02 - Mestrado - Microbiologia
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 02 - Mestrado - Microbiologia por Título
Agora exibindo 1 - 20 de 214
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Ação antibiótica de metabólito de Pseudomonas sp. no controle da Xanthomonas arboricola pv. pruniVasconcellos, Fernanda Corrêa da Silva; Andrade Filho, Galdino [Orientador]; Mello, João Carlos Palazzo de; Zangaro Filho, WaldemarResumo: A bacteriose no pessegueiro é causada pela bactéria Xanthomonas arboricola pv pruni (Xap) que é considerada um dos maiores problemas da cultura São utilizados para o controle desta doença produtos à base de cobre e antibióticos, que podem causar resistência bacteriana e contaminar o meio ambiente Com isso, o controle biológico é uma alternativa para controlar os fitopatógenos Portanto, avaliou-se o metabólito produzido pela bactéria Pseudomonas sp no controle da Xap A Pseudomonas sp foi cultivada em caldo nutriente + CuCl2 por 15 dias (28 °C, 1 rpm) e em seguida centrifugada (9 rpm, 2 min, 4 °C) O sobrenadante foi tratado com diclorometano, concentrado em rotavapor a 45 °C, congelado em nitrogênio líquido e liofilizado A fase diclorometano (FD) obtida foi fracionada por cromatografia líquida a vácuo (CLV) utilizando os solventes, Hexano (F1), Diclorometano (F2) e Acetato de Etila (F3) A fração F3 foi testada quanto à atividade antibiótica contra a Xap através da técnica de difusão em ágar, na concentração inibitória mínima, na avaliação ultra-estrutural utilizando a microscopia eletrônica de varredura e na avaliação sobre a ocorrência de lesões em folha Nesta avaliação as plantas foram mantidas em casa de vegetação e foram tratadas com a fração F3 em dois tempos de aplicação (pré e pós tratamento) nas concentrações de 5, 15, 45 µg mL-1 O número de lesões foi avaliado a partir da contagem nas folhas das plantas No teste de difusão em ágar todas as concentrações inibiram a Xap, sendo a concentração inibitória mínima de 5 µg mL-1 Na avaliação ultra-estrutural pode-se observar alterações no exopolissacarídeo e na morfologia bacteriana Na ultima avaliação os dois tratamentos foram significativos no controle da Xap sendo a concentração 45 µg mL-1 mais efetiva contra a bacteriose Com isso, pode-se concluir que a fração F3 pode ser uma boa alternativa de controle para a bacteriose, diminuindo assim o uso de agrotóxicos, sendo necessário mais estudos desta fração para ser utilizada no campoItem Ação de extratos de Lentinula edodes e β-glucana isolada de Agaricus brasiliensis na replicação do poliovírus e herpesvírus bovinoRincão, Vinícios Pires; Linhares, Vinícios Pires [Orientador]; Ogatta, Sueli Fumie Yamada; Nakamura, Tânia UedaResumo: Compostos isolados do basidiomiceto Lentinula edodes, conhecido como shiitake, apresentam propriedades imunomoduladora, antimetastásica e antimicrobiana O Agaricus brasiliensis, um basidiomiceto conhecido como Cogumelo do Sol, é amplamente utilizado na medicina popular no tratamento de várias doenças e compostos isolados do seu micélio e do corpo de frutificação demonstraram propriedades terapêuticas O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antiviral do extrato aquoso (AqE) e etanólico (EtOHE) obtidos de L edodes e de uma ß glucana isolada do A brasiliensis na replicação de poliovírus tipo 1 (PV-1) e herpesvirus bovino tipo 1 (BHV-1) A adição do AqE, EtOHE e ß glucana foi feita antes, durante e após a infecção e a atividade antiviral monitorada por ensaio de plaque Foi também avaliada a atividade virucida e inibição da adsorção viral pelo AqE e EtOHE Os resultados mostraram que o AqE e a ß-glucana, quando adicionados as células durante a infecção (tempo h) inibiram a replicação do PV-1 em 8246% e 6853%, e a do BHV-1 em 8988% e 8318% respectivamente Enquanto o EtOHE foi mais efetivo no tempo de 1 h de infecção tanto para o PV-1 (7692%) quanto para o BHV-1 (963%) O AqE e EtOHE apresentaram baixa atividade virucida e inibição da adsorção viral não significativa para ambos os vírus A atividade antiviral também foi demonstrada para o AqE e EtOHE por reação de imunofluorescência indireta, no tempo h da infecção Diante dos dados obtidos sugerimos que o AqE, EtOHE e ß-glucana atuam nos processos iniciais da replicação do PV-1 e BHV-1Item Ação de metabólitos secundários e de inoculantes microbianos na promoção de crescimento de soja (Glycine max (L.) Merr.) e milho (Zea mays L.)Marks, Bettina Berquó; Hungria, Mariangela [Orientador]; Mercante, Fábio; Araujo, RicardoResumo: Com a atual deterioração ambiental, causada, entre outros fatores, pelo aumento progressivo da população mundial, o Brasil, em um futuro próximo, se destacará como sendo um celeiro de alimentos mundial Entre as culturas que desempenham papel importante no cenário agricola brasileiro destacam-se a soja (Glycine max (L) Merr) e o milho (Zea mays L) A substituição do uso de fertilizantes nitrogenados por bio-fertilizantes e inoculantes contendo bactérias rizosféricas fixadoras de nitrogênio (rizóbios) e promotoras do crescimento de plantas (BPCPs) pode diminuir os custos de produção para os agricultores e diminuir a poluição ambiental, através da redução da emissão de gases poluentes, e contaminações de solos e lençóis freáticos Os microrganismos rizosféricos conhecidamente produzem compostos derivados de seu metabolismo secundário, que aumentam sua sobrevivência e podem ainda promover o crescimento vegetal Entre esses compostos destacam-se os antimicrobianos, exopolissacarídeos, lipoquitooligossacarídeos (LCOs) e hormônios vegetais Apesar dos recentes avanços no entendimento de como as sinalizações químicas bactéria-planta hospedeira se dão, moléculas provenientes do metabolismo secundário bacteriano ainda são parcamente utilizadas para aumentar a produção agrícola Neste estudo foram testados os efeitos de metabólitos secundários concentrados (MSCs) de duas estirpes de rizóbios, Bradyrhizobium japonicum USDA 11 e Rhizobium tropici CIAT 899, em diferentes concentrações, em duas importantes interações bactéria-planta: B japonicum-soja e Azospirillum brasilense-milho Para soja, foram feitos dois ensaios a campo e dois ensaios em casa de vegetação, onde o efeito da adição de MSC homólogo e heterólogo, e do flavonoide indutor genisteína, adicionados a inoculante contendo B japonicum, foram testados Para milho foram realizados três ensaios a campo e três ensaios em casa de vegetação, para observar os efeitos no crescimento da cultura, da adição de MSCs provenientes de ambas estirpes, a inoculante contendo A brasilense Foram analisados os seguintes parâmetros: massa da parte aérea seca (MPAS), teor de N na parte aérea (mgN/g), acúmulo de N na parte aérea (mgN/pl) [em soja e milho em todos os ensaios]; massa da raiz seca (MRS) [em soja e milho em casa de vegetação]; produção de grãos (PROD) [em soja e milho a campo]; número de nódulos (NN) e massa de nódulos seca (MNS) [em soja em todos os ensaios] Nos ensaios a campo de soja, quando comparado ao tratamento somente inoculado, o tratamento com a adição de MSC de B japonicum USDA 11 a 1-9 M obteve os maiores valores absolutos de número e massa seca de nódulos, e uma produção de grãos 4% maior Já nos ensaios em casa de vegetação, a adição de MSCs não produziu plantas de soja com valores significativamente maiores do que os demais tratamentos Em milho, nos ensaios a campo, os maiores valores absolutos foram obtidos no tratamento com a adição de MSC proveniente de R tropici CIAT 899 a 1-8 M, com aumentos de produção que chegaram a 17% quando comparados ao tratamento inoculado + 75%N Nos ensaios de casa de vegetação, as plantas de milho que obtiveram os maiores valores absolutos nos parâmetros analisados foram aquelas tratadas com MSCs provenientes de B japonicum USDA 11 na concentração 1-9 M Os benefícios observados neste trabalho podem ser devidos à combinação de efeitos positivos provenientes dos MSCs adicionados aos inoculantes, incluindo os efeitos protetores dos exopolissacarídeos, e os efeitos promotores de crescimento dos LCOs e dos hormônios vegetais Tais resultados chamam atenção para o potencial biotecnólogico do uso de metabólitos microbianos secundários de rizóbios, que adicionados a inoculantes contendo rizóbios ou BPCP, podem promover o crescimento e aumentar a produção agrícolaItem Acesso à diversidade bacteriana endofítica total e metabolicamente ativa em plantas de milhoMatsumura, Emilyn Emy; Oliveira, André Luiz Martinez de [Orientador]; Nogueira, Marco Antonio; Cruz, Leonardo MagalhãesResumo: Bactérias endofíticas podem promover o crescimento vegetal a partir de vários processos, tais como: produção de fitormônios, fixação do nitrogênio atmosférico e disponibilização de nutrientes para a planta Diante da atual necessidade de se buscar uma agricultura ecológica e sustentável, é de grande interesse estudar a diversidade dessas bactérias associadas a plantas de importância econômica e alimentar, como o milho, para que seu potencial seja melhor explorado na agricultura O objetivo deste trabalho foi analisar a diversidade de grupos dominantes da comunidade bacteriana endofítica associada ao milho, cultivado sob a utilização de fertilizante nitrogenado e inoculação com Azospirillum brasilense O milho foi cultivado sob 8 tratamentos diferentes, combinando-se a aplicação e a não aplicação do fertilizante nitrogenado, com o tipo de inoculação (turfosa na semente e líquida na pós-emergência) Após 3 dias de cultivo, foram coletadas 3 plantas aleatoriamente de cada tratamento, totalizando 18 amotras O colmo de todas as amostras foi armazenado a – 2 °C até o seu processamento A diversidade bacteriana foi avaliada através da análise de bibliotecas de DNA e DNAc, construídas a partir da extração direta de DNA e RNA do colmo do milho, amplificação dos fragmentos do gene 16S RNAr, clonagem e sequenciamento dos fragmentos e comparação das sequências com as informações contidas no bancos de dados 16S RNAr do RDP II Para a biblioteca de DNA, houve predominância dos filos Cyanobacteria e Proteobacteria, com 63 e 37% das sequências, respectivamente, sendo que as cianobactérias foram predominantes nos tratamentos sem inoculação e com inoculação em turfa na semente, e as proteobactérias foram predominantes nos tratamentos com inoculação líquida na pós-emergência da planta, independente se houve ou não aplicação do N Para a biblioteca de DNAc, verificou-se a predominância do filo Proteobacteria, com 92% das sequências, não apresentando diferenças contrastantes entre os tratamentos Pas as duas bibliotecas, os gêneros mais frequentes para o filo Proteobacteria foram Novosphingobium e Sphingomonas Desta forma, esses representantes, além de serem predominantes no milho, podem ser considerados metabolicamente ativos na cultura e, juntamente com as cianobactérias, podem apresentar um potencial para a promoção do crescimento da planta de milhoItem Acinetobacter baumannii multirresistente em pneumonia associada à ventilação mecânicaCarneiro, Marcelo; Saridakis, Halha Ostrensky [Orientador]; Bonametti, Ana Maria; Tognim, Maria Cristina BronharoResumo: Introdução: A falta de aderência às boas práticas de controle de infecção hospitalar ocasiona a emergência e disseminação de Acinetobacter baumannii multirresistente, sendo um dos motivos do limitado arsenal terapêutico disponível em pneumonias associadas à ventilação mecânica Objetivo: Analisar, através do ERIC-PCR, as cepas de A baumannii do Hospital Universitário de Londrina, Paraná, Brasil Métodos: O ERIC-PCR foi utilizado para analisar um surto de pneumonia associada à ventilação mecânica causado por A baumannii, no período de 23 a 25, no Hospital Universitário de Londrina, Brasil Resultados: De um total de 17 amostras biológicas traqueais e 12 ambientais foram encontradas duas cepas predominantes com perfil de multirresistência à drogas antimicrobianas A sensibilidade foi verificada somente à polimixina B (1%) e à tigeciclina (1%) A pesquisa de metalo-ß-lactamase foi negativa em todas as amostras analisadas Pela análise do dendrograma por ERIC-PCR percebeu-se a predominância de dois agrupamentos com 1% de similaridade entre si e de 6% entre os dois grupos Conclusões: A pesquisa negativa de metalo-ß-lactamases determinou a existência de outros mecanismos de resistência aos carbapenens A definição molecular de clones com alta resistência é de importância para o controle microbiológico de unidades de tratamento intensivo adulto A utilização de ERIC-PCR é de fácil e rápida execução, facilitando a tomada de condutas pelas equipes de controle de infecção hospitalar, bem como, possibilitando definir que a transmissão cruzada pelas mãos dos profissionais de saúde contribuiu para a disseminação e pneumonias por A baumannii multirresistenteItem Alterações celulares e moleculares de morfotipos de Candida tropicalis pré e pós exposição ao fluconazol(2022-01-28) Santos, Murilo Moreira dos; Furlaneto, Márcia Cristina; Ishida, Kelly; Panaggio, Luciano AparecidoCandida tropicalis é uma das 15 espécies do gênero Candida que são patogênicas ao ser humano. A espécie tem sua relevância epidemiológica traduzida como a segunda ou terceira espécie mais isolada do gênero, com prevalência registrada em regiões tropicais e subtropicais, como América Latina e Ásia, incluindo o Brasil. A levedura tem capacidade de promover infecções com taxa de mortalidade semelhante à de Candida albicans e superiores às de outras espécies não-Candida albicans. O switching fenotípico, considerado um fator de virulência descrito como capaz de promover variabilidade a partir de linhagens isogênicas, podendo acarretar em aumento na virulência. Neste sentido, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do switching fenotípico em aspectos moleculares e celulares de morfotipos (linhagem parental, Variante Crepe e Revertente de Crepe – RC) de C. tropicalis expostos ao fluconazol. Para isso, as metodologias utilizadas visaram avaliar a influência do switching fenotípico pré e pós exposição ao fluconazol na concentração inibitória mínima (CIM) do fármaco, na expressão dos genes ERG11 (gene que codifica a enzima lanosterol 14-α-desmetilase da via de síntese do ergosterol) e CDR1 (gene que codifica uma bomba de efluxo para múltiplas drogas para o gênero Candida), na porosidade de parede celular, no tamanho e granulosidade celular, na quantidade de componentes de parede celular e na integridade de membrana plasmática. Os resultados demonstraram o morfotipo (RC) com o maior valor de CIM50, menor porosidade de parede celular e superexpressão do gene CDR1. Além disso, destaca-se a superexpressão do gene ERG11 para o morfotipo Crepe, sugerindo que há uma maquinaria molecular morfotipo dependente para morfotipos de C. tropicalis em resposta ao fluconazol. Para todas as análises foi possível evidenciar o efeito do switching fenotípico, mostrando que o fator de virulência tem a capacidade de modificar características moleculares e celulares em C. tropicalis.Item Análise da expressão dos genes nodC e nodG de Rhizobium tropici sob indução com flavonóides pela técnica de PCR quantitativoOliveira, Luciana Ruano de; Hungria, Mariangela [Orientador]; Marcelino, Francismar Corrêa; Rodrigues, Elisete Pains; Marcelino, Francismar Corrêa [Coorientadora]Resumo: O estabelecimento da simbiose rizóbio-leguminosa inicia-se com a excreção, pela planta hospedeira, de compostos de ação quimiotática sobre o rizóbio, facilitando a colonização rizosférica e estimulando o crescimento da bactéria Geralmente, estes compostos excretados são açúcares, aminoácidos e ácidos dicarboxílicos, que promovem a adesão dos rizóbios aos pelos radiculares das plantas Simultaneamente a esta adesão, tem início uma troca de sinais moleculares entre o microssimbionte e a planta hospedeira, que libera compostos fenólicos, principalmente flavonóides, responsáveis pela indução da transcrição de genes bacterianos essenciais à nodulação (genes nod, nol e noe) Os rizóbios produzem, então, por meio dos genes de nodulação, os fatores de nodulação (fatores Nod), que são oligossacarídeos lipoquitínicos (LCOs) que induzem modificações radiculares no estágio de pré-infecção, essenciais à infecção do rizóbio para a formação do nódulo e posterior fixação do nitrogênio (N2) O gene nodC é responsável pela biossíntese da estrutura básica do fator Nod, mais especificamente, é responsável pelo controle da etapa de elongação da cadeia principal oligossacarídica Já o gene nodG é um gene específico do hospedeiro (hsn), responsável pela modificação no esqueleto oligossacarídico do fator Nod Nesste estudo foi reportadarelatada a resposta transcricional dos genes nodC e nodG na estirpe PRF 81 de Rhizobium tropici, após indução com naringenina e exsudato de sementes de feijão, pela técnica de PCR quantitativo (RT-qPCR) Deste modo, diferentes tratamentos de indução dos genes nod foram realizados No primeiro experimento, os genes nodC e nodG foram induzidos com naringenina ou exsudato de sementes de feijão por um período de 48 h Já no segundo experimento, após as células bacterianas atingirem a fase exponencial de crescimento, foi realizado o processo de indução dos genes nod, sendo aplicados os seguintes tempos: 5 min, 15 min, 1 h, 4 h e 8 h Em seguida, procedeu-se à extração do RNA total de todas as culturas Os níveis de expressão gênica diferencial foram calculados aplicando-se o método 2-??Ct (Livak and Schmittgen, 21) e a análise dos dados foi feita por estatística descritiva, onde a reprodutibilidade e precisão dos valores de RQ obtidos foram estimados pelos desvios padrão (SD) e coeficiente de variação (CV%) em cada corrida e entre as corridas Também foi utilizado o programa REST 28 (Relative Expression Software Tool), versão 27 (Pfaffl et al, 22; http://wwwgene-quantificationinfo), o qual testa as diferenças para significância através de um teste randômico, baseado em iterações Em todas as reações foi utilizado o gene ribossômico 16S como normalizador Os resultados da quantificação relativa mostraram que, após cinco minutos5 min de incubação, ambos os genes foram significativamente induzidos pelo exsudato, com valores 121,97 e 14,86 superiores ao controle, respectivamente Níveis de expressão muito inferiores foram observados na presença de naringenina, além disso, a expressão máxima na presença desse indutor foi verificada somente após 8 h de incubação Esses resultados sugerem que o exsudato de sementes de feijão revelam maior potencial para uma imediata indução dos genes nod em R tropici PRF 81Item Análise de isolados clínicos de herpes simplex associados à resistência aos antiviraisBomfim, Weslei Andrade; Nozawa, Carlos [Orientador]; Almeida, Fernanda Simões de; Faccin-Galhardi, Ligia CarlaResumo: Infecções causadas pelo vírus herpes simplex (HSV) são tratadas com antiviral análogo de nucleosídeo, sendo o de escolha o aciclovir (ACV) Entretanto, em algumas circunstâncias, por exemplo, após tratamento prolongado, pode ocorrer a seleção de cepas resistentes Esta resistência ao ACV é geralmente adquirida através de mutações no gene da timidina quinase (tk) (ul23), não sendo incomum a resistência cruzada com outros análogos de nucleosídeos dependentes da tk viral, como o penciclovir (PCV) e a brivudina (BVDU) Como tratamento opcional, são empregados os fármacos que não dependem da tk viral para sua ação, porém inibem o gene da DNA polimerase (ul3), como o foscarnet (FOS) e o cidofovir (CDV), compostos estes correlacionados à frequentes efeitos secundários tóxicos Este trabalho teve o intuito de estudar 25 amostras clínicas virais que foram adaptadas em cultura celular e avaliar as cepas de HSV-1 frente aos antivirais de ação dependente dos genes ul23 e ul3, por meio dos testes de MTT e ensaio de redução de plaque, utilizando a concentração inibitória de 5% (CI5), comparativamente às cepas padrões Foram identificadas quatro cepas resistentes a pelo menos um dos antivirais, sendo que três apresentaram resistência cruzada ao ACV, PCV e BVDU (análogos de nucleosídeos de ação dependente do gene ul23) Nenhum isolado apresentou resistência aos antivirais FOS e CDV, de ação dependente do gene ul3Item Análise dos fatores de virulência e proteoma de Candida tropicalis sensível e resistente ao fluconazolKanoshiki, Renata Lumi; Dias Filho, Benedito Prado [Orientador]; Venâncio, Emerson José; Yamaguchi, Mirian Ueda; Yamada-Ogatta, Sueli Fumie [Coorientadora]Resumo: Espécies de Candida são agentes oportunistas mais frequentes em infecções fúngicas Embora Candida albicans seja a principal e a mais estudada espécie do gênero Candida, espécies não-albicans vêm emergindo como importantes agentes de candidíases Entre as espécies não-albicans relata-se C tropicalis como importante agente etiológico de candidemia em pacientes com câncer, principalmente aqueles com leucemia Em países da América Latina, esta espécie é bastante frequente, mesmo entre pacientes não portadores de câncer, sendo a segunda principal causa de candidemia no Brasil A alta mortalidade de pacientes infectados por C tropicalis e o surgimento de isolados resistentes a antifúngicos corroboram sua importância clínica Na literatura relata-se que a exposição de Candida spp a antifúngicos influencia na expressão de fatores de virulência, dos quais se destacam: aderência a tecidos do hospedeiro, morfogênese, formação de biofilme e secreção de enzimas Haja vista sua importância à patogênese, este trabalho teve como objetivo estudar a influência do fluconazol sobre os fatores de virulência e o proteoma de isolados de C tropicalis Para tanto, fatores de virulência de C tropicalis em amostras isoladas de cavidade bucal, ponta de cateter e hemocultura foram analisados Nesta última, os fatores de virulência foram avaliados também após breve exposição ao fluconazol (1 h) e após desenvolvimento de resistência in vitro Ademais, foi realizada análise comparativa do proteoma dos isolados de C tropicalis resistentes e sensíveis ao fluconazol, e comparação de células planctônicas e sésseis Para a identificação das espécies foram utilizados testes fenotípicos padrões e semi-nested PCR A concentração inibitória mínima (CIM) para o fluconazol foi determinada por microdiluição em caldo A atividade de protease foi avaliada em placa utilizando-se meio mínimo contendo caseína de leite ,6%, enquanto a atividade de fosfolipase e hemolisina foram investigadas em Sabouraud Dextrose Agar com gema de ovo a 4% e sangue de carneiro a 5%, respectivamente O ensaio de hidrofobicidade da superfície celular (CSH) foi realizado pela técnica de Anil et al (21) Para a formação de biofilme foram utilizados dois diferentes métodos: avaliação da porcentagem de transmitância bloqueada (%Tbloc) e o ensaio de redução do XTT A adesão em poliestireno e células de mamíferos também foi analisada Todas as amostras não apresentaram atividade de fosfolipase e foram capazes de hemolisar parcialmente sangue de carneiro (similar a hemólise do tipo alfa de Streptococcus spp) Diferenças relacionadas à origem das amostras (p< ,5) foram encontradas quanto à produção de biofilme, e hidrofobicidade celular Nesses ensaios, amostras de cateter e de cavidade bucal apresentaram maior capacidade de produção de biofilme e maior hidrofobicidade celular em relação à amostra de hemocultura A resistência in vitro só foi obtida para o isolado de sangue, e diferenças significativas (p< ,5) foram detectadas na atividade proteolítica, formação de biofilme e CSH Em todos os casos, a cepa resistente ao fluconazol apresentou maior atividade para os fatores analisados e a breve exposição ao fluconazol resultou em diminuição da expressão das mesmas Foi observado também correlação entre formação de biofilme e hidrofobicidade da superfície celular Na análise proteômica, as proteínas totais foram extraídas por método mecânico e os géis bidimensionais foram corados com Coomassie G-25 coloidal Após análise comparativa dos géis, 7 e 2 polipeptídeos mostraram-se diferencialmente expressos por células planctônicas das cepas sensível e resistente, respectivamente Por outro lado, quando os proteomas de células sésseis foram comparados, 1 e 11 polipeptídeos apresentaram expressão diferencial na cepas sensível e resistente, respectivamente Finalmente, 5 e 7 polipeptídeos foram diferenciamente expressos em células planctônicas e sésseis da cepa sensível ao fluconazolItem Análise genotípica e fenotípica de Enterococcus spp. provenientes de amostras clínicas e de alimentoRocha, Kátia Real; Furlaneto, Márcia Cristina [Orientador]; Nakazato, Gerson; Mikcha, Jane Martha Graton; Furla Neto-Maia, Luciana [Coorientadora]Resumo: Enterococcus spp são cocos Gram-positivos, freqüentemente encontrados na microbiota do trato gastrointestinal de humanos e outros animais São considerados oportunistas e têm um papel importante nas infecções nosocomiais, abrigando fatores de virulência, resistência a vários antimicrobianos, comumente utilizados em tratramento para Gram-positivos, além se serem capazes de adquirir genes de resistência, o que torna cada vez mais difícil o tratamento destas infecções Desta forma, técnicas de identificação que possibilitem resultados confiáveis e rápidos são importantes para a caracterização de enterococos, possibilitando um diagnóstico correto em hospitais Em contrapartida, os enterococos podem ser encontrados em alimentos, como queijos, provavelmente devido à contaminação fecal durante o processamento ou manuseio do mesmo Os objetivos deste trabalho foram comparar o perfil molecular e fenotípico de fatores de virulência e resistência aos antimicrobianos de isolados provenientes de amostras de queijos e de hospital; correlacionar os dados de identificação e resistência obtidos pelo sistema automatizado MicroScan® com a técnica molecular e o método de disco difusão, respectivamente, nos isolados clínicos; e por fim correlacionar a presença de genes de resistência com dados de antibiograma No presente estudo foram avaliados 133 isolados provenientes de amostras de queijo frescal (13) e clínicos (3) Nas amostras de alimento foram identificados E faecalis (36,9%); E faecium (59,2%) e Enterococcus spp (3,9%) Estas mesmas espécies foram encontradas nos isolados clínicos, nas proporções 23,3% e 76,7% para E faecalis e E faecium respectivamente Para estes isolados, a identificação molecular (PCR) teve uma concordância de 9,% com o método automatizado Pela análise genotípica (RAPD) os isolados clínicos e de alimento apresentaram-se com uma alta diversidade genética Os isolados de E faecalis abrigaram, em frequência de isolados, maior quantidade de genes de virulência enquanto os de E faecium apresentaram maiores freqüências de resistência As concordâncias entre a presença de genes de resistência e sua expressão variaram dependendo do antimicrobiano testado Tanto os isolados de alimento quanto clínicos apresentaram gene e expressão de resistência para vancomicina, com maior freqüência para os isolados clínicos Todos os enterococos foram submetidos ao teste de gelatinase no qual as amostras clínicas apresentaram maior atividade desta enzima Apenas um isolado clínico apresentou-se fortemente formador de biofilme, os demais isolados clínicos e de alimento apresentaram-se como fracamente formadores de biofilme Os resultados do presente estudo sugerem que o método automatizado necessita de melhoramento quanto a acurácia de identificação de espécies menos isoladas A presença de genes de virulência e de resistência em isolados de alimentos implica num fator de risco a saúde, uma vez que estes podem transferí-los para enterococos encontrados no trato gastrointestinal de humanosItem Atividade antibacteriana de compostos produzidos por Pseudomonas aeruginosa cepa LV contra Xanthomonas vasícola pv. vasculorumPiva, Amanda Concheta Mascai; Andrade, Galdino [Orientador]; Navarro, Miguel Octávio Pérez; Gionco-Cano, BárbaraResumo: O milho é um dos grãos mais consumidos no mundo, não se restringindo apenas ao consumo humano mas também como alimento para animais O Brasil esta entre os maiores produtores de milho no mundo, ficando para trás apenas dos Estados Unidos e da China E cerca de 7% desse milho, no Brasil, é utilizado para alimentação de suinos e aves, e devido à isso a produção de milho no mundo tende á aumentar Sendo assim, é de suma importância previnir e combater as possíveis doenças que podem acometer essa planta Uma das doenças que vem preocupando os agricultores é a estria bacteriana do milho, causada pela bactéria Xanthomonas vacisola pv vasculorum (Xvv) Essa bactéria já foi encontrada em outros países como na Argentina e nos Estados Unidos, onde atingiu níveis epidêmicos, recentemente foi isolada e caracterizada no Brasil, principalmente na região do Paraná, por isso é necessário buscar métodos eficientes de controle Por conseguinte o objetivo do trabalho foi avaliar a capacidade de infecção do isolado de Xvv em plantas de milho e a capacidade dos metabólitos secundários de Pseudomonas aeruginosa cepa LV (F4A e OAC) em controlar a estria bacteriana do milho Foram realizados experimento in vitro e in vivo, em condições de casa de vegetação Os experimentos in vitro foram: teste de disco difusão onde foram utilizadas as concentrações de 25 µg e 5 µg para F4A, o qual obteve um halo de inibição em média de 63 mm e 64,5 mm respectivamente, e 5 µg para OAC, que obteve médio de 69,5 mm de inibição; também foi realizado o teste de concentração inibitória mínima (CIM), que teve como resultado ,25 µg mL-1 para F4A e para o OAC ,6 µg mL-1, esses resultados definiram as concentrações que foram usadas no experimento in vivo No experimento em casa de vegetação foi possível realizar a infecção e observar os sintomas da doença Após isso, foi avaliado o efeito da fração semi-purificada F4A e de um composto organometálico (OAC) purificado, para isso utilizamos como método a aplicação ectópica de 3 concentrações de F4A: 5, 5 e 1 µg mL-1; e 3 concentrações de OAC: 12, 1 e 4 µg mL-1 As aplicações foram realizadas antes (tratamento pré) e após (tratamentos pós) a inoculação com X vasicola pv vasculorum Aos 14 dias após a infecção o desenvolvimento da doença foi avaliada periodicamente por 21 dias As análises estatísticas mostraram que 3 tratamentos foram mais eficientes no controle da doença: F4A 1 µg Ml-1 pré, F4A 1 µg mL-1 pós e OAC 4 µg mL-1 E por fim foi realizado a microscopia eletrônica de varredura (MEV), onde foi possível constatar que as amostras tratadas com F4A e OAC tinham uma quantidade bem menor de bactéria, e grande parte estava com morfologia anormal, diferente do controle que apresentou grande quantidade de bactéria, com morfologia sem alteração Com base nesses resultados pode-se afirmar que a F4A e o OAC apresentam uma ação antimicrobiana contra XvvItem Atividade antibacteriana de sinvastatina combinada com nanopartículas de prataFigueiredo, Érica Pelegrin; Nakazato, Gerson [Orientador]; Lonni, Audrey Alesandra Stinghen Garcia; Panagio, Luciano AparecidoResumo: Os antimicrobianos são amplamente utilizados na agricultura, na veterinária e clínica médica e, devido a essa intensa e indevida utilização, tem ocorrido o aumento do número de bactérias resistentes a esses medicamentos Dessa forma, novos fármacos são necessários As estatinas são conhecidas por seu efeito antihiperlipidêmico, e alguns estudos têm demonstrado que esse grupo de fármacos também possui atividade antibacteriana Neste estudo, avaliou-se a atividade antibacteriana da combinação de nanopartículas de prata (AgNPs) produzidas por Fusarium oxysporum, com a sinvastatina, contra a cepas de Staphylococcus aureus e Escherichia coli A sinvastatina mostrou um efeito antibacteriano contra cepas de S aureus, incluindo cepa meticilina resistente (MRSA), com a Concentração Inibitória Mínima (CIM) variando de 62,5 a 25 µg ml-1 O ensaio do Checkerboard e curvas de crescimento e morte mostraram um efeito sinérgico da combinação, com a eliminação total de MRSA N315 após 1 h de incubação, e redução de 75% nas CIM de ambos compostos As imagens da Microscopia Eletrônica de Varredura mostraram uma formação de protrusões na superfície da MRSA N315 após o tratamento com AgNPs e formação de uma grande massa amorfa após o tratamento com sinvastatina, bem como ambas as características com a combinação dos dois compostos Nossos resultados indicam que a combinação de sinvastatina e AgNPs é uma alternativa no controle de infecções, incluindo MRSA Além disso, esta associação apresenta potencial para aplicação em produtos farmacêuticos e hospitalaresItem Atividade antibacteriana do eugenol sobre o crescimento e formação de biofilme de Streptococcus agalactiae e sinergismo com nanopartícula de prata produzida por Fusarium oxysporumBiasi-Garbin, Renata Perugini; Ogatta, Sueli Fumie Yamada [Orientador]; Nakazato, Gerson; Morey, Alexandre TadachiResumo: Streptococcus agalactiae (estreptococo do grupo B – EGB) é um importante agente de infecções em recém-nascidos associadas à colonização vaginal materna A doença neonatal de início precoce pode ser prevenida com a antibioticoterapia profilática intraparto (API) para as mulheres colonizadas por EGB Penicilina e ampicilina são os fármacos de primeira escolha, sendo que, no caso de resistência ou alergia, recomenda-se o uso de clindamicina, eritromicina e vancomicina No entanto, a resistência de EGB, in vitro, à clindamicina e eritromicina é crescente em diversos países Além disso, o desenvolvimento de vacinas contra EGB ainda está em progresso, o que indica que novas alternativas terapêuticas, seguras e eficazes, devem ser desenvolvidas para prevenir a transmissão dessa bactéria Os produtos naturais são fontes promissoras de novas substâncias para tratamento das infecções causadas por patógenos resistentes, sendo o eugenol um dos compostos mais estudados e amplamente utilizado por suas propriedades medicinais O objetivo do presente trabalho foi investigar a atividade antibacteriana in vitro do eugenol contra S agalactiae e analisar o efeito da combinação deste composto com nanopartículas de prata produzidas por Fusarium oxysporum (AgNPbio) Foram testadas seis amostras clínicas e uma cepa de referência (ATCC 13813) de S agalactiae A determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi realizada pelo método de microdiluição em caldo e para a Concentração Bactericida Mínima (CBM), foram retirados 1 µL dos poços onde não havia crescimento bacteriano e inoculados em ágar sangue (AS) A faixa de concentração avaliada para o eugenol foi de ,15% a 1% A CIM e a CBM variaram de ,125% até ,5% A determinação do efeito bactericida tempo-dependente do eugenol foi realizada pela análise da curva de morte, determinando a contagem de UFC em placa de AS Nenhuma unidade formadora de colônia foi detectada após 2, 4 e 1 h de incubação na presença de concentrações de eugenol iguais às respectivas CIMs para as amostras EGB 89, EGB 121 e a cepa de referência, respectivamente Após 1h de exposição ao eugenol, as células de EGB tratadas apresentaram coloração vermelho fluorescente, utilizando o Kit LIVE/DEAD baclight (Molecular Probes) indicando bactérias mortas em contraste com as células não tratadas verde - fluorescentes A combinação do eugenol com AgNPbio mostrou efeito sinérgico para todas as amostras de EGB estudadas, provocando redução de 4 a 8 nos valores de CIM do eugenol e de 4 a 256 vezes para AgNPbio As alterações morfológicas e ultraestruturais provocadas pelo eugenol foram analisadas por microscopia eletrônica de varredura e de transmissão e mostraram células tratadas fragmentadas, apresentando extravasamento do conteúdo celular, além de alterações na morfologia bacteriana, rompimento da parede celular e diminuição da eletrodensidade celular Eugenol apresentou efeito inibitório na viabilidade de células sésseis, como mostrado pelo ensaio de redução do XTT, tanto durante a formação dos biofilmes, com SMIC1 variando de ,6% a ,5%, como sobre biofilmes maduros, com SMIC5 variando de ,2% a ,25% Os resultados obtidos neste estudo comprovam a efetividade do eugenol contra células planctônicas e sésseis de EGB, reforçando o potencial deste composto como um antibacteriano adicional no tratamento da colonização vaginal maternaItem Atividade antibacteriana e anti-biofilme in vitro de enterocina isolada e combinada com vancomicina contra Enterococcus vancomicina resistente (VRE)Santana, Giovanna Caroline; Furlaneto, Márcia Cristina [Orientador]; Coelho, Alexandre Rodrigo; Rocha, Sérgio Paulo Dejato daResumo: Enterococcus sp são patógenos oportunistas reconhecidos por causar graves infecções hospitalares A resistência aos antibióticos glicopeptídios, como vancomicina e teicoplanina, é a preocupação atual da resistência dos Enterococcus e coincidiu com o aumento da resistência à penicilina e aos aminoglicosídeos, configurando assim um desafio Combinações entre peptídeos antimicrobianos e fármacos antibacterianos tradicionais, podem amenizar o problema da resistência bacteriana, pois o possível efeito sinérgico se torna estratégico, possibilitando o uso de doses menores dos fármacos no tratamento de doenças infecciosas, reduzindo os custos e diminuindo a toxicidade Neste trabalho, a ação de enterocinas não concentradas e não purificadas produzidas por Enterococcus sp obtidos de leite e queijo foi avaliada quanto ao seu potencial antibacteriano sobre isolados de Enterococcus sp resistentes à vancomicina, bem como a ação sinérgica in vitro entre enterocina, produzida pelo isolado de Enterococcus sp L3, e o antimicrobiano vancomicina (concentrações 16, 32 µg/mL) contra células planctonicas e biofilme de Enterococcus sp resistentes à vancomicina (VRE) Os isolados foram selecionados a partir de ensaio de PCR, onde foram avaliados os perfis de expressão de genes relacionados a produção de enterocina e genes relacionados à resistência à vancomicina Foi realizado o teste de ação antagônica por spot on lawn, seguido da obtenção do sobrenadante livre de células (CFS), o qual foi submetido a testes enzimáticos e de termoestabilidade O CFS obtido foi exposto aos isolados VRE utilizando a técnica de poço difusão A visualização de halos de inibição ao redor dos cultivos de Enterococcus VRE demonstrou a potencial ação antibacteriana dessas enterocinas sobre os isolados resistentes à vancomicina A análise da interação entre enterocina e vancomicina foi realizada pela metodologia de checkerboard Os resultados foram mensurados pela contagem celular e análise de densidade optica para compor o Indice de Concentração Inibitória Fracionada A viabilidade celular também foi mensurada a partir da visualização da coloração de Iodeto de propídeo em microscopia de fluorescência Foi demonstrado ação sinérgica contra 8% dos isolados VRE, sendo que para um isolado foi verificada interação parcial, os resultados obtidos trazem uma nova abordagem e perspectiva ao tratamento de infecções por VREItem Atividade antibacteriana e antibiofilme in vitro e aplicação em catéter urinário de nanopartículas de prata contra Proteus mirabilis uropatogênicoSaikawa, Gustavo Issamu Asai; Rocha, Sérgio Paulo Dejato da [Orientador]; La Porta, Felipe de Almeida; Oliveira Junior, Admilton Gonçalves deResumo: Proteus mirabilis é um dos principais agentes causadores de infecções urinárias associadas à catéter Os tratamentos contra infecções bacterianas têm se tornado cada vez mais ineficazes devido à rápida emergência de bactérias resistentes a antimicrobianos, levado à necessidade crítica de novos agentes antimicrobianos Nanopartículas de prata (AgNPs) aparecem como candidatas por conta de sua atividade antimicrobiana e baixa toxicidade aos humanos Este trabalho teve como objetivo verificar a atividade de AgNPs biossintetizadas pelo fungo Fusarium oxysporum contra isolado clínico de P mirabilis uropatogênico e verificar a atividade antimicrobiana de catéteres de Foley revestidos com essas AgNPs As AgNPs foram sintetizadas pela adição de AgNO3 ao filtrado fúngico Análise de tamanho, potencial Zeta e morfologia das AgNPs foram determinados por espalhamento de luz dinâmico, laser doppler eletroforese, e microscopia eletrônica de transmissão, respectivamente Os ensaios de microdiluição em caldo e cinética de tempo de morte foram usados para determinar a atividade antibacteriana das AgNPs O ensaio de redução do XTT foi utilizado para determinação da atividade antibiofilme Além disso, fragmentos de catéter foram revestidos com duas e três camadas de AgNPs usando polidopamina como agente ancorante A caracterização da superfície foi realizada EDX Pedaços de catéter revestido foram incubados em urina inoculada com P mirabilis e o tempo necessário para incrustação foi determinado Imagens de MCE foram realizadas para comparar a formação de biofilme entre os catéteres pristino e revestidos As AgNPs apresentaram formato esférico, com tamanho médio de 126,3 nm e potencial Zeta de -36,86 mV A CIM foi 62,5 µM, causando inviabilidade celular total após 4 horas de ação A formação de biofilme foi inibida em 76,4% e o biofilme maduro foi reduzido em 1,9% A análise por EDX confirmou a presença de prata A incrustação dos catéteres de 2 e 3 camadas aconteceu após 13 e 2 dias, respectivamente, enquanto o catéter pristino apresentou incrustação no primeiro dia MCE mostrou que o revestimento do catéter reduziu a intensidade de fluorescência em mais de 98% Dessa forma, conclui-se que AgNPs biossintetizadas por F oxysporum possuem grande atividade antibacteriana e antibiofilme, sendo uma potencial alternativa ao tratamento com antibióticos em infecções por P mirabilis uropatogênicoItem Atividade antibiótica de metabólito secundário produzido por pseudomonas aeruginosa em células planctônicas e biofilme de enterococcus faeciumAmichi, Deise Palazini; Andrade Filho, Galdino [Orientador]; Lopes, Gilselena Kerbauy; Morey, Alexandre TadachiResumo: Os enterococos são uma das principais causas de infecções relacionadas à assistência à saúde, devido ao aumento da resistência a uma vasta gama de antibióticos Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis são os isolados mais comuns O desenvolvimento de resistência à vancomicina tem sido descrito a partir do final da década de 8 e desde então foi observado um aumento das infecções e colonizações por VRE O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antibiótica da substância bioativa produzida por Pseudomona aeruginosa, cepa LV, sobre células planctônicas e biofilme de E faecium resistente à vancomicina (VREfm) Avaliou-se a atividade antibiótica em células planctônicas por microdiluição, determinando a concentração inibitória mínima (CIM) e o efeito da ação desta substância sobre a viabilidade celular, adesão à superfície de poliestireno e formação de biofilme A menor concentração capaz de inibir 1% do crescimento foi de 15,6 µg mL-1 Na curva de crescimento e tempo de morte observou-se uma redução das células viáveis entre 2-8 horas A substância F3d provocou redução, de 6%, na inibição de adesão das amostras de VREfm em superfície de poliestireno nas concentrações de 15,6 µg mL-1 e 7,8 µg mL-1 Houve uma diminuição de 8% de células viáveis durante a formação do biofilme, nas mesmas concentrações, e ainda uma redução acima de 5% do biofilme formado, na concentração de 25 µ g mL-1, com significativa redução da viabilidade celular A atividade efetiva antibiótica e a baixa toxicidade para o hospedeiro sugerem um potencial agente antibacteriano Entretanto, novos estudos farmacológicos serão necessários para confirmar esta hipóteseItem Atividade antidermatófito de produtos obtidos de Punica granatumFoss, Simone Rochtaschel; Dias Filho, Benedito Prado [Orientador]; Cortez, Diógenes Aparício Gracia; Ogatta, Sueli Fumie YamadaResumo: A romã é utilizada na medicina tradicional de diversas regiões do mundo e vem sendo estudada, tendo diversas propriedades farmacêuticas O tratamento de micoses cutâneas são difíceis devido às características de latência dos conídeos, à seleção de resistentes, longo tempo de uso e alto custo dos medicamentos Nós verificamos a atividade de extrato hidroalcoólico de pericarpo de Punica granatum contra os fungos dermatófitos Trichophyton rubrum, T mentagrophytes, Microsporum canis eM gypseum com CIM de 125, 125, 25, 25µg/ml, respectivamente A partir do teste inicial, foi isolada a substância ativa Punicalagina, a qual teve CIM igual ao do extrato bruto A espécie T rubrum foi utilizada como modelo para os testes posteriores O extrato bruto parece agir sobre a germinação dos conídeos (62,5 µg/ml) e sobre a elongação das hifas (62,5 µg/ml) Determinamos que extrato bruto não atua na ligação ao ergosterol de membrana, determinado pelo ensaio com ergosterol Também não atua alterando a composição de quitina da parede celular, não sendo observadas alteração morfológica A citotoxicidade mostrou que o extrato bruto é cerca de 3 vezes mais seletivo ao fungo que às células de mamíferos Estes dados indicam a possível utilização do extrato de romã para a formulação de novo medicamento antidermatófitoItem Atividade antifúngica de flavonóides em Candida spp. e avaliação de sinergismo com fluconazolSerpa, Rosana; Furlaneto, Márcia Cristina [Orientador]; Diniz, Andréa; Furlaneto-Maia, LucianaResumo: Espécies do gênero Candida são os principais patógenos fúngicos envolvidos em infecções em humanos Diante da emergência de espécies não-albicans e a ocorrência de resistência intrinseca e adquirida destas leveduras, têm se observado um aumento no interesse pela busca de novos antifúngicos O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antifúngica dos flavonóides crisina e baicaleína frente a Candida albicans, C tropicalis e C parapsilosis, pela determinação da Concentração Inibitória Mínima, bem como determinar a queda de Unidades Formadoras de Colônia (UFCmL-1), analisar a influência destes flavonóides na curva de crescimento e tempos de geração, determinar o potencial sinérgico da baicaleína com o fluconazol e analisar as possíveis alterações morfológicas e ultraestruturais da baicaleína, do fluconazol e da combinação sinérgica entre eles, por microscopia eletrônica de varredura (MEV) Os dados mostraram que a baicaleína e a crisina apresentaram valores de IC5 entre 8 e 5 µmolL-1, para as três espécies de Candida testadas A análise da queda no número de UFCmL-1 mostrou que, na máxima concentração testada, de 1 µmolL-1, houve queda de 2 log para uma das C albicans testadas, e de 1 log para as demais cepas/isolados testados A análise das curvas de crescimento mostrou que a baicaleína foi capaz de prolongar a fase lag das três espécies, atrasando entre 6 e 12 horas, quando comparados ao controle Este prolongamento na fase lag não foi observado para o tratamento com crisina Ainda, a baicaleína foi capaz de aumentar os tempos de geração das três espécies testadas, sendo diferentes entre isolados e cepas de cada espécie Já a crisina foi capaz de aumentar os tempos de geração de C albicans e C parapsilosis, sem diferença significativa para C tropicalis (p<,1), quando comparados aos controles A análise da MEV revelou que as três espécies responderam de maneira diferenciada aos tratamentos O tratamento com o fluconazol manteve as células agrupadas, sem a presença de hifas, quando comparados aos controles A baicaleína não mostrou diferença quanto a presença de hifas e blastoconídeos, mas o tratamento resultou em uma maior produção de material extracelular, quando comparados aos controles Apenas para C tropicalis, no tratamento com baicaleína as células mostraram-se mais alongadas do que no controle Já na combinação sinérgica entre baicaleína e fluconazol, houve produção muito acentuada de material extracelular, quando comparada aos outros tratamentos Em C tropicalis, a presença do fluconazol, associado à baicaleína, foi capaz de inibir a diferenciação na forma filamentosa Os dados obtidos mostram o potencial da baicaleína como agente antifúngico e sua eficiência como agente efetor de sinergismo com o fluconazol sobre cepas e isolados de diferentes espécies de CandidaItem Atividade antifúngica de óleo essencial de orégano (OEO) com nanopartículas de prata biológica (AgNPsbio) contra Candida albicans SC5314Ramos, Lílian Maria Damas; Almeida, Ricardo Sérgio Couto de [Orientador]; Nakazato, Gerson; Costa, Idessania Nazareth daResumo: A nanotecnologia tem emergido no século XXI como uma ciência interdisciplinar, da mesma forma, a busca por fitoterápicos tem se tornado comum, devido à necessidade da redução de efeitos colaterais e surgimento de micro-organismos resistentes A proposta deste estudo foi investigar os efeitos da utilização das nanopartículas de prata biológica (AgNPbio) e do óleo essencial de orégano (OEO) contra uma cepa de Candida albicans SC5314 em células epiteliais de linhagem FaDu (orofaringe) As sensibilidades da cepa para AgNPbio e OEO foram avaliadas pelo teste de microdiluição em caldo, determinando a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM), que foi de 15,6 µM (CIM) e 31,2 µM (CFM) para a AgNPbio e ,12% (CIM e CFM) para o OEO O tipo de interação entre AgNP/OEO na atividade antifúngica foi avaliada pelo método de “checkerboard” pelo cálculo do índice de concentração inibitória fracionada (ICIF) Os dados obtidos mostraram a ocorrência de sinergismo entre AgNPbio e OEO Também foram realizados ensaios de filamentação utilizando OEO, onde se observou que este reduziu a formação de hifas pelo fungo Além destes foram realizados testes de invasão e endocitose, por meio de permeabilização das células epiteliais e coloração diferencial, onde se observou redução estatisticamente significativa na endocitose com a utilização das AgNPs A avaliação do efeito protetor de AgNPbio/OEO sobre o dano à células FaDu por C albicans mostrou resultados positivos Desta forma, observamos que os compostos testados interferem na patogenicidade do fungo, como a endocitose e filamentação do fungo, sugerindo uma interessante alternativa para o controle da candidíaseItem Atividade antimicrobiana da fração F4A obtida de cultura de Pseudomonas aeruginosa LV em Staphylococcus aureus(2020-05-19) Gonçalves, Guilherme Bartolomeu; Ogatta, Sueli Fumie Yamada; Tavares, Eliandro Reis; Navarro, Miguel Octavio PérezStaphylococcus aureus é um patógeno relevante nos âmbitos comunitário e de assistência à saúde, conhecido pela dificuldade terapêutica associada à resistência antimicrobiana e à formação de biofilmes. A partir de 1940, S. aureus passou a ter notoriedade global, devido à resistência à penicilina e, em 1961, à meticilina. Como infecções causadas por essa bactéria dificultam a prática clínica, se faz notável a necessidade de pesquisas por novas substâncias antibióticas para tratar os pacientes acometidos. Ao longo da história, produtos naturais, especificamente metabólitos secundários de microrganismos, têm sido usados para combater patógenos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade inibitória da fração F4A, obtida da purificação do sobrenadante de cultura de Pseudomonas aeruginosa cepa LV, sobre células planctônicas e sésseis de S. aureus, as alterações morfológicas causadas nessas células e sua toxicidade para células de mamíferos. Para isso, foram selecionados 26 isolados clínicos de S. aureus da coleção do Laboratório de Biologia Molecular de Microrganismos, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Os valores de CIM de F4A variaram de 1,56 a 6,25 µg/mL; 19 isolados apresentaram concentração inibitória mínima (CIM) de 3,13 µg/mL (73,1%), 6 apresentaram CIM de 1,56 µg/mL (23,1%) e 1 isolado apresentou CIM de 6,25 µg/mL(3,8%). Concentração bactericida mínima (CBM) de 3,13 µg/mL foi detectada em 84,6% dos isolados (n=21) e 18 apresentaram valores idênticos de CIM e CBM, evidenciando o potencial efeito bactericida da fração. Pela cinética do tempo de morte, observou-se que S. aureus reduziu significativamente o número de unidades formadoras de colônias (UFCs) a partir de 4 h de tratamento com a CIM/CBM de F4A. A microscopia eletrônica de transmissão das cepas de referência tratadas com a CIM/CBM de F4A evidenciou alterações ultraestruturais como: diminuição na eletrodensidade citoplasmática, discreto espessamento e diminuição na compactação da parede celular, inibição da formação de septo e descolamento da membrana citoplasmática. O biofilme de todos os isolados apresentou redução significativa na atividade metabólica nas concentrações de 12,5 e 25 µg/mL. A maioria dos isolados apresentou concentração inibitória mínima para 50% das células sésseis (SCIM50) de 6,25 µg/mL (n=15), seguido de 12,5 µg/mL (n=8), 3,13 µg/mL (n=2) e 25,0 µg/mL (n=1). Para a maior concentração testada (50 µg/mL), a atividade hemolítica foi superior a 3%, enquanto as outras concentrações (25 a 0,1 µg/mL) não ultrapassaram 1% de hemólise; a concentração citotóxica para 50% das células (CC50) LLCMK2 de F4A após 24 h foi de 3,44 µg/mL. Como conclusão, a fração F4A apresentou atividade bactericida contra S. aureus, incluindo atividade antibiofilme. Embora mais estudos sejam necessários em relação à sua toxicidade para células de mamíferos e ensaios in vivo, a fração F4A pode ser promissora para o tratamento de infecções causadas por S. aureus.