02 - Mestrado - Saúde Coletiva
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Navegando 02 - Mestrado - Saúde Coletiva por Assunto "Administração"
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Item Adequação da demanda atendida em serviço de urgência de média complexidade em Londrina, Paraná, BrasilOliveira, Ricardo de; Souza, Regina Kazue Tanno de [Orientador]; Soares, Dorotéia Fátima Pelissari de Paula; Oliveira, Magda Lúcia Félix de; Cordoni Júnior, Luiz [Coorientador]Resumo: A hierarquização da atenção à saúde estabelece fluxos assistenciais ascendentes iniciando-se por serviços de menor complexidade Entretanto, estudos demonstram a existência de um funcionamento desordenado e desvios dos fluxos nesse sistema Assim, os serviços de urgência são excessivamente utilizados, acarretando filas e atendimento de alto percentual de casos inadequados Dada a escassez de pesquisas abordando o tema da urgência no país, este estudo teve por objetivo caracterizar e classificar a demanda atendida no Pronto Atendimento Municipal em Londrina-PR (PAM), segundo a adequação dos casos ao papel assistencial do serviço A população de estudo foi constituída por 394 pessoas, selecionadas por meio de amostragem sistemática, que procuraram o PAM em duas semanas do mês de julho de 27 Os dados foram coletados após as consultas médicas por entrevistadores devidamente treinados, e as informações foram registradas em banco de dados do aplicativo Epi Info versão 34 para Windows Para a classificação dos casos quanto à sua adequação foram utilizados critérios explícitos (situações objetivamente definidas) e implícitos (a critério do médico consultante) A análise de associação entre as variáveis independentes e a adequação ao serviço foi realizada a partir da classificação por critérios explícitos utilizando-se o teste de qui-quadrado (?2) Verificou-se, entre os principais resultados, discreto predomínio de pessoas do sexo feminino (55,6%), na faixa etária entre 2 e 39 anos (45,9%) com apenas o nível fundamental de ensino (51,7%), inseridas no mercado de trabalho, não beneficiárias de plano de saúde A maioria das pessoas procurou o PAM espontaneamente (77,1%) e, entre os casos referenciados, as UBS foram os serviços que mais encaminharam (76,%) O transporte coletivo foi o mais utilizado (46,7%) e 79% das pessoas tiveram alta após a consulta no PAM Dos casos analisados, 54,3% foram considerados adequados segundo os critérios classificatórios explícitos Os fatores associados significativamente (p<,5) à adequação ao serviço foram: idade igual ou superior a 6 anos, inserção no mercado de trabalho, ser usuário de unidades básicas de saúde e procura por outros serviços previamente ao atendimento no PAM para o mesmo problema Quando comparados os diferentes critérios de classificação da demanda, verificou-se concordância de 81,4% (estatística Kappa = ,62), considerada substancialmente concordante Apesar da demanda espontânea ter sido predominante (77,1%), a realidade observada no PAM de Londrina revelou que há uma adequação razoável da demanda à natureza do serviço, fato pouco observado em estudos semelhantesItem Autopercepção da equipe gestora sobre o preparo para o desempenho da função de gestão em saúde em municípios de pequeno porteBonfim, Maria Carolina Bot; Nunes, Elisabete de Fátima Polo de Almeida [Orientador]; Carvalho, Brígida Gimenez; Mai, Lilian Denise; Mendonça, Fernanda de Freitas [Coorientadora]Resumo: A necessidade de avanços na formação de gestores nos serviços públicos de saúde é assunto de debates há anos A produção dos serviços de saúde depende, dentre outras questões, da existência de profissionais capacitados e motivados em transformar as práticas em saúde O objetivo deste estudo foi analisar a autopercepção de preparo da equipe gestora para o exercício da gestão nos municípios de pequeno porte da Macrorregião Norte do Paraná Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal A população de estudo foi composta por 744 profissionais que integravam a equipe de gestão dos 82 municípios de pequeno porte da 16ª, 17ª, 18ª, 19ª e 22ª Regionais de Saúde do Estado do Paraná Este estudo é um recorte do projeto denominado A gestão do trabalho do SUS em municípios de pequeno porte do Paraná a partir do olhar da equipe gestora Os dados foram obtidos por meio de entrevistas presenciais, orientadas por um roteiro estruturado, no período de setembro de 213 a outubro de 214 A análise dos dados foi realizada pelo programa EPIINFO, versão 354, por meio de análise de freqüência e fatores associados à autopercepção de preparo pelo teste qui-quadrado Os resultados revelaram que 4,9% dos gestores possuíam pós- graduação, e a especialização lato sensu específica na área de gestão em saúde foi de 4,4% A atividade de gestão mais referida foi a relacionada aos sistemas de informações (66,9%) A maioria dos gestores não possuía experiência prévia em gestão (74,9%), no entanto, 97,6% deles referiram sentir-se integralmente ou parcialmente preparados para o exercício da função Em relação ao preparo obtido, do total de entrevistados, 37,2% atribuem aos cursos ofertados pelas regionais de saúde a principal forma de obtenção de preparo para o cargo e 24,7% a experiência do dia-a-dia Ter nível superior, experiência anterior em gestão, idade abaixo da média (37,8 anos) e ter realizado algum curso como forma de preparo para atuação na gestão foram fatores associados à autopercepção de preparo Conclui-se que grande parte dos gestores se sente preparado para a atuação na função e isso pode estar relacionado ao fato de a maioria ter formação na área da saúde A falta de experiência na função de gestão e a pouca formação específica nessa área propicia que a autopercepção de preparo venha das experiências particulares de cada pessoa Outra possibilidade está no desconhecimento do quanto é complexa a gestão do SUS, de modo que atuam apenas no sentido de reproduzir o modelo hegemônico vigente Diante disso, investimentos em qualificação e em estratégias de valorização e reconhecimento das funções de gestão são de fundamental importância, pois um dos desafios do SUS é possuir pessoas que tenham qualificação, seja técnica, seja política, para os diversos cargos de gestãoItem Caracterização dos gerentes e práticas gerenciais na atenção primária à saúde em municípios de pequeno porte da região norte do ParanáOhira, Regina Hitomi Fukuda; Cordoni Junior, Luiz [Orientador]; Almeida, Elisabete Fátima Polo; Oliveira, Magda Lúcia Félix deResumo: Com o processo de municipalização, decorrente da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), torna-se necessário a organização local para garantir a saúde como direito da população O objetivo deste estudo é caracterizar o perfil dos gerentes da atenção primária à saúde (APS) e descrever as práticas gerenciais nos serviços de APS em 49 municípios de pequeno porte das 16ª, 17ª e 18ª Regionais de Saúde do Paraná Trata-se de um estudo de natureza descritiva, no qual foi aplicado questionário semi-estruturado para 9 gerentes Para análise estatística, utilizou-se o programa EpiInfo 351, e o desfecho nos resultados não foi homogêneo, visto que algumas questões não obtiveram 1% de respostas dos participantes O perfil dos gerentes aponta 91,1% do sexo feminino, 5,% com idade predominante entre 21 a 3 anos e 75,6% pós graduados Quanto ao ingresso no emprego, 7,% foram por meio de concurso público/teste seletivo, com atuação profissional de 4,% acima de 5 anos, 43,4% inseridos na APS acima de 5 anos e 32,2% na unidade básica de saúde atual há menos de 1 ano Sobre treinamento específico para desempenho da função gerencial, 71,1% não fizeram nenhum curso, mas 37,7% já atuaram como gerentes Quanto às práticas gerenciais citadas, 85,6% realizavam reunião com a equipe; 77,8% conheciam metas e indicadores de saúde de 21; 73,3% planejavam as ações; 7,% realizavam reunião com a comunidade; 64,5% discutiam as metas e indicadores com os trabalhadores da unidade; 61,1% conheciam os indicadores de saúde de 29; 61,1% realizavam avaliação das ações e serviços de saúde; 54,4% realizavam educação permanente em saúde com os trabalhadores, mas somente 37,8% realizavam avaliação dos trabalhadores Conclui-se que o cargo de gerência não está instituído, os participantes realizavam práticas gerenciais informalmente e há falta de profissionalização para o desempenho desta função já que somente 23,3% relataram ter feito curso de gestãoItem Estratégias utilizadas por gestores de municípios de pequeno porte para garantia de acesso aos usuários do SUS a serviços de média complexidadeSilva, Camila Ribeiro; Carvalho, Brígida Gimenez [Orientador]; Silva, Regina Lúcia Dalla Torre; Cordoni Junior, LuizResumo: A organização do sistema de saúde de saúde no Brasil sofreu modificações ao longo dos anos, abrangendo todos os cidadãos a partir da Constituição Federal de 1988 A descentralização do Sistema a nível municipal foi baseada nos princípios de universalidade, equidade e integralidade da atenção à saúde As ações e procedimentos se dispuseram nos blocos de Atenção Básica (AB) e o de Média e Alta Complexidade (MAC) A municipalização do Sistema, tendo a Atenção Básica como modelo de atenção não foi acompanhada de investimentos proporcionais na organização dos demais níveis de atenção e nem na articulação entre eles O contexto do financiamento em saúde demonstra grande peso sobre os municípios, que acabam financiando ações e serviços em saúde além da AB, sobretudo nos municípios de pequeno porte (MPP), que em sua maioria não conseguem arrecadar o suficiente para arcar com os procedimentos da AB, nem com os de MAC, para os quais acabam por ter que garantir acesso aos usuários Os municípios pequenos ficam na dependência de serviços localizados em municípios maiores e faz com que seus gestores tenham que articular diversas estratégias para a garantia de acesso aos serviços de MAC O Sistema de saúde brasileiro encontra-se fragmentado e essa fragmentação fica mais evidente em municípios de pequeno porte O estudo objetivou analisar as estratégias dos municípios de pequeno porte para a garantia de acesso a serviços de média complexidade, por meio da metodologia de estudo de caso único, com várias unidades de análise O caso estudado foi o da 18ª Regional de Saúde do Estado do Paraná, tendo seus 18 municípios de pequeno porte como unidade de análise A população de estudo foi composta pelos gestores e os responsáveis pela regulação de consultas especializadas de cada município e também a Diretora Administrativa do CISNOP (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Estado do Paraná) As especialidades com maior dificuldade de acesso são: Vascular, Proctologia, Geriatria, Endocrinologia, Ortopedia, Neuro-pediatria, Urologia, Reumatologia, Oftalmologia e Otorrinolaringologia Os municípios foram categorizados em alta, média e baixa dependência do Consórcio, conforme o sucesso de suas estratégias para a garantia de acesso a consultas especializadas As estratégias levantadas foram organizadas em três categorias: sem custo adicional do município; com custo adicional para o município e com custo para o usuário e vão desde compra de serviços diretamente de prestador particular, a terceirização de serviços e também compra de consultas especializadas de outras regionais A situação da fragmentação do sistema, no que diz respeito à garantia de acesso a serviços especializados não tem perspectiva de solução a médio prazo, assim, ficando o sucesso para a garantia de acesso aos serviços de média complexidade aos usuários, dependendo da capacidade de gestão e governança dos secretários municipais de saúdeItem Implantação dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família : atuação da equipe gestora da atenção básicaVolponi, Paula Roberta Rozada; Garanhani, Mara Lúcia [Orientador]; Baduy, Rossana Staevie; Mai, Lilian Denise; Carvalho, Brígida Gimenez [Coorientadora]Resumo: Os desafios a serem superados pela Atenção Básica (AB) exigem mudanças substantivas nas práticas de cuidado e nos modos de gerir em saúde, que sejam capazes de dialogar com as perspectivas democráticas e participativas da reforma sanitária brasileira e com a integralidade do cuidado Assim, o presente estudo tem como objetivo compreender o processo de implantação do Núcleo de Apoio a Saúde da Família - NASF relacionado às ações dos gestores da AB e sua potencialidade em constituir-se como um processo de mudança Trata-se de um estudo com uma abordagem qualitativa, de caráter compreensivo Foi realizado junto aos gestores alocados em cargos oficiais na Diretoria de Atenção Primária a Saúde de um município de grande porte, sede de uma das Regionais de Saúde do Paraná Os instrumentos metodológicos escolhidos para a coleta das informações foram a observação participante e a entrevista, realizados em um período entre outubro de 212 a abril de 213 Utilizou-se um roteiro aberto para a observação, as quais foram registradas em um diário de campo Realizou-se 15 entrevistas do tipo semi-estruturada, analisadas por meio da análise de conteúdo Os resultados revelaram uma equipe gestora atuando em um cenário político conturbado, com impactos na estruturação das equipes de ESF e NASF, e na sua forma de gerir, fazendo com que esforços fossem centrados na reorganização das estruturas organizacionais, na manutenção e ampliação do número de equipes, na diminuição da rotatividade profissional, nas capacitações profissionais e na construção/implementação de protocolos Diversas características individuais foram apresentadas, e se relacionaram aos modos de gerir destes gestores Modos estes, que ora se aproximavam de práticas gerenciais hegemônicas, ora relacionavam-se a práticas gerenciais contra-hegemônicas, com iniciativas em uma perspectiva de gestão contemporânea participativa Evidenciou-se que prevalece o desejo pelo apoio matricial (AM) na dimensão assistencial O NASF se constituiu em um dispositivo com potencialidade de instituir mudanças nos processos de trabalho e na produção do cuidado Juntamente com os arranjos instituídos a partir dele, foram, em alguns momentos, capazes de cumprir seu papel, por interrogar os processos de trabalho e as produções do cotidiano e por trazer novas disputas para o cenário Nesse sentido, acreditamos que a gestão deva investir esforços nos espaços relacionais, com capacidade de abrir-se para uma escuta ativa, de desvelar o que se está oculto, de reconhecer o conflito, a tensão e a subjetividade As efetivações necessárias ao processo de mudança não se darão sem a aproximação e diálogo nas diversas esferas políticas, sem o distensionamento das disputas de poder e a criação de dispositivos capazes de construir novas práticas, a fim de alcançar a integralidade do cuidado