01 - Doutorado - Geografia
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Item A COVID-19 na conurbação Paranaense Cambé – Londrina – Ibiporã: análises geoespaciais para o início da pandemia de SARS-COV-2 (2020)(2023-06-30) Santos, Willian da Silva; Pinese, José Paulo Peccinini; Pereira, Adriana Castreghini F.; Pieri, Flávia Meneguetti; Faria, Rivaldo Mauro de; Cunha, Lúcio José Sobral da; Caldarelli, Pablo G.A partir de 2020, as pesquisas ligadas à Covid-19 e sua disseminação têm sido impulsionadas por colaborações interdisciplinares. Nesse âmbito, a Geografia respaldada pelas geotecnologias, análises socioambientais e representações cartográficas, emerge como uma aliada nos esforços de investigação nas pesquisas em saúde. O propósito desta pesquisa é somar a este movimento buscando examinar a associação geoespacial entre a Covid-19 e os fatores sociais determinantes de saúde na conurbação paranaense Cambé – Londrina – Ibiporã (CCLI) durante o estágio inicial da pandemia em 2020. Neste recorte foram analisados n=27.087 casos e n=366 óbitos numa série temporal de 41 semanas epidemiológicas. Para atingir o objetivo, empregou-se uma variedade de técnicas de análise e representação cartográfica exploratória, bem como investigação geoespacial e estatística. Esse processo iniciou-se a partir da geocodificação de endereços dos casos confirmados com a doença. Os principais resultados desta pesquisa revelaram que a propagação da doença alcançou todas as áreas habitadas da CCLI, com uma notável concentração, correlação e prevalência observadas principalmente no eixo Centro-Sudoeste. Essa concentração foi mais pronunciada em bairros com alta verticalização, renda mais elevada e melhores padrões construtivos de habitação. Por outro lado, os óbitos estiveram associados a padrões construtivos mais simples, localizados em bairros periféricos, e apresentaram uma mortalidade mais acentuada no extremo norte da CCLI. Especificamente, identificou-se que a doença teve um impacto significativo em vendedores do comércio varejista, profissionais de saúde e na população idosa. A pesquisa conclui que a pandemia de Covid-19 na CCLI foi impactada por fatores socioeconômicos, nos quais apresentaram correlações significativas com a dinâmica espacial da doença e os indicadores de saúde. Essa constatação desempenha um papel relevante ao aprofundar a compreensão das características iniciais da doença na população, oferecendo um potencial estratégico para lidar com outras doenças emergentes e futuras pandemiasItem A agricultura camponesa na microrregião geográfica de Faxinal/PR : territórios de resistência frente aos avanços da agricultura capitalistaOliveira, Émerson Dias de; Fraga, Nilson Cesar [Orientador]; Campos, Margarida de Cássia; Bobato, Zaqueu Luiz; Ludka, Vanessa Maria; Viana, Gessilda da Silva; Losada, Janaina ZitoResumo: O lugar e o papel do campesinato no mundo contemporâneo traz para o debate geográfico inúmeras questões sociais, sendo que este esforço exige uma interpretação ampla e concreta acerca das relações que envolvem tanto o espaço urbano como o rural Diante disto, são válidas as afirmações intrínsecas ao método dialético, que percebe o desenrolar do tempo-espaço através das contradições inerentes em seus fenômenos e/ou objetos, realidade esta que é visível no cotidiano campesino Os camponeses estão tradicionalmente revestidos de um propósito social de contraditoriedade e resistência aos padrões determinados pelos modelos ditos hegemônicos, forjando assim uma capacidade singular de compreender e vivenciar o mundo O desafio colocado nesta tese surgiu desta consideração, ou seja, uma discussão do camponês e não-camponês enquanto partes de um cenário único e totalitário, abrindo assim possibilidades de aproximação/compreensão aos símbolos e práticas camponesas presentes nos campos da Microrregião Geográfica de Faxinal/PR Desta feita, o objetivo desta tese procurou através da busca, a análise e identificação das territorialidades camponesas vigentes nesta microrregião, embasar-se de um apanhado teórico-conceitual a fim de contribuir na construção do discurso da ‘Agricultura de Autoconsumo’ como categoria e prática primordial da reprodução camponesa Esta prática social não se resume única e exclusivamente no suprimento alimentar (comida), mas pelo abastecimento de uma série de necessidades locais, que são autonomamente discutidas e decididas pela coletividade e vontade dos próprios camponeses As reflexões teóricas, os levantamentos de dados e as entrevistas apuradas ao longo deste estudo, serviram de fundamento para instituir um aporte teórico que coloca a agricultura de autocosumo enquanto uma categoria social pertencente aos camponeses Essa peculiaridade deve-se ao fato dos territórios camponeses serem constituídos enquanto lugares de reprodução social da vida, da comida, do solo, da água, dos animais, da comunidade rural, enfim, um emaranhado de relações materiais/imateriais que se bastam (e necessitam) em si mesmos É por isso que o campesinato não é plenamente compreendido ao ser analisado de forma fragmentada e muito menos ainda quando considerado isolado do espaço urbano, pois a menor ou maior integração ao capital agrário não lhes descaracteriza sua condição social, portanto, o que guia a essência camponêsa e garante a reprodução de suas unidades familiares são as várias estratégias típicas da agricultura de autoconsumoItem Análise de anomalias hidrogeoquímicas do elemento flúor na bacia hidrográfica do baixo Tibagi - PR e relações com a saúde bucal(2022-05-25) Barbosa, Glauber Stefan; Pinese, José Paulo Peccinini; Vendrame, Pedro Rodolfo Siqueira; Gradella, Frederico dos Santos; Santos, Maurício Moreira dos; Rocha, Paulo CesarO flúor como elemento químico ocorre na natureza de forma geogenética, ou seja, naturalmente. Pode estar presente em maior ou menor quantidade, dependendo do contexto das fontes geológicas e dinâmica hídrica, através do intemperismo das rochas. A fluoretação no sistema de gestão das águas, iniciaram-se a partir da década de 1970 no Brasil, onde o principal objetivo é o combate a cárie, no entanto, o consumo de altos teores de fluoretos podem desenvolver a fluorose dentária. Análises de águas superficiais e subterrâneas na porção norte/nordeste paranaense evidenciaram anomalias geoquímicas presentes nas águas superficiais e subterrâneas, para diversos elementos químicos, dentre eles, o elemento flúor. Para este, por sua vez, foram detectados valores que conflitam com a legislação, onde estudos apresentaram concentrações até dez vezes maiores que o recomendado pelo Ministério da saúde (Portaria Nº 635/BSB, de 26 de dezembro de 1975), prejudicando a saúde principalmente bucal, da população consumidora deste recurso. O presente estudo tem como objetivo, diagnosticar a situação hidrogeoquímica nas águas subterrâneas e superficiais da bacia hidrográfica do baixo Tibagi – PR na busca de compreender o atual cenário de risco a saúde coletiva em especial à saúde bucal e qualidade ambiental. A principal fonte de dados do presente trabalho, foi disponibilizada pela plataforma online, via SISAGUA, onde complementarmente foram realizadas coletas em in loco, objetivando ampliar a deficiência de amostras do referido banco, buscando a identificação de anomalias das águas subterrâneas da região, comparando-as à sua sazonalidade. No primeiro momento foi realizado análise de dados primários, onde foram coletados 70 pontos amostrais de água subterrânea em poços tubulares, em dois períodos (verão e inverno) distribuídos na bacia hidrográfica do baixo Tibagi, seguida de análises laboratoriais para o elemento flúor, através da técnica da Potenciometria Direta no laboratório de Química e Geoquímica da Universidade Estadual de Londrina. Com a finalidade de caracterizar a distribuição do elemento flúor. Municípios como Assai e Congonhinhas, apresentaram teores de flúor com valores muito acima do recomendado pelo Ministério da Saúde, chegando a uma concentração de 9,69 mg/L para o elemento. Com essas informações foram possíveis gerar mapas de riscos à perfuração para o elemento Flúor. No segundo momento foram analisados a distribuição e consumo de fluoretos em águas superficiais e subterrâneas disponibilizados pelo SIAGUAS, entre os anos de 2017 a 2021, totalizando 5.343 amostras de fluoretos, em 32 municípios selecionados. De posse destes dados, realizou-se estatística descritiva e técnicas de geoprocessamento para espacialização do elemento flúor, para conhecimento do comportamento e origem das anomalias geoquímicas. Do total de amostras analisadas, 49% se encontraram dentro do valor indicado pela portaria (0,6 – 0,8 mg/L), 40% das amostras acima do recomendado e 11% abaixo do recomendado, ou seja, 51% do total de amostras encontram-se fora dos valores recomendados.Item "Animal geographies" : reflexões sobre o não-humano no pensamento geográfico contemporâneoColtro, Fábio Luiz Zanardi; Salvi, Rosana Figueiredo [Orientador]; Howell, Philip; Marchand, Guillaume; Ferreira, Yoshiya Nakagawara; Mendonça, Francisco de Assis; Howell, Philip [Coorientador]Resumo: As relações humano-animal sempre estiveram permeando a construção do pensamento científico A proximidade, distância, semelhanças e diferenças com os animais moldaram o que chamamos de humanidade Essa relação humano-animal no pensamento geográfico é o objeto de estudo desta tese Desde as relações com a natureza, descrições da fauna dos naturalistas (1ª fase), passando pelas relações matérias com os não-humanos (2ª fase) e chegando a discussão contemporânea de como nos relacionamos com esse outro (3ª fase), apresentou-se o surgimento da Animal geographies, discussão anglo-saxã na década de 199 que revisitou as relações da geografia com os animais, e numa tentativa de mapear as origens teóricas deste ressurgimento Buscou-se uma revisão deste pensamento geográfico e uma análise sobre o cerne de suas discussões A tese apresenta dois grandes temas para as discussões: 1) as relações de poder entre humanos e animais; e 2) a agência dos animais Temas correlatos, ora independentes, ora interdependentes, formam o cerne da discussão da Geografia AnimalItem As Margem Dos Rios Urbanos: percepção de Riscos nas ocupações irregulares de Londrina, Paraná(2023-02-28) Franco, Regina Magna; Moura, Jeani Delgado Paschoal; Moura, Jeani Delgado Paschoal; Antonello, Ideni Terezinha; Lima, Jamille da Silva; Bernardes, Maria Beatriz Junqueira; Bressani, Danielle de AlmeidaEsta pesquisa está voltada para a compreensão das experiências de riscos, vulnerabilidades e perigos ambientais nas ocupações irregulares nas margens dos rios urbanos de Londrina, Paraná, Brasil. O conceito de habitar é apresentado como inerente à condição humana originária, dada a impossibilidade de conceber o espaço em detrimento da existência. Os conceitos de lugar, geografia de riscos e vulnerabilidades na perspectiva humanista de base fenomenológica e suas interfaces teórico-metodológicas serão a base e fundamento da discussão para se compreender os sentidos que as pessoas atribuem à sua experiência de viver em áreas irregulares. A tese originou-se da necessidade de compreender a lógica das ocupações em áreas não apropriadas para a urbanização, tendo como eixo norteador a relação intrínseca entre homem-natureza. De um lado, temos as preocupações com a ocupação de Áreas de Preservação Ambiental (APPs) que levam a degradação da natureza, de outro, a problemática da exclusão social. Diante disso, a tese se pauta na premissa de uma lógica excludente que tenciona a população para a ocupações irregulares, gerando insegurança jurídica, social, ambiental e econômica, sem a garantia de seus direitos básicos. O recorte espacial para estudo foi a delimitação das ocupações irregulares em fundos de vale em Londrina, cujo estudo buscou promover uma visão integrada da relação da população com as margens dos rios urbanos, o seu lugar de morada. Como metodologia quanti-qualitativa foram realizados trabalhos de campo nessas áreas de ocupação irregular para observação direta e registros fotográficos e em caderneta de campo, entrevistas com moradores, além dos levantamentos de dados estatísticos e histórico-geográficos para a espacialização e mapeamentos do fenômeno estudado. A abordagem humanista é proposta como alternativa para o avanço na compreensão da geografia dos riscos, com foco na população de baixa renda que ocupa as margens dos rios como último refúgio para suprir as suas carências por moradias e demais necessidades básicas. A insuficiência de políticas públicas para o acesso à terra urbanizada é o elemento central que opera para o crescimento das ocupações irregulares, frente a alta demanda habitacional provocada por fluxos migratórios e intensa pobreza. Como resultados desta tese procuramos demonstrar a experiência urbana de habitar em risco de uma camada da população londrinense vulnerabilizada que vive em áreas irregulares de fundos de vale, culminando em um problema social e ambiental. Com isso, esperamos ampliar os estudos sobre a geografia dos riscos de modo a cooperar com discussões em torno da necessidade de implementação de políticas públicas habitacionais integradas as demais políticas públicas voltadas para temas de relevância social e ambiental.Item Avaliação da preparação de graduandos de geografia para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiaisFonseca, Ricardo Lopes; Salvi, Rosana Figueiredo [Orientador]; Huertas Calvente, Maria del Carmen Matilde; Lopes, Claudivan Sanches; Torres, Eloiza Cristiane; Campos, Margarida de Cássia; Vitaliano, Célia ReginaResumo: Os desafios que se apresentam frente à inclusão de alunos com NEE, no ensino regular, têm sido alvo de discussões não apenas dentro das instituições de ensino, mas em diversos segmentos da sociedade Assim, esta tese procurou refletir acerca do processo de inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais nas escolas de educação básica O objetivo geral desta tese consistiu em avaliar a contribuição do uso do Mapa Conceitual, do Vê Epistemológico e da Sequência Didática enquanto instrumentos de avaliação na preparação na formação inicial do professor de Geografia voltada para a Educação Inclusiva Como objetivos específicos, têm-se: a) Preparar os aprendizes em formação inicial de Geografia para que os mesmos recebam subsídios para promover a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais; e b) Investigar resultados obtidos em um curso de preparação na formação inicial do professor de Geografia voltado para a Educação Inclusiva A problematização da pesquisa girou em torno da questão que se procurou responder: “Quais contribuições para a formação inicial do professor de Geografia num curso de preparação de professores voltado para a Educação Inclusiva são possíveis, utilizando-se do Mapa Conceitual, do Vê Epistemológico e da Sequência Didática, enquanto instrumentos para tal preparação?” A investigação, estruturada em três capítulos, além da introdução e das considerações finais, embasou-se na metodologia da pesquisa qualitativa utilizando como método para a análise de dados a Análise de Conteúdo de Bardin (1977; 1994; 211) A partir da interpretação e da análise dos resultados obtidos, verificou-se que, com as atividades desenvolvidas em grupo e com o professor sendo parte do processo de mediação pedagógica em todas as etapas de construção dos instrumentos de análise, houve promoção da preparação na formação inicial do professor de Geografia voltada para a Educação Inclusiva Por fim, concluiu-se a pesquisa observando-se a necessidade de que professores de Geografia compreendam as consideráveis influências de suas atividades pedagógicas no crescimento intelectual e pessoal de seus alunos, sabendo que a preparação do professor é um momento necessário, pois propicia a atualização de um corpo teórico conjugado com os mais modernos conhecimentos científicos e possibilita o reconhecimento cada vez mais acentuado da função social da escolaItem Bacia hidrográfica enquanto recorte espacial e analítico em geografia da saúde : hidrogeoquímica e saúde coletiva na bacia do rio Pirapó/PRAlievi, Alan Alves; Pinese, José Paulo Peccinini [Orientador]; Celligoi, André; Leal, Antônio Cezar; Barcellos, Christovam; Torres, Eloiza CristianeReumo: A presença de metais em águas superficiais pode promover uma série de agravos à saúde de uma população local que venha a consumir destas águas Deve-se considerar o estudo das bacias hidrográficas e das complexas interações em seu interior que possam contribuir para o desenvolvimento de agravos a saúde na população local em função da presença de metais nas águas superficiais que a compõem e, neste sentido, procurou-se nesta pesquisa advogar em favor da utilização da bacia hidrográfica enquanto recorte espacial e analítico Partiu-se do pressuposto que a mesma é a concreticidade de uma determinada combinação geográfica - um arranjo espacial e analítico caracterizado pela relação interdependente dos elementos ambientais e humanos em uma determinada área Neste sentido, a pesquisa foi realizada junto à Bacia hidrográfica do Pirapó, situada na porção setentrional do estado do Paraná, localizando-se entre os paralelos 22º 32' e 26º 34' S e os meridianos 51º 17´5,33" e 52º 17´ 18,3" W No curso dos rios Pirapó e Bandeirante do Norte (principal afluente) foram coletadas, um total de 36 amostras de água nos períodos de seca (agosto/216) e cheia (janeiro/217) para a detecção dos teores de metais em laboratório por meio de Espectrômetro de Emissão Atômica de Plasma Induzido por Microondas (MP-AES), sendo encontrados valores abaixo daqueles máximos permitidos (VMP) pelo CONAMA bem como pelo Ministério da Saúde Para correlacionar estes teores aos óbitos obtidos no ano de 216, entre os municípios que se situam na área da bacia hidrográfica, foram realizadas análises da distribuição espacial dos teores bem como das taxas de internação e mortalidade registradas naquele ano Na área de estudo a maior parte da ocupação e uso do solo é representada por propriedades rurais e atividades ligadas ao plantio de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar (corriqueiramente demandantes de agrotóxicos), bem como à pecuária de corte Nas porções mais próximas do meio urbano, são preocupantes os aportes de efluentes industriais, lodo de esgoto, resíduos de tratamento de água, dentre outros identificados na área da bacia hidrográfica, principalmente no entorno dos pontos com teores elevados de metais na água coletada Assim, foram constituídas as áreas de risco, representadas pelo teores anômalos de metais registrados nos pontos A1 (nascente), A2 (Apucarana), A4 (Mandaguari), A5 (Maringá/Astorga), A6 (Maringá/Iguaraçu), A9 (Paranacity), A11 (Colorado/Paranapoema), A13 (Jardim Olinda), A14 (Colorado/Lobato), A17 (Guaraci/Santa Fé), A16 (Jaguapitã) e A18 (Rolândia) Com base nas ocorrências na análise dos fatores geográficos envolvidos na distribuição destas áreas de risco, verificou-se que havia a necessidade de uma proposta de metodologia sistêmica, que enfatizasse as relações entre ambiente, sociedade e saúde, e portanto, foi elaborada uma proposta de percurso metodológico de análise com base na teoria das combinações geográficas de André Cholley, que defendesse atender o objetivo de se apoiar um subsídio teórico-metodológico que permita o estudo sistêmico da bacia hidrográfica do rio Pirapó no âmbito das relações saúde e ambienteItem Complexidade Geográfico-econômica, Estrutura e Dinâmica Territorial da Piscicultura Brasileira(2024-03-06) Dias, Maico Eduardo Dias; Oliveira, Edilson Luis de; Silveira, Maria Laura; Castillo, Ricardo Abid; Castilho, Denis; Antonello, Ideni TerezinhaNo Brasil, nas últimas três décadas (1990 – 2023), a piscicultura (criação de peixes em cativeiro) tornou-se uma atividade econômica em ascensão. Sua difusão no território brasileiro tem sido impulsionada pela produção de tilápia (Oreochromis niloticus) em aglomerações espaciais de produtores. O objetivo central desta tese é analisar e explicar a estrutura territorial e a dinâmica da piscicultura brasileira. A metodologia de análise e comparação de aglomerações de produtores de tilápia está centrada na categoria analítica de complexidade geográfico-econômica. Para interpretar e explicar as formas e intensidades em que ocorre a apropriação dos recursos territoriais promovidas pela piscicultura, apoiamo-nos na obra de Milton Santos. Utilizamos com maior frequência os conceitos de circuitos espaciais de produção, círculos de cooperação e circuitos econômicos urbanos. Esses conceitos embasaram a metodologia de análise e, em especial, a categoria de complexidade geográfico-econômica, que serviu de base para comparação e classificação das aglomerações produtivas. A classificação resultante divide a tilapicultura brasileira em aglomerações produtivas monofuncionais, mesofuncionais e multifuncionais. A fase de investigação incluiu também trabalho de campo, durante o qual realizamos estudos de diferentes situações geográficas. Foram analisadas três aglomerações produtivas: aglomeração multifuncional do Oeste do Paraná, aglomeração multifuncional de Ilha Solteira (SP/MS) e aglomeração mesofuncional do Baixo São Francisco (BA/PE/AL). As conclusões a que chegamos revelam que a piscicultura brasileira está estruturada em dois extensos contextos regionais: o Contexto Regional Norte-Centro-Oeste com predominância da piscicultura nativa, e o Contexto Regional Nordeste-Centro-Sul com predominância de peixes exóticos. Neste último estão localizadas aglomerações de produtores de tilápia. Os diferentes níveis de complexidade geográfico-econômica de cada aglomeração revelam, em suas particularidades, o desenvolvimento desigual e combinado do território brasileiro. Essas particularidades dizem respeito principalmente às suas distintas densidades técnicas e informacionais, aos fluxos materiais e imateriais, à diversidade de atores específicos e à sua participação nos circuitos econômicos urbanos, aos processos de verticalização e horizontalização, à densidade das redes e proximidades de conhecimento.Item Condicionantes geomorfológicos de erodibilidade em fragmentos ambientais de mata atlântica : análises e restauração da estabilidade física em áreas fragilizadasOliveira, Guilherme Alves de; Torres, Eloiza Cristiane [Orientador]; Gouveia, José Mariano Caccia; Vendrame, Pedro Rodolfo Siqueira; Cunha, Lúcio; Stipp, Nilza Aparecida FreresResumo: A presente pesquisa advém como uma proposta para a avaliação dos condicionantes geomorfológicos de erodibilidade em fragmentos florestais de mata atlântica, apresentando aos segmentos aplicados à determinação dos índices físicos do solo tendo como prerrogativa a restauração sistêmica da estabilidade física de vertentes Recorre-se a uma exposição de dados coletados em topossequência em fragmento florestal de Londrina – PR e São José dos Campos – SP, atrelando-os aos cenários de relativo grau de fragilidade aos quais em função dos processos erosivos foram designados como alarmantes, viabilizando uma compreensão sazonal rítmica da variação dos índices e limites físicos em cargo dos demais condicionantes geomorfológicos evidenciando a dinâmica de erodibilidade e formulando meios de contornar os processos erosivos, bem como as alterações ecossistêmicas decorrentes desta dinâmica em florestas estacionárias semi-deciduais de mata atlântica Faz-se então uma apresentação em oito capítulos expondo as formulações epistemológicas dos condicionantes geomorfológicos e o critério biogeográfico aos quais os fragmentos florestais se espacializam enquanto recorte de estudo, bem como a aplicação de metodologias e práticas de restauração florestal que vão ao cerne da proposta de conceber as variáveis derivativas dos processos erosivos em vertente Aplicam-se então critérios práticos oriundos da Geotecnia, Biogeografia, Pedologia e Geomorfologia com a finalidade de proporcionar um estudo geográfico incumbido da interpretação, prognósticos e restauração de ambientes naturais fragilizados, fomentando assim elementos que corroboram para a estabilidade do sistema vertente tendo em vista a erodibilidade como artifício crucial das aplicações e propostasItem Conhecimento para a ação: educação ambiental por meio de ações didáticas interativas(2023-06-19) Bomfim, Caroline Hatada Lima; Torres, Eloiza; Pacheco, Jucélia Macedo; Gomes, Luciano Nardini; Santos, Maurício Moreira dos; Souza, Sirius Oliveira; Bosco, Tatiane DalNos dias atuais, as discussões sobre meio ambiente equilibrado, sustentabilidade e proteção ambiental vem cada vez mais ganhando atenção, seja na mídia, nas pesquisas acadêmicas ou em sala de aula. Discorrer sobre as questões ambientais vai muito além das parcerias entre instituições público-privadas, mas também está relacionada ao papel da sociedade, e o que cada um deve fazer, enquanto cidadãos, para promover a proteção ambiental. O que de fato se busca é um meio ambiente equilibrado, e muitos pesquisadores afirmam que a chave para alcançar este objetivo é através da educação ambiental (EA). Dessa forma, esta tese está dividida em Capítulos, apresentada em formato de 2 artigos. O primeiro artigo corresponde a elaboração e validação de um material paradidático voltado para a EA a cerca dos resíduos sólidos. Este material foi pensado para que fosse complementar ao conteúdo curricular proposto pelo Ministério da Educação, e aplicável dentro de sala de aula, capaz de incentivar a aprendizagem, fazendo com que o aluno tenha mais interesse pelo aprendizado e estudo do tema. Evidenciamos que o professor tem papel importante para a promoção da EA, porém, enfrentam o desafio de ensinar sobre o que vai além do currículo base, além da difícil tarefa de, muitas vezes, não possuírem materiais e recursos disponíveis para tais ações, apesar da vontade de contribuir. O segundo artigo visou uma EA voltada para o conhecimento sobre os ambientes internos. Através de um artigo de Revisão Rápida, mapeamos iniciativas publicadas em revistas que utilizam o monitoramento de CO2 em espaços educacionais internos como forma de sensibilização e educação sobre o meio ambiente. O CO2 pode ser utilizado como um proxy para ventilação e, consequentemente, ajudar a detectar problemas na ventilação e possíveis riscos de contaminação por doenças de transmissão aérea. Ambos os artigos enfatizam como o conhecimento é importante para a tomada de decisão, e como ele pode ser construído através da EA. Incentivar a participação dos alunos e da comunidade como um todo através do uso de materiais paradidáticos para a promoção da EA, ou o uso de equipamentos de medição de CO2 para o melhor conhecimento sobre os ambientes internos, por exemplo, pode ajudar no maior entendimento sobre o meio ambiente, e, de fato, refletir em discussões que levem a sociedade ao verdadeiro desenvolvimento sustentável.Item Contribuições da teoria da atividade : proposições para repensar a natureza do erro no processo de ensino e aprendizagem em geografiaFavarão, Cláudia Fátima de Melo; Salvi, Rosana Figueiredo [Orientador]; Moura, Jeani Delgado Paschoal; Veiga, Léia Aparecida; Lopes, Claudivan Sanches; Rocha, Marcelo AugustoResumo: O objetivo desta pesquisa é repensar da natureza do erro junto a professores do Ensino Fundamental, anos finais, no processo de ensino e aprendizagem em Geografia, tendo como aporte a Teoria da Atividade de Leontiev, em uma formação docente A pesquisa com abordagem qualitativa, partiu da investigação sobre a natureza do erro de duas professoras de Geografia, sujeitos da pesquisa, atuantes nos anos finais do Ensino Fundamental, em uma escola pública no município de Sertanópolis, norte do Paraná Os instrumentos de coleta de dados empíricos utilizados foram a Observação Periférica, a Entrevista e o Grupo de Discussão, os quais mediaram o relacionamento entre a pesquisadora e os sujeitos pesquisados, permitindo que ambos repensassem o conceito de erro na Geografia Escolar A função principal do Grupo de Discussão foi proporcionar momentos de formação pedagógica e geográfica na perspectiva Histórico-Cultural, mobilizando professores(as) e alunos(as) em sala de aula para entrarem em Atividade A formação docente privilegiou não apenas pensar a respeito dos conceitos geográficos, mas também à prática pedagógica em sala de aula, com adaptação em estudos de Moura (24, 21, 213, 217) Para a análise, ateve-se na forma como organizavam antes do Grupo de Discussão o ensino e a aprendizagem em Geografia, destacando para essa análise três elementos: o sentido pessoal atribuído aos erros, a organização da aula (as ações) e o porquê de ensinar o conteúdo (a necessidade) Os resultados evidenciaram a relevância da sintonia entre a atividade de ensino e da aprendizagem na mobilização dos elementos da Teoria da Atividade, possibilitando encaminhamentos para a compreensão conceitual pedagógica e geográfica docente e consequentemente para seus discentes Conclui-se que esta pesquisa contribuiu para desvelar o conhecimento conceitual geográfico, contextualizando as relações entre o lugar e o global, tendo como premissa a proposição de uma Geografia mais viva e atuante na sociedadeItem Cooperativismo e recriação camponesa : contribuições e limites dos modelos de cooperativismo empresarialista e camponês na mesorregião norte central paranaenseZeneratti, Fábio Luiz; Paulino, Eliane Tomiasi [Orientador]; Fabrini, João Edmilson; Fernandes, Bernardo Mançano; Almeida, Rosemeire Aparecida de; Fraga, Nilson CesarResumo: O objetivo deste trabalho é discutir as contribuições e os limites dos modelos de cooperação empresarialista e camponês para o processo de recriação do campesinato na mesorregião Norte Central paranaense A metodologia utilizada nessa tarefa foi a pesquisa teórico-bibliográfica e a pesquisa de campo, em que foram realizadas entrevistas não padronizadas em 7 unidades camponesas Essa metodologia permitiu identificar as principais características dos modelos cooperativistas elencados para a pesquisa Conclui-se que o modelo de cooperativismo empresarialista assumiu uma característica na qual as cooperativas foram utilizadas como instrumento estatal para a modernização da base técnica na agricultura, se distanciando da possibilidade de transformação social abrangente, como idealizavam os percursores do cooperativismo moderno mas que, contraditoriamente, possibilitam a recriação do campesinato cooperado que luta na terra Por outro lado, aos camponeses que tiveram que lutar para remover o bloqueio da propriedade privada capitalista, o cooperativismo se apresenta ao mesmo tempo como uma estratégia de luta pela terra e de luta na terra, ou seja, de resistência e recriação Essa pesquisa demonstra que os modelos de cooperativismo, empresarialista e camponês, são distintos na perspectiva da organização e do conteúdo político-ideológico, contudo ambos apresentam potenciais contribuições para a recriação camponesa no capitalismo, resguardadas as contradições inerentes a esses processos Para os camponeses assentados a cooperativa camponesa é um trunfo na luta contra o modo capitalista de produção, sendo um instrumento econômico e político que possibilita acessar mercados alternativos, como os institucionais, escapando dos circuitos monopolistas do mercado capitalista As cooperativas empresarialistas, por sua vez, têm como prerrogativa a inserção dos camponeses no mercado capitalista via produção de commodities e inserção em um setor da economia dominado pelos grandes grupos privados Nesse caso, a cooperativa comparece como uma estratégia para reter parte da renda camponesa da terra que seria drenada pelo capital Em ambos os casos as cooperativas proporcionam retenção da renda da terra, que, em última instância, é convertida em benefício à família camponesa A pesquisa também identificou que esses modelos cooperativos, no que pese sua distinção, permitem florescer o modo de vida camponês, representado por um conjunto de valores que norteiam suas vidas, como as relações de confiança, a autonomia, os vínculos familiares e a relação com a terra, entendida como meio de vida Nesses termos, o cooperativismo é uma possibilidade concreta de recriação do campesinato no capitalismo, se por um lado a cooperação não levou à mudança geral da sociedade, por outro, no particular, ela tem contribuído para mudar a realidade dos camponeses envolvidosItem Os desafios da aplicação da pegada hídrica em uma bacia hidrográfica urbana : contribuições para a gestão ambientalArantes, Marcia Regina Lopez; Stipp, Nilza Aparecida Freres [Orientador]; Gomes, Luciano Nardini; Leal, Antônio Cezar; Carvalho, Silvia Méri; Torres, Eloiza Cristiane; Pinese, José Paulo Peccinini; Gomes, Luciano Nardini [Coorientador]Resumo: Os conceitos de água virtual e pegada hídrica que surgiram nas duas últimas décadas do século XX lançaram novos olhares sobre os recursos hídricos em relação aos conceitos tradicionais, onde o consumo era analisado como o uso direto da água e a contaminação, vinculada ao tipo de poluente e a sua concentração Sob esta nova ótica, o consumo e a poluição da água são calculados em razão do volume utilizado de forma direta e indireta, ou seja, os recursos hídricos incorporados na elaboração de produtos e na oferta de serviços e também o volume necessário para a diluição de poluentes Deste modo, este trabalho apresenta a pegada hídrica da bacia hidrográfica urbana do ribeirão Cambé, situada nas cidades de Londrina e Cambé, Estado do Paraná, através do abastecimento de água, do consumo de alimentos, do saneamento e da energia elétrica Para a elaboração dos cálculos foram utilizados os dados oficiais existentes para a determinação dos volumes diretos e indiretos de água incorporados na área avaliada e os resultados demonstraram que a bacia hidrográfica urbana apresenta uma pegada hídrica de 22165875,6 m3/ano e as maiores parcelas referem-se ao consumo de alimentos e ao saneamento A relação entre a água, os alimentos, a energia e a interdependência urbana com a sustentabilidade dos recursos hídricos fornecem informações importantes que podem contribuir com o planejamento e a gestão político-administrativa das cidades a partir da participação efetiva dos atores centrais na busca de soluções para a redução da pegada hídrica Neste sentido, foi proposto um modelo de gestão de recursos hídricos em cenários urbanos com a adoção do endereço hidrográfico e a inclusão dos dados relativos ao consumo e poluição indiretos da água através das plataformas utilizadas para os licenciamentos ambientaisItem Desdobramentos da territorialização do setor sucroenergético no estado do ParanáSouza, Marcos Antonio de; Paulino, Eliane Tomiasi [Orientador]; Oliveira, Ariovaldo Umbelino de; Thomaz Junior, Antônio; Fraga, Nilson César; Camara, Márcia Regina Gabardo daResumo: Partindo-se da premissa de que a crescente expansão do setor canavieiro após a década de 197 e mais recentemente, durante a primeira década do século XXI, provocou uma série de impactos socioambientais no espaço agrário brasileiro, este trabalho objetiva apresentar os desdobramentos da reprodução do capital sucroenergético, tendo como recorte geográfico o estado do Paraná Para tanto, se apoia metodologicamente na revisão bibliográfica especializada, assim como na utilização de bases de dados de diversas instituições e nas verificações empíricas na territorialidade do setor sucroenergético paranaense, para empreender a análise dialética dos arranjos socioespaciais dos municípios canavieiros do estado do Paraná Não obstante, se pauta numa análise onde o formato e estrutura da produção canavieira, fundamentada na agricultura capitalista, estão associados aos referidos impactos socioambientais, sendo o Estado considerado o comando político do capital, que tem buscado historicamente salvaguardar os interesses das classes dominantes, assumindo assim o papel de potencializador da eficiência dessas classes em extrair a renda fundiária, financiando e subsidiando todas as etapas do processo produtivo, executando políticas territoriais e atuando no sentido de viabilizar a continuidade da conjuntura favorável para a acumulação capitalista Se o formato e estrutura da produção sucroenergética assentado no modus operandi da agropecuária capitalista não possui a eficiência produtiva sustentada pelos seus defensores, comprovada nas históricas oscilações de apogeus e crises, constata-se que o conjunto da sociedade tem arcado em ritmo crescente na viabilização dessa produção Neste sentido, como consequência do processo de territorialização dos monopólios do setor sucroenergético, tem persistido a concentração fundiária, além da presença cada vez mais marcante das disputas territoriais travadas entre a cana-de-açúcar, os demais cultivos da agropecuária capitalista e os cultivos alimentares, além da precarização das relações de trabalho, expressa na superexploração do cortador de cana, realidade esta que contradiz com os altos níveis de rentabilidade auferidos pelo setor sucroenergético, assim como a disponibilidade tecnológica da contemporaneidadeItem Dinâmica das chuvas no Paraná : da análise rítmica à espacialMangili, Fabiana Bezerra; Ely, Deise Fabiana [Orientador]; Limberger, Leila; Lohmann, Marciel; Nascimento Junior, Lindberg; Zavattini, João AfonsoResumo: O objetivo da presente investigação é propor uma metodologia que auxilie o reconhecimento dos mecanismos produtores de tempo associados aos controles geográficos das chuvas no estado do Paraná, subsidiada em técnicas de representação e análise espacial Os procedimentos metodológicos foram aplicados a partir das etapas constituintes da análise rítmica e posteriormente incluído a averiguação espacial Foram utilizados dados diários de postos pluviométricos e de estações meteorológicas instalados pelo estado, nos quais foram aplicados métodos estatísticos para determinação de anos representativos (1998 – extremamente chuvoso; 25 – habitual; 26 – extremamente seco) para as etapas de detalhamento atmosférico Os resultados obtidos constituíram uma proposta de classificação espacial dos domínios de sistemas geográficos e atmosféricos produtores de chuva A averiguação realizada indica uma representação do fenômeno climático a partir da sua dinâmica atmosférica é mais expressiva quando realizada de maneira mensal (ou sazonal – como sugestão) e ampara os processos analíticos das informações climáticas Dessa maneira, foi possível apontar algumas constatações: como o maior deslocamento da umidade provinda da região norte do país em episódios de ENOS, de origem EP, que impulsiona essa dinâmica em anos extremamente chuvosos – provocando aumento das chuvas principalmente na primavera e verão O recuo desse fluxo de umidade nortista repercute na diminuição de acumulados de chuvas, tanto pela falta desse transporte como pela influência no deslocamento e passagens de sistemas frontais sobre o estado do Paraná – principalmente nos meses de inverno e outono Além desses apontamentos, destaca-se como principal responsável pelas chuvas na área de estudo os sistemas frontais, com contribuição de áreas baixa pressão continental e transporte de umidade originada dos corpos oceânicosItem Dinâmica de um processo associativista : cooperativa de consumo dos servidores da UEL - SERVICOOPDias, Luís Fernando Pinto; Asari, Alice Yatiyo [Orientador]; Salvi, Rosana Figueiredo; Tsukamoto, Ruth Youko; Serra, Elpídio; Pessoa, Vera Lúcia SalazarResumo: Um grupo de servidores da UEL constituiu uma organização que promoveu a melhoria das condições de vida dos associados Este processo associativista foi embasado na solidariedade e no voluntariado, realizando-se na ação democrática e de ajuda mútua O enfrentamento à situação salarial, ao cenário econômico inflacionário e ingerência política motivou a criação da associação pró-cooperativa e posteriormente da cooperativa de consumo Caracterizada pela ação voluntária e democrática, operava num modelo de aquisição em lotes de compras coletivas, realizada por meio de uma lista básica de produtos, conforme a necessidade de cada associado Verificou-se a imediata redução do custo nas compras, promovendo a melhoria das condições de vida, cujos resultados foram: o desenvolvimento de ação de solidariedade, a construção, em sistema de mutirão, de um armazém de 675 m2, a aplicação do modelo em outro grupo social e o sentimento de cada um marcando a história de suas vidas A movimentação popular com a experiência do cotidiano e da luta pela sobrevivência promoveu o desenvolvimento e instigou a consciência dos participantes a se envolverem numa dinâmica de solidariedade, demonstrando que o comprometimento e envolvimento nas ações podem transformar as pessoas – podem transformar a sociedade Sendo assim, o objeto deste trabalho é a dinâmica da movimentação das pessoas, num estudo de caso que descreve um modelo associativistaItem Dinâmicas virtuosas da reforma agrária na região de Andradina/SPArlindo, Marco Aurélio da Silva; Paulino, Eliane Tomiasi [Orientador]; Mitidiero Junior, Marco Antônio; Nardoque, Sedeval; Girardi, Eduardo Paulon; Germani, GuiomarResumo: Diante do desmonte das políticas sociais, sobretudo as agrárias, bem como a massiva propaganda veiculada pela mídia subserviente aos interesses da agricultura capitalista e da sua suposta contribuição econômica e alimentar ao país, entendemos ser fundamental refletir o processo de reprodução do campesinato e a relevância das políticas de assentamentos rurais para a sociedade em geral Assim, concebendo o território como categoria geográfica e ancorado no arcabouço teórico da questão agrária e recriação do campesinato, estabelecimentos como objetivo central investigar os desdobramentos territoriais produzidos pela implantação dos projetos de assentamentos rurais na Região de Andradina (SP), do ponto de vista social, econômico e político No contexto da “Marcha para Oeste”, concretizada pela construção das ferrovias em meados do século XX, a apropriação capitalista das terras moveu-se pelo interesse na renda fundiária e teve na grilagem o principal mecanismo de usurpação das terras públicas, privando homens e mulheres de reproduzirem-se mediante o trabalho na terra Marcada historicamente pela pastagem e, no limiar do século XXI, pela expansão da lavoura de cana-de-açúcar, a região viria a ser palco da luta de classes travada no e pelo território, o que possibilitou a reprodução social de outra lógica no campo A luta pela terra, fator de recriação camponesa, pressionou a desapropriação do latifúndio, tendo sido assentadas milhares de famílias que, na luta para permanecer na terra, vem desenvolvendo o modo de vida centrado no grupo familiar Com o domínio de pequena fração do território, os camponeses assentados garantem sua existência social na terra de trabalho e, para além disso, são responsáveis pela produção de gêneros alimentícios de primeira necessidade que alcançam as mesas dos citadinos, fortalecendo, a partir da produção variada, o vínculo campo-cidade Somamos a isso, o fato de que o acesso à terra, via política de assentamentos rurais, possibilitou a transformação dos próprios sujeitos antes excluídos socialmente, agora ocupado gerando renda que circula no mercado local e regional Mesmo perante os limites impostos pela monopolização do território pelo capital, esses camponeses mostraram potencialidade produtiva e capacidade reiterada de cumprimento dos preceitos da função social da terra, estabelecida na Constituição Federal de 1988 Reveladas estão dinâmicas virtuosas da Reforma Agrária na escala local e a importância da eliminação do latifúndioItem É proibido proibir: liberdade e ser no mundo na docência em geografia(2023-03-07) Ramos, Débora Jurado; Moura, Jeani Delgado Paschoal; Fonseca, Ricardo Lopes; Torres, Eloiza Cristiane; Risso, Luciene Cristina; Gonçalves, Amanda ReginaDelineamos a presente tese a partir de um texto afetivo que propõe ser uma leitura silenciosa e empática, problematizando o debate em torno de temas sobre a liberdade e o ensino de Geografia. Para tanto, tomamos o conceito de liberdade da filosofia existencialista sartreana, empregando-a na compreensão do ser educador e educando, discutindo questões como objetificação, autonomia, revolta, ideologia, projeto, profissionalização e, de maneira menos efetiva a decolonialidade. O objetivo é identificar a liberdade a partir de seu conceito existencialista, no dia a dia docente, tanto sua efetivação na profissionalização quanto suas contribuições para o ensino de Geografia. A temática nos parece sensível à atualidade, sobretudo a respeito da reflexão sobre o isolamento social, a falta de fraternidade e as tentativas de controle dos sistemas de ensino nacional, que a todo tempo desqualifica o profissional educador. Assim, tomando o ensino como um meio de comunicação e um dos instrumentos de controle e manutenção do status-quo, e analisando os indivíduos que dele participam como seres-para-si, buscamos uma outra forma de diálogo e compreensão, pautada na ciência, mas também na arte e na subjetividade. Por isso, optamos por uma escrita que não a comumente utilizada na ciência geográfica. Para nós, pareceu que o debate acerca da questão da liberdade e sua relação com a geografia só poderia ser realizado a partir da liberdade da escrita, trazendo a esta tese aspectos da subjetividade humana manifestados em diferentes produções científicas e artísticas. Portanto, caro leitor, você será direcionado lentamente ao centro do debate sem apressamento, trilhando um caminho que fora pensado para oportunizar a reflexão e a subjetividade a partir da filosofia, da pedagogia e da ciência geográfica. Tendo em vista nosso objetivo, realizamos coletas de dados em diferentes formatos: entrevistas em grupo e individualizadas; encontros propositais ou acidentais e observação silenciosa do ambiente escolar, para apreender como professores de Geografia entendem a liberdade e a aplicam em suas aulas. Também lancei mão da minha experiência enquanto professora da rede pública de ensino em escola bilíngue Português/Libras, tendo em vista que nesta narrativa de fenômeno, a vivência de professora se confunde com a de pesquisadora e tal fusão faz parte do método de pesquisa utilizado, a fenomenologia. E o que podemos concluir? Que apesar de não haver total concordância entre a essência de liberdade atribuída por profissionais da educação entrevistados com o conceito sartreano, ainda assim há diversas confluências e que, ao final, a liberdade se efetiva a cada movimento docente em busca de uma revolução em pequena escala, aquela que ocorre ordinariamente em sala de aula, na busca constante por fazer em cinquenta minutos um momento de aprendizado autônomo, crítico e transcendente. Foi também em minhas vivências como educadora que encontrei a tal liberdade que procurava, percebendo que sou efetivamente livre em minha prática docente e, para além disso, havia algo nesta tese e na minha atuação que me guiam a novos caminhos, agora decoloniais. Também me parece caro ressaltar as problemáticas da efetivação da liberdade por subterfúgios e fissuras do sistema e não como um processo regido por uma política pública, gerando grande perda nos sentidos de formação dos indivíduos. Por esse motivo, não propomos soluções, generalizações e modelos, tal qual nos sugeriu a ciência produzida pelos nossos colonizadores, mas um caminho de diálogo e construção coletiva, em busca de um ensino de geografia libertador, autônomo, criativo, emancipatório e decolonialItem Ecodesign gráfico : teoria e práticaLopes, Camila Santos Doubek; Barros, Mirian Vizintim Fernandes [Orientador]; Sousa, Cyntia Santos Malaguti de; Gomes, Marquiana de Freitas Vilas Boas; Salvi, Rosana Figueiredo; Moura, Jeani Delgado PaschoalResumo: A presente pesquisa tratou da adequação da prática do designer gráfico ao paradigma ecológico do Ecodesign, e da construção histórica e conceitual que permeia essa mudança, como a relação sociedade–natureza e o ambientalismo Por ser tema pouco explorado, não existe material completo de consulta no contexto nacional, tampouco a cultura de pensar o produto gráfico de modo menos impactante O material de consulta para designers e educadores da área gráfica é ineficiente, pois se refere às etapas de impressão ou de projeto de produtos tridimensionais, ou ainda não possui dados técnicos sistematizados O objetivo desta pesquisa foi realizar o levantamento histórico do Ecodesign Gráfico com base na ótica geográfica da formação dos movimentos sociais ambientalistas, analisar ambientalmente os materiais e processos gráficos, definir as ferramentas estratégicas para o designer e, finalmente, criar um Guia de práticas Ambientais para o designer gráfico A metodologia de interpretação empregada foi a dialética, e a ideologia ambiental para análise dos resultados foi a Verde O meio técnico da pesquisa foi observacional, e o nível de pesquisa foi exploratório com delineamento bibliográfico Foram realizados dois estudos de campo por meio de questionários O primeiro, que objetivou diagnosticar o posicionamento dos designers diante das questões ambientais e também quanto à utilização de ferramentas estratégicas, foi constituído de questões fechadas O segundo, que procurou identificar as impressões do designer gráfico sobre o Guia, teve questões abertas e fechadas A Análise de Ciclo de Vida foi realizada com o software SimaPro 81116, e seus resultados analisados por meio dos gráficos gerados A pesquisa foi direcionada a partir dos resultados do primeiro diagnóstico, em que ficou evidenciada a necessidade de criação de material de base para o designer As análises ambientais evidenciaram a necessidade de mudança de determinados paradigmas estabelecidos, como o uso intensivo de enobrecimentos, papel revestido, preenchimento do layout com tintas, uso de determinadas cores especiais, entre outras práticas A inversão dessas normas leva a um produto gráfico mais leve visual e ambientalmente, na contramão da tendência estética vigente, portanto demandando mudança do paradigma dessa estética Uma compilação dos resultados foi feita e adaptada para o Guia, que foi diagramado e impresso Os dados levantados mostram que, ao contrário do que os próprios designers imaginam, o produto gráfico menos impactante é, em sua maioria, menos oneroso Como recomendação para futuros estudos, indica-se realizar o diagnóstico da capacitação ambiental do designer na universidadeItem Eficiência de imagens obtidas por aeronaves remotamente pilotadas na quantificação de terraços agrícolas e uso da terra(2023-02-28) Guglielmi Junior, Pedro; Vendrame, Pedro Rodolfo Siqueira; Celligoi, André; Thomaz, Edivaldo Lopes; Gomes, Luciano Nardini; Adami, MarcosResumo: A demanda por dados confiáveis obtidos de forma rápida com baixo custo têm despertado o interesse pelo uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas – ARP. A rápida evolução tecnológica das aeronaves e seus sensores têm propiciado ganhos expressivos de tempo e economia na obtenção de dados cada vez mais precisos. Concomitantemente, a quantificação da produção e a qualificação do uso do solo têm levado a uma melhor gestão na exploração do solo e do espaço rural em consonância com as demandas de conservação do meio ambiente. Este trabalho, utilizando imagens provenientes de levantamento com ARP, visou validar o uso de técnica de mapeamento e amostragem de segmentos uniformes buscando a quantificação e qualificação do terraceamento agrícola no município de Bela Vista do Paraíso no Estado do Paraná. Também buscou mensurar erros e desvios de classificação do uso do solo utilizando imagens de satélite dos principais sensores com oferta gratuita de imagens. Foram realizados 60 voos em 30 segmentos amostrais de 1x1 km, onde foram coletadas 13.740 imagens para realizar o mapeamento dos 3.000 ha do município. No total, foram mapeados 1.087 terraços que somaram 323.356 metros de extensão. Através de aplicação de técnicas de geoprocessamento, os resultados apontaram que apenas 4,7% dos terraços apresentaram uma distância vertical dentro da recomendação, enquanto que 52,6% apresentaram um espaçamento maior que o dobro da recomendação. Na aferição da classificação do uso do solo pelas imagens de satélite, em que foi considerado o mapeamento em imagem de ARP como testemunha, os resultados apontam que o sensor WFI do satélite CBERS-4, seguido pelo do sensor OLI do satélite Landsat-8 tiveram resultados mais aproximados ao mapeamento manual feito nas imagens de RPA. Sensores de maior resolução espacial tiveram um pior desempenho em comparação WFI e OLI no mapeamento de talhões uniformes de cultivo, enquanto que no mapeamento de talhões mais desuniformes os sensores com melhor resolução espacial:Pan-5, PAN-10 do satélite CBERS-4 e MSI do Sentinel-2 apresentaram um maior acerto na classificação. O ARP, unindo imagens em alta resolução e mapeamento manual obteve bons resultados, proporcionando uma precisão muito além do esperado. Aliado a técnicas de amostragem, o método empregado pode tornar-se uma opção econômica no sensoriamento de recortes espaciais extensos.