02 - Mestrado - Ciências da Saúde
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Navegando 02 - Mestrado - Ciências da Saúde por Autor "Armani, André"
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Item Centros de Queimados no Brasil: análise da opinião de especialistas(2022-08-31) Rodrigues, Marco Aurelio Cruciol; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Armani, André; Fornazieri, Marco AurelioIntrodução: O atendimento ao paciente grande queimado no Brasil foi estabelecido, como política pública de saúde em novembro de 2000, conforme a portaria 1273. Desde então, foram determinadas redes de acolhimento, atenção e cuidado ao paciente vítima de queimadura, em distintos níveis de complexidade. A qualidade dessas redes de atendimento, a disponibilidade de equipamentos e estrutura física são muito diferentes ou ainda são pouco conhecidas. O objetivo desse estudo foi analisar, por meio das respostas dos médicos que atuam em unidades de tratamento de queimaduras, seus perfis demográficos e formações acadêmicas, qual a estrutura disponível no atendimento de pacientes, a adoção de protocolos de atendimento, suporte de especialidades médicas e multiprofissionais e quais eram os principais desafios enfrentados por esses profissionais. Métodos: Estudo transversal realizado no período entre março de 2020 até abril de 2021por meio de um questionário construído conforme o método Delphi e aplicado de maneira on-line a médicos cirurgiões plásticos e intensivistas que atuam em unidades de queimaduras. Resultados: A maioria dos centros de queimados está localizada no sul e no sudeste do país, são referências de atendimento para populações superiores a 1.000.000 de habitantes. Estão estruturadas dentro de hospitais gerais terciários, com algumas facilidades exclusivas, como centro cirúrgico, leitos e eventualmente unidade de tratamento intensivo. Há suficiente distribuição de recursos e aparelhos necessários ao atendimento. Os profissionais estão sobretudo na faixa entre 30 e 60 de idade, com dedicação entre 5 e 15 anos aos pacientes vítimas de queimaduras. Em sua maioria, tiveram o treinamento de suas habilidades nos próprios centros em que estão inseridos, que por sua vez, têm forte tendência acadêmica, com programas de residências médicas e de outras especialidades. Os protocolos de atendimento da queimadura e também de condições clínicas correlatas como cirurgias, medição de área queimada, uso de antibióticos, profilaxia tromboembólica, nutrição, cuidados fisioterápicos e de enfermagem são bem difundidos e as maiores dificuldades apontadas são a natureza grave da queimadura e infecções. A demanda de procedimentos, fluxos regulatórios e de acolhimento parecem coordenados e de acordo com as necessidades regionais. Conclusões: As unidades de tratamento de queimaduras estão difundidas em todo país, em diferentes níveis de complexidade. A organização mais frequente é de um centro de referência regional, com abrangência de atenção superior a um milhão de habitantes, inseridos dentro de um hospital terciário. Os profissionais em sua maioria estão na faixa entre 30 e 60 anos, com experiência em tratamento de queimaduras superior a 5 anos. A maior parte dos centros aponta protocolos clínicos, cirúrgicos, de curativos e de atendimento global ao paciente bem estabelecidos. A complexidade dos casos, padrões de resistência e bacteriana são considerados desafios importantes em todo o Brasil.Item Comparação da eficácia de três marcas de budesonida em adultos com rinite alérgica: ensaio clínico randomizado prospectivo(2022-09-29) Mathias, Lucas Bissacott; Fornazieri, Marco Aurélio; Tamashiro, Edwin; Armani, AndréIntrodução: A rinite alérgica (RA) é doença inflamatória crônica prevalente e ainda subestimada, caracterizada por prurido, espirros, rinorreia e congestão nasal. O tratamento padrão-ouro para a rinite alérgica são os corticosteroides tópicos, devido ao seu perfil de segurança e eficácia no controle da inflamação da mucosa nasal. Para aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), medicamentos similares de uso tópico não necessitam de testes de quantificação de biodisponibilidade. Diferenças na eficácia dos corticosteroides nasais às vezes são percebidas pelos pacientes, mas ainda não foram esclarecidas. Objetivos: Comparar a eficácia de três marcas de budesonida nasal tópica disponíveis no Brasil no tratamento da rinite alérgica. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado de superioridade, prospectivo, aberto, envolvendo pacientes com diagnóstico confirmado de rinite alérgica moderada/grave. Cinqüenta e sete indivíduos foram randomizados em três grupos. Cada grupo foi submetido a um ciclo de tratamento de 4 semanas com uma das três marcas de budesonida nasal tópica atualmente disponíveis no Brasil: Budecort Acqua® (referência), Busonid® (referência) e Noex® (similar). Cada paciente foi submetido a testes de função olfatória (Teste de Identificação do Olfato da Universidade da Pensilvânia - UPSIT), questionários de obstrução nasal (Escala para Avaliação do Sintoma de Obstrução Nasal - NOSE e Pico de Fluxo Inspiratório Nasal - PNIF) e questionários de controle de sintomas (Teste de Avaliação de Controle da Rinite - RCAT) antes e depois do tratamento. Os resultados foram analisados por meio de Análise de Variância ANOVA (complementada pelo teste de Tukey) ou Kruskal-Wallis para fins de comparação entre os três grupos. Resultados: Dezenove pacientes receberam Budecort Acqua®, 19 Busonid® e 19 Noex®. Dos 57 pacientes randomizados, 50 retornaram para coleta de dados após 4 semanas de tratamento. O número de desistências não foi estatisticamente significante entre os grupos (p=0,13). Todos os testes UPSIT, PNIF, NOSE e RCAT melhoraram significantemente após 4 semanas de intervenção nos três grupos estudados (p<0,01). Nenhum dos testes apresentou diferença estatisticamente significante quando comparados entre os grupos, tanto nos valores pré quanto nos valores pós-tratamento, nas análises de dados intention-to-treat (ITT) e per protocol (PP), respectivamente: UPSIT (p=0,24 e p=0,26), PNIF (p=0,83 e p= 0,79), NOSE (p=0,74 e p=0,58) e RCAT (p=0,23 e p=0,14). Nenhum efeito adverso grave foi relatado em nenhum dos três grupos analisados pelo presente estudo. Conclusão: Este estudo demonstrou que a forma similar da budesonida nasal e dois medicamentos referência correspondentes têm eficácia semelhante no tratamento da RA. Mais ensaios clínicos são necessários para comparar a eficácia e segurança entre medicamentos referência e genéricos/similares a longo prazoItem Desenvolvimento e validação de questionário de análise da exposição individual à poluição aérea (QPOL)Scussiatto, Henrique Ochoa; Fornazieri, Marco Aurélio [Orientador]; Armani, André; Oliveira, Carlos Eduardo Coral deResumo: Introdução: Observa-se que a exposição aos poluentes atmosféricos está relacionada ao aumento na incidência e gravidade de doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas Para aferir o grau a que uma pessoa está exposta à poluição, descreveu-se o uso de dados isolados, como o da distância da residência à rua mais movimentada ou do tempo gasto no trânsito São métodos práticos, mas com baixa precisão Os procedimentos de exposição à poluição mais eficazes, são complexos, de alto custo e difícil execução Por esse motivo, criamos e validamos o questionário do nível de exposição individual à poluição aérea (QPOL), que coleta características demográficas individuais e fatores potencialmente relacionados à poluição aérea, com pontuação associada às concentrações de poluentes interpolados de estações meteorológicas Métodos: Foi elaborado um questionário contendo questões sobre fatores potencialmente relacionados à exposição individual à poluição do ar, e aplicado em 191 indivíduos na cidade de São Paulo Foi utilizado o método de Kriging, dados de estações meteorológicas próximas as suas residências, obteve-se as médias das concentrações anuais de MP2,5, MP1, PTS, fumaça e NO2, as quais estavam expostas Regressões logísticas multinominais foram utilizadas para verificar a correlação das perguntas do QPOL com as concentrações de poluentes As perguntas que tiveram correlação estatística foram incluídas na versão final do QPOL Com o objetivo de verificar a confiabilidade da pontuação final do QPOL, observou-se sua correlação com os níveis atmosféricos dos poluentes Resultados: Todas as perguntas se relacionaram com a concentração de pelo menos um poluente, exceto a pergunta sobre a frequência de veículos no local da residência, por isso foi excluída do escore final Em relação ao escore do QPOL, dos 7 poluentes analisados, 3 tiveram correlação positiva com os valores de QPOL, dentre eles: o MP2,5 [coeficiente de correlação (CC) = ,143; p = ,49), a fumaça (CC = ,177; p = ,14) e o PTS (CC = ,169; p = ,19)] Por outro lado, os níveis de ozônio tiveram uma correlação negativa com a pontuação de QPOL (CC = -,173; p = ,17) Conclusão: O QPOL mostrou-se como um melhor preditor dos níveis de alguns poluentes atmosféricos comparado à medida isolada de proximidade de avenidas mais movimentadas Esse instrumento pode ser usado em pesquisas da área da saúde que envolvem a avaliação da exposição individual à poluição aéreaItem Potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência em adultos no equipamento Smart ? EP IHS® : normatização dos valores de latência e amplitudePelaquim, Andressa; Fornazieri, Marco Aurélio [Orientador]; Armani, André; Garcia, Michele Vargas; Sanfins, Milaine Dominici [Coorientadora]Resumo: Introdução: Potenciais evocados auditivos são métodos objetivos que avaliam a atividade neuroelétrica na via auditiva, mediante apresentação de um estímulo acústico No Brasil há alguns equipamentos disponíveis para a pesquisa desses potenciais, sendo que o equipamento Smart EP da marca Intelligent Hearing System é bastante utilizado atualmente No entanto, o equipamento ainda carece de estudos que descrevem valores de referência para as latências e amplitudes de todos os potenciais Objetivo: Normatizar os valores de latência e amplitude para os potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência em adultos com limiares auditivos normais Métodos: Estudo transversal Foram avaliados trinta e três indivíduos adultos com limiares auditivos normais, sem queixas auditivas ou de compreensão de fala e sem alterações no processamento auditivo central Foram pareados quanto à orelha, e todos realizaram a avaliação audiológica básica, imitanciometria, avaliação do processamento auditivo central e os potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência Resultados: Não houve diferença entre as orelhas na análise das latências absolutas e intervalos interpicos do potencial evocado auditivo de curta latência A amplitude do interpico I-V ficou acima de ,5µV para todos os indivíduos, e a amplitude da onda III mostrou-se significante entre orelha direita e esquerda A amplitude da onda I apresentou média de ,34µV e da onda V ,41 µV No potencial evocado auditivo de média latência observou-se presença de todos os componentes e ausência de efeito orelha e efeito eletrodo em todos os indivíduos A maior interamplitude foi observada no complexo Na-Pa para todas as derivações No potencial evocado auditivo de longa latência, não houve diferença na comparação das latências entre as orelhas Entretanto, observou-se diferença na amplitude do componente N1 entre as orelhas Conclusão: O equipamento Smart EP – IHS dispõe, a partir desse estudo, de um padrão de normalidade de latências e amplitudes para os potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência na população adulta