02 - Mestrado - Ciências da Saúde
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Navegando 02 - Mestrado - Ciências da Saúde por Assunto "Acidentes vasculares cerebrais"
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Item Associação entre o polimorfismo genético NcoI (rs909253) do fator de necrose tumoral beta e marcadores inflamatórios e metabólicos e o prognóstico em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico atendidos em um hospital universitárioParreira, Johnathan de Sousa; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Souza, Mônica Marcos de; Reiche, Edna Maria Vissoci [Coorientadora]Resumo: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo, causando um forte impacto econômico e social Várias vias fisiológicas, como o metabolismo lipídico, resposta inflamatória crônica, coagulação e hemostasia, regulação da pressão sanguínea e adesão celular têm sido implicadas na fisiopatologia do AVC e polimorfismos em genes que codificam moléculas envolvidas nestas vias representam importantes fatores para a patogênese e curso clínico do AVC Entretanto, os resultados prévios são contraditórios e não devem ser generalizados para a população brasileira, geneticamente uma das mais heterogêneas do mundo O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o polimorfismo genético NcoI (A252G, rs99253) do gene fator de necrose tumoral beta (TNFB) e marcadores inflamatórios, metabólicos e o prognóstico em pacientes com AVC isquêmico agudo da população brasileira O estudo incluiu 93 pacientes e 134 indivíduos saudáveis controlados por idade, sexo, etnia e índice de massa corpórea (IMC) A capacidade funcional dos pacientes com AVC foi avaliada no momento da admissão hospitalar pela Escala de Rankin Modificada O subtipo de AVC isquêmico foi classificado segundo os critérios de TOAST Amostras de sangue periférico foram coletadas em até 24 horas após o diagnóstico de AVC para a realização da genotipagem do polimorfismo NcoI do TNFB e determinação dos marcadores inflamatórios e metabólicos A análise do polimorfismo NcoI foi realizada pela técnica de PCR-RFLP, utilizando-se a enzima de restrição NcoI Os marcadores inflamatórios avaliados foram: contagem de leucócitos periféricos totais e plaquetas, velocidade de hemossedimentação (VHS), níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível (usPCR), ferritina, níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNFA) Os marcadores metabólicos foram: níveis séricos de ferro, colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL) colesterol, lipoproteína de baixa densidade (LDL) colesterol, triglicerídeos e níveis plasmáticos de glicose e insulina O índice de resistência à insulina foi determinado pelo modelo de avaliação da homeostase - resistência à insulina (HOMA-IR) Entre os pacientes, 57,% eram homens e 43,% eram mulheres, a mediana de idade foi 65 [interquartil 25%-75% (IQR): 56,-75,] e a mediana de IMC foi 25,4 kg/m2 (IQR: 21,9 - 29,4) A frequência de hipertensão, sedentarismo e dislipidemia foi maior entre os pacientes que os controles (p<,1) Pacientes com AVC apresentaram valores mais elevados de leucócitos totais, usPCR, ferritina, glicose e HOMA-IR (p<,1), VHS e insulina (p<,1) e menores níveis de HDL-colesterol (p<,1) comparados aos controles O subtipo de AVC isquêmico agudo de aterosclerose de grandes artérias foi diagnosticado em 28,% dos pacientes, infarto lacunar em 23,7%, infarto cardioembólico em 13,9%, outras etiologias em 8,6% e etiologia indeterminada em 25,8% Entre os pacientes com AVC, a frequência dos genótipos TNFB1/B1, TNFB1/B2 e TNFB2/B2 foi de 9,7%, 46,2%, 44,1%, respectivamente; dos alelos TNFB1 e TNFB2 foi de ,328 e ,672, respectivamente, sem apresentar diferença significativa entre os pacientes e controles (p>,5) Entretanto, os pacientes portadores do genótipo TNFB2/B2, comparados aos que possuíam outros genótipos, apresentaram maiores níveis dos marcadores inflamatórios TNFA e leucócitos periféricos e dos marcadores metabólicos ferro sérico, colesterol total, LDL colesterol, glicemia, insulina e HOMA-IR (p<,5) Verificou-se uma correlação positiva entre os níveis de leucócitos, IL-6, usPCR e VHS e negativa entre os níveis de ferro com o grau de incapacidade dos pacientes (p<,5) obtidos na admissão dos mesmos Os resultados mostram que o polimorfismo NcoI do TNFB não está associado, por si só, com o desenvolvimento e evolução do AVC isquêmico agudo nesta população; no entanto, o genótipo TNFB2/B2 está associado com maior resposta inflamatória e alterações metabólicas que aumentam a chance de ocorrência do AVC Os resultados confirmam a intensa reação inflamatória e alterações metabólicas associadas ao AVC isquêmico agudo Desta forma, esta variante genômica pode interagir com outros fatores genéticos e ambientais criando um perfil favorável que contribua para o desenvolvimento e evolução do AVCItem Associação entre o status de vitamina D e marcadores inflamatórios em pacientes com acidente vascular encefálico isquêmico agudoAlfieri, Daniela Frizon; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Dichi, Isaías; Delfino, Vinícius Daher AlvaresResumo: O acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo Como uma doença complexa, apresenta interação entre fatores não modificáveis e modificáveis A vitamina D tem sido objeto de estudos em várias doenças infecciosas, autoimunes e cardiovasculares pelas suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes A deficiência deste hormônio modifica indiretamente o risco de AVEi pela associação com fatores de risco clássicos, como diabetes mellitus (DM), dislipidemia, hipertensão e fibrilação atrial O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o status de vitamina D e o AVEi agudo, marcadores inflamatórios e a evolução clínica O estudo incluiu 168 pacientes com AVEi atendidos no Pronto Socorro do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, e 118 controles sem histórico de AVEi e infarto agudo do miocárdio Foram coletados dados demográficos, antropométricos, epidemiológicos e clínicos O subtipo de AVEi foi classificado segundo os critérios de TOAST e a incapacidade funcional dos pacientes foi avaliada no momento da admissão e após três meses de evolução pela Escala de Rankin Modificada (mRS) Amostras de sangue periférico foram coletadas em até 24 horas após o diagnóstico de AVEi para a determinação de marcadores inflamatórios, tais como contagem de leucócitos periféricos e plaquetas, velocidade de hemossedimentação (VHS), níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível (usPCR), ferritina, fator de necrose tumoral (TNF)-a, interleucina (IL)-6 e IL-1 A vitamina D foi avaliada pela forma 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] utilizando imunoensaio quimioluminescente de micropartículas e seu valor foi utilizado para classificar os indivíduos em três subgrupos, como vitamina D suficiente (VDS) (=3 ng/mL), vitamina D insuficiente (VDI) (2-29,9 ng/mL) e vitamina D deficiente (VDD) (<2, ng/mL) A associação entre o status de vitamina D e o AVEi foi avaliada usando análise de regressão logística binária em diferentes modelos, controlados para covariáveis que poderiam confundir a associação de interesse Análises de regressão logística multinomial graduais automáticas foram utilizadas para definir as variáveis significativas, com intervalo de confiança (IC) de 95% do status de vitamina D em AVEi agudo utilizando as variáveis com valor de p<,1 Entre os pacientes, 96 (57,14%) eram homens e os riscos modificáveis mais frequentes para AVEi foram hipertensão (145/83,3%), dislipidemia (74/44,4%), DM (64/38,1%) e tabagismo (39/23,21%) Segundo os subtipos do AVEi, 58 (34,53%) pacientes apresentaram aterosclerose de grandes artérias (LAAS), 53 (31,55%) infarto lacunar (LAC), 26 (15,47%) cardioembólico, 5 (2,98%) AVEI de outras etiologias (ODE) e 26 (15,47%) AVEi de etiologia indeterminada (UDE) Os pacientes apresentaram maior frequência de DM (p=,25) tabagismo, hipertensão arterial e VDD do que os controles (p<,1) Enquanto 73 (43,5%) pacientes apresentaram VDD, apenas 6 (5,1%) dos controles apresentaram este status da vitamina D Os níveis [média ± erro padrão da média (SEM)] de 25(OH)D foram 22,54 ng/mL (,82) nos pacientes e 3,37 ng/mL (,8) no grupo controle (p<,1) Após o ajuste das variáveis associadas à ocorrência de AVEi agudo, como idade, sexo, etnia, índice de massa corpórea (IMC), tabagismo, presença de DM, hipertensão arterial, dislipidemia e medicamentos, os pacientes com VDD mostraram 18,4 vezes mais chance de terem o AVEi agudo do que aqueles com VDS (IC 95%: 6,14-55,175, p<,1) Os pacientes apresentaram maiores valores de VHS e ferritina (p=,2), maior contagem total de leucócitos periféricos, usPCR, IL-6 (p<,1) e TNF-a (p=,18) quando comparados aos controles Pacientes com status de VDD eram com maior frequência do sexo feminino, mais idosos e com mRS mais elevado no início do estudo do que aqueles com VDI e VDS (p=,8, p=,3 e p=,47, respectivamente) Além disso, os níveis de VHS foram maiores nos pacientes com VDD do que aqueles com VDS (p=,16) e os níveis séricos de usPCR e IL-6 foram maiores nos pacientes com VDD do que nos pacientes com VDI e VDS (p=,2 e p=,1, respectivamente) Após análise de regressão logística multinominal, as variáveis sexo e níveis de usPCR permaneceram significativamente associadas com a VDD (p=,23 e p=,43, respectivamente) Quando os pacientes foram avaliados após três meses do evento isquêmico, os que apresentaram pior evolução (mRS =3) apresentaram menores níveis de 25(OH)D (p=,8) quando comparados com os pacientes com melhor prognóstico (mRS<3), resultado independente da idade, sexo e mRS de entrada Além disso, os níveis de 25(OH)D apresentaram correlação negativa com o mRS obtido após três meses de seguimento dos pacientes (r=-,239, p=,5) Em conclusão, os resultados mostraram que a VDD está associada ao AVEi agudo e com níveis mais elevados de usPCR, e baixos níveis deste hormônio foram associados com pior prognóstico a curto prazo dos pacientes Estes resultados sugerem um possível papel da vitamina D na fisiopatologia do AVEi exercendo um efeito modulador na resposta inflamatória destes pacientes Novos estudos com maior número de pacientes devem ser realizados para uma melhor compreensão do papel deste micronutriente na fisiopatologia do AVEi agudo