02 - Mestrado - Saúde Coletiva
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Navegando 02 - Mestrado - Saúde Coletiva por Autor "Andrade, Selma Maffei de [Orientador]"
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Item Acidentes de trabalho com material biológico em equipe de enfermagem de Unidades de Pronto Atendimento : ocorrência, subnotificação e medidas preventivasDomingos, Cinthia Marina do Nascimento; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Durán González, Alberto; Nunes, Elisabete de Fátima Pólo de Almeida; Sêcco, Iara A. de Oliveira; González, Alberto Durán [Coorientador]Resumo: Os riscos ambientais a que o trabalhador de saúde se expõe são diversos, tais como: riscos químicos, físicos, ergonômicos e biológicos O risco biológico é um dos que mais contribuem para a insalubridade Após acidente com material biológico, o trabalhador pode desenvolver várias doenças, como aids e hepatites B (HBV) e C Esta pesquisa objetivou analisar a ocorrência de acidentes com material biológico e sua notificação entre membros da equipe de enfermagem de Unidades de Pronto Atendimento da rede pública de Londrina, Paraná Trata-se de um estudo transversal Os dados foram coletados entre abril e junho de 213 por meio de um formulário com questões relacionadas às características sociodemográficas, do trabalho e do acidente com material biológico Para o processamento e tabulação dos dados foram utilizados os programas Excel, Epi Info versão 354 e Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 19 Foram entrevistados 224 trabalhadores Em relação ao esquema vacinal contra hepatite B, 1,3% (n=3) responderam que não eram vacinados e 1,8% (n=4) declararam ter tomado somente uma ou duas doses A realização do exame Anti-Hbs, que avalia a imunidade contra HBV, foi referida por 149 (67,4%) dos entrevistados A prevalência de acidentes com material biológico nos últimos 12 meses foi de 9,4% (n=21) Os procedimentos invasivos (retirada de acesso venoso, manipulação de instrumentais cirúrgicos, medicação intramuscular e subcutânea e HGT) foram os mais referidos como procedimento executado durante o acidente pelos entrevistados (61,9%), seguidos pelo descarte de materiais (19%) Acidentes percutâneos causados por agulhas de injeção e cateteres periféricos/centrais foram os mais frequentes (76,1%) A prevalência de subnotificação de acidente de trabalho com material biológico entre a equipe de enfermagem foi de 9,5% Os resultados fornecem informações importantes para a implementação de ações preventivas, como revisão dos processos de trabalho, vigilância em relação à imunização contra hepatite B e capacitação sobre normas de biossegurançaItem Adesão ao tratamento anti-hipertensivo e fatores associados na área de abrangência de uma unidade de saúde da família, Londrina, PRGirotto, Edmarlon; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Mathias, Thaís Aidar de Freitas; Soares, Darli Antonio; Cabrera, Marcos Aparecido Sarriá [Coorientador]Resumo: A hipertensão arterial é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares Para o seu controle são necessárias medidas farmacológicas e não-farmacológicas, como alimentação e atividade física Contudo, a adesão ao tratamento é o grande desafio dos profissionais e serviços de saúde, especialmente na atenção básica Nesse sentido, este estudo teve por objetivo determinar a adesão ao tratamento anti-hipertensivo e identificar fatores associados a esta condição A população de estudo foi composta por hipertensos de 2 a 79 anos, cadastrados na Unidade de Saúde da Família Vila Ricardo, no município de Londrina, Paraná A coleta de dados ocorreu de janeiro a junho de 27, com amostra sistemática e aleatória de hipertensos Foram colhidas informações auto-referidas, além das medidas de pressão arterial e das circunferências abdominal e do quadril Foram entrevistados 385 hipertensos, sendo 62,6% mulheres e 37,4% homens, com idade média de 58,9 anos Cerca de 5,% dos entrevistados tinham no máximo 3ª série do ensino fundamental completa, 46,% pertenciam à classificação econômica D ou E e 57,4% referiram não possuir trabalho remunerado Entre os entrevistados, 84,2% relataram utilizar medicamentos para controle da hipertensão, 8,3% abandonaram o tratamento e 7,5% alegaram que não houve prescrição de medicamentos A adesão ao tratamento farmacológico foi encontrada em 59,% dos hipertensos O esquecimento (32,2%), a normalização da pressão arterial (21,2%) e os efeitos adversos (13,7%) foram os principais motivos alegados para a não-adesão Com relação ao tratamento não-farmacológico, 17,7% e 69,1% dos hipertensos referiram ser aderentes à atividade física regular e a mudanças na alimentação, respectivamente A adesão à atividade física regular associou-se ao sexo masculino, à maior escolaridade, à presença de diabetes, à ausência de colesterol elevado, à relação cintura-quadril e circunferência abdominal normais, ao índice de massa corporal < 25 kg/m2, ao mínimo de uma consulta ao ano e a uma medida da pressão arterial ao mês A adesão a modificações na alimentação esteve associada ao sexo feminino, à menor escolaridade, ao acesso a plano de saúde, ao não-tabagismo ou ex-tabagismo, ao não-consumo ou consumo irregular de bebidas alcoólicas, ao não-abandono do tratamento medicamentoso, ao mínimo de uma consulta ao ano e a uma medida da pressão arterial ao mês Na análise multivariada, os fatores independentemente associados à adesão ao tratamento farmacológico foram: a faixa etária de 5 a 79 anos (Razão de Chances [OR]=4,673), o não-consumo ou consumo irregular de bebidas alcoólicas (OR=4,68), a realização de consultas médicas em intervalos máximos de um ano (OR=1,98) e a ausência de trabalho remunerado (OR=1,792) Os resultados indicam uma baixa adesão ao tratamento anti-hipertensivo, especialmente à atividade física regular, e sugerem a implantação de estratégias que visem estimular a adesão às medidas de controle da hipertensão arterialItem Avaliação de uma intervenção com codificadores hospitalares para melhoria da informação sobre internações por causas externasBirolim, Marcela Maria; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Mathias, Thaís Aidar de Freitas; Souza, Regina Kazue Tanno deResumo: O Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) éuma importante base de dados nacional sobre a morbidade hospitalar No entanto, asubnotificação de determinados tipos de causas constitui-se um problema para aconfiabilidade dos seus dados O presente estudo tem por objetivo caracterizar oprocesso de codificação de causas externas nas internações hospitalares realizadaspelo SUS e avaliar o impacto de uma intervenção com codificadores hospitalares namelhoria da qualidade da informação dessas causas O estudo foi realizado emLondrina (PR) em três fases A primeira fase buscou caracterizar os codificadoresdos hospitais segundo características pessoais, de formação em codificação decausas de internações e de trabalho, bem como identificar as dificuldades referidaspor esses profissionais relacionadas ao processo de codificação de causas externasOs dados foram coletados por meio de formulário estruturado aplicado nos locais detrabalho desses profissionais A segunda teve a finalidade de comparar a qualidadeda codificação antes e depois de uma intervenção que se consistiu de umtreinamento no qual foram realizadas três exposições sobre o assunto e aplicou-se,antes e depois das explanações, um instrumento com casos de internações porcausas externas para que fossem codificadas as causas A terceira fase consistiu-seem uma avaliação dos registros do SIH-SUS quanto à codificação das causas deinternação Para essa fase foram revisados manualmente os laudos médicos deautorizações de internação hospitalar (AIHs) de três hospitais gerais em doisperíodos distintos (sessenta dias antes e sessenta dias após o treinamento) Taislaudos foram transcritos e codificados por duas pessoas treinadas O banco dedados do SIH foi obtido do sítio do DATASUS, nos períodos selecionados Tendo onúmero da AIH como campo identificador entre os dois bancos, foi possível fazer acomparação entre os dados dessas duas fontes nos períodos antes e após otreinamento, utilizando-se o programa Epi Info, versão 64d Em relação ao perfildos codificadores verificou-se predomínio de mulheres na faixa etária dos 41 aos 5anos; 85,7% dos participantes disseram ter aprendido a codificar no próprio trabalho,sem passar por nenhum treinamento prévio para o exercício da função Asdificuldades mais referidas no processo de codificação foram: ausência deinformação sobre a causa externa no laudo médico e a ilegibilidade da mesma Naavaliação imediata após o treinamento, observou-se aumento na taxa de acertospara a maioria dos códigos, obtendo uma razão de acertos depois /antes de 1,22(p=,3) para as causas categorizadas em nível de três caracteres Na terceira fase,observou-se, após a intervenção baseada em sensibilização e treinamento, discretamelhoria na qualidade da informação por causas externas no SIH em dois doshospitais estudados O hospital 1 foi o que apresentou melhor qualidade dainformação nas internações por causas externas, tanto antes quanto após otreinamento (Kappa ,85 antes e ,9 após) No hospital 2 ocorreu diminuição emtodos os indicadores de concordância após o treinamento e, no hospital 3, todos osindicadores de concordância segundo a informação do SIH e da pesquisaaumentaram no período pós intervenção Conclui-se que treinamentos podem serestratégias que contribuam para a melhoria da qualidade da informação, porém,para serem efetivos, eles devem ser periódicos, envolvendo todos os responsáveispela geração dessa informação e devem estar vinculados com as propostas detransformação dos serviços de saúdeItem Características das vítimas de acidentes de transporte terreste, lesões e benefícios concedidos entre segurados do Instituto Nacional do Seguro Social de Cambé (PR) em 2011Sant'Anna, Flávio Henrique Muzzi; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Soares, Dorotéia Fátima Pelissari de Paula; Durán González, AlbertoResumo: Acidentes de transporte terrestre são notórios causadores de morbimortalidade na atualidade A análise desses agravos entre os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é pertinente para se compreender a natureza desse fenômeno e lhe vislumbrar soluções, a partir de estrato economicamente ativo da realidade brasileira Objetivo: Analisar as características das vítimas de acidentes de transporte terrestre, lesões e benefícios concedidos entre segurados do INSS de Cambé (PR) em 211 Metodologia: Trata-se de estudo descritivo e transversal A população foi composta por segurados do INSS vítimas de acidentes de transporte terrestre, que tiveram benefício concedido em perícia médica inicial na Agência da Previdência Social de Cambé em 211 Utilizaram-se os sistemas SUIBE, PLENUS e SABI como fontes de dados, os quais foram transcritos em formulário específico e digitados duplamente no programa Epi Info® Os dois primeiros sistemas forneceram informações necessárias para exclusão de homônimos e para levantamento dos valores dos benefícios Por meio do SABI foi possível acesso aos laudos médicos das perícias consideradas na casuística Resultados: Das 241 vítimas analisadas, 81,7% eram do sexo masculino, 71,1% tinham entre 18 e 39 anos, e 76,3% residiam em Cambé Quanto às características relacionadas às profissões das vítimas, 75,9% eram empregados, sendo que mais da metade (55,2%) eram trabalhadores da indústria e do comércio Dos acidentes de transporte, 96,7% foram acidentes de trânsito, tendo como dias mais frequentes de ocorrência o sábado (23,7%) seguido do domingo (17,8%) Das vítimas, 79,3% eram condutores, prevalecendo em ambos os sexos, sendo maior no masculino (85,6%) do que no feminino (58,1%) Os ocupantes de motocicletas prevaleceram (72,2%), tendo como tipos de acidentes mais comuns as colisões de carros com motos (29,9%) e as quedas de motos (25,7%) Das lesões, 8,5% foram fraturas, sendo os membros os segmentos mais afetados (89,6%), seguidos da cabeça (5,4%) Dos acidentes, 19,9% foram de trabalho, sendo que desses, 7,8% foram de trajeto Em relação ao tempo de incapacidade, prevaleceu de 91 a 12 dias (33,2%) Dos valores mensais em benefícios, 87,6% estiveram entre R$ 545, e R$ 117,52, tendo o gasto total chegado a R$ 81853,27 Conclusão: O perfil dessa população em muito se assemelha com a população em geral envolvida em acidentes de transporte terrestre, sobretudo de trânsito Entretanto, como se trata de população específica, e a qual reflete estrato economicamente ativo da população, medidas preventivas e intervenções específicas podem ser direcionadas a partir desses achados Propõe-se a Cartilha Paz no Trânsito como forma de intervenção na realidade pela mudança de comportamento e das relações humanas no trânsitoItem Fatores de risco para mortalidade infantil em Londrina (PR) : análise hierarquizada em duas coortes de nascidos vivosSantos, Hellen Geremias dos; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Mathias, Thaís Aidar de Freitas; Ferrari, Lígia Silvana Lopes; Mesas, Arthur Eumann [Coorientador]Resumo: Nas últimas três décadas, a mortalidade infantil (MI) apresentou declínio importante em todas as regiões brasileiras, sobretudo entre a parcela mais pobre da população, com mudanças na composição da taxa de mortalidade infantil e nos fatores determinantes do óbito infantil Este estudo buscou identificar e comparar fatores de risco para MI em Londrina, Paraná, nas coortes de nascidos vivos (NV) de 2/21 e de 27/28 Para a identificação dos NV, pesquisou-se o banco de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e, para a identificação dos óbitos infantis, os registros do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e os do Comitê Municipal de Prevenção da Mortalidade Materna e Infantil (CMPMMI) Os óbitos foram relacionados ao banco de dados do SINASC por linkage determinístico, por meio do número da Declaração de Nascido Vivo (DN) Para a análise de regressão logística, foi construído modelo hierárquico conceitual com fatores em níveis distal (sociodemográficos), intermediário (obstétricos e assistenciais) e proximal (dos recém-nascidos) A população de estudo constituiu-se de 15385 e 1328 NV em 2/21 e em 27/28, respectivamente Foram identificados, no SIM/CMPMMI, 185 óbitos de NV no primeiro biênio e 148, de NV no segundo Em 2/21, foi possível parear 97,3% dos óbitos à sua respectiva DN, e, em 27/28, todos os óbitos tiveram sua DN localizada no banco de dados do SINASC Exceto para raça/cor da pele do recém-nascido, em 2/21, para antecedentes obstétricos, em 27/28, e para presença de malformação congênita, em ambos os biênios, todos os campos do SINASC apresentaram completitude superior a 99% Em relação aos dados sobre mortalidade, nos dois períodos, observou-se melhor completitude para os registros do CMPMMI (superior a 95% para as variáveis comuns ao SINASC) Em geral, a MI pouco se alterou nos anos 2, havendo redução apenas do componente pós-neonatal Quanto aos fatores estudados, no nível distal, foram de risco para MI, em 2/21, os fatores maternos idade < 2 anos e escolaridades insuficiente e intermediária Em 27/28, idades maternas < 2 e = 35 anos foram fatores de risco, enquanto escolaridades insuficiente e intermediária, protetores No nível intermediário, em 2/21, foram de risco para MI: gestação múltipla, antecedente de filhos mortos e número insuficiente de consultas de pré-natal, enquanto cesariana foi fator protetor Em 27/28, apenas gestação múltipla foi de risco Todos os fatores proximais (idade gestacional, peso ao nascer, índice de Apgar no quinto minuto e sexo) associaram-se à maior MI em 2/21, e, em 27/28, apenas idade gestacional e índice de Apgar no quinto minuto permaneceram no modelo Em síntese, a aplicação da técnica de linkage determinístico viabilizou a identificação de fatores de risco para MI em ambos os períodos, pelo elevado percentual de vinculação alcançado e pela excelente completitude das bases de dados pesquisadas Foram observadas mudanças nos fatores de risco para a MI nos biênios analisados, que podem estar relacionadas à ampliação de políticas sociais e de ações básicas de saúde e a modificações nos padrões reprodutivo e social das mulheresItem Mortalidade infantil em Londrina (PR) em anos recentes : características e percepções de gestores e profissionais de saúdePizzo, Lígia Goes Pedrozo; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Nozawa, Marcia Regina; Carvalho, Wladithe Organ de; Silva, Ana Maria Rigo [Coorientadora]Resumo: A mortalidade infantil atinge um grupo populacional composto por nascidos vivos antes de completar um ano de vida, os quais são vulneráveis às condições de vida, intra e extra-uterina Conhecer as causas de óbito e fatores associados pode fornecer subsídios aos serviços de saúde na melhoria da atenção à saúde Assim, este estudo teve duas abordagens: uma quantitativa, que descreveu e comparou os perfis de mortalidade infantil no município de Londrina nos biênios 2/21 e 27/28, e outra qualitativa, que identificou a percepção de gestores e profissionais que atuam ou atuaram na assistência à saúde materno-infantil sobre fatores contribuintes para o declínio da mortalidade infantil no município, e as ações ainda necessárias para continuidade de redução dos valores desse indicador Para o estudo quantitativo, foram usados os registros do Comitê Municipal de Prevenção da Mortalidade Materno-Infantil e o banco de dados de nascidos vivos do Paraná Para a pesquisa qualitativa, os dados foram obtidos por meio de entrevistas com 38 profissionais de saúde, selecionados pela técnica da bola de neve Os resultados quantitativos indicam que as crianças nascidas no final da década de 2 tiveram menor risco de morrer no primeiro ano de vida comparadas com as nascidas em 2-21 Nos dois períodos estudados, verificou-se que mais da metade dos óbitos ocorreu no período neonatal, e as duas principais causas básicas de óbito foram decorrentes de afecções perinatais e anomalias congênitas Os recém-nascidos foram afetados em sua maioria por fatores maternos, complicações da gravidez e da placenta, cordão umbilical e das membranas Houve um risco maior de morrer no segundo biênio para os nascidos vivos de mães com 35 anos ou mais (Risco Relativo [RR]=1,7) e para as crianças cujas mães tinham 12 ou mais anos de estudo (RR=2,13) No segundo biênio, diminuiu a taxa de mortalidade entre filhos de mulheres adolescentes (RR=,7) Em relação ao tipo de parto, no início da década, as crianças nascidas por cesárea tinham menor risco de morrer comparadas com as nascidas por parto via vaginal, mas no final da década essa situação se inverteu O risco de morrer diminuiu, no segundo biênio, para os recém-nascidos com baixo peso, prematuros e com índice de apgar = sete no primeiro minuto Todavia, aumentou para aqueles nascidos por gravidez múltipla Os resultados qualitativos mostram que os fatores percebidos como contribuintes para a redução dos óbitos infantis foram: as condições de vida, a atenção à saúde, o papel desempenhado pelas políticas e práticas setoriais e extrassetoriais e a formação de recursos humanos Os desafios no momento dizem respeito à qualificação da atenção, mas permanecem questões relacionadas a recursos humanos, políticas públicas e ampliação de serviçosItem Motociclistas atendidos por serviços de atenção pré-hospitalar em Londrina (PR) : características dos acidentes e das vítimas em 1998 e 2010Gabani, Flávia Lopes; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Martins, Christine Baccarat de Godoy; Mesas, Arthur EumannResumo: Os acidentes com motociclistas crescem concomitantemente ao aumento da frota no Brasil, tornando suas vítimas representativas na morbimortalidade por acidentes de trânsito Desde 1998, com a implantação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), iniciativas foram tomadas na tentativa de modificar essa realidade, sendo oportunos estudos que verifiquem mudanças nos perfis dos acidentes e das vítimas Dessa forma, o presente estudo teve por objetivo comparar características dos acidentes e dos ocupantes de motocicletas atendidos por todos os serviços de atenção pré-hospitalar de Londrina (PR) em 1998 e 21 Trata-se de estudo transversal, cujos resultados foram comparados com pesquisa de 1998 Em ambos os estudos, a fonte de dados constituiu-se do Registro de Atendimento do Socorrista (RAS) A população foi composta por 1576 e 3968 vítimas em 1998 e 21, respectivamente Houve incremento na frota de motocicletas no município, passando de 69,9 para 128,1 por mil habitantes Também aumentou o número de vítimas para cada mil motos, de 53,1 para 61,1 Quanto às características dos acidentes, observaram-se maiores proporções de quedas isoladas de moto e de acidentes entre motocicletas em 21 Houve maior frequência de vítimas nos dias úteis em ambos os anos, com leve aumento percentual em 21 (de 65,1% para 69,4%), e reduziram-se as proporções de vítimas nos finais de semana (de 34,9% para 3,6%) Em relação ao período de ocorrência do acidente, prevaleceu o da noite nos dois anos Porém, houve incremento percentual de vítimas no período diurno (de 51,5% para 56,8%), refletindo maior frequência de acidentes no período da manhã O número de vítimas cresceu ao longo dos meses em ambos os anos Em relação às regiões de ocorrência, constatou-se leve descentralização pela diminuição da frequência no Centro, contudo as regiões Norte e Centro abrangeram mais da metade dos acidentes nos dois anos (de 53,2% para 51,%) Quanto às características das vítimas, houve pequeno aumento na proporção de motociclistas mulheres (de 21,6% para 24,6%), as quais deixaram de predominar como passageiras, tornando-se principalmente condutoras (de 42,8% para 54,6%) A faixa etária mais acometida continuou sendo a de 2 a 34 anos Aumentou a frequência de informações ignoradas em relação ao uso do capacete (de 1,% para 24,6%) Houve redução da proporção na percepção de hálito etílico de 1998 (13,9%) para 21 (7,1%) Entretanto, a proporção de detecção desse hálito ainda é mais frequente entre homens, nos meses de janeiro e fevereiro, durante finais de semana e no período noturno, destacando-se a madrugada Quanto às lesões, aumentou a proporção de traumatismos superficiais (de 66,4% para 71,1%) e fraturas (de 11,7% para 13,5%), e diminuíram as frequências de ferimentos, traumatismos intracranianos e intratorácicos Houve redução na proporção de lesões na cabeça, porém aumentaram as dos membros e múltiplas regiões Apesar do elevado número de vítimas em 21, os acidentes foram, proporcionalmente, de menor gravidade, evidenciada pelos melhores escores nas escalas de coma e de trauma, além de menor necessidade de atendimento médico no local da ocorrência Diminuiu o coeficiente de letalidade imediato e aumentou a frequência de recusas de atendimento e/ou encaminhamento Os resultados apontam mudanças nas características dos acidentes e das vítimas nos anos, servindo como possível subsídio para direcionamento de novas ações e estratégias de intensificação das fiscalizações no trânsito, principalmente em relação aos motociclistasItem Risco de ulceração em pés de portadores de Diabettes Mellitus em Londrina, Paraná : caracterização do cuidado na atenção básica, prevalência e fatores associadosBortoletto, Maira Sayuri Sakay; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Santos, Isabel Cristina R. Vieira; Guariente, Maria Helena D. M.; Haddad, Maria do Carmo Lourenço [Coorientadora]Resumo: O portador de diabetes mellitus (DM) tem, aproximadamente, 15% de possibilidade de desenvolver ulcerações nos pés durante sua vida Aproximadamente 4 a 6% das amputações não traumáticas de membros inferiores são realizadas em portadores de diabetes A prevenção desse agravo constitui-se um grande desafio para os profissionais de saúde Esta pesquisa objetivou analisar ações de prevenção de ulceras em pés de portadores de diabetes desenvolvidas na atenção básica de Londrina (PR), a prevalência e fatores associados ao maior risco de ulceração em pés de portadores de DM O estudo foi desenvolvido em duas etapas Na primeira, realizada em dezembro de 28, entrevistaram-se as coordenadoras das 39 Unidades de Saúde da Família (USFs) da zona urbana de Londrina Na segunda etapa, foram entrevistados e examinados, entre dezembro de 28 e marco de 29, portadores de DM acompanhados em duas USFs, uma com ações de prevenção de complicações nos pés e outra sem essas ações instituídas Os prontuários desses portadores de DM também foram consultados Observou-se que 48,7% das USFs desenvolviam ações de prevenção, sendo a mais frequente a consulta de orientação, seguida da avaliação de enfermagem Em 84,2% destas USFs, as ações preventivas foram instituídas havia menos de um ano As ações estavam totalmente sistematizadas em somente 15,8% das USFs Foram avaliados 337 portadores de diabetes, sendo 6,% mulheres A idade media foi de 64,6 anos, 37,1% tinham menos de quatro anos de escolaridade e 68,2% classificavam-se na classe econômica C A prevalência de pe em risco de ulceração foi de 27,9%, sendo maior na USF sem ações de prevenção (29,7%) do que na USF com estas ações (26,1%) A ausência de ações de prevenção de complicações nos pés associou-se a escolaridade menor que quatro anos (p=,24), cor da pele autorreferida como preta/parda (p=,2), hipertensão arterial (p=,26), corte de unhas inadequado (p=,19), uso de calcados inadequados no momento da entrevista (p=,5), uso diário autorreferido de calcados inadequados (p=,46), micose interdigital (p=,3) e micose de unha (p=,1) Na analise multivariada, os fatores independentemente associados à prevalência de maior risco de ulceração foram: diagnostico de diabetes ha mais de 1 anos (OR=1,88), histórico de infarto agudo do miocárdio (OR=3,46) ou de acidente vascular encefálico (OR=2,47), presença de calosidades (OR=1,87) e de micose de unha (OR=1,79) Os resultados indicam que apenas metade das USFs do município realiza ações de prevenção de complicações nos pés de portadores de DM e uma parcela ainda menor as executa de forma sistematizada A comparação entre os portadores de DM cadastrados nas duas USF estudadas revelou diferenças significativas quanto ao autocuidado com os pés e a presença de doenças dermatológicas, indicando possível efeito dessas ações no maior autocuidado e na redução desses agravos A alta prevalência de maior risco de ulceração em pés de portadores de DM acompanhados na atenção primaria e os fatores associados a essa condição indicam que políticas e ações na atenção básica devem ser instituídas, buscando o melhor controle da doença e o estimulo de hábitos de autocuidado com os pés entre os portadores de DMItem Satisfação no trabalho e absenteísmo entre professores da rede estadual de ensino básico de LondrinaLevorato, Adrieli de Fatima Massaro; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Matsuda, Laura Misue; Durán González, Alberto; Girotto, Edmarlon [Coorientador]Resumo: Devido às reformas educacionais e intensificação do trabalho, professores têm enfrentado inúmeros obstáculos na profissão docente Assim, muitos experimentam insatisfação no trabalho, com prejuízo à sua saúde física e mental, o que pode contribuir para o absenteísmo Nesse sentido, este estudo objetivou analisar a relação entre satisfação no trabalho e absenteísmo em professores da educação básica Trata-se de estudo epidemiológico do tipo transversal, com população de estudo composta por professores das 2 escolas da Rede Estadual de Ensino de Londrina-PR com maior número de docentes A coleta de dados ocorreu entre agosto de 212 a junho de 213, por entrevista e preenchimento de um questionário pelos professores A satisfação no trabalho foi avaliada por meio da escala Occupational Stress Indicator, utilizando o percentil 25 como ponto de corte para definição de menor satisfação O absenteísmo foi considerado presente quando o professor referiu ter faltado ao trabalho por problema de saúde nos 12 meses anteriores à entrevista Foram realizadas análises descritivas e por regressão de Poisson, com cálculo de razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança (IC) de 95% Participaram deste estudo 899 professores, com idade média de 42 anos e a maior parte composta por mulheres (68,3%) Os componentes com menores níveis de satisfação foram salário (46,9%), volume de trabalho (29,6%) e oportunidades para atingir aspirações e ambições (21,5%) Os componentes da escala de satisfação no trabalho mais bem avaliados foram: conteúdo do trabalho (58,4%) e relacionamentos (58,1%) Metade dos professores (5,4%) referiu absenteísmo por problema de saúde, com duração principalmente entre 1 e 3 dias (37,5%) Os principais motivos de falta ao trabalho foram doenças respiratórias (22,3%), problemas osteomusculares (14,1%) e transtornos mentais (11,%) Após análise ajustada, o absenteísmo associou-se com a menor satisfação no trabalho (RP=1,21; IC=1,5-1,39), independentemente das variáveis sexo, idade, tempo de profissão, carga horária de trabalho, percepção quanto ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, dor crônica, doença crônica, capacidade física e mental para o trabalho e qualidade do sono Também se apresentaram associadas ao absenteísmo a idade superior a 4 anos (RP=1,19; IC=1,1-1,39) e presença de doença crônica (RP=1,65; IC=1,27-2,15) Os resultados mostram associação entre absenteísmo e menor satisfação no trabalho no exercício da profissão docente, independentemente de outras variáveis Desta forma, tornam-se necessárias medidas para melhorar a satisfação no trabalho docente, como a melhoria das condições e redução da carga de trabalhoItem Violência contra estudantes universitários no ambiente acadêmico : uma análise por sexoRickli, Elidiane Mattos; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Carvalho, Marselle Nobre de; Melanda, Francine NeselloResumo: A violência acarreta grandes prejuízos para a sociedade, acometendo principalmente os mais jovens Alguns grupos são mais vulneráveis a sofrer violência Pessoas de raça/cor preta, parda ou indígena, com baixo poder socioeconômico, mulheres, jovens, não heterossexuais e com sobrepeso ou obesidade estão sob maior risco Contudo, é possível que as causas da violência sejam diferentes conforme o sexo Diante disso, o presente estudo teve como objetivo analisar a violência ocorrida no ambiente acadêmico de acordo com o sexo de estudantes de graduação da Universidade Estadual de Londrina Foram analisadas as violências psicológica, física e sexual, ocorridas no ambiente acadêmico, incluindo eventos acadêmicos e festivos, nos 12 meses anteriores à pesquisa Para análise de associações, focou-se na violência psicológica (VP), por sexo Na investigação sobre VP foram consideradas situações como humilhação, sentir-se excluído, ameaças, discriminação por raça/cor ou orientação sexual A análise foi feita segundo variáveis sociodemográficas, acadêmicas e de saúde, além do local da agressão e agressor A coleta de dados ocorreu entre abril e junho de 219 por meio de questionário online Os dados foram armazenados diariamente em arquivo Excel A análise descritiva foi realizada por meio de frequências absolutas e relativas Para verificar as associações, para cada sexo, utilizou-se teste qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de ,5 A regressão de Poisson com variância robusta foi usada para análises ajustadas, incluindo nos modelos as variáveis com p-valor < ,2 nas análises bivariadas A maior parte dos estudantes tinha idade entre 18 a 21 anos (6,5%), era do sexo feminino (68,6%) e de raça/cor branca (69,8%) As prevalências de violência psicológica, física e sexual foram, respectivamente, de 43,8%, 1,% e 9,4% A violência física foi proporcionalmente mais relatada por estudantes do sexo masculino, enquanto as violências psicológica e sexual pelo sexo feminino O local mais frequente de ocorrência de VP foi a sala de aula, e, no caso das violências física e sexual, os eventos festivos O principal agressor foi outro estudante da universidade, independente da natureza da violência Após ajustes, observou-se maior frequência de VP contra estudantes de ambos os sexos que se declararam não heterossexuais Entre as do sexo feminino, a frequência de VP foi maior entre as mais jovens (RP na faixa de 18 a 21 anos=1,25; IC95% 1,1-1,54 e RP de 22 a 25 anos=1,32; IC95% 1,6-1,64) em comparação à faixa de 26 anos ou mais, e entre as que consumiam álcool semanalmente/diariamente (RP= 1,29; IC95% 1,1-1,66) Entre os do sexo masculino, o ingresso na Universidade pelo sistema de cotas (RP=1,27; IC95% 1,1- 1,6) e ser da raça/cor preta/parda/indígena (RP=1,19; IC95% 1,1-1,39) associaram- se à VP Este estudo confirma que alguns estudantes são mais vulneráveis à violência, com destaque para a orientação sexual, em ambos os sexos, e condições socioeconômicas, no sexo masculino Medidas de combate ao preconceito e discriminação precisam ser ampliadas no ambiente acadêmico a fim de reduzir a violência e suas consequênciasItem A violência e suas possibilidades de enfrentamento : o olhar de lideranças comunitáriasAmaro, Márcia Caroline Portela; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Garanhani, Mara Lúcia; Souza, Edinilsa Ramos de; Soares, Francisca Vergínio; Garanhani, Mara Lúcia [Coorientadora]Resumo: Desde a década de 8 assistimos a uma escalada da violência urbana no Brasil A violência tornou-se hoje um dos mais sérios problemas da Saúde Coletiva, chegando a ser, em alguns locais do país, juntamente com outras causas externas, a segunda causa de mortes A cidade de Londrina – PR vem assistindo a um preocupante aumento dos índices de violência, que tem levado lideranças da cidade a se mobilizarem O objetivo desta pesquisa foi identificar qual o olhar que lideranças comunitárias têm sobre a violência e quais estratégias de enfrentamento visualizam nas suas realidades Abordou-se também a visão das lideranças sobre a atuação do setor saúde no problema Foram entrevistadas 25 lideranças de duas regiões periféricas da cidade, diferentes sob o aspecto da mobilização popular Foi um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, com entrevistas semi-estruturadas As lideranças foram escolhidas a partir do processo chamado de “bola de neve” ou amostragem em rede Foram realizadas entrevistas até que se atingiu a saturação das convergências entre as respostas A técnica de análise dos dados foi a de Bardin Entre os resultados, levantou-se que a visão das lideranças sobre a violência está permeada de contradições e mecanismos de defesa, como a naturalização e a negação da violência Entre as estratégias de enfrentamento, na comunidade menos mobilizada predomina a reivindicação dirigida às autoridades Na mais mobilizada, o que se destaca é a prática de parcerias com outros setores da sociedade, inclusive com o governo A atuação dos profissionais de saúde é vista como precária, porém com possibilidades de melhora através da formação de parcerias com a comunidade Este estudo contribuiu para identificar as estratégias que a comunidade pode utilizar para prevenir a violência, ajudando assim a reduzir as mazelas deixadas por esta na sociedadeItem Violência escolar contra professores da rede estadual de ensino de Londrina : caracterização e fatores associadosNesello, Francine; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Souza, Edinilsa Ramos de; Carvalho, Wladithe Organ deResumo: O objetivo deste estudo foi caracterizar manifestações de violência escolar contra professores e verificar fatores associados a esses eventos Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo transversal A população de estudo foi composta por 789 professores das 2 maiores escolas da Rede Estadual de Ensino do município de Londrina, que atuavam no ensino fundamental ou médio por pelo menos um ano Foram obtidas informações por entrevistas e por um questionário autorrespondido, no período de agosto de 212 a junho de 213 Os dados foram duplamente digitados em banco criado no programa Epi Info versão 354 e tabulados usando o programa Statistical Package for the Social Sciences, versão 19 A análise descritiva foi realizada por meio de frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e de dispersão Realizou-se regressão de Poisson pelo método forward, com cálculos de razão de prevalência e intervalo de confiança de 95% para cada um dos grupos de violência relatada (psicológica, física e sexual), tendo como variáveis independentes características sociodemográficas e do trabalho Dos professores entrevistados, 71,1% relataram ter sofrido algum tipo de violência na escola nos 12 meses anteriores à pesquisa A forma de violência mais relatada foram insultos e gozações de alunos (55,4%), seguidos de ameaças (21,4%) e exposição a situações humilhantes ou constrangedoras por colegas ou superiores (17,5%) As formas menos mencionadas foram agressões (ocorridas ou tentativas) físicas (7,9%), com armas brancas (,8%) ou de fogo (,5%) Entre os grupos de violência, a psicológica foi a mais frequentemente reportada (64,1%) e associou-se, após ajustes, à total ou parcial falta de realização profissional e ao relacionamento ruim ou regular com superiores e alunos O grupo de violência física (8,4%) apresentou associação com as variáveis: lecionar para o nível fundamental, ter contrato do tipo não estatutário com o Estado e já ter sofrido violência fora da escola Por fim, a violência sexual (14,1%) associou-se às características ser do sexo masculino, mais jovem (< 35 anos), não ter companheiro e ter carga horária elevada com alunos (= 32 horas) Os fatores associados à violência psicológica e física estão mais relacionados às características do trabalho, enquanto que aqueles associados à violência sexual, mais às características sociodemográficas Essas características podem ser expressão das condições concretas de trabalho e de vida dos professores estudados e revelam um perfil de docentes mais vulneráveis à violência, que muitas vezes extrapola o ambiente escolar