Perfil de moléculas de adesão e níveis do inibidor do ativador do plasminogênio (PAI-1) em pacientes com artrite reumatóide : influência da síndrome metabólica

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Sá, Marcelo Cândido de

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Resumo: Introdução: a artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica inflamatória crônica que apresenta característica ativação endotelial e um aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares A prevalência da síndrome metabólica (SM) tem sido relatada como aumentada em pacientes com AR A SM é um conjunto de alterações fisiológicas, bioquímicas e metabólicas interconectadas, também relacionadas a um aumento no risco de doenças cardiovasculares Objetivos: Verificar os níveis de moléculas de adesão e do inibidor do ativador do plasminogênio-1 (PAI-1) em pacientes com AR, com e sem a presença da SM e propor modelos preditores para o diagnóstico da AR e para a atividade da doença Métodos: 115 indivíduos controles e 144 pacientes com AR foram selecionados A atividade da doença foi determinada pelo DAS28 (Disease Activity score 28) baseado na velocidade de hemossedimentação (DAS28-VHS) e proteína C reativa (DAS28-PCR) Foram determinados o índice de massa corpórea (IMC), a circunferencia abdominal e pressão arterial dos indivíduos Foram realizadas as seguintes análises laboratoriais: níveis do autoanticorpo anti-CCP, fator reumatoide, proteína C reativa (PCR), glicose, HDL-colesterol, triacilgliceróis, moléculas de adesão celular vascular (VCAM-1), moléculas de adesão intercelular-1 (ICAM-1), moléculas de adesão plaqueta-célula endotelial-1 (PECAM-1), E-selectina, P-selectina, assim como o PAI-1 e TNF-a A presença da SM foi definida pelos critérios propostos pela “American Heart Association” Resultados: os níveis de VCAM-1 foram significativamente menores e os níveis de PAI-1 foram significativamente maiores em pacientes com AR em comparação ao grupo controle A análise de regressão logística binária demonstrou que a análise conjunta da VCAM-1, proteína C reativa (PCR), TNF-a e da idade puderam classificar corretamente a presença de AR com uma sensibilidade de 95,9 % e uma especificidade de 89,5% Foram realizadas análises de regressão com o DAS28-VHS e o DAS28-PCR como variáveis dependentes, nas quais se verificou que 42,9 % da variação no DAS28-VHS e 49,2% da variação no DAS-28-PCR foi explicada pelo aumento no PAI-1, TNF-a, IMC, idade e redução nos níveis de PECAM-1 Já a SM foi caracterizada por níveis elevados de PAI-1, E-selectina e P-selectina Os níveis elevados de selectinas sugerem que a SM interfere na primeira etapa da cascata de adesão leucocitária A associação encontrada entre o IMC e o DAS28 indica uma possível influência da SM na atividade da AR Conclusão: nossos dados demonstraram que níveis reduzidos de VCAM-1 e níveis elevados de PAI-1 estão associados a AR independentemente da presença da SM, embora a SM possa elevar ainda mais os níveis de PAI-1 A SM foi associada à níveis elevados de PAI-1, E-selectina e P-selectina Foi proposto um modelo preditor do diagnóstico de AR baseado nos níveis de VCAM-1, TNF-a, PCR e idade, e um modelo preditor do DAS28-PCR e do DAS28-VHS baseado nos níveis de PECAM-1, PAI-1, TNF-a, idade e IMC Dessa forma, os níveis de PAI-1, VCAM-1 e PECAM-1 tem um papel na fisiopatologia da AR, enquanto PAI-1, E-selectina e P-selectina tem um papel na fisiopatologia da SM Esses resultados reforçam a importância do diagnóstico e tratamento da SM em pacientes com AR, haja vista a influência que a SM pode exercer sobre a atividade da doença

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Palavras-chave

Artrite reumatóide, Síndrome metabólica, Moléculas de adesão celular, Fator de necrose de tumor, Fisiopatologia, Rheumatoid arthritis, Metabolic syndrome, Cell adhesion molecules

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