As paisagens diarísticas de jonas mekas: exílio, memória e a busca de um lar

Data

2023-06-28

Autores

Ferreira, Carla Caroline

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Resumo

Esta dissertação investiga a relação entre paisagem, exílio e memória em duas obras do cineasta e escritor lituano Jonas Mekas – I had nowhere to go. Diary of a displaced person, diário escrito entre 1944 a 1955, publicado em 1991, e o filme-diário Reminiscences of a journey to Lithuania (1972). Embora a filmografia de Mekas ocupe um lugar importante nos estudos de cinema no Brasil, sua produção literária é pouco conhecida, inclusive sem tradução em língua portuguesa. Mekas, que faleceu em janeiro de 2019, aos 97 anos, produziu uma obra extensa e bastante diversa incluindo inúmeros filmes, poemas, cadernos de desenhos, diários, crítica de cinema e das artes em geral. Seu diário escrito compreende um período importante de sua trajetória enquanto sujeito desterrado, desde sua ida aos campos de trabalho forçado, na Segunda Guerra, até os primeiros anos de sua chegada em Nova Iorque, lugar onde se manteve até sua morte. Toda obra de Mekas é tocada pelo exílio e pelo sentimento de não pertencimento. No entanto, I had nowhere to go. Diary of a displaced person pode ser tomado como objeto fundante de um gesto político-estético que, de saída, marca sua produção no limiar do fragmento da memória, na compreensão do ser exilado e desterrado e na insistência pelas formas diarísticas. Diante disso, essa dissertação propõe-se a analisar como o exílio se manifesta na obra de Mekas e de que forma as imagens paisagísticas são construídas e se relacionam com sua memória e com a busca por pertencimento.

Descrição

Palavras-chave

Jonas Mekas, Paisagem, Memória, Exílio, Diários

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