02 - Mestrado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial
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Navegando 02 - Mestrado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial por Assunto "Artrite reumatóide"
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Item Associação do polimorfismo genético do fator de necrose tumoral beta +252 G>A (rs909253) com a presença de autoanticorpos em pacientes com artrite reumatoideMedeiros, Fabiano Aparecido de; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Breganó, José Wander; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti [Coorientador]Resumo: Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune potencialmente incapacitante, cujo desenvolvimento tem sido associado à exposição a certos fatores ambientais em indivíduos geneticamente predispostos O fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) é a principal citocina envolvida na fisiopatologia da AR, induzindo a inflamação sinovial e sistêmica O fator de necrose tumoral beta (TNF-ß) é reconhecido basicamente pelos mesmos receptores que o TNF-a, e dessa forma eles apresentam efeitos similares O TNF-ß é homólogo ao TNF-a, e estudos demonstram que o polimorfismo genético do TNF-ß (rs99253) pode estar relacionado a alterações na expressão do TNF-a, com consequente aumento na produção de sua citocina Estudos indicam que o polimorfismo TNF-ß +252 G>A está associado a um maior risco de desenvolvimento de diversas doenças autoimunes, entre elas AR Objetivo: O presente estudo verificou a associação entre o polimorfismo do TNF-ß +252 G>A com a susceptibilidade à AR e a presença dos biomarcadores de diagnóstico e prognóstico, fator reumatoide (FR) e anticorpo anti-peptídeo citrulinado cíclico (anti-CCP), assim como com os níveis séricos TNF-a Métodos: Esse é estudo caso-controle, incluindo 261 pacientes com AR e 297 controles, todos da mesma região geográfica O diagnóstico de AR foi realizado de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatismo/Liga Europeia de Reumatologia, de 21 A atividade da doença foi avaliada pelo disease activity score in 28 joints, utilizando a proteína C reativa (PCR) ou a velocidade de hemossimentação (VHS) O polimorfismo genético do TNF-ß foi determinado pela reação em cadeia da polimerase e polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) com identificação de três genótipos: B1/B1, B1/B2 e B2/B2 Foram avaliados os seguintes marcadores inflamatórios: contagem de leucócitos totais, VHS, níveis séricos de ferritina, PCR, FR, anti-CCP, e os níveis plásmaticos de TNF-a e o seus receptores 1 (TNFR1) e receptores 2 (TNFR2) Resultados: Entre os pacientes, 42,1% apresentaram o alelo B2/B2, 47,9% B1/B2 e 1,% B1/B1, resultando em uma frequência alélica de 66,% para o alelo B2 e 34,% para o alelo B1 Não foi observada diferença significativa na frequência alélica e na distribuição genotípica entre os grupos no modelo aditivo, assim como no modelo dominante (p>,5) Pacientes com o alelo B1 demonstraram aumento em 4,23 vezes a presença do FR (p=,2) e 8,13 vezes para o anti-CCP (p=,1), independentemente dos dados demográficos, clínicos e inflamatórios Os pacientes que apresentaram o alelo B1, apresentaram maiores níveis de TNF-a e estes estavam associados com positividade do FR, anti-CCP ou ambos (p=,4, p=,11 e p=,38, respectivamente) Porém, pacientes com alelo B2 em homozigose, a presença desses anticorpos não alteraram os níveis de TNF-a (p>,5) Os receptores sTNFR1 e sTNFR2 não diferiram de acordo com os genótipos (p>,5) e enm com a presença de autoanticorpos Para verificar quais parâmetros poderiam influenciar os níveis de TNF-a e a presença de autoanticorpos de acordo com o genótipos, foram realizadas três modelos de regressão linear (tipos stepwise) de acordo com os genótipos O primeiro modelo de regressão foi realizado em pacientes com a presença de FR, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 2,4% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já no genótipo B1/B1+B1/B2 37,2% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de FR O segundo modelo de regressão foi realizado para pacientes com de anti-CCP, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 21,2% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já com o genótipo B1/B1+B2/B2, 39,7% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de anti-CCP O terceiro modelo de regressão foi realizado em pacientes com a presença de FR e anti-CCP, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 21,2% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já com o genótipo B1/B1+B2/B2, 42,8% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de FR e/ ou anti-CCP Conclusão: Nossos resultados indicam que o polimorfismo TNF-ß +252 G>A não está associado com a susceptibilidade à AR e níveis de TNF-a, mas sim com a presença ou níveis de autoanticorpos Além disso, a presença do FR, anti-CCP ou ambos podem modular os níveis plasmáticos de TNF-a apenas em pacientes com o alelo B1, independentemente da atividade da doençaItem Efeito do consumo de uma mistura de probióticos no estresse oxidativo / nitrosativo, nos parâmetros inflamatórios e na atividade da doença em pacientes com artrite reumatoide : um estudo randomizado, duplo cego e placebo controladoCannarella, Ligia Aparecida Trintin; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Oliveira, Sayonara Rangel de; Mari, Naiara LourençoResumo: INTRODUÇÃO: A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune, marcada pela infiltração da membrana sinovial em múltiplas articulações com células T, células B e monócitos; pela produção de autoanticorpos e inflamação crônica A disbiose intestinal tem sido relacionada com o desenvolvimento da AR, visto que a microbiota intestinal molda tanto a resposta imune inata, como a adaptativa, reduzindo a inflamação causada pela doença através da indução da formação de células T reguladoras e diminuição das respostas Th1 e Th17 A restauração da microbiota intestinal através da administração de probióticos, pode ser mais uma forma de modular o processo e a progressão da AR OBJETIVO: Avaliar o efeito da suplementação de probióticos em parâmetros inflamatórios, no estresse/nitrosativo e na atividade da doença em pacientes com AR após 6 dias de tratamento SUJEITOS E MÉTODOS: Foram selecionados 42 pacientes com AR de ambos os sexos com idade entre 27 a 8 anos atendidos pelo ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário de Londrina Após a randomização, os pacientes foram divididos em dois grupos que consumiram diariamente por 6 dias, um dos compostos: Grupo Probiótico (n=21), pacientes que consumiram diariamente suplemento probiótico contendo 5 cepas, Lactobacillus acidophilus LA-14 (19 UFC/g), Lactobacillus casei LC-11 (19 UFC/g), Lactococus lactis LL-23 (19 UFC/g), Bifidobacterium lactis BL-4 (19 UFC/g) e Bifidobacterium bifidum BB-6 (19 UFC/g); Grupo Placebo (n=21), pacientes que ingeriram suplemento de maltodextrina A atividade da doença foi determinada pelo escores Disease Activity Score 28 (DAS-28) A contagem de leucócitos totais foi realizada por citometria de fluxo Os níveis séricos de Proteína C reativa ultrassensível (PCRus) foram determinados por turbidimetria enquanto os de ferritina foram avaliados por quimioluminescência em micropartículas A velocidade de hemossedimentação (VHS) foi determinada por automação Os níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e adiponectina foram determinados por imunofluorimetria utilizando a plataforma Luminex® Os níveis plasmáticos de hidroperóxidos lipídicos (LOOH) e a capacidade antioxidante total plasmática avaliada pelo TRAP (Total radical-trapping antioxidant parameter) foram determinados por quimioluminescência, enquanto os níves de proteínas carbonílicas (PC), metabólitos de óxido nítrico (NOx) e grupamentos sulfidrila (SH) foram avaliados por espectrofotometria RESULTADOS: O grupo probiótico apresentou redução na contagem de leucócitos totais (p=12) e nos níveis de TNF-a (p=4), e IL-6 (p=39) Os grupos não diferiram quanto aos níveis de IL-1, adiponectina, PCRus, VHS, ferritina e DAS-28 Na avaliação do estresse oxidativo/nitrosativo, o grupo probiótico apresentou aumento do TRAP (p=19), de SH (p=28) e diminuição dos níveis de NOx (p=4) Não houve diferença entre os grupos quanto aos níveis de LOOH e PC CONCLUSÃO: O consumo da mistura de probióticos por 6 dias foi capaz de diminuir o processo inflamatório e os níveis de metabólitos de óxido nítrico assim como também melhorar as defesas antioxidantes dos pacientes com AR após 6 dias de tratamento No entanto, essas alterações não se refletiram na redução da atividade da doença talvez devido ao curto período do estudo Mais estudos são necessários para investigar o potencial efeito dos probióticos na redução da atividade da ARItem Perfil de moléculas de adesão e níveis do inibidor do ativador do plasminogênio (PAI-1) em pacientes com artrite reumatóide : influência da síndrome metabólicaSá, Marcelo Cândido de; Dichi, Isaías [Orientador]; Oliveira, Sayonara Rangel de; Losi-Guembarovski, RobertaResumo: Introdução: a artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica inflamatória crônica que apresenta característica ativação endotelial e um aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares A prevalência da síndrome metabólica (SM) tem sido relatada como aumentada em pacientes com AR A SM é um conjunto de alterações fisiológicas, bioquímicas e metabólicas interconectadas, também relacionadas a um aumento no risco de doenças cardiovasculares Objetivos: Verificar os níveis de moléculas de adesão e do inibidor do ativador do plasminogênio-1 (PAI-1) em pacientes com AR, com e sem a presença da SM e propor modelos preditores para o diagnóstico da AR e para a atividade da doença Métodos: 115 indivíduos controles e 144 pacientes com AR foram selecionados A atividade da doença foi determinada pelo DAS28 (Disease Activity score 28) baseado na velocidade de hemossedimentação (DAS28-VHS) e proteína C reativa (DAS28-PCR) Foram determinados o índice de massa corpórea (IMC), a circunferencia abdominal e pressão arterial dos indivíduos Foram realizadas as seguintes análises laboratoriais: níveis do autoanticorpo anti-CCP, fator reumatoide, proteína C reativa (PCR), glicose, HDL-colesterol, triacilgliceróis, moléculas de adesão celular vascular (VCAM-1), moléculas de adesão intercelular-1 (ICAM-1), moléculas de adesão plaqueta-célula endotelial-1 (PECAM-1), E-selectina, P-selectina, assim como o PAI-1 e TNF-a A presença da SM foi definida pelos critérios propostos pela “American Heart Association” Resultados: os níveis de VCAM-1 foram significativamente menores e os níveis de PAI-1 foram significativamente maiores em pacientes com AR em comparação ao grupo controle A análise de regressão logística binária demonstrou que a análise conjunta da VCAM-1, proteína C reativa (PCR), TNF-a e da idade puderam classificar corretamente a presença de AR com uma sensibilidade de 95,9 % e uma especificidade de 89,5% Foram realizadas análises de regressão com o DAS28-VHS e o DAS28-PCR como variáveis dependentes, nas quais se verificou que 42,9 % da variação no DAS28-VHS e 49,2% da variação no DAS-28-PCR foi explicada pelo aumento no PAI-1, TNF-a, IMC, idade e redução nos níveis de PECAM-1 Já a SM foi caracterizada por níveis elevados de PAI-1, E-selectina e P-selectina Os níveis elevados de selectinas sugerem que a SM interfere na primeira etapa da cascata de adesão leucocitária A associação encontrada entre o IMC e o DAS28 indica uma possível influência da SM na atividade da AR Conclusão: nossos dados demonstraram que níveis reduzidos de VCAM-1 e níveis elevados de PAI-1 estão associados a AR independentemente da presença da SM, embora a SM possa elevar ainda mais os níveis de PAI-1 A SM foi associada à níveis elevados de PAI-1, E-selectina e P-selectina Foi proposto um modelo preditor do diagnóstico de AR baseado nos níveis de VCAM-1, TNF-a, PCR e idade, e um modelo preditor do DAS28-PCR e do DAS28-VHS baseado nos níveis de PECAM-1, PAI-1, TNF-a, idade e IMC Dessa forma, os níveis de PAI-1, VCAM-1 e PECAM-1 tem um papel na fisiopatologia da AR, enquanto PAI-1, E-selectina e P-selectina tem um papel na fisiopatologia da SM Esses resultados reforçam a importância do diagnóstico e tratamento da SM em pacientes com AR, haja vista a influência que a SM pode exercer sobre a atividade da doençaItem Polimorfismo genético do FOXP3 -3279 C/A (rs3761548) e sua associação com níveis plasmáticos de citocinas, atividade e prognóstico da artrite reumatoideSella, Ana Luísa Berti Guimarães; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Sayonara Rangel deResumo: Introdução Artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica multissistêmica, associada à hipertrofia, hiperplasia e angiogênese do tecido sinovial que pode levar a destruição articular Tem sido demonstrado que fatores genéticos, imunológicos e ambientais estão envolvidos em sua etiopatogênese Sabe-se do envolvimento das células T reguladoras (Treg) no mecanismo de tolerância imunológica e desencadeamento da resposta inflamatória na AR Tais células expressam, em sua superfície, o fator de transcrição forkhead box proteína 3 (Foxp3) Esta proteína é codificada pelo gene FOXP3 e atua como ativador transcricional para outros genes O polimorfismo do FOXP3 -3279 C/A pode alterar a expressão desta proteína, sendo associada à susceptibilidade a diversas doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, doença de Graves, doença de Crohn, psoríase e AR Objetivo Avaliar a associação entre a variante genética do FOXP3 -3279 C>A (rs3761548) e a susceptibilidade à AR, prognóstico e atividade de doença, bem como níveis plasmáticos de citocinas Sujeitos e Métodos Foram recrutados 251 pacientes com AR diagnosticada de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatologia e 183 indivíduos saudáveis O DNA genômico foi extraído de leucócitos para a análise do polimorfismo do FOXP3 -3279 C/A (rs3761548) e amplificado pela técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Após amplificação de uma sequencia de 155 pares de bases do gene FOXP3, a mesma foi submetida à digestão com a enzima de restrição PstIOs produtos da digestão foram analisados pela metodologia de Polimorfismos no Comprimento dos Fragmentos de Restrição (RFLP,) utilizando gel de poliacrilamida (1%) e corados com nitrato de prata O alelo C foi definido com fragmentos de 8 e 75 pb, enquanto que o alelo A não sofre clivagem permanecendo com 155pb Os níveis séricos de anticorpo anti-peptídeo citulinado cíclico (anti-CCP) foram determinados por quimioluminescência em micropartículas, e os níveis de fator reumatoide e proteína C reativa foram determinados por imunoturbidimetria Os níveis plasmáticos das citocinas IL-1, IL-17A, fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e do fator transformador do crescimento beta (TGF-ß) foram avaliados por imunofluorimetria utilizando a plataforma Luminex® Atividade de doença foi avaliada pelo escore DAS 28-VHS (Disease Activity Score) que avalia 28 articulações e utiliza a velocidade de hemosedimentação (VHS) como proteína de fase de aguda Foi considerada doença em atividade quando DAS 28-VHS >2,6 Resultados Pacientes com AR apresentaram aumento dos níveis de TNF-a (p=,21) e IL-1 (p< ,1) e diminuição dos níveis de TGF-ß, quando comparados ao grupo controle O genótipo CC (no modelo dominante) foi associado à diminuição de TGF-ß em pacientes portadores de AR (p=,27), mas não nos controles, independente do sexo e etnia Além disso, pacientes portadores do alelo C, em homozigose ou heterozigose, demonstraram maior frequência de pacientes com doença em atividade (p=,42) quando comparado ao grupo em homozigose para o alelo A Conclusão Este trabalho demonstrou que o polimorfismo -3279 C/A (rs3761548) não foi significativamente associado com susceptibilidade à AR na população do sul do Brasil Entretanto, pacientes com AR e com a presença do alelo C, em homozigose ou heterozigose, apresentaram níveis plasmáticos reduzidos de TGF-ß e maior frequência de pacientes com doença em atividade, sugerindo um possível papel deletério do alelo C na fisiopatologia da doença