01 - Doutorado - Letras
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Navegando 01 - Doutorado - Letras por Autor "Adolfo, Sérgio Paulo [Orientador]"
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Item A ancestralidade no centro da narrativa, em Lueji de PepetelaMendes, Ana Claudia Duarte; Adolfo, Sérgio Paulo [Orientador]; Bonnici, Thomas; Wielewicki, Vera Helena Gomes; Fernandes, Frederico Augusto Garcia; Silva, Marta Dantas daResumo: No presente trabalho analisamos o romance Lueji, de Pepetela, a partir dos estudos sobre a cultura banto, destacando a religiosidade africana e o culto aos ancestrais Buscamos entender como a ancestralidade está presente no mundo imaginário e no tecido textual do romance Para tanto, dividimos o trabalho em dois momentos, o primeiro voltado para a análise da constituição do mundo imaginário, as ideias e o enredo Essa leitura foi desenvolvida nos dois primeiros capítulos, privilegiando a trajetória das personagens femininas, Lueji e Lu, buscando entender a influência da cultura banto na ordenação da vida, tanto na sociedade tradicional, quanto na contemporaneidade Nesse sentido, recorremos aos estudos sobre memória coletiva, mito e identidade, a fim de compreender o processo de construção, preservação e atualização do mito no romance No terceiro capítulo, estudamos as vozes do narrador e as vozes masculinas presentes no texto e na estrutura textual, analisando como as ideias criaram a polifonia Baseados nessas análises procedemos à afirmação da ancestralidade como central no romance Lueji, tanto na estrutura quanto no mundo imaginárioItem Entre falos e falácias : pertencimentos e discursos afro-brasileiros nas narrativas de homens em Tocaia grande - a face obscura, de Jorge AmadoDionísio, Dejair; Adolfo, Sérgio Paulo [Orientador]; Feldman, Alba Krishna Topan; Silva, Maria Nilza da; Godoy, Maria Carolina de; Brito, LucianaResumo: O contexto de escrita amadiana tem como eixo central, o conflito de classses e a emancipação do sujeito periférico Ao abordar questões de posse de terra, do surgimento de cidades, de um novo momento para a ascensão desses grupos, insere o discurso de um pseudo-pertencimento do homem negro a esse novo espaço ? visando a busca da igualdade social Entendendo que essa é outra discussão e que ela precisa ser deslocada para outros campos simbólicos e referencias argumentativas, buscaremos refletir nessa tese que, apesar de narrar e visibilizar a cultura negra iorubana, o personagem masculino negro na obra em tela - Tocaia Grande, a face obscura - mantém a lógica que permeia a literatura brasileira e dos seus narradores, criando o personagem através do mito sexual de virilidade sem fim e despojado de humanidade A falácia desse equívoco, nas descrições dessa personagem masculina negra, será invocada e discutida, no percurso desse trabalhoItem O instinto de nacionalidade na formação do romance angolano : análise de O segredo da morta, Antonio de Assis JuniorQuintilhano, Silvana Rodrigues; Adolfo, Sérgio Paulo [Orientador]; Feldman, Alba Krishna Topan; Araujo, Susylene Dias de; Brito, Luciana; Godoy, Maria Carolina deResumo: Embora a tradição literária angolana esteja calcada na oralidade, após a fratura criada pelo colonialismo e consequente implantação da imprensa na década de 188 do século XIX, fora publicada em folhetins, a novela Nga Muturi (1882), por Alfredo Troni, que mesmo de motivação angolana, não criou uma tendência literária Em 1929, período de “quase não literatura”, como assinala Henrique Guerra, publica-se a obra O segredo da morta: romance de costumes angolenses, de Antônio de Assis Junior, editada em livro em 1935, contida pela repressão e reeditada somente em 1979A narrativa traz, de forma ampla e visível, o panorama cultural da sociedade angolana pré-independência Desde então, essa obra vem sendo considerada um marco no panorama literário de Angola, na qual se pode discutir o conceito de nacionalidade, mesclando costumes burgueses civilizacionais à oralidade primitiva angolana Portanto, o presente trabalho tem como objetivo afirmar que O segredo da morta, tornou-se marco inicial na formação do romance angolano, que com seu instinto de nacionalidade, prenunciou aspectos da angolanidade, a partir de uma estratégia estética inovadoraItem Literatura e identidade cultural em MS : algumas fronteiras e a (des)identificação com o PantanalSouza, José Antônio de; Adolfo, Sérgio Paulo [Orientador]; Nascimento, Gisêlda Melo; Santos, Paulo Sérgio Nolasco dos; Corrêa, Regina Helena Machado Aquino; Santos, Rosana Cristina ZanelattoResumo: Quatro anos após a criação de Mato Grosso do Sul, José Couto Vieira Pontes escreveu sua História da Literatura Sul-Mato-Grossense (1981) A obra de Pontes já evidenciava, na época de seu lançamento, um indício bastante particular da cultura sul-mato-grossense: após a divisão estadual, passa a ocorrer uma espécie de busca inquietante por uma identidade cultural própria, capaz de distinguir MS não apenas político-geograficamente, mas também culturalmente, de Mato Grosso Os traços semânticos advindos de “mato grosso” evocam uma estreita relação com a natureza, particularmente, quando este olhar é lançado de fora para dentro do estado; tanto é que, no caso de MS, os artistas mais consagrados ou reconhecidos pela mídia possuem suas produções vinculadas a tal estereótipo: na música, Almir Sater, com seu Trem do Pantanal, e, na literatura, Manoel de Barros, cuja produção, comum e muitas vezes equivocadamente, é circunscrita ao universo pantaneiro A partir de 1999, observou-se acentuar tal necessidade de afirmação identitária: foi difundida, por parte do governo estadual, a idéia de um plebiscito para a alteração do nome do estado de Mato Grosso do Sul para Pantanal Essa idéia causou grande polêmica e, mesmo atualmente, em material de divulgação governamental, mantém-se a pretensa vinculação entre MS e o pantanal Se considerarmos os pressupostos de hibridizações culturais na América Latina, a afirmação da diferença enquanto processo constitutivo de identidades e mesmo a diversidade cultural brasileira, a resolução da questão identitária em MS está distante de ser resolvida, uma vez que se busca, desconsiderando a multiplicidade, a sedimentação ou mesmo construção de uma única identidade cultural para todo o estado Partindo do pressuposto que o processo representação/produção é duplo - o discurso representa e produz identidades – objetiva-se, com o presente trabalho, discutir o processo de identificação cultural em MS, por intermédio da produção literária de autores da regiãoItem A presença de estratégias de descolonização na obra de Lima BarretoNeves, José Eugênio das; Adolfo, Sérgio Paulo [Orientador]; Bonnici, Thomas; Duarte, Eduardo de Assis; Aquino, Regina Helena Machado; Fernandes, Frederico AugustoResumo: As teorias pós-coloniais demonstram que o colonialismo é um domínio de dupla face: física e intelectual Enquanto a primeira é ostensiva, manifestando-se por meio de ocupação militar e tutela política e econômica; a segunda tem como característica a imposição da língua e da cultura europeia Enquanto há certo grau de libertação no que tange à primeira (independência política), persiste uma dominação quase que total na segunda É necessário, então, uma descolonização no campo intelectual e os escritores oriundos das ex-colônias exercem papel importante nessa tarefa Um exame dos escritos de Lima Barreto nos mostra que foi um dos escritores brasileiros que se ocupou desse trabalho Para comprovar essa afirmação, dividimos nossa tese em três capítulos O primeiro trata do colonialismo e de sua dupla face de dominação, com destaque para o intelectual, demonstrando que influência esse domínio tem na literatura das ex-colônias Além disso, traça um breve histórico das teorias pós-coloniais, destacando as estratégias de descolonização O segundo retrata um perfil do contexto histórico em que Lima Barreto produziu a sua obra, descrevendo como se comportavam seus colegas da “cidade letrada” em relação à dominação cultural europeia e fazendo uma contraposição entre seu comportamento e o de nosso pesquisado Em acréscimo a isso, investiga em que fontes teóricas bebeu o autor carioca para construir sua visão literária e de mundo, que se mostra avançada em relação à maioria de seus colegas No terceiro, por fim, comprovamos através de exemplos a presença, quer na linguagem, quer na temática, de elementos que demonstram que a literatura limana desempenha um relevante papel no campo da descolonizaçãoItem Religião e religiosidade nas literaturas africanas pós-coloniais : um olhar em Things fall apart, de Achebe e O outro pé da sereia, de Mia CoutoParadiso, Silvio Ruiz; Adolfo, Sérgio Paulo [Orientador]; Godoy, Maria Carolina de; Barzotto, Leoné Astride; Abdala Junior, Benjamin; Corrêa, Regina Helena Machado AquinoResumo: Esta tese propõe questionar e problematizar as manifestações da Religião e das Religiosidades nas literaturas africanas pós-coloniais, tanto no âmbito do colonizador como do colonizado, através de uma estética própria, que apresente as ambivalências, lutas simbólicas e o pensamento político do mundo [pós] colonial Desta forma, a tese foi construída, a partir da ideia marxista de luta de classe, levado, entretanto, às esferas do sagrado, em que as religiosidades descritas no texto africano não sejam privilegiadas sob uma análise puramente teológica, mas que abordem os aparatos e a fenomenologia religiosa como uma estratégia de criação literária ou estratégia estética própria do pós-colonialismo, que vê no discurso a luta política inerente do ambiente colonial Para tanto, a corpora analisada foram textos do escritor nigeriano Chinua Achebe e do moçambicano Mia Couto, mais especificamente, Things Fall Apart (1958) e O outro pé da sereia (26), respectivamenteItem O universo simbólico na viagem de Mãe, materno mar : nos trilhos do imaginário bantuFerreira, Guadalupe Estrelita dos Santos Menta; Adolfo, Sérgio Paulo [Orientador]; Fernandes, Frederico Augusto Garcia; Bonnici, Thomas; Soares, Marco Antônio Neves; Silva, Marta Dantas da; Nascimento, Gizêlda Melo doResumo: A presente pesquisa busca, por meio da literatura, reconhecer elementos da cultura africana, particularmente de Angola, cujas marcas de matriz bantu estão presentes na formação cultural brasileira A obra escolhida como corpus, Mãe, Materno Mar, de Boaventura Cardoso, desenovela os fios da narrativa, em cujo tecido dialogam modernidade e tradição, tendo, sobretudo no imaginário bantu, esse processo interlocutório com a memória do povo, o que permite a permanência da tradição e a afirmação de uma identidade, por tanto tempo sufocada pela opressão colonialista As peculiaridades da cultura bantu, em seus aspectos também religiosos, e o universo simbólico que reveste a narrativa servem de base para a compreensão das correspondências do inconsciente com o imaginário e a memória do povo angolano Como se trata de uma obra em que a História se transfigura em uma viagem alegórica no microcosmo da sociedade angolana, encontra-se, no engajamento, uma literatura empenhada, mas reconhecidamente arte, cujo compromisso com sua escrita em processo permite recontar a história de seu povo, quem sabe reavivando as esperanças que porventura se dispersaram pelo caminhoItem A vida e a obra de Lobivar Matos : o modernista (des) conhecidoAraujo, Susylene Dias de; Adolfo, Sérgio Paulo [Orientador]; Couto, Alda Maria Quadros do; Santos, Rosana Cristina Zanelatto; Fernandes, Frederico Augusto Garcia; Nascimento, Gizêlda Melo doResumo: Esta tese elabora um estudo sobre a vida e a obra do escritor Lobivar Matos O ponto de partida está fixado nos pressupostos da critica biográfica que, em sua natureza compósita, engloba a vida e a obra, e em algumas considerações sobre arquivo e memória, já que rastros deixados pela vida do poeta conduzem o leitor à sua poesia Os dados revelam uma obra fecunda, digna de um intelectual versátil em plena atuação artística no Brasil dos anos de 193, o que comprovo a partir da análise de seus livros publicados, de contos inéditos e pela leitura atenta de manuscritos e de documentos esparsos que hoje até poderiam ser considerados como perdidos, não fossem os olhares críticos que se renovam Nesse percurso, procuro evidenciar a obra como o legado ético e estético de um autêntico modernista