Avaliação do estado funcional de pacientes com DPOC pela London Chest Activity of Daily Living scale : análise entre gêneros e validade de um ponto de corte

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Resumo: Introdução: Estudos sugerem que o impacto da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é divergente entre homens e mulheres e implica diretamente no estado funcional desses indivíduos A diferença entre gêneros no estado funcional ainda não está clara, podendo estar relacionada com distinções clínicas ou com o próprio instrumento de medida, pelo fato de em sua maioria abordarem atividades domésticas, culturalmente realizadas por mulheres Este é o caso da London Chest Activity of Daily Living scale (LCADL), amplamente utilizada para avaliar a limitação funcional na DPOC Além disso, a interpretação dos resultados dessa escala é limitada, visto que não se tem descrito um ponto de corte Sendo assim, os objetivos do presente estudo foram comparar o estado funcional entre homens e mulheres com DPOC; e propor um ponto de corte para a LCADL que seja capaz de discriminar pior ou melhor prognóstico nesses indivíduos Métodos: Uma amostra de 138 indivíduos com DPOC moderada a grave foi avaliada quanto ao estado funcional pela LCADL, composta por quatro domínios: auto-cuidado, doméstico, atividade física e lazer A pontuação da escala se dá por meio do escore total (somatória dos domínios), ou pela porcentagem do máximo individual que desconsidera as atividades não realizadas pelo indivíduo (ie pontuadas zero) Visando diminuir o viés de avaliação, a porcentagem do escore máximo individual foi utilizada para obter um ponto de corte capaz de discriminar pacientes com pior prognóstico determinado pelo índice BODE (índice de massa corpórea, obstrução do fluxo aéreo [espirometria]; dispneia [modified Medical Research Council scale] e capacidade de exercício [teste de caminhada de seis minutos]) Posteriormente, o ponto de corte foi testado em uma amostra independente (n=7), com características clínicas e demográficas semelhantes à amostra de desenvolvimento Resultados: As mulheres obtiveram pior pontuação do que os homens no escore total e nos domínios doméstico e lazer da LCADL (P=,1 para todos) O ponto de corte obtido foi de 37% (área sobre a curva=,7, intervalo de confiança 95%=,6-,8, sensibilidade=,55 e especificidade=,74) Quando o ponto de corte foi testado, os pacientes que pontuaram =37% apresentaram além de pior prognóstico, pior nível de atividade física na vida diária (AFVD) do que os que pontuaram abaixo dele (P=,2 para todos) Conclusão: Em suma, existe diferença no estado funcional de homens e mulheres com DPOC quando avaliado pela LCADL e esta deve ser levada em consideração tanto na avaliação quanto na proposta de tratamento O ponto de corte estabelecido (37%) pelo presente estudo discrimina adequadamente os indivíduos com DPOC em relação ao seu prognóstico e o nível de AFVD (passos dias), colaborando com a melhora da capacidade de interpretação da escala na prática clínica

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Palavras-chave

Pulmões, Doenças obstrutivas, Exercícios físicos, Capacidade funcional, Lungs, Exercise, Functional capacity, Diseases, Obstructive

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