Análise temporal e desempenho do salto vertical no voleibol brasileiro e internacional das categorias infanto e juvenil

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Pazetto, Neryano Ferraz

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Resumo: O conhecimento da análise temporal dos períodos de esforço-pausa é relevante para a prescrição do volume e intensidade de treino no voleibol, bem como a relação desta variável com os períodos ativos e passivos do jogo Ademais, a capacidade de salto vertical é importante para o desempenho de jovens atletas desta modalidade Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo, por meio da análise de vídeo de jogos das categorias infanto e juvenil de níveis nacional e mundial, caracterizar os períodos de esforço-pausa bem como quantificar as ações de salto vertical com ou sem deslocamento, nas diferentes situações de jogo, de acordo com a posição técnico/tático do voleibol, e também estimar o tempo de voo dos saltos verticais nas ações de ataque e bloqueio A amostra foi composta por 4 jogos de voleibol masculino das categorias infanto e juvenil (2 jogos do campeonato mundial de 213 e 2 jogos do campeonato brasileiro de seleções estaduais – divisão especial de 217) Os dados foram coletados por meio da análise de vídeo pré-gravado e registrados em planilhas individuais, sendo analisados com auxílio do pacote estatístico SPSS versão 25 A verificação da confiabilidade dos dados foi por meio dos testes de Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC) com Intervalo de Confiança (IC) de 95%, e plotagem de Bland e Altman As variáveis “tempo de rally”, “tempo recuperativo”, “tempo de voo” para ataque e bloqueio apresentaram valores altos de reprodutibilidade (,953 a ,999), com viés baixo e boa precisão (valores de - ,2 a - ,47) Para a normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk Os dados foram considerados normais, sendo assim, foi utilizada a estatística paramétrica, com teste t independente para a comparação da análise temporal e a quantificação de saltos verticais, e ANOVA one-way com post-hoc de bonferroni foram utilizados para analisar o desempenho do salto vertical a partir da estimativa do tempo de voo de ataque e bloqueio ao longo dos sets, para cada categoria e nível competitivo O nível de significância adotado foi P=,5 Os resultados evidenciaram uma tendência nos tempos passivos e ativos no voleibol, pois tanto no cenário mundial quanto no nacional para as categorias infanto e juvenil, entre 83% e 86% dos rallies não ultrapassaram 1 segundos de duração, além de os jogos apresentarem pausas de até 2 segundos em mais de 5% do total A quantificação dos saltos verticais revelou que os atletas que realizaram o maior número de saltos durante a partida foram os levantadores (CBS_JU= 131; CBS_IN= 146; CMD_JU= 144; CMD_IN= 14) e os centrais (CBS_JU= 136; CBS_IN= 1,7; CMD_JU= 115,6; CMD_IN= 114,7) Ademais, os opostos foram os jogadores mais solicitados no ataque do fundo de quadra (posição um), totalizando um número de saltos de: CBS_JU= 2 CBS_IN= 13; CMD_JU= 17; e CMD_IN= 15 A análise do tempo de voo dos saltos realizados nas ações de ataque e bloqueio ao longo dos sets, sugere a manutenção de desempenho dessa ação para todas as posições técnico-táticas, categorias e níveis competitivos analisados Os dados do presente estudo fornecem informações específicas sobre o conhecimento das cargas externas de competição no voleibol, como a relação esforço-pausa, tempo total de jogo, frequência dos saltos verticais para cada posição técnico-tática, e ação técnica de jogo, além do tempo de voo dos saltos realizados nas ações de ataque e bloqueio Esses achados são relevantes para as categorias infanto e juvenil masculina de voleibol, pois servem como fundamentação para periodizar os estímulos necessários (volume e intensidade) e otimizar os sistemas energéticos de maneira específica Assim, tais conhecimentos podem auxiliar no trabalho de técnicos e preparadores físicos de voleibol

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Palavras-chave

Voleibol, Salto vertical, Volleyball

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