01 - Doutorado - Estudos da Linguagem
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Navegando 01 - Doutorado - Estudos da Linguagem por Assunto "Advertising"
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Item Chevrolet e público feminino : hibridismo e argumentação ideológica na propagandaOliveira, Lolyane Cristina Guerreiro de; Oliveira, Esther Gomes de [Orientador]; Couto, Elza Kioko Nakayama Nenoki do; Barbosa, Pedro Luis Navarro; Panichi, Edina Regina Pugas; Contani, Miguel LuizResumo: Este trabalho realiza um estudo a respeito da hibridização encontrada quando o gênero propaganda é revestido no gênero reportagem Nessa configuração, pretendemos avaliar os impactos produzidos na argumentação da ideologia no discurso publicitário, considerando a perspectiva de que a argumentatividade está inscrita, em maior ou menor grau, no ato discursivo Procurando também dimensionar a relevância dessa hibridização nos textos publicitários, elaboramos um estudo sobre os recursos linguísticos que foram de uso mais frequente e significativo, ideologicamente, na organização textual de uma propaganda selecionada, voltada para o público feminino, para o corpus da pesquisa Apontamos, no processo de o sujeito-anunciante buscar a adesão dos seus leitores/consumidores às suas ideias, os recursos pelos quais o texto consolida a apresentação das qualidades de um produto para convencer determinado público a acreditar que identificações também ocorrem entre pessoas e veículos Confirmando esse caráter persuasivo-ideológico da propaganda, encontramos, nesta linguagem, um vasto campo de estudo para a argumentação, primordialmente, quando identificamos a apropriação de um gênero, com sua linguagem específica, suas características, seus arranjos, em outro O procedimento metodológico, verificado em três propagadas selecionadas, incorpora guias de macro e microanálise enunciadas por Bonini (23) ao estudo da argumentatividade expressa pelas palavras, com a qual se veicula a ideologia, responsável pela propagação de valores aceitos por determinada comunidade Dessa forma, comprovamos a afirmação do linguista francês Oswald Ducrot, segundo a qual a argumentatividade está inscrita na própria língua, dependendo, sobretudo, do tipo de texto utilizado pelo produtor e com qual finalidade ele o utiliza, ao interagir com seu(s) enunciatário(s)Item Entre o mesmo e o diferente : trajetos dos enunciados proverbiais no discurso publicitárioFernandes, Célia Bassuma; Fernandes, Luiz Carlos [Orientador]; Lagazzi, Suzy Maria; Petri, Verli; Oliveira, Esther Gomes de; Joanilho, Mariângela Peccioli GalliResumo: Tradicionalmente conhecidos por difundirem a vox populi, os provérbios podem ser definidos como máximas breves que traduzem experiências da vida coletiva, revelam as atitudes de um grupo e difundem os modos de ser de determinada comunidade Assim como outras práticas discursivas de larga circulação, como, por exemplo, as charadas, as piadas e as lendas, constituem já-ditos que retornam nos mais diferentes tipos de discursos Objetivamos, neste trabalho, examinar como essas fórmulas repetidas ao longo dos tempos como verdades que não podem ser contestadas são reatualizadas no texto publicitário, cuja principal característica é o pretenso efeito de originalidade, promovendo rupturas de significação e instaurando o novo por meio de processos polissêmicos ou retomando o mesmo por meio de processos parafrásticos Para tanto, foram selecionadas 12 (doze) materialidades discursivas recolhidas de revistas de grande circulação nacional, dirigidas a públicos-alvo distintos Ressaltamos que, neste trabalho, entendemos os provérbios como enunciados discursivos que retornam no fio do discurso dos textos publicitários, entrecruzando uma memória (eixo vertical) e uma atualidade (eixo horizontal) Afirmamos, diante das análises empreendidas, que os enunciados proverbiais retornam no eixo da formulação pelo funcionamento do discurso transverso, ou seja, eles não são sintagmatizados no intradiscurso, mas atravessam o discurso como pré-construído, uma vez que fornecem a matéria-prima pela qual o sujeito se constitui como “sujeito falante” com a formação discursiva que o domina (Pêcheux, 1997, a) Assim, ao irromperem no fio do discurso publicitário, deslocam-se, derivam, deslizam e falham, instaurando novos sentidos, promovendo a passagem de uma formação discursiva para outra ou cristalizando o já postoQuanto à noção de détournement proposta por Grésillon e Maingueneau (1984) para a análise dos enunciados proverbiais, concluímos que o sujeito que se apropria desse mecanismo para “desviar” um enunciado proverbial tem raízes no sujeito cartesiano, idealista, que tem a ilusão de ser a origem do dizer Com relação ao sentido, entendemos que o mecanismo estudado o encaminha sempre para uma determinada direção, de acordo com as filiações ideológicas do locutor, por meio das estratégias de “captação” e de “subversão” sem questionar as evidências de saturação dos sentidos, desconsiderando, dessa forma, o trabalho da língua na história e também o da exterioridade como constitutivos do discurso Além disso, para os autores, os enunciados são “produzidos” e “fabricados”, escapando da interpelação ideológica e do atravessamento do inconsciente, pois funcionam como uma espécie de “máscara”, que remete a ideologia à condição de ocultação da realidade