02 - Mestrado - Ciências da Reabilitação
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Navegando 02 - Mestrado - Ciências da Reabilitação por Autor "Belo, Letícia Fernandes"
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Item Avaliação do estado funcional de pacientes com DPOC pela London Chest Activity of Daily Living scale : análise entre gêneros e validade de um ponto de corteBelo, Letícia Fernandes; Hernandes, Nidia Aparecida [Orientador]; Mayer, Anamaria Fleig; Probst, Vanessa SuzianeResumo: Introdução: Estudos sugerem que o impacto da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é divergente entre homens e mulheres e implica diretamente no estado funcional desses indivíduos A diferença entre gêneros no estado funcional ainda não está clara, podendo estar relacionada com distinções clínicas ou com o próprio instrumento de medida, pelo fato de em sua maioria abordarem atividades domésticas, culturalmente realizadas por mulheres Este é o caso da London Chest Activity of Daily Living scale (LCADL), amplamente utilizada para avaliar a limitação funcional na DPOC Além disso, a interpretação dos resultados dessa escala é limitada, visto que não se tem descrito um ponto de corte Sendo assim, os objetivos do presente estudo foram comparar o estado funcional entre homens e mulheres com DPOC; e propor um ponto de corte para a LCADL que seja capaz de discriminar pior ou melhor prognóstico nesses indivíduos Métodos: Uma amostra de 138 indivíduos com DPOC moderada a grave foi avaliada quanto ao estado funcional pela LCADL, composta por quatro domínios: auto-cuidado, doméstico, atividade física e lazer A pontuação da escala se dá por meio do escore total (somatória dos domínios), ou pela porcentagem do máximo individual que desconsidera as atividades não realizadas pelo indivíduo (ie pontuadas zero) Visando diminuir o viés de avaliação, a porcentagem do escore máximo individual foi utilizada para obter um ponto de corte capaz de discriminar pacientes com pior prognóstico determinado pelo índice BODE (índice de massa corpórea, obstrução do fluxo aéreo [espirometria]; dispneia [modified Medical Research Council scale] e capacidade de exercício [teste de caminhada de seis minutos]) Posteriormente, o ponto de corte foi testado em uma amostra independente (n=7), com características clínicas e demográficas semelhantes à amostra de desenvolvimento Resultados: As mulheres obtiveram pior pontuação do que os homens no escore total e nos domínios doméstico e lazer da LCADL (P=,1 para todos) O ponto de corte obtido foi de 37% (área sobre a curva=,7, intervalo de confiança 95%=,6-,8, sensibilidade=,55 e especificidade=,74) Quando o ponto de corte foi testado, os pacientes que pontuaram =37% apresentaram além de pior prognóstico, pior nível de atividade física na vida diária (AFVD) do que os que pontuaram abaixo dele (P=,2 para todos) Conclusão: Em suma, existe diferença no estado funcional de homens e mulheres com DPOC quando avaliado pela LCADL e esta deve ser levada em consideração tanto na avaliação quanto na proposta de tratamento O ponto de corte estabelecido (37%) pelo presente estudo discrimina adequadamente os indivíduos com DPOC em relação ao seu prognóstico e o nível de AFVD (passos dias), colaborando com a melhora da capacidade de interpretação da escala na prática clínicaItem Uso da escala Borg dispneia para identificar hiperinsuflação dinâmica durante o TC6min em indivíduos com DPOC estável moderada a grave(2022-06-20) Freitas, Ana Paula Vicentin Melendi de; Pitta, Fábio de Oliveira; Furlanetto, Karina Couto; Corso, Simone Dal; Belo, Letícia FernandesIntrodução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das principais causas de morbimortalidade no mundo, e cursa com sintomas pulmonares e extrapulmonares. A dispneia é o principal sintoma pulmonar da doença e um preditor independente de mortalidade. A literatura mostra que a hiperinsuflação dinâmica (HD) pode ser um dos principais determinantes da dispneia e sua avaliação pode contribuir para o melhor gerenciamento da doença. No entanto, métodos atuais para identificação de hiperinsufladores necessitam de equipamento espirométrico adequado e profissionais muito bem treinados, o que muitas vezes se mostra de difícil acesso na prática clínica. Levando em conta a relação entre HD e dispneia, seria de grande valia clínica desenvolver um método mais simples e acessível (e.g., utilizando a escala de Borg dispneia) que identificasse hiperinsufladores durante o esforço. Objetivos: Encontrar um ponto de corte para escala de Borg dispneia (BORG-D) avaliada durante o TC6min, que identifique indivíduos com DPOC (homens e/ou mulheres) que hiperinsuflam durante o esforço; e comparar os desfechos clínicos (i.e., antropométricos, de função pulmonar e capacidade de exercício) dos homens e mulheres, a fim de identificar diferenças entre eles. Métodos: Este estudo transversal foi desenvolvido com uma sub-análise de dados retrospectivos coletados previamente para um estudo desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar da Universidade Estadual de Londrina. Indivíduos com DPOC foram avaliados quanto à função pulmonar (espirometria e pletismografia), capacidade de exercício (teste de caminhada de seis minutos [TC6min]), dispneia durante o TC6min por meio da BORG-D e HD (manobras seriadas de capacidade inspiratória [CI]) realizadas durante o TC6min). HD foi definida quando houvesse redução pós-6MWT da CI = 150 ml ou 10% em relação ao pré-test (repouso). O ponto de corte foi determinado pela área sob a curva (AUC) da curva característica de operação do receptor (ROC). Diferenças entre os sexos foram analisadas por testes paramétricos, não-paramétricos e qui-quadrado, de acordo com a natureza da variável e a normalidade na distribuição dos dados. Resultados: 24 indivíduos com DPOC (67±7 anos; VEF1 56±18 %previsto), sendo que 18 deles (i.e., 75% da amostra) apresentaram HD durante o TC6min. Quando comparados, homens (n=13) e mulheres (n=11) da amostra apresentaram diferença de idade (69±5 vs 64±7 anos, respectivamente), VEF1 (47±14 vs 64±17 %predito), hiperinsuflação estática (índice VR/CPT 53±6 vs 46±7) e variação pós-pré da saturação periférica de oxigênio (-6±3 vs -2±3%) (P <0,05 para todas). O ponto de corte para a variação pós-pré TC6min da escala de BORG-D foi de 2,75 pontos para homens (AUC: 0,84; sensibilidade: 81%; especificidade: 100%). Não foi encontrado um ponto de corte estatisticamente satisfatório para mulheres. Conclusão: Uma variação =2,75 (ou 3) pontos na escala BORG-D no pós-pré TC6min é capaz de identificar homens com DPOC moderada-grave que hiperinsuflam durante o teste. Não houve ponto de corte satisfatório para as mulheres, embora o grupo feminino apresentasse doença mais leve. Novos estudos poderão investigar um ponto de corte para mulheres com doença moderada-grave, assim como identificado nos homens.