02 - Mestrado - Saúde Coletiva
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 02 - Mestrado - Saúde Coletiva por Data de Publicação
Agora exibindo 1 - 20 de 122
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Acolhimento com avaliação e classificação de risco: o significado para o usuário(2010-11-30) Miranda, Juranda Maia de; Garanhani, Mara Lúcia; Nunes, Elisabete de Fátima Pólo de Almeida; Rodrigues, Inês GimenesAs práticas de humanização nos serviços de saúde constituem-se em desafios para todos os profissionais da área da saúde na atualidade. Estudos sobre as perspectivas do usuário em relação a tais práticas são relevantes para fornecerem dados que possam contribuir efetivamente para o aperfeiçoamento da produção do cuidado nos serviços de saúde. O presente estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva com o objetivo de compreender a percepção do usuário sobre a prática de Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco (AACR), em um pronto socorro de um hospital público estadual, de porte secundário da região sul no município de Londrina-Pr. Buscou-se revelar o significado do AACR para os usuários atendidos nesse serviço utilizando como técnica de coleta de dados a entrevista semi-estruturada, realizada no período de novembro de 2009. Os participantes da pesquisa foram usuários adultos, acima de 18 anos, classificados na cor verde e azul que aguardavam atendimento médico na recepção do hospital, totalizando 19 pacientes. A análise dos dados realizou-se mediante a análise do discurso de acordo com Martins e Bicudo, a qual desvelou o significado do AACR em três categorias temáticas: acolhimento é ter acesso ao serviço de saúde; é submeter-se ao processo de AACR e; é ser cuidado com competência. Os resultados revelaram também o sofrimento do usuário quando há demora no atendimento médico, mesmo depois de ter se submetido à prática do AACR. Os usuários também expressaram satisfação com o serviço oferecido, sentiram-se acolhidos e consideram válida a metodologia do AACR, revelando um vínculo positivo com a instituição. Eles relacionaram o atendimento de suas necessidades com a consulta médica, com a competência dos profissionais da saúde e com a informação sobre o seu risco de saúde. O tempo de espera foi um fator marcante para eles. Concluímos que o acolhimento para os usuários está associado ao acesso aos serviços de saúde e ao atendimento de suas necessidades, muitas vezes representado pelo atendimento médico.Item Tecendo redes em meio ao isolamento: desafio de uma Mãe-Usuária-Guia na produção do cuidado do filho autista(2023-02-23) Araujo, Liz Bárbara Esteves; Melchior, Regina; Baduy, Rossana Staevie; Santos, Nereida Lucia Palko dosA produção do cuidado é uma temática de interesse do campo da saúde pública, principalmente a dinâmica estabelecida pelos usuários para compô-la. No entanto, existem cenários onde o estabelecimento de redes para este cuidado está fragilizado. É o caso das pessoas com deficiência (PCDs). Eles estão constantemente buscando formas de existir frente às dificuldades impostas por uma sociedade normativa, e é neste espaço de força inventiva que se dá a potência do cuidado. Para adentrar este universo, o presente trabalho teve como objetivo analisar a rede de produção do cuidado da pessoa autista em um município de grande porte na região norte do estado do Paraná. A pesquisa ocorreu majoritariamente no ano de 2020, durante a pandemia de COVID-19, porém foram tomadas todas as medidas de proteção necessárias. A cartografia foi o caminho de pesquisa escolhido considerando a proximidade do grupo com o referencial teórico e interesse das pesquisadoras. Para isso fez-se uso dos dispositivos mãe-cidadã-guia (MCG) e usuário-cidadão-guia (UCG). Uma vez escolhido o UCG, um adolescente autista, deu-se início às visitas presenciais conforme a disponibilidade da mãe, do filho e da pesquisadora, considerando o contexto do momento. A partir daí, foi se tecendo as redes operadas por eles. Foram múltiplos encontros com a família, vizinhos e profissionais, a fim de identificar os caminhos percorridos pelo UCG e sua mãe. Ficou evidente que o isolamento da família, existente antes mesmo da pandemia, é o principal impedimento para a construção de uma rede mais robusta. Este isolamento, por se apresentar em diversas dimensões e de maneira multifatorial, aumenta a condição de vulnerabilidade em que vivem, visto que a vida se molda na perspectiva de exclusão social. Mãe e filho residem em uma chácara afastada, na zona rural do município. Adicionado ao isolamento geográfico, observou-se que as inúmeras experiências de preconceito e repúdio ao corpo do filho autista, violentamente os afastaram da produção de vida em sociedade e principalmente das redes de cuidado. Outro motivo que os afastava da rede era a forte influência de uma voluntária de uma instituição de caridade do município, exercida sobre a família, que ao suprir as necessidades da família contribuía para o afastamento deles da rede instituída. A partir dessa vivência percebe-se que a exclusão social enfrentada pelas PCD é uma constante e grande parte do esforço para sair dessa condição e lutar pelo acesso é das mães e famílias, que vão em busca da produção do cuidado. Fica evidente que as políticas públicas não alcançam os que, por diferentes motivos, não chegam até os serviços, fazendo com que eles busquem novas rotas de acesso. Histórias como esta, se repetem em outros territórios. Observou-se também, as dificuldades da mãe e do filho para terem acesso à direitos garantidos às PCDs, como por exemplo o recebimento do Benefício de Prestação Continuada. É preciso que trabalhadores e cidadãos lutem pela melhoria do financiamento das políticas de saúde e social. Deem espaço à educação permanente para desconstrução de preconceitos e apropriação dos direitos já garantidos às PCD. Por fim, faz-se necessário a apropriação das políticas públicas, como o Plano Viver Sem Limites, por parte dos serviços, a fim de uma maior articulação entre eles, buscando assegurar os direitos duramente conquistados e diminuir as barreiras para as PCD.Item A arte na produção do cuidado sob a ótica dos profissionais de saúde dos centros de atenção psicossociais de um município de médio porte(2023-04-25) Almeida, Letícia Salgado; González, Alberto Durán; Melchior, Regina; Soares, Magda Ribeiro de CastroConsiderando os processos de transição do cuidado em saúde mental do modelo asilar para o de base comunitária, os Centros de Atenção Psicossociais se constituem como principal estratégia de serviços substitutivos aos manicômios. Estudos apontam a inserção da arte nos mais diversos contextos e ações em saúde, podendo estar presente na prevenção e promoção, na gestão e no tratamento de saúde, contribuindo para prevenir doenças, para o desenvolvimento humano e com o cuidado em saúde mental. Dessa forma, essa pesquisa teve por objetivo discutir os processos de cuidado dentro dos CAPS Álcool e Drogas e Infantojuvenil, assim como compreender a correlação entre arte e saúde na percepção dos trabalhadores, averiguando os desafios e potenciais dessa integração dentro desses centros. Tratou-se de uma investigação qualitativa de caráter analítico, realizada através de entrevistas semiestruturadas com treze profissionais do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil e do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas de um município de médio porte localizado no estado do Paraná, e os dados foram analisados por meio do referencial metodológico da Análise de Conteúdo de Bardin (2016). Observou-se que o uso da arte nas CAPS está envolto em dificuldades e preconceitos por parte da comunidade e trabalhadores como um todo, a qual afasta alternativas que não as medicamentosas do tratamento de usuários, crianças e adolescentes. Dificuldades como a falta de material, preparo dos profissionais da saúde, de conhecimento sobre a Arte como terapia, considerando um contexto de pandemia, isolou a arte do cuidado. A partir da pesquisa de como os profissionais de saúde dos CAPS compreendem a arte na produção do cuidado, foi possível perceber a necessidade de ampliar a concepção da oferta do mesmo e, portanto, de ações em saúde, buscando a ruptura da visão biomédica e hospitalocêntrica e principalmente resgatando princípios da Reforma Sanitária e Psiquiátrica que nos dias atuais encontram-se ameaçados.Item Internações por doenças do aparelho circulatório sensíveis à atenção primária : tendência das taxas no estado do ParanáGonçalves, Flavia Guilherme; Silva, Ana Maria Rigo [Orientador]; Carvalho, Wladithe Organ de; Mathias, Thaís Aidar de FreitasResumo: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são consideradas globalmente uma ameaça ao desenvolvimento humano Algumas doenças do aparelho circulatório como a hipertensão arterial (HA) e insuficiência cardíaca (IC), além de serem classificadas como DCNT, também são consideradas como condições sensíveis à atenção primária (CSAP), ou seja, internações e óbitos podem ser evitados se a doença for diagnosticada e tratada oportunamente As taxas de internação por CSAP podem ser utilizadas para avaliar indiretamente o funcionamento e a efetividade do primeiro nível de atenção O objetivo deste estudo foi analisar a tendência das taxas de internação por agravos do aparelho circulatório, classificados como CSAP, em adultos de 4 a 74 anos, residentes no Estado do Paraná entre 2 e 212 Realizou-se um estudo de tendência tanto para o Paraná quanto para as suas macrorregionais de saúde Os dados das internações foram obtidos no Sistema de Internação Hospitalar (SIH-SUS) e os de população foram estimados por interpolação intercensitária dos censos de 2 e 21 para o período de 21 a 29, e por projeção demográfica para os anos de 211 e 213 Foram calculadas taxas anuais de internação por sexo para as faixas etárias de 4 a 59 anos e de 6 a 74, bem como para grupos específicos de agravos cardiovasculares Para a análise da tendência, foi realizada a regressão polinomial utilizando-se o programa estatístico R Ocorreram no Paraná, de 2 a 212, 3754214 internações pelo SUS, destas, 14,2% foram classificadas como doenças do aparelho circulatório sensíveis à atenção primária Quanto à distribuição proporcional destas internações no Estado e em suas macrorregionais, a IC foi a causa mais frequente, seguida pela angina, doenças cerebrovasculares e hipertensão arterial As taxas médias de internação por angina, doença cerebrovascular e insuficiência cardíaca para o sexo masculino foram maiores que as do sexo feminino para o Paraná e macrorregionais de saúde Já o sexo feminino apresentou maior taxa média de internação por HA A faixa etária de 6 a 74 anos foi a que apresentou as maiores taxas de internação para doenças do aparelho circulatório, com média no Estado de 3,46/14 Quanto à tendência das taxas por causas específicas, a angina apresentou tendência crescente, estabilização e novo período de crescimento para o Paraná e macrorregionais As doenças cerebrovasculares e a IC tiveram tendência decrescente seguida de estabilização para o Estado e macrorregionais Já a tendência das taxas de internação por HA apresentou comportamentos variados entre as macrorregionais de saúde e o Estado, como por exemplo: decrescente para a macro Centro-Leste-Sul e ascendente, decrescente e estável para as macro Norte e Noroeste Neste estudo verificou-se redução das taxas de internação por hipertensão, doença cerebrovascular e IC e aumento das taxas de internação por angina Tais constatações indicam que houve melhorias, porém, ainda há necessidade de ampliar o acesso e a qualidade da atenção prestada pela atenção primária, bem como fortalecer o trabalho em redes de atenção, especialmente nos cuidados das doenças cardiovasculares consideradas CSAPItem Epidemia da infecção pelo vírus influenza A/H1N1 em municípios do norte do Paraná em 2009Paiva, Ronaldo Silveira de; Cordoni Junior, Luiz [Orientador]; Ferreira Filho, Olavo Franco; Pontes, Rose Meire AlbuquerqueResumo: Em 29 ocorreu a circulação de um novo vírus influenza (tipo A subtipo H1N1), que rapidamente evoluiu para uma pandemia e apresentou diferentes comportamentos epidemiológicos nos países e nas regiões do Brasil Este trabalho procurou descrever o comportamento epidemiológico deste vírus pandêmico nos municípios que compõem a 17a Regional de Saúde do Estado do Paraná no ano de 29 Foi realizado estudo observacional e a população pesquisada foi formada pelos casos notificados de Influenza Pandêmica (H1N1) 29 nos municípios da região em 29 A fonte de informação foi o banco de dados da 17ª Regional de Saúde Os resultados do trabalho mostraram que foram confirmados 1466 casos na região, sendo 562 confirmados laboratorialmente A grande maioria dos casos ocorreu em indivíduos jovens, sendo 67,3% dos casos em pessoas com menos de 3 anos A faixa etária que acumulou o maior número de casos foi a com idade entre 2 e 29 anos, com 22,8% dos casos A maior incidência por faixa etária foi a de crianças com menos de 3 anos (4616,68 casos/1 habitantes) Os adultos com idade entre 5 e 59 anos foram o grupo com o maior coeficiente de mortalidade por faixa etária Houve predomínio dos casos no sexo feminino (54%) O pico do número de casos na região no ano de 29 foi na semana 35 As comorbidades mais frequentes foram a pneumopatia crônica (11,41%), hipertensão arterial sistêmica (3,43%) e cardiopatia crônica (3,11%) Do total de pacientes, 7,72% eram tabagistas e 2,53% gestantes Houve grande variação dos coeficientes de incidência, coeficiente de mortalidade, taxa de hospitalização e taxa de letalidade entre os municípios da região Os fatores associados à hospitalização, síndrome respiratória aguda grave e óbito foram semelhantes a estudos nacionais e internacionais O estudo mostrou que o coeficiente de incidência e algumas características demográficas da doença na região foram semelhantes ao estado do Paraná, porém a mortalidade e a letalidade apresentaram valores bem inferiores ao estado, mais próximas aos dados nacionais Tais resultados indicam a importância de estudos epidemiológicos regionais para a correta dimensão das doenças nestes locaisItem Implantação dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família : atuação da equipe gestora da atenção básicaVolponi, Paula Roberta Rozada; Garanhani, Mara Lúcia [Orientador]; Baduy, Rossana Staevie; Mai, Lilian Denise; Carvalho, Brígida Gimenez [Coorientadora]Resumo: Os desafios a serem superados pela Atenção Básica (AB) exigem mudanças substantivas nas práticas de cuidado e nos modos de gerir em saúde, que sejam capazes de dialogar com as perspectivas democráticas e participativas da reforma sanitária brasileira e com a integralidade do cuidado Assim, o presente estudo tem como objetivo compreender o processo de implantação do Núcleo de Apoio a Saúde da Família - NASF relacionado às ações dos gestores da AB e sua potencialidade em constituir-se como um processo de mudança Trata-se de um estudo com uma abordagem qualitativa, de caráter compreensivo Foi realizado junto aos gestores alocados em cargos oficiais na Diretoria de Atenção Primária a Saúde de um município de grande porte, sede de uma das Regionais de Saúde do Paraná Os instrumentos metodológicos escolhidos para a coleta das informações foram a observação participante e a entrevista, realizados em um período entre outubro de 212 a abril de 213 Utilizou-se um roteiro aberto para a observação, as quais foram registradas em um diário de campo Realizou-se 15 entrevistas do tipo semi-estruturada, analisadas por meio da análise de conteúdo Os resultados revelaram uma equipe gestora atuando em um cenário político conturbado, com impactos na estruturação das equipes de ESF e NASF, e na sua forma de gerir, fazendo com que esforços fossem centrados na reorganização das estruturas organizacionais, na manutenção e ampliação do número de equipes, na diminuição da rotatividade profissional, nas capacitações profissionais e na construção/implementação de protocolos Diversas características individuais foram apresentadas, e se relacionaram aos modos de gerir destes gestores Modos estes, que ora se aproximavam de práticas gerenciais hegemônicas, ora relacionavam-se a práticas gerenciais contra-hegemônicas, com iniciativas em uma perspectiva de gestão contemporânea participativa Evidenciou-se que prevalece o desejo pelo apoio matricial (AM) na dimensão assistencial O NASF se constituiu em um dispositivo com potencialidade de instituir mudanças nos processos de trabalho e na produção do cuidado Juntamente com os arranjos instituídos a partir dele, foram, em alguns momentos, capazes de cumprir seu papel, por interrogar os processos de trabalho e as produções do cotidiano e por trazer novas disputas para o cenário Nesse sentido, acreditamos que a gestão deva investir esforços nos espaços relacionais, com capacidade de abrir-se para uma escuta ativa, de desvelar o que se está oculto, de reconhecer o conflito, a tensão e a subjetividade As efetivações necessárias ao processo de mudança não se darão sem a aproximação e diálogo nas diversas esferas políticas, sem o distensionamento das disputas de poder e a criação de dispositivos capazes de construir novas práticas, a fim de alcançar a integralidade do cuidadoItem Repercussões do contexto sócio-político, sanitário e normativo para a oferta e organização de serviços da Atenção Básica na Macrorregião Norte do ParanáLopes, Wellington Pereira; Carvalho, Brígida Gimenez [Orientador]; Nunes, Elisabete de Fátima Polo de Almeida; Santini, Stela Maris Lopes; Mendonça, Fernanda de FreitasResumo: Introdução: A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) se deu um contexto político de redemocratização do país, quando se encerrava um ciclo ditatorial e se iniciava o período democrático, marcado por manifestações, reinvindicações e participação popular em busca de melhorias em diversos aspectos O contexto de implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) foi marcado por políticas normativas seguindo a lógica federativa do país por meio da descentralização e participação de todos os entes federados Apesar dos diversos avanços nos útimos anos, questões relacionadas a crise política, avanço do neoliberalismo e crises sanitárias têm influenciado diretamente as mudanças ocorridas no SUS Esse trabalho teve como objetivo: Analisar as possíveis repercussões do contexto sócio-político, sanitário e normativo para a oferta e organização de serviços da AB na macrorregião norte do Estado do Paraná Metodologia: Estudo de caráter compreensivo, realizado em dois movimentos distintos O primeiro, de caráter quantitativo descritivo, por meio de dados secundários, disponibilizados pelo Ministério da Saúde (MS) no sistema Espaço para Informação e Acesso para o Sistema da Atenção Básica (e-gestor), sobre número e cobertura de equipes estratégicas da Atenção Básica (AB), referente ao período 211 a 219 O segundo movimento, de caráter qualitativo, foi realizado em 16 municípios da macrorregião norte do Paraná Os sujeitos da pesquisa foram coordenadores municipais da Atenção Básica (AB) e secretários municipais de saúde entrevistados por meio de roteiro semiestruturado, que continha questões que versavam sobre a organização da atenção básica e gestão do trabalho e foram realizadas no periodo de julho a outubro de 221 Para análise e interpretação dos dados, foi utilizado o método de análise de discurso Resultados: Houve aumento no quantitativo e na cobertura, tanto da Estatégia Saúde da Familia (eSF), quanto das demais equipes estratégicas entre os anos de 211 a 219, porém os resultados apontam estagnação e até mesmo redução para algumas estratégias nos anos subsequentes O crescimento das ideias neoliberais, a reforma trabalhista e contextos políticos, econômicos e sociais no período da formulação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) de 217, refletiram em flexibilização da forma de contratação e na estrutura das composições das equipes, afetando principalmente os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que sofreram redução do quantitativo de profissionais e da cobertura populacional Na macrorregião norte do Paraná,a maioria dos municípios estudados manteve a organização da AB por meio das eSF, e em apenas três municípios verificou-se a existência de Equipes de Atenção Primária (eAP) Em relação às formas de contratação nesses municípios, notou-se aumento dos vínculos precáriosQuanto a percepção dos gestores sobre o desempenho e tipo de vínculo contratual, observou se que alguns gestores não identificam diferença entre a atuação de profissionais com vínculos distintos, entretanto houve ênfase por de alguns gestores que profissionais terceirizados e com vínculo de trabalho mais frágil tem melhor desempenho do que profissionais com estabilidade no trabalho Observou-se que a crise sanitária da Covid-19 interferiu diretamente na organização e oferta de serviços da AB, além disso, a crise do federalismo brasileiro marcada por conflitos intergovernamentais provocou atraso na organização da AB para atuar frente a pandemia por Covid-19 Apesar disso houve organização por meio de unidades sentinelas de atendimento a pessoas sintomáticas respiratórias, unidades de coleta de exames e unidades de atendimento regular aos pacientes Os serviços ofertados foram: tele-atendimento, rastreamento de casos suspeitos e casos confirmados, atendimento de pacientes com sintomas respiratórios nas unidades de referência, atendimento de rotina nas demais unidades, coleta de exames, educação em saúde visando o combate às fakenews com a população do território, entrega ou envio por e-mail de receitas médicas de uso continuo aos pacientes crônicos para minimizar aglomerações, incentivo ao programa de imunização e atendimento psicológico Conclusão: Os resultados permitem inferir que a PNAB 217 não possibilitou o fortalecimento da AB com foco na eSF; que o cenário político, sanitário, econômico e social vivenciado pelos municípios nos últimos anos, interferiu diretamente na forma de contratação dos profissionais, na percepção dos gestores em relação ao desempenho e vínculo de trabalho e que a crise entre os entes federativos, especialmente a descooordenação, refletiu de forma negativa na organização da AB para o combate da Covid-19Item Compreensão do sentido de ser professor readaptado por transtornos psíquicos à luz da fenomenologia heideggerianaAssis, Ana Claudia Petryszyn; González, Alberto Durán [Orientador]; Garanhani, Mara Lúcia; Facci, Marilda Gonçalves DiasResumo: Ao longo dos anos, o trabalho docente vem acumulando muitas mudanças as quais tem repercutido negativamente na saúde psíquica e física dos mesmos Levando a um intenso sofrimento nesta categoria profissional, consequentemente, tem se tornado frequente a readaptação funcional de professores a qual afasta, temporário ou definitivo, o trabalhador de sua função, realocando-o em outro cargo Com base nisso, o objetivo dessa pesquisa foi compreender o significado do retorno à escola após afastamento definitivo como professor-readaptado por transtornos psíquicos Trata-se de um estudo qualitativo, realizado com professores readaptados definitivos de diferentes escolas da rede pública de um munícipio de grande porte do sul do Brasil A coleta de dados foi realizada no período de dezembro de 214 e finalizada em junho de 215 Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas e submetidos à análise de discurso proposta por Martins e Bicudo, como forma de extração e organização dos dados Em seguida, foram analisados a luz do referencial filosófico de Martin Heidegger Também, foram utilizados outros autores, tendo em vista a convergência entre eles Da análise das entrevistas emergiram quatro categorias: Processo de ruptura do trabalho docente em sala de aula; Retorno ao trabalho como professor readaptado; Ser-no-mundo como professor readaptado e Ser-com-o-outro no mundo da readaptação Os entrevistados revelaram que o trabalho antes da readaptação estava sendo marcado pela intensificação do trabalho como docentes, refletido por condições de trabalho ruins, excesso de burocracia e outros levando a um período de afastamentos os quais foram tidos como momentos de quebra do cotidiano dos professores Após os afastamentos temporários de sala de aula, o habitar o mundo da educação sob nova condição foi marcado por incertezas e sentimentos como o medo frente a essa transição, já que não tinham referências construídas sobre esse ser-no-mundo, pois foram lançados no mundo da educação sob nova condição, se ocupando e preocupando de modos diferentes Dessa forma, aos que construíram uma nova identidade esta foi marcada por uma utilidade para o coletivo, no qual assumem múltiplas funções para serem reconhecidos Passando a existir de modo impróprio, retirando, dessa forma, a possibilidade de refletirem sobre esse agir para os outros O ser-com dos professores readaptados revelaram modos deficientes com-colegas; com-outros-funcionários, com-alunos e com-família, suscitando, portanto, um ser-com inautêntico Visto que estas relações se demostraram em atitudes preconceituosas, com forte estigma e de exclusão Também, esta pesquisa permitiu tecer algumas reflexões sobre o processo de readaptação vivenciado pelos professores na qual evidenciou-se a falta de políticas que visem este profissional, tanto no processo quanto no acompanhamento do mesmo nesta situação Espera-se que os resultados desse estudo possam fornecer subsídios para o conhecimento dessa realidade, buscando ampliar as discussões e alternativas para o atual contexto que esses professores vivenciamItem Centro de especialidades odontológicas como ponto de atenção na Rede de Saúde BucalLippert, Alessandra de Oliveira; Mendonça, Fernanda de Freitas [Orientador]; Carvalho, Brígida Gimenez; Caldarelli, Pablo GuilhermeResumo: A Odontologia no Brasil, por um longo período destacou-se pela prática iatrogênica e mutiladora, com caráter elitista e voltado para os interesses do setor privado, inclusive reproduzindo estas características no âmbito público No ano 2, o Ministério da Saúde (MS) elaborou um projeto identificado como Saúde Bucal Brasil, e este embasou do ponto de vista epidemiológico a elaboração de diretrizes para a implantação da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), lançada em 24 A PNSB surge como uma alternativa para a melhoria da atenção à saúde de todos os brasileiros, visa garantir as ações de promoção, prevenção, recuperação e manutenção da saúde bucal, e aponta para uma reorganização da atenção em saúde bucal em todos os níveis de atenção Para fazer frente a esse desafio, uma estratégia adotada foi a implantação de Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) E em contraponto, aos modelos de saúde fragmentados, em 214, o estado do Paraná propõe o atendimento por meio da Rede de Atenção à Saúde Bucal (RASB) O atendimento em rede propõe garantir a mudança do paradigma entre o modelo cirúrgico-restaurador para um modelo que atue na promoção de saúde, favorecendo o acolhimento universal, garantindo o acesso, e fortalecendo as unidades de saúde com cuidado integral às pessoas Desta maneira, considerando que os pontos de atenção à saúde são os nós da rede de atenção, compreender como estes se articulam dentro da RASB, é de extrema importância para a consolidação do modelo Com base nisso, o objetivo desta pesquisa foi compreender o papel do CEO para a organização de uma rede regionalizada de atenção à saúde bucal Quanto ao procedimento metodológico, o estudo caracterizou-se por ser um estudo qualitativo de caráter exploratório e descritivo, realizado na 2ª Regional de Saúde (RS) do Paraná, a qual é composta por 18 municípios Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas no período de março e abril de 219, e foram submetidos à análise de discurso proposta por Martins e Bicudo (25) Foram entrevistados 14 profissionais cirurgiões-dentistas, nove da atenção básica (AB) e cinco da média complexidade, sendo considerados informantes chaves deste estudo Da análise das entrevistas emergiram três categorias: (1) a organização da RASB; (2) o cuidado em saúde bucal; e (3) o papel do CEO na RASB Os resultados foram apresentados no formato de três manuscritos científicos, correspondentes a cada categoria de análise Os dados do primeiro manuscrito identificam os serviços de Odontologia, bem como descreve a organização da RASB nesta região de saúde De maneira que se percebe pelos profissionais o conhecimento da rede, tanto dos pontos de atenção, quanto das suas responsabilidades Porém, ainda são frágeis os mecanismos que articulam a AB e o CEO com os serviços de alta complexidade, configurando um cenário muitas vezes dissonante daquele desenhado pela Linha Guia O segundo manuscrito refere-se ao cuidado integral em saúde bucal, cuja a oferta limitada e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde são frequentemente relatadas como maiores comprometedores da integralidade Um dos principais motivos reside na fragilidade do cumprimento das atribuições relativas ao nível da AB, que gera demanda inapropriada aos níveis especializados, contribuindo para a demanda reprimida O terceiro manuscrito permitiu identificar a posição ativa do CEO regional na região de saúde, o qual se mostrou importante para fortalecer a rede, bem como para a integralidade do cuidado Por fim, os dados sugerem que há oferta de serviços de Odontologia presentes na 2ª RS, e a RASB no Paraná se apresenta organizada, porém ainda apresenta limitações Quanto ao CEO, este tem um papel ativo na rede sendo um importante instrumento no processo de regionalização, porém ressalta-se a importância de ampliar e garantir o acesso equânime e de qualidade às necessidades de saúde bucal da população, com a garantia de continuidade do cuidado iniciado na ABItem Incidência de autopercepção negativa e positiva de saúde e relação com mudanças nos comportamentos de saúde : estudo Vigicardio (2011-2015)Andrade, Giovana Frazon de; Loch, Mathias Roberto [Orientador]; Silva, Ana Maria Rigo; Radovanovic, Cremilde Aparecida TrindadeResumo: Incorporada como medida epidemiológica desde a década de 195, um dos indicadores do estado geral de saúde mais utilizados na atualidade é a autopercepção de saúde Considerando que a forma como os indivíduos percebem sua saúde é influenciada por diversos aspectos, investigar estes fatores auxilia a compreensão das classificações positivas e negativas do estado de saúde O objetivo deste estudo foi analisar se alterações nos comportamentos relacionados à saúde se associam a incidência de autopercepção positiva e negativa de saúde Foi realizado um estudo de coorte prospectivo, de base populacional no baseline (211) com seguimento realizado em 215 Foram entrevistados 883 indivíduos de 4 anos ou mais residentes no município de Cambé-PR Ambas as coletas de dados foram por meio de visitas domiciliares com aplicação de questionário semiestruturado A variável dependente foi a autopercepção de saúde, mensurada através da pergunta “Como o(a) senhor(a) classifica seu estado de saúde? Aqueles que responderam “muito bom” ou “bom” foram considerados com autopercepção positiva de saúde, os que responderam “regular”, “ruim” ou “muito ruim” com autopercepção negativa As variáveis independentes foram mudanças de alguns comportamentos relacionados à saúde: atividade física no tempo livre (AFTL), consumo de frutas e hortaliças (CFH), consumo abusivo de álcool (CAA) e tabagismo A análise de dados foi realizada no programa Statistical Package for the Social Sciences – SPSS® , onde se calculou o Risco Relativo (RR) pela regressão de Poisson bruta e ajustada por variáveis sociodemográficas (modelo 1), sociodemográficas e de saúde (modelo 2) e sociodemográficas, de saúde e comportamentais (modelo 3) A incidência de autopercepção negativa de saúde foi de 27,2% e de autopercepção positiva de saúde foi de 27, 7% A incidência de autopercepção negativa de saúde associou-se aos indivíduos que se tornaram inativos (RR=1,74; IC95%1,8–2,8), mantendo-se no modelo 1 (RR=1,65; IC95%1,4-2,62), modelo 2 (RR=1,92; IC95%1,19-3,1) e modelo 3 (RR=1,88; IC95%1,17-3,5), aos que deixaram de consumir regularmente frutas e hortaliças (RR=1,84; IC95%1,16-2,92), mantendo-se no modelo 1 (RR=1,85; IC95%1,14-3,1), modelo 2 (RR=2,3; IC95%1,25-3,3) e modelo 3 (RR=1,95; IC95%1,15-3,28) e aos que deixaram de consumir álcool abusivamente (RR=2,29; IC95%1,3-5,8), mantendo-se no modelo 2 (RR= 2,42; IC95% 1,12-5,25) A incidência de autopercepção positiva de saúde associou-se aos indivíduos que se tornaram ativos (RR= 1,48; IC95% 1,3-2,15), mantendo-se no modelo 2 (RR= 1,47; IC95%1,2-2,13) e aos que deixaram de ser tabagistas no modelo 1 (RR=2,58; IC95%1,16-5,71), modelo 2 (RR=5,78; 2,18-15,36) e modelo 3 (RR=8,37; IC95%2,79-25,9) Os indivíduos que passaram a consumir irregularmente frutas e hortaliças apresentaram menor incidência de autopercepção positiva de saúde no modelo 1 (RR=,52; IC95%,29-,94), modelo 2 (RR=,54; IC95%,31-,97) e modelo 3 (RR=,29; IC95%,29-,9) Conclui-se que as mudanças nos comportamentos relacionados à saúde se associam a mudança na autopercepção de saúde, fato importante que reforça a orientação de possíveis soluções para melhora da saúde e bem-estar dos indivíduos e populaçõesItem Rede de enfrentamento à violência contra as mulheres do município de Londrina-PR : potencialidades e desafiosMaia, Josiane Nunes; Carvalho, Marselle Nobre de [Orientador]; Carvalho, Brígida Gimenez; Ferrari, Rosângela Aparecida PimentaResumo: A violência contra as mulheres permanece em nosso meio, ora mantendo sua estrutura arcaica, ora ganhando novas formas A rede de enfrentamento tem papel essencial na quebra desse silêncio coletivo e em dar visibilidade às relações que se estabelecem quan-do se depara com a violência sofrida pelas mulheres O presente estudo teve como objeti-vo analisar a organização e funcionamento da Rede de Enfrentamento à Violência Domés-tica, Familiar e Sexual contra as Mulheres do Município de Londrina Assim, trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e analítico Foram utilizadas técnicas mis-tas de análise de dados: observação participante com registro de informações em diário de campo, análise documental, e entrevistas Para a sistematização e análise os dados, em-pregou-se a Análise de Conteúdo proposta por Bardin A primeira fase tratou da organiza-ção do material a ser analisado, foi realizada escuta e transcrição das gravações das en-trevistas, leitura flutuante do corpus das atas, do diário de campo e das entrevistas que ocorreram no período de abril a maio de 221 com membros da rede Na fase de explora-ção do material, os textos foram recortados em unidades de contexto e unidades de regis-tro Estas unidades foram agrupadas de acordo com semelhanças de sentido e foram-lhes dados a unidade de conteúdo temática Na sequência, as unidades de registro foram reli-das, emergindo duas categorias empíricas: estratégias de articulação da rede de atendi-mento, e potencialidades e fragilidades da rede de enfrentamento A terceira fase compre-endeu o tratamento dos resultados, inferência e interpretação, retomando o objetivo da investigação que é analisar a organização e funcionamento da rede Entre os participantes da pesquisa as mulheres são a maioria, 27 (96,4%) Em relação aos cargos, são psicólo-gos (32,1%) e assistentes sociais (21,4%), expressão das relações de gênero, pois são profissões a muito delegadas às mulheres, por estarem relacionadas ao cuidado A organi-zação da rede iniciou em 1986, com a Delegacia da Mulher, em 1988 o Conselho Municipal de Direitos das Mulheres e em 1993 a Coordenadoria Especial da Mulher, seguido da Se-cretaria Municipal de Políticas para as Mulheres em 23 Atuar em equipe é um dos facili-tadores da articulação na rede A atuação coordenada e a forma como as reuniões são planejadas, conduzidas e os debates são as ferramentas que proporcionam o trabalho em equipe A referência e contrarreferência são dificuldades na articulação da rede de atendi-mento Os motivos da não realização dessas ações são: baixo número de profissionais, ausência de fluxo formal e excesso de demanda A rede estruturada é uma potencialidade devido o município estar na vanguarda da organização e da implantação de políticas públi-cas e ter respaldo nas leis e decretos A falta de participação e de comprometimento dos membros, traz fragilidade nos elos e nas articulações e se apresenta como um desafio para a rede Entende-se que para a institucionalização desta rede é necessário o fortale-cimento de suas potencialidades e superação dos desafios que se apresentamItem A formação superior e as conferências nacionais de recursos humanos em saúdeAlmeida, Daniel Carlos da Silva e; Almeida, Marcio José de [Orientador]; Esteves, Roberto Zonato; Gil, Célia Regina Rodrigues; Garanhani, Mara Lúcia [Coorientadora]Resumo: Esta pesquisa buscou resgatar e aprofundar a discussão sobre a formação profissional em saúde a fim de contribuir para a compreensão da realidade e das políticas instituídas O objetivo foi analisar as propostas e os problemas relacionados à formação superior em saúde, no âmbito da graduação, nas Conferências Nacionais de Recursos Humanos em Saúde (CNRHS) Para isso, foram utilizados como objetos de análise os relatórios finais dessas Conferências A abordagem utilizada foi qualitativa e para a análise dos dados optou-se pelo método da análise de conteúdo preconizado por Bardin, no qual as informações analisadas foram codificadas em categorias por meio da análise temática Essas categorias versaram sobre o perfil profissional, as práticas de ensino-aprendizagem e a articulação ensino-serviço-comunidade As CNRHS foram fóruns de manifestação do controle social sobre as políticas relacionadas ao tema que contaram com a participação de diversos atores Suas propostas acompanharam o processo de reorientação da atenção e da formação em saúde ditado por esses atores ao longo de vinte anos Apesar dos problemas apontados na análise documental, pode-se inferir que a questão da formação dos profissionais de saúde se encontra em evolução, tanto no campo político e teórico como no prático, e hoje se constitui uma política legitimada Assim, esse trabalho contribui demonstrando a evolução da formação dos profissionais de saúde, mesmo aquém das necessidades de mudança, e evidencia a complexidade da gestão do trabalho no SUS, a sua relação com as instituições de ensino, que não são homogêneas entre si; com os serviços, representados por gestores e profissionais; e com as políticas intergovernamentais articuladas entre Ministério da Saúde e Ministério da EducaçãoItem Satisfação no trabalho e absenteísmo entre professores da rede estadual de ensino básico de LondrinaLevorato, Adrieli de Fatima Massaro; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Matsuda, Laura Misue; Durán González, Alberto; Girotto, Edmarlon [Coorientador]Resumo: Devido às reformas educacionais e intensificação do trabalho, professores têm enfrentado inúmeros obstáculos na profissão docente Assim, muitos experimentam insatisfação no trabalho, com prejuízo à sua saúde física e mental, o que pode contribuir para o absenteísmo Nesse sentido, este estudo objetivou analisar a relação entre satisfação no trabalho e absenteísmo em professores da educação básica Trata-se de estudo epidemiológico do tipo transversal, com população de estudo composta por professores das 2 escolas da Rede Estadual de Ensino de Londrina-PR com maior número de docentes A coleta de dados ocorreu entre agosto de 212 a junho de 213, por entrevista e preenchimento de um questionário pelos professores A satisfação no trabalho foi avaliada por meio da escala Occupational Stress Indicator, utilizando o percentil 25 como ponto de corte para definição de menor satisfação O absenteísmo foi considerado presente quando o professor referiu ter faltado ao trabalho por problema de saúde nos 12 meses anteriores à entrevista Foram realizadas análises descritivas e por regressão de Poisson, com cálculo de razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança (IC) de 95% Participaram deste estudo 899 professores, com idade média de 42 anos e a maior parte composta por mulheres (68,3%) Os componentes com menores níveis de satisfação foram salário (46,9%), volume de trabalho (29,6%) e oportunidades para atingir aspirações e ambições (21,5%) Os componentes da escala de satisfação no trabalho mais bem avaliados foram: conteúdo do trabalho (58,4%) e relacionamentos (58,1%) Metade dos professores (5,4%) referiu absenteísmo por problema de saúde, com duração principalmente entre 1 e 3 dias (37,5%) Os principais motivos de falta ao trabalho foram doenças respiratórias (22,3%), problemas osteomusculares (14,1%) e transtornos mentais (11,%) Após análise ajustada, o absenteísmo associou-se com a menor satisfação no trabalho (RP=1,21; IC=1,5-1,39), independentemente das variáveis sexo, idade, tempo de profissão, carga horária de trabalho, percepção quanto ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, dor crônica, doença crônica, capacidade física e mental para o trabalho e qualidade do sono Também se apresentaram associadas ao absenteísmo a idade superior a 4 anos (RP=1,19; IC=1,1-1,39) e presença de doença crônica (RP=1,65; IC=1,27-2,15) Os resultados mostram associação entre absenteísmo e menor satisfação no trabalho no exercício da profissão docente, independentemente de outras variáveis Desta forma, tornam-se necessárias medidas para melhorar a satisfação no trabalho docente, como a melhoria das condições e redução da carga de trabalhoItem Organização do trabalho em uma unidade de urgência : percepção dos enfermeiros a partir da implantação do acolhimento com avaliação e classificação de riscoGodoy, Fernanda da Silva Floter; Garanhani, Mara Lúcia [Orientador]; Nunes, Elizabete de Fátima Pólo de Almeida; Lacerda, Maria RibeiroResumo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve por objetivos conhecer o trabalho de uma unidade de urgência após a implantação do Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco (AACR), as repercussões sobre o processo de trabalho do enfermeiro, os sentimentos vivenciados e as estratégias defensivas utilizadas por estes profissionais Participaram da pesquisa dez enfermeiros de um hospital universitário localizado no interior do Estado do Paraná A coleta de dados ocorreu nos meses de julho e agosto de 29 Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, que continham questões norteadoras fundamentadas no referencial teórico Optou-se pela gravação em fita cassete e, em seguida, as falas foram transcritas na íntegra Para a análise dos discursos e construção das categorias, utilizou-se a técnica fundamentada na estrutura do fenômeno situado, e a discussão foi realizada utilizando algumas contribuições da Psicodinâmica do Trabalho A análise das dez entrevistas desvelou quatro categorias, sendo três analíticas e uma empírica As categorias versam sobre os temas: processo de trabalho e as repercussões do AACR em uma unidade de urgência, os sentimentos vivenciados por estes profissionais, as estratégias defensivas utilizadas pelos enfermeiros e as atitudes necessárias para o trabalho em uma unidade de urgência com AACR O ambiente da unidade de urgência mostrou-se similar às outras realidades vivenciadas e descritas em literatura O AACR trouxe modificações significativas para o processo de trabalho dos enfermeiros, permitindo organizar a fila de espera e priorizando os casos mais graves Os sentimentos de prazer foram identificados como contribuição para o diagnóstico precoce, alívio da dor e na recuperação do paciente e no relacionamento com a equipe de enfermagem As vivências de sentimentos de sofrimento estão relacionadas com a intensificação do trabalho, o relacionamento com a equipe médica, o medo e a insegurança em fazer a contra-referência dos usuários As estratégias defensivas utilizadas pelos enfermeiros evidenciaram essencialmente ações individuais: buscar apoio na prática religiosa, o convívio com familiares e amigos e a prática de esportes Observou-se, nesta pesquisa, a presença de ambiguidade de sentimentos de prazer e sofrimento na vivência do AACR Os resultados deste estudo mostram as repercussões que o AACR proporciona em unidades de urgência, no que diz respeito à organização da demanda e à priorização dos casos com critérios baseados na gravidade, ou seja, no risco de vida O conhecimento dos fatores que levam aos sentimentos de prazer e sofrimento neste trabalho pode abrir novas possibilidades para refletir sobre esta prática, contribuindo para a realização de um processo mais participativo e inovadorItem Depressão em professores da rede estadual de ensino de Londrina/PR : caracterização e fatores associadosFaria, Nathalia Kuhnlein Alencastro Guimarães de; González, Alberto Durán [Orientador]; Ballester, Alexandre Prietto; Mesas, Arthur Eumann; Guidoni, Camilo Molino [Coorientador]Resumo: A depressão afeta 35 milhões de pessoas mundialmente e é uma doença importante que reflete na família, no trabalho e nas relações pessoais do indivíduo bem como, em casos extremos, pode levar ao suicídio O desenvolvimento da depressão é influenciado por fatores genéticos, características de personalidade e o meio em que se vive Condições adversas de trabalho podem contribuir para o desenvolvimento da depressão, bem como por agravos relacionados a ele A profissão docente apresenta muitos desafios e condições adversas de trabalho Em diversos países, os transtornos mentais são o principal motivo causador de absenteísmo entre docentes Pensando na importância dos professores para a sociedade, no ônus relacionado à depressão e na condição adversa de trabalho vivida por muitos professores, o objetivo do estudo foi conhecer a prevalência de depressão e de sintomas depressivos, de acordo com o Inventário de Beck-II (BDI-II), e os fatores associados à depressão em professores da Rede Estadual de Ensino de Londrina/PR Trezentos e oito professores foram entrevistados, dos quais 34,7% foram considerados depressivos, de acordo com os preceitos previstos pelo BDI-II A maioria dos considerados depressivos era do sexo, tinham entre 25 e 39 anos de idade, eram casados, possuiam especialização e renda familiar mensal entre R$ 31, e R$ 5, Os principais sintomas assinalados pelos entrevistados foram falta de energia, alterações no padrão do sono, cansaço ou fadiga e autocrítica As seguintes variáveis relacionadas ao trabalho se mostraram associadas à presença de depressão: ter menos de dez anos de profissão, relatar relacionamento com superiores ou alunos, motivação para chegar ao trabalho e equilíbrio entre vida profissional e pessoal como ruim ou regular e relatar ter sofrido qualquer tipo de violênciaItem Níveis de manganês em sangue e fatores associados em população urbana com 40 anos ou mais em município do sul do BrasilFukushigue, Ana Lívia Carvalho da Silva; Paoliello, Monica Maria Bastos [Orientador]; Capitani, Eduardo Mello de; Peixe, Tiago SeveroResumo: O manganês (Mn) é um elemento traço essencial Porém, em determinadas concentrações pode ser tóxico à saúde humana Os efeitos adversos ocasionados por altas exposições ao Mn, principalmente em ambientes ocupacionais, são bem conhecidos e documentados Entretanto, os relacionados à exposição ambiental, apesar de epidemiologicamente evidentes, são poucos conhecidos Nesse contexto, os estudos de biomonitorização humana podem ser usados para identificar e quantificar a exposição e o risco ao metal Diante disso, esse estudo objetivou estabelecer os níveis basais de Mn em sangue e verificar a ocorrência de uma possível associação entre os níveis sanguíneos de Mn e fatores sociodemográficos, econômicos, relacionados ao estilo de vida e hipertensão Trata-se de um estudo transversal de base populacional, com uma amostra representativa, integrante do projeto “Doenças Cardiovasculares no Estado do Paraná: mortalidade, perfil de risco, terapia medicamentosa e complicações”- VIGICARDIO Investigou-se 958 indivíduos de 4 anos ou mais, residentes em uma área urbana de um município do sul do Brasil As concentrações sanguíneas de Mn foram determinadas pela técnica de Espectrometria de Massas com Plasma de Argônio indutivamente Acoplado (ICP-MS) A pressão arterial sistólica e diastólica foi aferida por meio do equipamento digital Omron HEN 742 de acordo com as orientações da VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão A média e a mediana referente aos níveis sanguíneos de Mn foram 12,6 e 12,3 µgL-1, respectivamente Verificou-se que os níveis de Mn tendem a diminuir com a idade (p< ,5) No entanto, não houve correlações entre as concentrações do metal e as demais variáveis O presente estudo contribui para a determinação dos valores basais de Mn em sangue na população urbana no Brasil, o que é fundamental para a identificação de grupos populacionais de risco, quando apresentarem desvios em relação à média da população Este estudo reforça o caráter preventivo da Saúde AmbientalItem Estratégias de promoção da saúde na primeira infância : tecendo redes locaisMoura, Camila Sighinolfi de; Loch, Mathias Roberto [Orientador]; Milani, Rute Grossi; Mendonça, Fernanda de FreitasResumo: Os primeiros anos de vida são como a fundação de uma casa e, ao investir na primeira infância, investimos na sociedade como um todo Nesse sentido, essa pesquisa objetivou analisar intervenções, estratégias e recursos utilizados para a realização de ações de Promoção da Saúde na Primeira infância, à luz da intersetorialidade, em um território da Atenção Primária à Saúde (APS) em um município de grande porte do norte do Paraná Foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa exploratória na qual o percurso metodológico foi estruturado para que, cada momento da pesquisa, subsidiasse o melhor direcionamento para a realização do Grupo Focal Dessa forma, utilizando-se de informações obtidas através de coleta de dados primários e secundários, a seleção dos atores sociais se deu a partir da delimitação do universo amostral, da seleção e caracterização do Território de estudo e, proveniente dessa análise foram selecionados os atores sociais que mantinham vínculos mais expressivos com o território Assim, o grupo focal foi realizado com oito atores sociais da rede local e analisado à luz de Bardin (211) O material coletado foi organizado a partir das falas dos participantes que compartilharam suas vivências e experiências e, derivadas de sua análise, emergiram quatro categorias: 1) Demanda “mais Pititiquinha” e a situação de saúde na primeira infância: da clínica ao social; 2) PueriCULTURA: Ritalina para Todo Mundo 3) Rede de Nó(s): criando laços intersetoriais e 4) MultiplicAÇÃO: estratégias locais de promoção da saúde na primeira infância O conjunto de ideias centrais fez vir à tona a visão de uma Primeira Infância demarcada por barreiras relacionadas ao aumento das demandas de ordem sociais e clínicas; a eclosão de transtornos “psiquiátricos”; as repercussões das tecnologias e mídias digitais nas relações humanas; as dificuldades da rede para lidar com os pais na construção da parentalidade e no desenvolvimento infantil, principalmente diante do modelo biomédico e da lacuna de formação, da sobrecarga e do sucateamento do trabalho; dos recursos insuficientes e, da persistência mal sucedida de articulação com os conselhos e participação popular, dificultando iniciativas intersetoriais Frente a essas adversidades, a pesquisa identificou dispositivos potencializadores de Saúde para fomentar o trabalho intersetorial e a realização de ações de Promoção da Saúde na Primeira Infância demonstradas por esforços incansáveis, coletivos e individuais, de forma intra e intersetorial, que foram desde uma sequência de encaminhamentos médicos, avaliações, ações clínico-assistenciais, vacinas, até ações lúdicas na puericultura, projetos de construção de hortas e compostagem e a proposição de grupos familiares intergeracionais na Educação, na Saúde, e na Assistência Social As estratégias ratificam a importância do estabelecimento de redes locais de cogestão e a potência da Promoção da Saúde na Primeira Infância no enfrentamento dos Determinantes Sociais da SaúdeItem Dor em professores da educação básica : associação com atividade física e tempo vendo televisãoSantos, Mayara Cristina da Silva; Mesas, Arthur Eumann [Orientador]; Girotto, Edmarlon; Gabani, Flávia Lopes; Araújo, Paula Cristina Alves; Girotto, Edmarlon [Coorientador]Resumo: Introdução: Os sintomas dolorosos, quer sejam de caráter crônico ou agudo, têm consequências para a saúde individual e os serviços de saúde Certos comportamentos, como a inatividade física e o tempo vendo televisão, estão potencialmente relacionados à etiologia e cronificação desses sintomas No entanto, não está claro como as mudanças ou a manutenção desses comportamentos podem afetar a incidência, a persistência ou a frequência de dor geral ou da dor crônica musculoesquelética Objetivo: Investigar a associação entre dor crônica musculoesquelética e percepção de dor, durante o dia ou antes de dormir, com a prática de atividade física e o tempo vendo televisão em professores da educação básica Objetivos específicos: 1) Analisar a associação longitudinal da mudança na prática de atividade física no lazer e do tempo vendo televisão com a incidência e a persistência de dor crônica musculoesquelética; e 2) Analisar a relação entre a prática de atividade física no tempo livre, autorreferida em entrevista pessoal, e a sensação de dor durante o dia ou antes de dormir, registrada pelo próprio indivíduo ao longo de sete dias consecutivos Métodos: Os objetivos específicos foram contemplados na forma de dois estudos, com resultados e discussões abordados separadamente A população estudada fez parte do projeto Pró-Mestre, que aborda questões de saúde, estilo de vida e trabalho de professores da rede pública Professores das 2 escolas de maior porte do município de Londrina, PR, Brasil, que atuavam em sala de aula ao menos um período da semana e eram responsáveis por uma ou mais disciplinas foram incluídos no estudo e entrevistados em duas ocasiões: entre 212 e 213 (baseline) e após 24 meses (follow-up) No follow-up, uma subamostra de professores preencheu um diário de atividades durante sete dias consecutivos Para o desfecho dor crônica musculoesquelética considerou-se a percepção de sintomas dolorosos há 6 meses ou mais nas seguintes regiões: ombros, braços, costas, joelhos, pernas e pés Definiu-se como dor durante o dia e dor antes de dormir quando esse sintoma era reportado ao menos uma vez ao longo de sete dias As variáveis independentes foram a atividade física no lazer (ou no tempo livre) e o tempo vendo televisão diariamente Para as análises de associação, utilizou-se a regressão logística Resultados: Um total de 527 professores foram estudados para contemplar o primeiro objetivo Aumentar o tempo de lazer dedicado à prática de atividade física (mudar =12 para >12 minutos de AFL semanalmente) associou-se com menor chance de dor crônica musculoesquelética persistente (odds ratio, OR=,3; intervalo de confiança de 95%, IC95%=,11-,79) em comparação com manter-se fisicamente inativo Um total de 141 professores foram estudados para contemplar o segundo objetivo Entre esses, praticar mais de 24 minutos por semana de atividade física no tempo livre associou-se com uma chance menor de reportar dor durante o dia (OR=,18; IC95%=,6-,54) e antes de dormir (OR=,28; IC95%=,1-,79), entretanto, as associações perderam significância estatística após o ajuste pelo escore de sintomas depressivos Conclusões: Em síntese, este estudo mostrou que, comparado com se manter inativo, passar a praticar mais de duas horas de atividade física no lazer semanalmente é um comportamento associado com menor chance de persistência de dor crônica musculoesquelética Além disso, praticar mais de quatro horas semanais de atividade física no tempo livre está relacionado com menor frequência de dor durante o dia ou antes de dormir, independente dos principais confundidores, exceto sintomas depressivosItem Atuação dos gestores de saúde no âmbito da relação federativa e da ação consorciadaAndrade, Silvia Karla Azevedo Vieira; Mendonça, Fernanda de Freitas [Orientador]; Durán González, Alberto; Endlich, Ângela MariaResumo: A relação federativa é essencialmente dialógica e carece ser compreendida, no intuito de gerar desenvolvimento aos territórios regionais Os principais atores deste cenário são os gestores públicos de saúde, que enfrentam limitações nesta relação Considerando o federalismo brasileiro e o processo de redemocratização, que culminou com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como o advento da descentralização que ampliou as responsabilidades dos entes municipais e tendo em vista o processo de regionalização ainda não consolidado, aponta-se como prioritário o emprego de estratégias de fortalecimento da gestão municipal, sob risco de seu engessamento e esgotamento potencial Neste contexto, torna-se imperativo o aprofundamento nas linhas de definição em que se baseiam as relações entre os entes gestores e o entendimento de como atuam os consórcios públicos de saúde, diante desse processo, tendo em vista sua existência, fruto da relação federativa Ademais, no contexto das relações, importa desvelar as nuances dos jogos sociais, como se comportam seus atores e quais jogos predominam, considerando as relações entre gestores municipais de diferentes portes e junto aos gestores do âmbito estadual e federal Trata-se de um estudo qualitativo, de delineamento analítico, executado por meio da coleta de dados através de grupos focais e entrevistas junto aos gestores de saúde e representantes das esferas municipal, estadual e federal, bem como do consórcio de saúde do território O local de estudo é a região de Saúde do Médio Paranapanema no Norte do Paraná e a metodologia de análise se deu por meio da análise do discurso, sendo que o instrumento de análise teve como enfoque o entendimento acerca dos fenômenos e das construções ideológicas inseridas nos elementos coletados A estruturação dos resultados aponta para duas categorias de análise A primeira configura-se como a relação federativa no contexto da saúde, com detalhamento acerca do papel do gestor, as instâncias de relação federativa, além da relação entre pares e entre diferentes níveis de gestão A segunda categoria de análise trata dos arranjos organizativos e da ação consorciada, cujo detalhamento percorreu a identidade, o papel e a potencialidade do consórcio público Os resultados mostraram fragilidade nas relações federativas, a exigência de um conhecimento denso acerca dos cenários locais, dos avanços normativos e das ferramentas da relação federativa Ademais, há evidências de fragilização nas relações gestoras internas dos municípios e descontinuidades na execução do planejamento Outro cenário desvelado foi a falta de participação e o não protagonismo dos municípios de menor base populacional na tomada de decisões de forma ativa, no que se refere ao território regional Outro aspecto resultante do estudo é o reconhecimento dos gestores acerca da representatividade dos consórcios públicos vinculada aos municípios Há evidências acerca da identidade conferida aos consórcios como ferramentas de apoio à gestão municipal, ressaltando a necessidade de ampliação de suas ações como instrumento da gestão e no planejamento regional, por meio de um ambiente, que se possibilita construir, cooperativo e solidário A partir do estudo, apontam-se caminhos para o fortalecimento da gestão municipal e do planejamento regional integradoItem Tendência das taxas de internação em menores de cinco anos no período de 1999 a 2010 em Londrina-PRCosta, Kécia; Silva, Ana Maria Rigo [Orientador]; Amador, José Carlos; Rossetto, Edilaine Giovanini; Carvalho, Wladithe Organ de [Coorientador]Resumo: A atenção integral à criança constitui uma prioridade entre as políticas de saúde e um desafio para os gestores A internação pediátrica gera custos para o sistema de saúde além de consequências físicas e emocionais para a criança e sua família Conhecer a tendência da morbidade hospitalar infantil permite identificar os principais agravos e possíveis fatores de prevenção, assim subsidia o planejamento e priorização das ações de saúde e intersetoriais Esta pesquisa teve como objetivo analisar a tendência das taxas de internação em menores de cinco anos, residentes no município de Londrina, no período de 1999 a 21 Os dados foram obtidos no sítio eletrônico do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS As variáveis selecionadas foram: faixa etária, sexo, natureza e regime do hospital, tempo de permanência, causa da internação e ocorrência do óbito Para a caracterização das internações, os anos do período de estudo foram agrupados em triênios e utilizada estatística descritiva As taxas de internação foram calculadas por todas as causas segundo capítulos da CID-1, por sexo e diagnósticos da lista de condições sensíveis à atenção primária (CSAP) Em cada faixa etária calcularam-se as taxas segundo capítulos da CID-1 e lista de CSAP Para a análise de tendência das taxas, aplicou-se o modelo linear através do programa SPSS 19 Durante o período de estudo, ocorreram 45195 internações financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em crianças menores de cinco anos, o que representou 11,56% do total de internações SUS no município As hospitalizações foram mais frequentes na faixa etária de 1 a 2 anos (cerca de 32%) e sexo masculino (55%) Mais de 8% das internações tiveram duração máxima de 7 dias, e o óbito ocorreu em aproximadamente 2% A análise de tendência mostrou declínio das taxas de internação em crianças menores de cinco anos, redução de 4,87 internações por 1 crianças/ano O mesmo ocorreu em todas as faixas etárias, exceto para o período neonatal As doenças do aparelho respiratório apresentaram as maiores taxas, exceto no período neonatal e manteve-se estável no período neonatal e pós-neonatal As doenças infecciosas e parasitárias destacaram-se pela redução, principalmente no período pós-neonatal, com decréscimo de 1,19 internações por 1 crianças/ano, porém apresentou estabilidade na faixa etária de 3 a 4 anos A evolução das internações por CSAP nos menores de cinco anos também apresentou tendência decrescente exceto para o período neonatal O principal grupo de CSAP foram as pneumonias O decréscimo das taxas apontam para a melhoria das condições de saúde infantil devido possivelmente à implantação de estratégias de atenção direcionadas à saúde da criança neste período Outros estudos serão necessários para relacionar as hipóteses levantadas com a efetiva diminuição das internações, além de outros que busquem avaliar a qualidade dos serviços de atenção primária à criança, que tem como objetivo a prevenção de agravos e hospitalização