Bacia hidrográfica enquanto recorte espacial e analítico em geografia da saúde : hidrogeoquímica e saúde coletiva na bacia do rio Pirapó/PR

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Reumo: A presença de metais em águas superficiais pode promover uma série de agravos à saúde de uma população local que venha a consumir destas águas Deve-se considerar o estudo das bacias hidrográficas e das complexas interações em seu interior que possam contribuir para o desenvolvimento de agravos a saúde na população local em função da presença de metais nas águas superficiais que a compõem e, neste sentido, procurou-se nesta pesquisa advogar em favor da utilização da bacia hidrográfica enquanto recorte espacial e analítico Partiu-se do pressuposto que a mesma é a concreticidade de uma determinada combinação geográfica - um arranjo espacial e analítico caracterizado pela relação interdependente dos elementos ambientais e humanos em uma determinada área Neste sentido, a pesquisa foi realizada junto à Bacia hidrográfica do Pirapó, situada na porção setentrional do estado do Paraná, localizando-se entre os paralelos 22º 32' e 26º 34' S e os meridianos 51º 17´5,33" e 52º 17´ 18,3" W No curso dos rios Pirapó e Bandeirante do Norte (principal afluente) foram coletadas, um total de 36 amostras de água nos períodos de seca (agosto/216) e cheia (janeiro/217) para a detecção dos teores de metais em laboratório por meio de Espectrômetro de Emissão Atômica de Plasma Induzido por Microondas (MP-AES), sendo encontrados valores abaixo daqueles máximos permitidos (VMP) pelo CONAMA bem como pelo Ministério da Saúde Para correlacionar estes teores aos óbitos obtidos no ano de 216, entre os municípios que se situam na área da bacia hidrográfica, foram realizadas análises da distribuição espacial dos teores bem como das taxas de internação e mortalidade registradas naquele ano Na área de estudo a maior parte da ocupação e uso do solo é representada por propriedades rurais e atividades ligadas ao plantio de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar (corriqueiramente demandantes de agrotóxicos), bem como à pecuária de corte Nas porções mais próximas do meio urbano, são preocupantes os aportes de efluentes industriais, lodo de esgoto, resíduos de tratamento de água, dentre outros identificados na área da bacia hidrográfica, principalmente no entorno dos pontos com teores elevados de metais na água coletada Assim, foram constituídas as áreas de risco, representadas pelo teores anômalos de metais registrados nos pontos A1 (nascente), A2 (Apucarana), A4 (Mandaguari), A5 (Maringá/Astorga), A6 (Maringá/Iguaraçu), A9 (Paranacity), A11 (Colorado/Paranapoema), A13 (Jardim Olinda), A14 (Colorado/Lobato), A17 (Guaraci/Santa Fé), A16 (Jaguapitã) e A18 (Rolândia) Com base nas ocorrências na análise dos fatores geográficos envolvidos na distribuição destas áreas de risco, verificou-se que havia a necessidade de uma proposta de metodologia sistêmica, que enfatizasse as relações entre ambiente, sociedade e saúde, e portanto, foi elaborada uma proposta de percurso metodológico de análise com base na teoria das combinações geográficas de André Cholley, que defendesse atender o objetivo de se apoiar um subsídio teórico-metodológico que permita o estudo sistêmico da bacia hidrográfica do rio Pirapó no âmbito das relações saúde e ambiente

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Palavras-chave

Geografia médica, Saúde coletiva, Bacias hidrográficas, Medical geography, Watersheds

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