Superagui (IS) Outro objetivo deste trabalho foi comparar a comunidade destas abelhas amostradas na área de FOD da IS com os resultados obtidos em um outro estudo realizado em uma reserva particular localizada no continente e cerca de 24 km da IS Além disto, outro foco de interesse foi o de analisar as similaridades nas escolhas de fragrâncias e amplitude e sobreposição de nichos de diferentes espécies na busca por tais fragrâncias artificiais Além desta abordagem ecológica, este estudo analisou as frequências de machos diploides de diferentes espécies de Euglossini, incluindo entre estas duas espécies amostradas na IS, para avaliar possíveis variações nas frequências de ocorrências destes machos em populações de ambientes mais e menos preservados O estudo da IS foi realizado entre Nov/211 e Mar/214 Contudo, as amostragens na área de Restinga tiveram início um ano mais tarde (Nov/212) e se estenderam até Mar/214 Assim, foram realizadas 1 coletas mensais na Restinga e 15 na área de FOD Para as amostragens foram utilizadas iscas-odores de oito fragrâncias químicas para a atração de machos euglossíneos Estes foram coletados com armadilhas e rede entomológica Os principais resultados foram: a) nas dez amostragens realizadas simultaneamente nas áreas de FOD e Restinga da IS, foram capturados 266 machos, de quatro gêneros e 13 espécies de Euglossini na área de FOD Euglossa stellfeldi e Euglossa annectans foram as duas espécies mais abundantes nesta fitofisionomia Na Restinga foram coletados 64 machos, pertencentes a três gêneros e oito espécies Nesta fitofisionomia Euglossa cordata e Euglossa stellfeldi foram as espécies mais abundantes Considerando-se riqueza, abundância e dominância de espécies, os dois tipos de fitofisionomias da IS diferiram significativamente na estrutura das comunidades destas abelhas; b) a comparação das comunidades de Euglossini das áreas de FOD da IS e da reserva no continente mostraram uma fauna muito similar, mas revelando estruturas distintas em termos de dominância de espécies; c) nos três anos de amostragens, realizadas durante a estação quente-úmida na área de FOD da IS, foram coletados 378 machos de 13 espécies Euglossa annectans foi a espécie que mostrou maior diversidade no conjunto vii tde fragrâncias exploradas e maior amplitude de nicho em relação às outras três espécies mais abundantes na área estudada Euglossa roderici foi a espécie que mostrou a menor sobreposição de nicho e similaridade na exploração das fragrâncias disponíveis; d) em relação às análises iinéticas, os resultados revelaram que as frequências de machos diploides mantiveram-se abaixo de 1%, para cinco das seis espécies estudadas, entretanto, em três populações de Euglossa annectans as frequências destes machos ficaram acima de 15,% Tal espécie foi apontada como potencialmente mais sensível a interferências antrópicas no ambienteItem Abordagens genéticas voltadas para o conhecimento de diferentes aspectos da biologia de abelhas EuglossiniSuzuki, Karen Mayumi; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Augusto, Solange Cristina; Arias, Maria Cristina; Ruas, Claudete de Fátima; Souza, Rogério Fernandes deResumo: Euglossa constitui o gênero mais diverso em número de espécies da tribo Euglossini, com mais de 11 espécies reconhecidas Porém, algumas questões têm sido levantadas em relação às espécies de Euglossa O presente trabalho fez uso de diferentes técnicas moleculares para tentar responder algumas questões genéticas envolvendo as abelhas Euglossini, em destaque: questões taxonômicas e filogenéticas, especialmente as relacionadas a várias espécies de Euglossa com ocorrência reconhecida para a Mata Atlântica; e, aspectos ligados à origem de indivíduos ginandromorfos e intersexos O presente trabalho utilizou o sequenciamento de parte das regiões COI, CytB e 16S rDNA do DNA mitocondrial e região 28S rDNA do DNA nuclear a fim de tentar elucidar o real status taxonômico de Euglossa iopoecila e Euglossa roubiki Foi realizada a análise de distância genética segundo o modelo K2P, para a região barcode de Euglossa iopoecila e Euglossa roubiki bem como análises filogenéticas (máxima parcimônia (MP), máxima verossimilhança (ML) e análise bayesiana) Os dados da região barcode, do gene CytB e dos genes concatenados foram utilizados para a construção de redes de haplótipos Os dados concatenados de todos os genes resultaram em 3125 caracteres utilizados nas análises Os valores baixos (<,3%) de distância genética (modelo K2P) encontrados entre os indivíduos de E iopoecila e E roubiki e as análises de máxima parcimônia, máxima verossimilhança e bayesiana, bem como as redes de haplótipos indicam ser estas uma mesma espécie Igualmente, foi utilizado o sequenciamento de parte das regiões COI, 16S e 28S, para delinear a filogenia de espécies do gênero Euglossa da Mata Atlântica e, realizar as análises filogenéticas (MP, ML e análise bayesiana) Os dados concatenados de todos os genes resultaram em 2311 caracteres utilizados nas análises As árvores filogenéticas encontradas no presente trabalho sustentam os resultados de outros que apontam Euglossella como grupo irmão dos outros subgêneros de Euglossa; ainda, alguns ramos se mostraram parafiléticos corroborando os resultados de outros trabalhos, que apontam um agrupamento entre Glossura, Glossurella e Glossuropoda Os resultados obtidos reforçam a necessidade de uma revisão dos subgêneros de Euglossa Para o estudo de um indivíduo ginandromorfo de Euglossa melanotricha foram utilizados nove marcadores microssatélites, que indicaram ser este um organismo haploide ou homozigoto para os locos analisados Em relação ao indivíduo de E melanotricha, os resultados indicam se tratar de um organismo intersexo, pois este possui partes femininas e masculinas (tecidos) e é geneticamente uniformeItem Análise genética de Euglossa fimbriata (Hymenoptera: Apidae) de reservas florestais no norte do Paraná / Karen Mayumi SuzukiSuzuki, Karen Mayumi; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Ruvolo-Takasusuki, Maria Claudia Colla; Ruas, Paulo MaurícioResumo: Diversos estudos conservacionistas têm utilizado marcadores moleculares na avaliação da diversidade e estrutura genética de populações de vários organismos Entretanto, em relação às abelhas da subtribo Euglossina, importantes polinizadores neotropicais, ainda são poucos os estudos empregando tais marcadores para um maior conhecimento da diversidade genética de populações destas abelhas O presente trabalho investigou a diversidade genética de Euglossa fimbriata de seis fragmentos florestais do norte do estado do Paraná, por meio de marcadores moleculares RAPD e marcadores PCR-RFLP, estes para a análise da região 16S do mtDNA, desta espécie euglossina Foram utilizados 123 machos de E fimbriata pertencentes a seis fragmentos florestais constituindo remanescentes de Mata Atlântica, no norte do Paraná, sul do Brasil As estimativas de proporção de locos polimórficos das seis amostras de E fimbriata estudadas variaram de 34,44% a 47,78%, enquanto que os valores de heterozigosidade média encontrados variaram de ,936 a ,1527 Com base na análise da AMOVA envolvendo o conjunto de abelhas dos seis fragmentos florestais, detectou-se que a quantidade de variação genética foi maior dentro dos grupos (95,41%) do que entre os grupos de abelhas amostrados (4,59%) Foram utilizadas duas enzimas de restrição (AseI e DraI) para o corte da região 16S do mtDNA Foram encontrados 4 haplótipos gerados pela enzima AseI e 2 haplótipos pela enzima DraI Combinados estes haplótipos constituíram 5 haplótipos-compostos presentes de forma variada entre os grupos de abelhas dos diferentes fragmentos de mata estudados Um dos haplótiposcompostos encontrados mostrou-se presente entre as amostras de abelhas de todos os fragmentos florestais estudados, ocorrendo em freqüências entre 63,64 a 95,65% A ampla distribuição e elevada freqüência de tal haplótipo sugere sua origem ancestral em comparação aos demais haplótipos-compostos encontrados Os resultados obtidos com ambos os tipos de marcadores moleculares (RAPD e PCR-RFLP) indicam a existência de subpopulações constituindo uma metapopulação de E fimbriata na região estudada, bem como a importância de se preservar o conjunto de fragmentos florestais (independente do tamanho e grau de interferência antrópica destes) para a manutenção da diversidade genética desta espécie de Euglossina no norte do ParanáItem Os Apidae sociais e suas fontes florais em uma área urbanaCunha, Laís Cabral da; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Augusto, Solange Cristina; Ribeiro, José Eduardo Lahoz da SilvaResumo: Nos últimos anos diversos estudos têm apontado um declínio nas populações de abelhas no mundo todo O desmatamento, fragmentação e perda de habitats decorrentes do processo de urbanização, poluição e uso de pesticidas são algumas das causas atribuídas para este fato Embora a urbanização seja uma das prováveis causas relacionadas ao declínio de populações de abelhas, áreas urbanas podem também representar refúgios para algumas espécies, que encontram nestes ambientes recursos alimentares nas flores de parques e jardins e novas possibilidades de nidificação nas diferentes formas de edificações humanas Um dos grupos de abelhas que aparentemente tem conseguido ocupar áreas urbanas são as abelhas corbiculadas, membros da família Apidae Contudo, mesmo os Apidae sociais sendo considerados generalistas, por causa da sua capacidade de exploração de recursos de diversas flores, podem sofrer com a interferência antrópica Apesar disto, ainda são poucos os estudos que tem avaliado as assembleias de abelhas em áreas urbanas Um maior conhecimento sobre os biótopos urbanos e suas faunas de abelhas é de suma importância para um manejo mais adequado destas áreas e conservação deste grupo de polinizadores Além disto, considerando-se o declínio das abelhas, estudos sistematizados para a avaliação das assembleias de abelhas em uma determinada área são de grande relevância, embora ainda sejam escassos no Brasil Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a assembleia de abelhas corbiculadas e suas fontes florais em uma área urbana, campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e paralelamente reavaliar as possíveis mudanças ocorridas no conjunto destes polinizadores e suas fontes vegetais transcorridos cerca de 2 anos de um estudo similar realizado no mesmo local Esta avaliação foi feita por meio de coletas quinzenais, com rede entomológica, durante um ano As abelhas foram coletadas durante suas visitas às flores Durante o ano de estudo foram coletados 2555 Apidae corbiculados As espécies mais abundantes foram Trigona spinipes e Apis mellifera totalizando 74,4% do total de abelhas coletadas No estudo realizado anteriormente, a porcentagem destas duas espécies foi bastante similar (74,96%) Mesmo com esta semelhança, a abundância de abelhas corbiculadas do presente estudo foi muito inferior ao realizado há cerca de 2 anos, que foi de 438 Por outro lado, a riqueza de abelhas de ambos os estudos foi muito parecida, com 17 espécies amostradas no presente trabalho e 16 no anterior Assim, o coeficiente de Sorensen revelou uma similaridade igual a 78% entre as faunas destas abelhas entre os estudos A composição floral do local de estudo sofreu grande modificação ao longo destes 2 anos, resultando em diferenças nos conjuntos de espécies vegetais exploradas pelas abelhas nos dois estudos A percentagem de similaridade entre as fontes florais utilizadas pelas abelhas corbiculadas nos dois estudos foi de 69% Este valor indica que apesar das diferenças apresentadas, uma parte da composição floral é a mesma Enquanto os resultados obtidos revelaram uma mudança não muito expressiva na diversidade de composição das assembleias dos Apidae corbiculados da área estudada, transcorridos 2 anos, a menor abundância de indivíduos de várias espécies destas abelhas deve ser observada com maior atençãoItem Comunidade de abelhas e vespas solitárias que nidificam em cavidades preexistentes em áreas de reflorestamentos e remanescentes florestais no norte do ParanáGobatto, André Luiz; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Júlio, Carlos Eduardo de Alvarenga; Giangarelli, Douglas CaldeiraResumo: Este estudo avaliou a comunidade de abelhas e vespas que nidificam em cavidades preexistentes e seus inimigos naturais, coletadas com ninho armadilha em quatro fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual e quatro áreas de reflorestamento próximas, localizadas no norte do Paraná, durante o período de agosto de 215 a agosto de 216 Com o objetivo principal, avaliar se as áreas reflorestadas estão tendo sucesso no reestabelecimento da fauna deste grupo de Hymenopteras Foi coletado um total de 52 ninhos sendo 73 de abelhas, 399 de vespas e 3 não identificados, desses emergiram um total de 26 espécies de abelhas e vespas nidificantes e 2 espécies de inimigos naturais As espécies de vespas mais abundantes em número de ninhos foram, Pachodynerus grandis Willink & Roing-Alsina 1998 (175 ninhos, 34,86 %), Auplopus sp 1 (82 ninhos, 16,33 %) e Trypoxylon (Trypoxylon) sp 1(29 ninhos, 5,77 %) E as espécies de abelhas que mais fundaram ninhos foram Centris (Heterocentris) analis (Fabricius, 184) (15 ninhos, 2,98 %), Tetrapedia sp (13 ninhos, 2,58 %) e Carloticola sp (11 ninhos, 2,19 %) A maior abundância de ninhos de abelhas e vespas, em conjunto, foi em áreas de reflorestamento, porém, as abelhas foram as únicas que separadamente, indicaram diferenças significativa, apresentando maior abundância de ninhos em áreas de vegetação nativa A riqueza e diversidade de abelhas e vespas entre os ambientes foram semelhantes, indicando que a maior parte das áreas de restauração avaliadas propiciam condições para o restabelecimento da guilda em estudo Dessa maneira o grupo de insetos inventariado pode servir como medida para a avaliação do sucesso de áreas em recuperação, além de apresentar potencial para manejo em áreas de reflorestamentoItem Comunidade de abelhas Euglossini (Hymenoptera: Apidae) em remanescentes de Mata Atlântica e áreas reflorestadasFerronato, Maria Cecilia Fiordoliva; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Augusto, Solange Cristina; Torezan, José Marcelo DominguesResumo: Foram estudadas as comunidades de abelhas Euglossini de quatro áreas remanescentes de Mata Atlântica e quatro áreas de reflorestamento próximas aos remanescentes, localizadas no norte do estado do Paraná, sul do Brasil: a) Alvorada (ALV) com 139,4 ha; b) Congonhas (CONG), com 119,8 ha; c) Primeiro de Maio (PM), com 65,4 ha e Parque Estadual “Mata dos Godoy” (PEMG), com 68 ha Todas as áreas apresentam uma formação de Floresta Estacional Semidecidual, em diferentes estágios sucessionais Nas amostragens machos de abelhas foram atraídos à iscas-odores de oito essências diferentes (eucaliptol, eugenol, vanilina, beta-ionona, salicilato de metila, acetato de benzila, benzoato de benzila e cinamato de metila) Em cada área de estudo, foram selecionados dois pontos de amostragem (A e B) Os machos atraídos pelas iscas foram amostrados com rede entomológica (ponto A) e por meio de armadilhas de garrafas plásticas (ponto B; distante cerca de 1 km do ponto A) As coletas foram realizadas mensalmente no período de setembro/212 a abril/213 e nos meses de outubro e novembro/213, no horário das 1: às 14: h Cada remanescente florestal e seu reflorestamento correspondente foram amostrados simultaneamente por dois coletores Foi coletado um total de 435 machos de Euglossini, pertencentes aos gêneros Euglossa (346 machos, 7 espécies), Eulaema (42 machos, 1 espécie), Exaerete (14 machos, 1 espécie) e Eufriesea (33 machos, 1 espécie) Todas as áreas amostradas, exceto PM, apresentaram alto índice de similaridade entre as comunidades de Euglossini dos remanescentes e seus correspondentes reflorestamentos Ainda, com exceção de PM, remanescentes e reflorestamentos correspondentes não mostraram diferenças significativas nas abundâncias e riquezas destas abelhas Os resultados indicam que a maioria das espécies de Euglossini amostradas neste estudo é capaz de explorar, de forma similar, áreas reflorestadas e remanescentes florestais em busca de fragrâncias químicasItem Comunidades de abelhas Euglossini de dois remanescentes de Mata Atlântica no estado do ParanáGiangarelli, Douglas Caldeira; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Augusto, Solange Cristina; Zequi, João Antonio CyrinoResumo: Neste trabalho foram estudadas as comunidades de Euglossini de doisimportantes remanescentes de Mata Atlântica localizados no estado do Paraná:a) Reserva Natural Salto Morato (RNSM), com 234 ha, recoberta em suamaior parte por Floresta Ombrófila Densa, localizada no município deGuaraqueçaba (25°1’56”S e 48°17’53”W); b) Fazenda Monte Alegre (FMA),com 126 ha, localizada no município de Telêmaco Borba (24o12’42”S e5o33’26”W) Na FMA foram estudadas as comunidades de Euglossini de doistipos de formação vegetal de Mata Atlântica: Floresta Estacional Semidecidual– FES - (217 ha) e Floresta Ombrófila Mista – FOM -(79 ha) Em ambas aslocalidades (RNSM e FMA), nas amostragens foram utilizadas iscas-odores deoito essências diferentes (eucaliptol, eugenol, vanilina, beta-ionona, salicilatode metila, acetato de benzila, benzoato de benzila e cinamato de metila) Asamostragens ocorreram no horário entre 1: e 13: h Nas amostragensmachos euglossíneos atraídos às iscas foram capturados, com redeentomológica, por dois coletores que amostravam simultaneamente dois pontosdistintos nas áreas de estudo Na FMA, as amostragens foram realizadas noperíodo de fevereiro/28 a janeiro/21 e tiveram duração de duas horas NaRNSM, as amostragens ocorreram no período de abril/29 a março/21 etiveram duração de três horas Neste local, duas áreas de Floresta OmbrófilaDensa foram amostradas em dias consecutivos Ambas as áreas foramamostradas simultaneamente por dois coletores, totalizando quatro pontos deamostragem na RNSM Na FES da FMA foram coletados 297 machospertencentes a sete espécies e três gêneros Eulaema nigrita foi a espéciemais abundante, com 124 indivíduos amostrados (41,8%), seguida deEufriesea violacea com 94 indivíduos coletados (31,6%) Na área composta porFloresta Ombrófila Mista foram coletados 92 indivíduos, pertencentes a trêsespécies e três gêneros Eulaema nigrita foi a espécie mais abundante, com 89indivíduos amostrados (96,7%) Na RNSM, durante o período de estudo, foiamostrado um total de 355 indivíduos, pertencentes a quatro gêneros e 13espécies: Euglossa iopoecila (43,4%) e Euglossa annectans, (33,5%) foram asespécies mais abundantes Este trabalho revelou a ocorrência de E viridis naárea de FOD da RNSM, demonstrando uma maior amplitude de ocorrênciadesta espécie em domínios de Mata Atlântica Os resultados deste estudocontribuem efetivamente para um maior conhecimento da fauna de Euglossiniem remanescentes de Mata Atlântica no estado do Paraná e sul do Brasil e xfornecem informações que auxiliam na compreensão da distribuição desteimportante grupo de polinizadores neotropicaisItem Diversidade genética da abelha Eufriesea violacea (Hymenoptera, Apidae, Euglossini)Freiria, Gabriele Antico; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Arias, Maria Cristina; Souza, Rogério Fernandes deResumo: Neste estudo seis ‘populações’ de Eufriesea violacea tiveram sua diversidade e estrutura genéticas estimadas, por meio de marcadores microssatélites e mitocondriais obtidos por PCR-RFLP As coletas dos machos destas abelhas foram realizadas em remanescentes de Mata Atlântica localizados nos estados do Paraná (PR1, PR2 e PR3), São Paulo (SP1), Santa Catarina (SC1) e Rio Grande do Sul (RS1) As análises de microssatélites envolveram a amplificação de seis locos, que revelaram uma heterozigozidade média total esperada de ,735, indicando uma alta diversidade genética para as amostras analisadas A análise da variância molecular (AMOVA) revelou uma baixa diferenciação genética entre as áreas (FST = ,4465), assim como a análise de estruturação genética via estatística bayesiana De modo diverso, as estimativas de DEST indicaram diferenciação genética entre algumas localidades: PR1-SP1 (DEST = ,168); PR2-PR3 (DEST = ,227); PR3-SP1 (DEST = ,315) A frequência de machos diplóides encontrada foi de 3,8% Os marcadores mitocondriais foram obtidos com base na amplificação de um segmento, de 4 pb, da região 16S do DNAmt e restrição com duas endonucleases (DraI e AseI) Foram encontrados quatro haplótipos compostos distintos (AB, BA, BC e AD) No remanescente PR1 foi observada a presença de dois haplótipos, ambos em frequências elevadas e não muito distintas (BC: 57,5%; AD: 42,5%) Nos fragmentos PR2 e SC1 houve a dominância dos haplótipos, AB (97,5%) e BC (2,5%), respectivamente Os haplótipos BA (2,5%) e AD (2,5%) foram encontrados em menor frequência nos fragmentos PR2 e SC1, respectivamente Nos remanescentes PR3, SP1 e RS1 apenas um haplótipo foi encontrado, respectivamente, AB, AB e BA A análise da variância molecular (AMOVA) indicou forte diferenciação genética (FST = ,82112) entre as amostras dos remanescentes estudados A análise, com base nestes marcadores mitocondriais, entre os pares de amostras dos seis fragmentos florestais sugere a existência de três grupos, assim constituídos: um agrupamento formado por abelhas dos fragmentos PR2, PR3 e SP1, outro agrupamento reunindo as amostras das áreas PR1 e SC1 e, o fragmento SC1 aparecendo isoladamente O mesmo agrupamento foi evidenciado pela análise bayesiana A discordância entre as análises reforça a ideia que as diferentes taxas evolutivas do genoma mitocondrial e locos de microssatélites, podem fornecer informações diferentes, as quais devem ser consideradas e analisadas com cuidado na tentativa de conhecer melhor a estruturação genética das populaçõesItem Diversidade genética de Euglossa pleosticta (Hymenoptera: Apidae) de sete fragmentos florestais no norte do Paraná, sul do BrasilOliveira, Francielly Medeiros de; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Ruas, Claudete de Fátima; Souza, Rogério Fernandes deResumo: As abelhas Euglossini apresentam distribuição intrínseca aos neotrópicos, onde são polinizadores importantes de um grande número de famílias de plantas Euglossa pleosticta Dressler é uma espécie com ocorrência relatada exclusivamente para o território brasileiro, onde mostra uma ampla distribuição geográfica Apesar de ser um constituinte importante das comunidades de Euglossini em remanescentes de Mata Atlântica no sul e sudeste do Brasil, não existem ainda estudos sobre a diversidade genética de populações de E pleosticta presentes nos remanescentes deste bioma brasileiro tão severamente ameaçado Neste estudo a diversidade genética de populações de E pleosticta de sete fragmentos de florestais, localizados no estado do Paraná foi investigada por meio de marcadores PCR RFLP e microssatálites, obtidos a partir da análise de 157 machos desta espécie Nas análises de PCR-RFLP, amplicons do gene 16S-(rDNA) e da região entre os genes citocromo C oxidase I e II (COI-COII) do DNAmt de E pleosticta foram cortados com as endonucleases AseI, DraI e SspI, resultando em nove haplótipos-compostos, dos quais quatro foram haplótipos exclusivos Nas análises de microssatélites foram amplificados sete locos, resultando na identificação de 57 alelos, os quais variaram em número de seis a dez alelos por loco amplificado A análise de variância molecular (AMOVA), aplicada aos dados mitocondriais, indicou estruturação não significativa e ausência de variação genética entre as sete amostras analisadas Os valores estimados de divergência de nucleotídeos (d), de , a ,42, indicam baixa divergência de nucleotídeos entre as amostras De modo distinto, as análises de microssatélites, revelaram uma partição significativa na variação genética entre os grupos de abelhas dos sete fragmentos florestais, com valores de FST (,36 - ,169) indicativos de baixa a alta diferenciação genética entre os 21 pares de amostras analisados A falta de estruturação genética entre as amostras de E pleosticta, revelada pelos marcadores mitocondriais, parece ser decorrente da maior conservação do genoma mitência de subpopulações de E pleosticta nesta regiãoItem Diversidade genética e estrutura de populações de Euglossa stellfeldi (Apidae, Euglossina) de remanescentes de Mata Atlântica da costa brasileiraDiniz, Thais Kotelok; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Ruvolo-Takasusuki, Maria Claudia Colla; Freiria, Gabriele AnticoResumo: A subtribo Euglossina (Hymenoptera, Apidae) é amplamente distribuída na região Neotropical, sendo mais diversificada e abundante em florestas úmidas O grupo teve sua origem provavelmente na região da bacia Amazônica e diversas espécies ocorrem em diferentes formações vegetais Na Mata Atlântica (MA) ocorrem cerca de 5 espécies do grupo, sendo metade destas endêmicas a este bioma Euglossa stellfeldi Moure, 1947 é uma espécie de abelha das orquídeas (Apidae, Euglossina) endêmica da MA, apresentando uma distribuição que abrange áreas do sul (Santa Catarina) ao nordeste do Brasil (Alagoas) Como observado para outras espécies de Euglossina, populações de E stellfeldi apresentam variações na coloração do integumento ao longo de sua distribuição, variando de azul-esverdeado ou azulado na região sul e coloração verde em direção à distribuição norte da espécie Outro aspecto relevante diz respeito ao fato de pouco se saber sobre a estrutura genética de populações de E stellfeldi de ambientes insulares em relação às de áreas continentais Assim, este estudo teve como objetivo investigar a diversidade genética e estrutura de populações de E stellfeldi amostradas em remanescentes de MA ocupando áreas continentais e ilhas, localizados ao longo das regiões sul e sudeste As análises genéticas envolveram populações de 12 localidades, como segue: na região sul (JO: Joinville/SC, SF: São Francisco do Sul/SC, IS: Ilha do Superagui-Guaraqueçaba/PR, SM: Salto Morato-Guaraqueçaba/PR) e na região sudeste (IC: Ilha do Cardoso-Cananeia/SP, CA: Cananeia/SP, BE: Bertioga/SP, SS: São Sebastião/SP, IB: Ilhabela/SP, BU: Ilha dos Búzios-Ilhabela/SP, IA: Ilha Anchieta-Ubatuba/SP, UB: Picinguaba-Ubatuba/SP) Nas análises foram empregados marcadores nucleares (microssatélites) e mitocondriais (citb e COI) Para as análises de microssatélites foram amplificados 11 locos e genotipados 37 machos, foram identificados 139 alelos nas diferentes amostras Para todos os estimadores de diversidade genética, a população de BU, a menor ilha dentre todas analisadas, foi a que apresentou os menores valores O estimador FST (,1) global indicou uma diferenciação genética significativa (p < ,5) entre as populações analisadas As comparações par a par, baseadas nos estimadores (FST e Dest), indicaram diferenciação genética significativa (p < ,5) em 47 dos 55 pares de amostras analisadas Nas análises mitocondriais foram utilizados 16 machos e analisada uma sequência concatenada de 1132 pb, sendo 46 pb do gene citb e 672 do gene COI, que resultaram em oito haplótipos identificados Os marcadores mitocondriais revelaram níveis mais altos de estruturação genética do que os obtidos com os nucleares Apenas para os marcadores mitocondriais foi encontrada correlação positiva significativa (R²=,5268; p=,1) entre as distâncias genética (mt-FST) e geográfica (km) Apesar da baixa variação na sequência mitocondrial analisada, os resultados permitem sugerir uma possível quebra filogeográfica entre dois conjuntos de populações, um destes reunindo cinco populações acima de BE, que compartilharam de forma exclusiva o haplótipo 6 e, outro formado por seis populações mais ao sul de BE, compartilhando exclusivamente o haplótipo 1 A população de BE apresentou ambos os haplótipos e se mostrou como uma possível área de hibridização Como já sugerido para outras espécies da subtribo, os resultados obtidos apontam para os machos como sexo dispersor também para E stellfeldiItem Estrutura do ninho e atividades de nidificação de Epicharis (Anepicharis) dejeanii (Apidae, Centridini) na Ilha do Superagui, sul do BrasilUemura, Natália; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Ribeiro, José Eduardo Lahoz da Silva; Giangarelli, Douglas CaldeiraResumo: A tribo Centridini, família Apidae, constitui um grupo de abelhas solitárias exclusivas da região Neotropical Os hábitos de nidificação variam entre as espécies da tribo, mas a maioria estabelece seus ninhos no solo, de forma espaçada, ou formando agregações Relatos de agregações de ninhos de indivíduos do gênero Epicharis têm surgido gradativamente na literatura Objetivou-se neste trabalho, contribuir com informações sobre o comportamento e atividades de nidificação de Epicharis dejeanii Lepeletier, 1841 e apresentar dados, até então inéditos, da arquitetura do túnel (ninho) desta espécie Os ninhos distribuíram-se em uma agregação com 3 m2 de extensão, na Ilha do Superagui, Parque Nacional do Superagui, sul do Brasil A coleta de dados ocorreu nos verões de 215 e 216 A observação do comportamento das abelhas ocorreu durante dez horas diárias, em 21 ninhos As fêmeas iniciaram suas atividades de construção em novembro de 215 Em fevereiro de 216, os ninhos encontravam-se inativos e recobertos por areia Foi observada a construção de três ninhos, nos quais as fêmeas escavaram em média 67 minutos sem interrupção (n = 12), realizando pequenas viagens de em média 2 minutos (n = 7) e retornando às escavações Os ninhos apresentaram um único túnel, de 64 cm a 1,84 m de profundidade (média = 1,45 m, n = 8) os quais possuíam apenas uma célula de cria ao final, com tamanho médio de 3,13 cm (n = 13) No período de observação, as fêmeas realizaram em média, quatro viagens diárias em busca de recursos florais e traziam para o ninho óleo e pólen em suas escopas Machos foram vistos com frequência, em três meses de observação, sobrevoando e fazendo patrulhamentos nos ninhos A agregação encontra-se a pelo menos, quatro anos no mesmo local, renovando-se a cada anoItem Estrutura genética de Euglossa iopoecila (Apidae, Euglossini) em remanescentes de Mata AtlânticaPenha, Rafael Elias da Silva; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Augusto, Solange Cristina; Almeida, Fernanda Simões deResumo: Euglossa iopoecila é uma das espécies de Euglossini com distribuição restrita à Mata Atlântica, sendo encontrada apenas em domínios de Floresta Ombrófila Densa Esta espécie apresenta uma variação de cor ao longo de sua amplitude de ocorrência e tem sido foco de uma discussão sobre seu real status taxonômico Levando em consideração a importância e a ausência de estudos genéticos de populações de E iopoecila, este trabalho teve como objetivo obter informações sobre a estrutura genética de populações desta espécie, distribuídas ao longo de remanescentes de Mata Atlântica, onde são encontrados indivíduos apresentando coloração variando de azul-violeta a verde Assim, foram analisadas amostras de cinco populações de E iopoecila, distribuídas em remanescentes florestais entre os estados do Paraná e Rio de Janeiro As cinco áreas de estudo foram: Reserva Natural Salto Morato – SM (PR), Ilhabela – IB, Ubatuba – UB e São Sebastião – SS (SP) e Reserva Biológica União – RJ, no estado do Rio de Janeiro Nas análises foram empregados marcadores microssatélites e mitocondrial (segmento de 651 pb do Cyt b) Os resultados com marcadores mitocondriais revelaram níveis mais elevados de estruturação genética entre as populações estudadas do que os detectados pelos marcadores microssatélites, fato que pode estar refletindo, em parte, o comportamento filopátrico das fêmeas destas abelhas Uma significativa correlação positiva foi encontrada entre distância genética e distância geográfica, sugerindo um maior fluxo gênico entre populações mais próximas geograficamente Nossos resultados também sugerem que a forte estruturação revelada pelo marcador mitocondrial pode estar relacionada a processos evolutivos mais antigos, envolvendo eventos históricos ocorridos durante o PleistocenoItem Estrutura genética populacional e frequência de machos diplóides de Euglossa pleosticta e Euglossa fimbriata (Hymenoptera, Apidae, Euglossini)Andrade, Leandro Nunes de; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Augusto, Solange Cristina; Ruas, Claudete de FátimaResumo: A estrutura genética e a frequência de machos diplóides de populações de duas espécies de abelhas das orquídeas, Euglossa pleosticta e Euglossa fimbriata, foram estudadas com base em marcadores microssatélites Estas duas espécies apresentam uma ampla distribuição em território brasileiro e são comumente encontradas em remanescentes florestais de Mata Atlântica do nordeste ao sul do Brasil As análises genéticas envolveram machos de populações de E pleosticta e E fimbriata, respectivamente, de seis e cinco fragmentos florestais, de tamanhos diferentes (variando de 13,4 a 58 ha), separados por distâncias entre 6,1 e 5,4 km, localizados no norte do estado do Paraná Os machos de abelhas foram coletados com rede entomológica durante visita à iscas-odores Em cada fragmento florestal, as abelhas foram amostradas simultaneamente por dois coletores em dois pontos distintos de coleta O número de coleta por fragmento variou de 12 a 18 Foram analisados 269 machos de E pleosticta e 212 machos de E fimbriata Todos os seis locos de microssatélites analisados se mostraram polimórficos, com um número de alelos variando de 11 a 39 entre os diferentes locos para E pleosticta e, 7 a 36 para E fimbriata De um total de 128 alelos identificados para E pleosticta e 115 para E fimbriata, 45 e 37 foram alelos exclusivos para as respectivas espécies A Análise de Variância Molecular (AMOVA) revelou uma variação genética de 84,88% dentro das amostras analisadas de E pleosticta e de 15,12% entre estas, com um valor de ST = ,15 Valores similares foram observados para E fimbriata Para esta espécie foi encontrada uma variação de 86,2% dentro das amostras analisadas e de 13,8% entre estas, e um valor de ST = ,13 Para ambas as espécies os valores de ST foram significativamente diferentes de zero, indicando diferenciação genética alta e moderada, respectivamente, para E pleosticta e E fimbriata Uma significante estruturação entre as amostras analisadas também foi encontrada pela análise bayesiana, a qual revelou a formação de três agrupamentos distintos entre si, para ambas as espécies estudadas As análises revelaram baixas frequências de machos diplóides, totalizando seis machos diplóides identificados para E pleosticta e dois para a espécie E fimbriata A diferenciação genética detectada entre os vários pares de amostras é sugestiva de restrição de fluxo gênico entre as subpopulações dos diferentes fragmentos florestais na região estudadaItem Filogeografia, padrões demográficos históricos e diversidade genética de abelhas Euglossini, com ênfase em espécies da Mata AtlânticaSilva, Wilson Frantine da; Sofia, Silvia Helena [Orientador]; Miyaki, Cristina Yumi; Melo, Gabriel Augusto Rodrigues de; Souza-Shibatta, Lenice; Ferreira, Dhiego GomesResumo: A tribo Euglossini compreende um grupo de abelhas neotropicais de cerca de 24 espécies as quais apresentam complexas histórias biológicas pouco exploradas do ponto de vista biogeográfico e filogeográfico Devido uma gama de comportamentos e outras peculiaridades, estas abelhas apresentam uma intrínseca relação com seus ambientes, de modo que suas histórias biológicas são reflexo da própria história de seus respectivos habitats Amplamente distribuídas nas florestas úmidas americanas, as abelhas das orquídeas, como são popularmente conhecidas, apresentam altas taxas de endemismo na Mata Atlântica, onde quase 5% das espécies documentadas são endêmicas a este ambiente Dentre muitos fatores por trás dos processos geradores de diversidade, mudanças climáticas ao longo do Pleistoceno, movimentos neotectônicos e barreiras geológicas, são frequentemente apontadas como os principais agentes históricos por trás da megadiversidade deste bioma No presente estudo, diferentes espécies de abelhas da tribo Euglossini são utilizadas como modelo para investigar os processos por trás da diversificação destas abelhas ao longo das florestas tropicais americanas, com ênfase na Mata Atlântica Para tanto, três espécies e grupos de espécies do gênero Euglossa correspondendo à diferentes modelos distribucionais (E annectans, E iopoecila, e cinco espécies do subgênero Glossurella, grupo crassipunctata) foram selecionados para inferir sobre processos em diferentes escalas latitudinais, longitudinais e temporais Técnicas baseadas em sequenciamento de genes mitocondriais, genotipagem de locos microssatélites e sequenciamento paralelo massivo foram utilizados em associação à modelagem de nicho ecológico e distribuição de espécies para avaliar aspectos genéticos populacionais, filogenéticos e filogeográficos, bem como sua congruência com padrões climáticos atuais e pretéritos, eventos geológicos e neotectonismos Os resultados encontrados apontam que flutuações climáticas foram determinantes para definição da estrutura populacional das espécies de Euglossini na Mata Atlântica, porém os efeitos destes eventos dependem fortemente das idiossincrasias associadas à aspectos ecológicos de cada espécie De acordo com os resultados, espécies associadas às Florestas Estacionais Semideciduais tenderam a migrar parte de suas populações para o interior, se afastando da região litorânea ao longo dos picos glaciares do Pleistoceno Por outro lado, espécies com ampla distribuição latitudinal associadas à Floresta Ombrófila Densa se encaixam nas expectativas da interpretação atual dos refúgios para a Mata Atlântica Os modelos de nicho para as abelhas das orquídeas aqui estudadas apontam de forma recorrente a existência de áreas adequáveis na porção sul da Mata Atlântica no último máximo glacial (21 Ka a p) A cronologia da diversificação filogenética das espécies do grupo crassipunctata indica o aumento da atividade orogênica nos Andes à ~5-6 Ma a p como fator determinante para o surgimento de quatro das seis espécies atuais, e que as flutuações climáticas do Pleistoceno apenas influenciaram a separação entre o clado amazônico e atlântico Os resultados do presente estudo são inéditos e agregam uma importante contribuição para o entendimento dos padrões e processos geradores de diversidade na tribo Euglossini, bem como, na Mata Atlântica