02 - Mestrado - Educação Física
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 02 - Mestrado - Educação Física por Assunto "Adultos"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Trajetórias da aptidão muscular na infância, na adolescência e na idade adulta e seus fatores associados(2025-03-19) Gomes, Robinson Rodrigues; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Gobbo, Luís Alberto; Gonçalves, Ezequiel MoreiraOBJETIVOS: Analisar as trajetórias da aptidão muscular na infância, adolescência e idade adulta e seus fatores associados. Os objetivos específicos foram: a) revisar a literatura sobre o desenvolvimento longitudinal da aptidão muscular; b) identificar as trajetórias da aptidão muscular em diferentes fases da vida; c) identificar os preditores da aptidão muscular na infância, na adolescência e na idade adulta. MÉTODOS: Este estudo é parte do projeto "Trajetórias da aptidão cardiorrespiratória na infância e adolescência com indicadores de função cognitiva na idade adulta: um estudo longitudinal". Foram selecionados 206 escolares de 7 a 10 anos e 166 de 11 a 14 anos na primeira fase (2002-2005). Na segunda fase (2016), 150 indivíduos entre 21 e 25 anos foram localizados. Na terceira fase (2024), 68 participantes entre 28 e 32 anos foram convidados. Nas três fases do estudo foram coletadas as características antropométricas, de composição corporal e testes motores (preensão manual, teste abdominal e impulsão horizontal), além do nível maturacional (fase 1) e da atividade física habitual (fase 3). Os dados foram processados nos softwares SPSS v.29.0 e Stata/IC v.17.0, utilizando-se análise de trajetória, análise de correlação de Pearson e regressão linear múltipla. RESULTADOS: A revisão de literatura identificou 6 artigos longitudinais, todos mostrando aumento na aptidão muscular na infância e adolescência. Os principais preditores foram massa corporal, estatura, idade cronológica, massa magra, sexo e maturação. A análise de trajetória indicou que o modelo quadrático com divisão em três grupos melhor caracterizou os dados. Na infância, 22,9% estavam abaixo da média de aptidão muscular, 56,7% na média e 20,4% acima, e os preditores desta fase foram: massa magra (ß = 0,428; P<0,001), estatura (ß = 0,255; P = 0,004) e sexo (ß = -0,179; P<0,001), responsáveis por até 49,7% da variação observada na aptidão muscular. Na adolescência, 30,6% estavam abaixo da média, 49,8% na média e 19,6% acima, tendo como preditor o PVC (ß = 0,256; P<0,001), explicando até 6% da variação observada. Na idade adulta, 56,4% estavam abaixo da média, 31,5% na média e 12,1% acima. Observou-se aumento na aptidão muscular durante a infância e adolescência, com platô aos 23 anos, seguido de declínio, os preditores desta fase foram: massa muscular (ß = 0,587; P = 0,093), sexo (ß = -0,551; P<0,001), IMC (ß = -0,507; P = 0,021) e estatura (ß = -0,491; P = 0,048), correspondendo até 72,8% da variação observada. CONCLUSÃO: A aptidão muscular segue um padrão parabólico, com aumento constante na infância e adolescência, atingindo platô na primeira metade da segunda década de vida e declinando posteriormente. O estudo, realizado ao longo de três fases do desenvolvimento físico, identificou variáveis antropométricas, sexo e estado maturacional como preditores significativos em diferentes fases da vida. Esses achados destacam a importância de considerar essas variáveis na avaliação e promoção da aptidão muscular ao longo do desenvolvimento humano.Item Trajetórias e preditores da aptidão cardiorrespiratória entre a infância e a idade adulta: um estudo longitudinal de 22 anos(2025-03-25) Albertuni, Gabriel Motta; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Furlanetto, Karina Couto; Leite, NeivaObjetivo: Descrever as trajetórias da ACR da infância até a idade adulta e identificar seus preditores ao longo do tempo. Métodos: O presente estudo faz parte de um banco de dados intitulado “Aptidão física e prática de esportes na infância e adolescência e fatores de risco biológicos e comportamentais em adultos: um estudo longitudinal de 15 anos”. Para a infância (n = 205), para a adolescência (n = 168) que possuíam pelo menos três avaliações completas. Para este estudo participaram 70 sujeitos, de ambos os sexos, com idade entre 26 e 31 anos, que realizaram os testes de ACR, possuíam medidas antropométricas (massa corporal, estatura e dobras cutâneas) e comportamentais (atividade física) da fase I (sete a 14 anos) e II (21 a 25 anos). Durante a FASE I foi realizado o teste de corrida e/ou caminhada de nove minutos e FASE II o teste Shuttle-run 20 meters. Para a FASE III o protocolo de Bruce para esteira rolante foi realizado. Como medida da ACR a potência (watts) da corrida foi calculada pela presente fórmula: [(massa corporal x distância percorrida) /tempo total em segundos]. Para identificação das trajetórias da ACR foi utilizado um plug-in TRAJ para análise de trajetória baseada em grupos no pacote estatístico Stata 15.1. A equação de estimativa generalizada (GEE), controlada por sexo, pico de velocidade de crescimento (PVC) na infância e atividade física moderada-vigorosa (AFMV) na idade adulta também foi realizada para comparar os grupos, as idades e a interação grupo/idade para os diferentes grupos identificados. Utilizou-se a correlação de Pearson entre a ACR e as possíveis variáveis preditoras e aquelas que apresentarem P <0,20 entraram nos modelos de regressão a partir do método forward para observar a associação nas faixas etárias. Resultados: A partir das análises de trajetórias para a infância, adolescência e idade adulta três grupos foram identificados (baixa, média e alta ACR) e por meio da GEE observou-se que para as faixas etárias observadas foram estatisticamente diferentes (P<0,001) para o fator grupo, tempo e a interação grupo/tempo. Para o estudo longitudinal de 22 anos dois grupos foram identificados e diferentes estatisticamente (P<0,001) no grupo (?² = 104,676), na idade (?² = 2566,981) e na interação (?² = 89,796). Como principais preditores da infância temos IMC e estatura (R2=0,44) para alta ACR aos 10 anos, durante a adolescência o sexo, a maturação e a estatura (R2=0,77) para alta ACR aos 13 anos e durante a idade adulta temos o sexo, IMC e AFMV uma média ACR (R2=0,82). Conclusão: conclui-se que a ACR apresenta três padrões de desenvolvimento entre a infância e a idade adulta. Sendo seu desenvolvimento positivo durante as primeiras décadas da vida. Identificou-se também uma redução nos valores da ACR a partir dos 23 anos de idade E o sexo, o IMC e a estatura explicam os diferentes grupos de ACR ao longo do tempo.