02 - Mestrado - Multicêntrico em Ciências Fisiológicas
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Item Efeitos do tratamento com NaCl na osmorregulação e resposta de estresse do peixe Prochilodus lineatus(2011-02-23) Sabino, Thiago Santos; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis; Martinez, Cláudia Bueno dos ReisO cloreto de sódio (NaCl) é amplamente utilizado como atenuante do efeito estressor do manejo e transporte de peixes de água doce e também como tratamento profilático no combate a ectoparasitos. Entretanto, pouco se sabe sobre os efeitos do sal na osmorregulação resposta de estresse destes peixes. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar se o NaCl interfere na osmorregulação de Prochilodus lineatus e se atua como atenuante do efeito estressor. Os experimentos foram divididos em duas etapas: experimento de exposição ao NaCl e experimento de estresse agudo. Para os experimentos de exposição ao NaCl, juvenis de P. lineatus foram expostos à água, contendo 1, 5 ou 10 g.L-1 de NaCl, ou apenas à água desclorada. Após 6 ou 24h, os peixes foram anestesiados para a coleta de sangue e mortos para a retirada das brânquias e rim. As atividades das enzimas Na+/K+-ATPase de brânquias e rim e da anidrase carbônica branquial foram avaliadas. Do sangue total foram analisados o número de eritrócitos, hematócrito e conteúdo de hemoglobina, e do plasma foram analisadas as concentrações de iônicas de sódio, potássio, cloreto, glicose e a osmolaridade. Para o experimento de estresse agudo, animais previamente expostos a 5 g.L-1 de NaCl por 24 horas ou apenas à água desclorada foram submetidos ao estresse, por hipóxia e confinamento, com a utilização de uma pequena rede, através da qual ficaram suspensos fora da água por 3 minutos. Após o estresse os peixes foram divididos em 3 grupos distintos (t1, t3 e t6) e transferidos para aquários diferentes, contendo apenas água desclorada. Os peixes do grupo t1 foram amostrados 1 hora após o estresse, do grupo t3 foram amostrados 3 horas após o estresse e do grupo t6 foram amostrados 6 horas após o estresse. Um grupo de peixes, denominado de t0 foi amostrado imediatamente após o estresse. A amostragem consistiu em retirar o sangue para as análises hematológicas e de indicadores de estresse, no caso glicose e cortisol. Para o experimento de exposição ao NaCl não foram encontradas diferenças significativas entre os peixes expostos às diferentes concentrações de NaCl e os expostos somente a água desclorada em nenhum parâmetro iônico ou hematológico para ambos os tempos experimentais. A atividade da Na+/K+-ATPase branquial aumentou significativamente nos animais expostos à 10 g.L-1¬¬ de NaCl por 24h com relação aos demais. A atividade da anidrase carbônica diminuiu significativamente nos animais expostos a 1 e 5 g.L-1 de NaCl por 6 horas com relação aos demais, e aumentou significativamente nos peixes expostos a 10 g.L-1 por 24h com relação aos outros grupos. Os resultados dos experimentos de estresse agudo mostraram que o cortisol aumentou significativamente em t1 e t3 com relação aos demais tempos experimentais (t0 e t6) nos peixes estressados, com e sem exposição prévia ao NaCl. Ao comparar estes dois grupos, nos mesmos tempos experimentais, verificou-se que tanto o cortisol, como a glicemia, foram significativamente menores em t1 e t3 nos peixes previamente expostos ao NaCl. A glicose plasmática também aumentou significativamente em t1 e t3 com relação aos demais tempos experimentais nos peixes estressados, sem exposição prévia ao NaCl. Nos peixes previamente expostos ao sal a glicemia em t1 foi significativamente maior que t0 e t3. Esses resultados indicam que o NaCl não interfere nos parâmetros hematológicos e iônicos de P. lineatus em qualquer concentração testada, tanto em 6 quanto em 24h de exposição, indicando assim que o peixe mantém inalterado o equilíbrio hidro-eletrolítico. Porém, a exposição de 10 g.L-1 de NaCl, durante 24h, promove alterações na atividade das enzimas relacionadas a osmorregulação, podendo perturbar a homeostase do animal. Em exposições mais longas os resultados também mostraram que a exposição de P. lineatus a 5 g.L-1 de NaCl garante uma atenuação no efeito estressor sem prejudicar os processos de osmorregulação.Item Influência de concentrações circulantes de lactato na neoglicogênese em perfusão de fígado de ratos portadores de tumor Walker-256Frasson, Isabele Gonçalves; Souza, Helenir Medri de [Orientador]; Graciano, Maria Fernanda Rodrigues; Bazotte, Roberto BarbosaResumo: Portadores de câncer frequentemente apresentam severa perda de massa muscular e adiposa e de peso corpóreo (caquexia) A caquexia do câncer é causada por diversos fatores proteolíticos e lipolíticos produzidos pelo tumor e sistema imune Contudo, é sugerido que o aumento do gasto de energia causado pela atividade aumentada do ciclo lactato-glicose (ciclo de Cori), um ciclo fútil que converte o lactato gerado no tumor em glicose no fígado, também contribua para a caquexia Pacientes com caquexia do câncer apresentam hiperlactatemia e maior conversão de lactato em glicose no fígado Entretanto, ratos caquéticos portadores de tumor Walker-256 apresentaram menor conversão de lactato em glicose em perfusão de fígadoÉ possível que estas diferenças na neoglicogênese entre pacientes (aumentada) e animais (reduzida) com câncer sejam porque nos estudos de perfusão de fígado a neoglicogênese foi avaliada a partir de concentração de lactato similar à de ratos saudáveis (2 mM), a qual não reflete a hiperlactatemia (3, 5,5 e 8 mM, respectivamente nos dias 5, 8 e 12 de tumor) dos ratos portadores de tumor Walker-256 Diante disto, o objetivo desse estudo foi investigar em ratos portadores de tumor Walker-256, a influência de concentrações circulantes de lactato na neoglicogênese hepática e avaliar possíveis mecanismos envolvidos nos efeitos Para esse propósito, células Walker-256 (ratos portadores de tumor) ou PBS (ratos saudáveis controle) foram inoculadas (SC) no flanco direito traseiro de ratos A neoglicogênese, a partir de vários precursores de glicose (lactato, piruvato e glutamina), associados ou não ao NADH, foi avaliada em perfusão de fígado in situ, nos dias 5, 8 e/ou 12 de tumor A neoglicogênese também foi avaliada in vivo, por meio da administração intraperitoneal de piruvato ou glutamina, no dia 12 de tumor Nos estudos de perfusão de fígado, ratos com 5, 8 e 12 dias de tumor apresentaram menor produção de glicose a partir do lactato 2 mM, em comparação aos ratos saudáveis Entretanto, a produção de glicose a partir do lactato 3, 5,5 e 8 mM, respectivamente dos ratos com 5, 8 e 12 dias de tumor, foi semelhante à dos saudáveis A produção de glicose a partir do lactato 2 mM, associado com NADH 5 ou 75 µM, mas não com NADH 25 µM, foi maior nos ratos com 12 dias de tumor do que nos saudáveis Ratos com 12 dias de tumor também apresentaram menor produção de glicose a partir do piruvato 2, 5 e 8 mM, em comparação aos saudáveis No entanto, a produção de glicose a partir do piruvato 2 mM, associado com NADH 5 ou 75 µM, mas não com NADH 25 µM, nos ratos com 12 dias de tumor, foi restaurada para valores similares a dos ratos saudáveis Ratos com 12 dias de tumor apresentaram menor produção de glicose a partir da glutamina 1 mM, mas não a partir da glutamina 2,5 mM ou da glutamina 1 mM associada ao NADH 5 µM, em comparação aos saudáveis Nos estudos in vivo, a administração intraperitoneal de piruvato (1, mg/kg) e glutamina (,5 mg/kg) aumentou a glicemia dos ratos portadores de tumor (dia 12) e saudáveis de modo similar Pode ser concluído que concentrações circulantes de lactato (3, 5,5 e 8 mM) restabeleceram a inibição da neoglicogênese observada a partir de baixas concentrações de lactato (2 mM) em perfusão de fígado de ratos com 5, 8 e 12 dias de tumor, por mecanismo que provavelmente envolveu aumento do baixo potencial redox (razão NADH/NAD+)Item Tratamento com topiramato na adolescência : efeitos agudos e tardios sobre a reatividade da aortaMoura, Kawane Fabricio; Ceravolo, Graziela Scalianti [Orientador]; Dionisio, Andressa de Freitas Mendes; Araújo, Eduardo José de AlmeidaResumo: O endotélio vascular tem papel importante sobre a manutenção da homeostasia cardiovascular Estudos demonstram que a disfunção das células endoteliais pode favorecer o desenvolvimento de doenças cardiovasculares O topiramato (TOP) é um fármaco aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA) para profilaxia de enxaqueca em adolescentes É descrito que o tratamento com TOP, em diferentes faixas etárias, aumenta o risco de doenças vasculares em humanos Entretanto, o efeito do tratamento com TOP na adolescência sobre a função do endotélio vascular ainda não foi investigado Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a função endotelial, utilizando a reatividade da aorta, e o perfil biométrico de ratos adolescentes e adultos após tratamento com TOP durante a adolescência Para tanto, ratos Wistar foram tratados com TOP (41 mg/Kg/dia) ou veículo (grupo CTR) por gavagem do dia pós-natal (DPN) 28 ao 5, período de adolescência Durante o tratamento o ganho de massa corpórea e nos últimos sete dias consumo de ração foi acompanhado No DPN 51 e 12 foram avaliados a reatividade da aorta in vitro para vasoconstritores e vasodilatadores, índice de Lee, peso do tecido adiposo visceral e marrom, pressão arterial e frequência cardíaca Para análise estatística foi utilizado ANOVA de uma via para comparação da resposta máxima (Rmax) e -log da concentração de droga que causa 5% da Rmax (pD2) para as curvas de fenilefrina e teste T-Student para os demais dados Os resultados foram expressos como média ± erro padrão da média (EPM) As diferenças foram consideradas estatisticamente significativas quando p<,5 (CEUA: 937921826) Foi possível observar que não houve diferença entre os grupos CTR e TOP para o consumo de ração e acompanhamento do ganho de massa corpórea Os ratos TOP apresentaram diminuição do índice de Lee e tecido adiposo retroperitonial no DPN 51, sem alterações do perfil antropométrico na vida adulta (DPN 12) Também não houve diferença entre CTR e TOP quanto à pressão arterial e frequência cardíaca nos dois períodos avaliados Quanto a reatividade da aorta, no DPN 51 e na presença do endotélio, a Rmax para o vasoconstritor, fenilefrina, foi maior para o grupo TOP quando comparada a Rmax do CTR e a remoção do endotélio aboliu esta diferença A resposta vasodilatadora foi semelhante entre os grupos TOP e CTR no DPN 51 No DPN 12, os anéis de aorta dos ratos TOP e CTR, na presença ou ausência do endotélio, apresentaram respostas similares para fenilefrina Quanto a vasodilatação, os anéis do grupo TOP apresentaram diminuição da pD2 para ACh, sem alteração de Rmax Nossos resultados demonstram que o tratamento de ratos com TOP durante a adolescência, na dose de 41mg/Kg/dia, causa efeitos biométricos discretos logo após o tratamento (DPN 51), o que não se mantém na vida adulta (DPN 12) Este tratamento também causa alterações na função endotelial que parecem ser permanentesItem Polipeptídeo intestinal vasoativo no núcleo paraventricular do hipotálamo, produção de óxido nítrico, neuropeptídeo Y, hormônio tireotrófico e ingestão alimentarSantos, Angelo Alexander Torres dos; Zaia, Cássia Thais Bussamra Vieira [Orientador]; Curi, Rui; Souza, Helenir Medri de; Curi, Rui [Coorientador]Resumo: O hipotálamo desempenha importante papel no controle da ingestão alimentar e do metabolismo periférico, sendo o núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN) um dos núcleos de grande importância nesta regulação Sabe-se que o peptídeo intestinal vasoativo (VIP) é um dos mediadores presentes no PVN, e inibe a ingestão alimentar quando microinfundido neste núcleo Outro mediador químico presente no hipotálamo é o óxido nítrico, que estimula o comportamento de ingestão de alimentos O presente trabalho teve como objetivo estudar o efeito do VIP microinjetado no PVN sobre a produção de NO e NPY no PVN a concentração plasmática de TSH e a ingestão alimentar Para isso foram utilizados 195 ratos machos, adultos, da linhagem Wistar, pesando entre 22 e 23 g os quais foram organizados experimentalmente em dois grupos Os animais do primeiro grupo foram submetidos à implantação estereotáxica de cânula-guia no PVN, e receberam em uma primeira microinfusão VIP (4 ng/g de peso corpóreo) ou salina (,9%) seguida de L- arginina (L-arg, 2 ?mol) ou glutamato monossódico (MSG 5 nmol) Pode-se verificar uma diminuição significativa (p<,1) na ingestão alimentar no grupo VIP+salina (3,7 ? ,46 g, n=11) em relação ao grupo salina+salina (4,98 ? ,36 g, n=26), comprovando o efeito anorexígeno do VIP Não houve diferença significativa nas microinfusões de salina+L-arg (4,4 ? ,42 g, n=12), salina+MSG (4,825 ? ,48 g, n=8) e salina+L-arg/MSG (4,78 ? ,89 g, n=12) comparadas com a microinfusão de salina+salina (4,98 ? ,36 g, n= 26) Já os grupos VIP+L-arg (5,5 ? ,68 g, n=6), VIP+MSG (5,33 ? ,58 g, n=7) e VIP+L-arg/MSG (4,76 ? ,41 g, n=8) apresentaram um aumento significativo (p<,5) na ingestão alimentar em relação ao grupo VIP+salina (3,7 ? ,46 g, n=11) Os animais do segundo grupo foram submetidos à microinfusão de VIP (4 ng/g de peso corpóreo) ou salina (,9%) no PVN, e após 1 minutos do final da microinfusão os animais foram decapitados e seus cérebros retirados e congelados imediatamente para posterior realização de dissecções do PNV e dosagens de NO e NPY O sangue desses animais também foi coletado para que fosse feita dosagem de TSH sérica Pode-se verificar então uma diminuição significativa (p<,2) na produção de NO do grupo VIP (1,881 ± ,335 µM/g/L) quando comparado ao grupo salina (8,379 ± 1,48 µM/g/L), um aumento significativo (p<,7) na concentração de NPY nos animais do grupo VIP (277,5 ± 37,9 ?g/mL/g/L) em comparação com os do grupo salina (19,8 ± 21,4 ?g/mL/g/L) e uma diminuição significativa (p<,29) da concentração sérica de TSH no grupo VIP (,892 ± ,824 ?g/mL) em comparação ao grupo salina (1,336 ± ,18 ?g/mL) Estes resultados mostram a inibição da produção de NO e TSH promovida pelo VIP assim o aumento na concentração de NPY resultando na inibição da ingestão alimentar e reafirmando o papel anorexigênico do VIPItem Alterações funcionais na área rostroventrolateral do bulbo em ratos obesos : envolvimento da no-sintase induzívelLopes, Fernanda Novi Cortegoso; Pinge, Marli Cardoso Martins [Orientador]; Gomes, Gislaine Garcia Pelosi; Crestani, Carlos CesarResumo: A literatura descreve que animais obesos apresentam grau baixo de inflamação e alterações na produção de óxido nítrico (NO) O NO exerce papel importante na função cardiovascular, e a produção pela via induzível (iNOS) está vinculada a processos inflamatórios Na área rostroventrolateral do bulbo (RVLM), o glutamato é um neurotransmissor importante e o NO modula seus efeitos Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da microinjeção de L-glutamato na RVLM sobre a pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC) antes e após microinjeção de inibidores da iNOS, a expressão gênica da iNOS, e dosagem de NO (nitrito) em “punchs” de RVLM e coração Ratos Wistar recém-nascidos receberam 4 mg/g de peso corporal de glutamato monossódico (MSG) ou salina equimolar nos 5 primeiros dias de vida Aos 9 dias foram implantadas cânulas-guia na RVLM dos animais e cateterização de artéria femoral após 3 dias Após 24 horas foi realizado o registro da PAM e FC através do sistema Powerlab Os efeitos da microinjeção do glutamato (5nm/1nl) foram avaliados antes e após microinjeção de Aminoguanidina (AG) (25pmol/1nl) ou S-methylisothiourea (SMT) (25 pmol/1 nl) ou salina fisiológica (1 nL) na RVLM A obesidade foi evidenciada pelo aumento do índice de Lee dos grupos MSG (salina 34,27±,69 n=5; AG 32,27±,25 n=5; SMT 33,66±,44 n=5) em relação aos CTRs (salina 3,56±,33 n=5; AG 31,21±,32 n=6; SMT 31,17±,32 N=6) e aumento de peso das gorduras perigonadal e retroperitoneal O aumento da PAM pelo L-glutamato foi maior no grupo MSG após AG (antes: 4±7,93 mmHg; após AG: 61±4,39 mmHg, n=5) e SMT (antes: 45,3±7,58 mmHg; após SMT: 65,25±2,42 mmHg, n=5) Na FC houve aumento no grupo CTR após AG (antes 77,88±12,12 bpm; depois 131,7±12,12 bpm, n=5) e SMT também A análise da expressão gênica para a iNOS não mostrou diferenças entre os grupos A dosagem de NO na RVLM mostrou também que não há diferenças entre controle e obeso Nossos dados sugerem um papel para o óxido nítrico nas respostas cardiovasculares da RVLM em ratos obesos No entanto, a origem dessa alteração pode ser decorrente de outra isoforma que não a iNOSItem Efeitos da ingestão aguda de suco de beterraba na força muscular e variáveis fisiológicas : metabólitos de óxido nítrico, cortisol e lactato sanguíneoRibeiro, Júlio César Nóbile; Polito, Marcos Doederlein [Orientador]; Uchôa, Ernane Torres; Buzzachera, Cosme FranklinResumo: Introdução: O desempenho físico pode ser otimizado quando associado ao treinamento resistido Desta maneira, esportes coletivos, individuais e até mesmo os com predomínio aeróbico são beneficiados pelo treino de força muscular Uma das estratégias nutricionais para melhorar o rendimento em exercícios anaeróbicos é a ingestão do suco de beterraba Contudo, a ação do suco de beterraba na performance em exercícios resistidos ainda é controversa e não há protocolos padronizados sobre a quantidade de suco a ser ingerida e tempo de espera após a ingestão do suco Objetivos: Investigar a dosagem de nitrato presente no suco de beterraba, dosar os metabólitos de óxido nitrico após sua ingestão in natura, analisar a influência do recurso ergogênico sobre a tolerância nos exercícios resistidos, supino vertical e cadeira extensora, assim como as alterações no hormônio cortisol e no marcador de intensidade lactato Métodos: O estudo procedeu em duas etapas, sendo estas: a mensuração de metabólitos de NO que contou com a coleta e análise sanguínea de 14 sujeitos e a segunda etapa participaram 13 indivíduos e estes executaram os exercícios resistidos, cadeira extensora e supino vertical e a dosagem de cortisol e lactato antes e após o exercícioForam realizadas três séries de cada exercício, iniciando-se pelo supino vertical e procedendo pela cadeira extensora, o intervalo entre séries foi de 3 minutos e o tempo de repouso entre os exercícios de 5 minutos As três séries de ambos os exercícios executados constituiram de repetições até a fadiga Resultados: Como resultado da primeira etapa do estudo, após 1h e 2 h da ingestão aguda de suco de beterraba, houve o aumento significativo de metabólitos de óxido nítrico na circulação sanguínea (P=,1) Porém, não foram constatadas diferenças significativas entre os metabólitos de NO entre 1h e 2h (P=1,) Ao analisar a segunda etapa da pesquisa, observou-se que a ingestão de suco de beterraba ocasionou um aumento significativo no número total de repetições tanto no supino vertical (P=,2) quanto na cadeira extensora(P=,6) em relação ao placebo; porém, não foram encontradas diferenças significativas nas repetições entre as séries de cada exercício Os marcadores, cortisol e o lactato, não apresentaram diferenças significativas entre a ingestão de suco de beterraba e o placebo(P=1,) Considerações Finais: A ingestão de suco de beterraba in natura de modo agudo propicia o aumento dos metabólitos de NO após 1 e 2h, assim como promove o aumento do número de repetições totais no exercício de supino vertical e cadeira extensora No entanto, não foram constatadas diferenças no número de repetições entre as séries e nas concentrações de lactato e cortisol sanguíneo Assim, conclui-se que a ingesta aguda de suco de beterraba propicia benefícios a exercícios resistidosItem Avaliação neurofuncional de ratos expostos à fluoxetina durante a gestação e lactaçãoOliveira, José Francis de; Moreira, Estefânia Gastaldello [Orientador]; Estanislau, Célio; Britto, Luiz Roberto Giorgetti deResumo: Durante o período gestacional e lactacional, mulheres apresentam um risco considerável a desenvolver depressão O tratamento farmacológico da depressão em mulheres grávidas é aconselhado e as drogas de escolha são os inibidores da recaptação de serotonina (ISRS), como a fluoxetina (FLX) Considerando que a serotonina modula vários processos durante o desenvolvimento do organismo, os potenciais efeitos da exposição perinatal a ISRS sobre o neurodesenvolvimento estão sendo investigados No entanto, poucos estudos tem avaliado animais expostos perinatalmente a estas drogas ao longo da vida e em ambos os sexos Neste estudo, nós avaliamos o comportamento de ratos machos e fêmeas, em duas idades (adolescentes e adultos), bem como a resposta ao estressor agudo de imobilização destes animais, após a exposição à FLX durante a gestação e amamentação Nossos resultados mostraram que a exposição à FLX diminuiu o conflito em machos e fêmeas adolescentes avaliado no teste de hipofagia induzida pela novidade; não alterou o comportamento de anedonia avaliada no teste de preferência pela sacarose; não alterou os níveis plasmáticos de corticosterona em resposta ao estressor agudo de imobilização; reduziu a ativação induzida por estressor da amígdala basolateral em ratos machos adolescentes e da amígdala medial em machos adultos Assim, concluímos que a exposição à FLX durante a gestação e amamentação leva a alterações de respostas funcionais da circuitaria neuronal de estresse de maneira dependente de gênero; bem como a alterações comportamentais dependentes da idadeItem Exposição materna ao glutamato monossódico e seus efeitos na prole de ratosSiqueira, Marcela Cristina Garnica; Zaia, Cássia Thais Bussamra Vieira [Orientador]; Souza, Helenir Medri de; Curi, RuiResumo: O glutamato monossódico (MSG) é extensivamente utilizado como realçador de sabor na indústria de alimentos Entretanto, em animais neonatos promove obesidade por destruição do núcleo arqueado do hipotálamo O objetivo deste trabalho foi investigar parâmetros ponderais, metabólicos, hormonais e histológicos da prole de mães tratadas com MSG durante a prenhez e/ou lactação Para tanto, ratas Wistar foram tratadas com injeção subcutânea de MSG (4 mg/g) ou salina (,9%), em dias alternados, durante os períodos de prenhez, lactação ou prenhez e lactação Após o desmame, as proles, macho e fêmea, foram avaliadas por 5 dias em relação ao peso corpóreo, ingestão alimentar e índice de Lee, e no final do período, foram avaliados metabólitos plasmáticos, hepáticos, tecido adiposo e núcleos hipotalâmicos Em prole de fêmeas, a exposição materna ao MSG durante a lactação diminuiu a ingestão alimentar (p<,8), e durante a prenhez e lactação aumentou o peso corpóreo (p<,2) e a ingestão alimentar (p<,7) O índice de Lee apresentou aumento (p<,5) em vários pontos avaliados na prole feminina de mães expostas ao MSG no período de prenhez e lactação Em prole de machos, apenas a exposição materna ao MSG durante a lactação diminuiu a ingestão alimentar (p<,2), e exposição materna ao MSG no período de prenhez e lactação aumentou (p<,5) o índice de Lee em diversos pontos Nenhum grupo apresentou diferenças significativas na glicemia, colesterol total e triacilgliceróis plasmáticos, ou no teor de glicogênio hepático quando comparados com seus respectivos controles Contudo, exposição materna ao MSG no período da prenhez aumentou (p<,5) a quantidade de tecido adiposo branco perigonadal e retroperitoneal em prole de fêmeas Além disso, houve diminuição da corticosterona na prole feminina de mães expostas ao MSG na lactação (p<,5) e na prole masculina de mães expostas ao MSG durante a prenhez (p<,2), e aumento (p<,5) dos ácidos graxos livres na prole feminina de mães expostas ao MSG durante a lactação O número de neurônios de áreas específicas dos núcleos paraventricular, ventromedial e arqueado do hipotálamo não foi significativamente diferente entre os grupos experimental e controle nas proles com exposição materna ao MSG nos períodos de prenhez e lactação Estes resultados indicam que a exposição materna ao MSG promoveu diferentes alterações em sua prole, quando adulta, sugerindo um potencial do MSG em causar algumas alterações metabólicas e ponderais e promover obesidade, com diferentes respostas ou sensibilidade entre machos e fêmeasItem Avaliação dos efeitos da atrazina nanoencapsulada em comparação com sua formulação convencional em biomarcadores do peixe Prochilodus lineatusAndrade, Laura Lui de; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis [Orientador]; Fraceto, Leonardo Fernandes; Oliveira, Halley Caixeta deResumo: Nanopartículas foram desenvolvidas como sistemas de liberação para agrotóxicos, melhorando suas características e aumentando sua eficiência Com isso permitem diminuição da dosagem e frequência de aplicação, diminuindo os riscos para os organismos não-alvos A atrazina (ATZ) é um herbicida amplamente utilizado, que possui um alto potencial para contaminar o ambiente e vários estudos apontam os seus efeitos em organismos não-alvo Sistemas de liberação para a atrazina (ATZ) foram desenvolvidos a fim de minimizar sua contaminação no ambiente, como as nanocápsulas preparadas com poli (caprolactona) Contudo, para o uso seguro da ATZ nanoencapsulada estudos que investiguem sua toxicidade são de grande importância Com isso, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos da ATZ nanoencapsulada e comparar com os efeitos de sua formulação convencional, em diferentes concentrações e tempos de exposição, sobre biomarcadores do peixe Prochilodus lineatus Os peixes foram expostos durante 24 e 96 h a ATZ nanoencapsulada (nATZ) e a atrazina (ATZ) nas concentrações de 2 e 2 µg L-1, apenas às a nanocápsulas sem o ativo (NANO), nas quantidades correspondentes, ou apenas a água desclorada (CTR) Foram realizadas análises hematológicas (número de eritrócitos, hematócrito e hemoglobina), quantificação da glicemia e de íons plasmáticos (Na+, K+, Cl-, Ca2+ e Mg2+), da atividade branquial das enzimas Na+/K+-ATPase, H+-ATPase, Ca2+-ATPase e Anidrase Carbônica No fígado foram analisadas a ocorrência de proteínas carboniladas e de lipoperoxidação, alterações na atividade das enzimas de biotransformação CYP1A e glutationa-S-transferase, no conteúdo de glutationa, assim como alterações nas defesas enzimáticas antioxidantes catalase, superóxido dismutase e glutationa peroxidase Também foi analisada a ocorrência de danos genotóxicos e de alterações eritrocíticas nucleares em eritrócitos Os resultados mostraram que o herbicida nanoencapsulado se mostrou menos tóxico em comparação com a ATZ livre, pois não promoveu aumento na glicemia, alterações na atividade das enzimas antioxidantes, no conteúdo de glutationa, na atividade da enzima anidrase carbônica e tampouco aumento na frequência de micronúcleos e outras anormalidades eritrocíticas nucleares Contudo a exposição à nATZ, assim como à ATZ e as nanocápsulas sem o ativo, resultou em redução no conteúdo de hemoglobina, no aumento do escore de danos no DNA de eritrócitos, como também na alteração da atividade da enzima Ca2+-ATPase levando a diminuição do Ca2+ plasmático A análise integrada dos biomarcadores, por meio do cálculo do Índice Integrado de Respostas de Biomarcadores (IBR), mostrou que a exposição a ATZ promoveu alterações em um maior número de biomarcadores, seguido da ATZ nanoencapsulada e a exposição as nanocápsulas promoveu um menor número de alterações, indicando que a encapsulação do herbicida protegeu o animal dos efeitos da ATZ Assim, pode-se concluir que a nanoencapsulação da ATZ pode ser uma ferramenta para diminuir os danos desse herbicida ao meio ambienteItem Resposta hepática ao glucagon, a agonistas adrenérgicos e ao AMPc na glicogenólise, neoglicogênese e glicólise em ratos com caquexia induzida por tumor Walker-256Biazi, Giuliana Regina; Souza, Helenir Medri de [Orientador]; Uchôa, Ernane Torres; Bazotte, Roberto BarbosaResumo: Portadores de câncer apresentam alterações no metabolismo de proteínas, lipídeos e carboidratos que resultam em perda acentuada de massa muscular e adiposa e de peso corpóreo (caquexia) Estas anormalidades metabólicas que resultam na caquexia do câncer são causadas por fatores catabólicos produzidos pelo tumor, como o fator indutor de proteólise (PIF) e o fator mobilizador de lipídeos (LMF), e pelas citocinas pró-inflamatórias (TNFa, IL1 e IL6) produzidas pelo sistema imune e tumor É possível que a resistência insulínica também contribua para as anormalidades metabólicas presentes na caquexia do câncer, visto que a insulina possui importantes efeitos anabólicos e anti-catabólicos Embora a resistência à insulina esteja bem estabelecida em portadores de câncer, a resposta ao glucagon e a adrenalina nesta doença, particularmente no metabolismo hepático da glicose, é pouco conhecida Diante disto, o objetivo deste estudo foi investigar a resposta hepática ao glucagon, aos agonistas adrenérgicos fenilefrina (a) e isoproterenol (ß) e ao AMPc (mensageiro intracelular do glucagon e da adrenalina) na glicogenólise, neoglicogênese e glicólise em ratos portadores de tumor Walker-256 Para este propósito, foram utilizados ratos portadores de tumor Walker-256, com 12 dias de desenvolvimento tumoral, e ratos saudáveis (controles) A resposta para o glucagon, agonistas adrenérgicos e AMPc foi avaliada em perfusão de fígado in situ O conteúdo de ATP no fígado também foi quantificado O glucagon (1 nM) estimulou a glicogenólise e a neoglicogênese e inibiu a glicólise no fígado dos ratos saudáveis e portadores de tumor, porém seus efeitos foram menores nos ratos portadores de tumor O isoproterenol (2 µM) estimulou a glicogenólise, a neoglicogênese e a glicólise nos ratos saudáveis, mas praticamente não teve efeitos nos ratos portadores de tumor O AMPc (9 µM) também estimulou a glicogenólise e a neoglicogênese e inibiu a glicólise nos ratos saudáveis, mas praticamente não teve efeito nos ratos portadores de tumor A fenilefrina (2 µM) estimulou a glicogenólise e a neoglicogênese e inibiu a glicólise, sendo estes efeitos também menores nos ratos portadores de tumor O conteúdo de ATP no fígado dos ratos portadores de tumor foi menor em comparação ao dos ratos saudáveis Em conclusão, ratos portadores de tumor Walker-256 apresentaram menor resposta hepática ao glucagon, aos agonistas adrenérgicos (a e ß) e ao AMPc na glicogenólise, neoglicogênese e glicólise, a qual pode ser devida a reduzida taxa de fosforilação de enzimas regulatórias destas vias, causada pelo baixo conteúdo de ATP no fígado Nossos estudos mostram pela primeira vez que um déficit de ATP pode estar associado à redução das respostas ao glucagon, isoproterenol, AMPc e a fenilefrina no metabolismo hepático da glicose dos ratos portadores de tumorItem Efeito do infliximabe (anti-TNFα ) nas alterações metabólicas induzidas pelo tumor Walker-256Miksza, Daniele Romani; Souza, Helenir Medri de [Orientador]; Zaia, Cássia Thais Bussamra Vieira; Lima, Fábio BessaResumo: O fator de necrose tumoral a (TNFa) é um importante mediador da caquexia e de algumas alterações metabólicas encontradas no câncer O objetivo desse estudo foi investigar o efeito do infliximabe, um anticorpo monoclonal anti-TNFa, no desenvolvimento da caquexia e em alguns parâmetros metabólicos afetados pelo tumor Walker-256 em ratos O infliximabe (,5 mg/kg) foi administrado intraperitonialmente, duas vezes ao dia, começando no dia da inoculação das células tumorais Depois de 12 dias de tratamento, avaliou-se o crescimento tumoral, alguns parâmetros de caquexia/anorexia, as concentrações de triacilglicerol, glicose, lactato e uréia no sangue, a resposta periférica à insulina, a glicólise e a neoglicogênese hepáticas A resposta periférica à insulina foi avaliada por meio do teste de tolerância a insulina e a glicólise e neoglicogênese em perfusão de fígado in situ O tratamento com infliximabe não alterou o crescimento do tumor Walker-256, porém, atenuou (p<,5) a perda de massa corpórea e preveniu (p<,5) a perda de massa do tecido adiposo retroperitonial induzidas pelo tumor Além disso, o tratamento com infliximabe tendeu a amenizar a diminuição da massa do músculo gastrocnêmio, a ingestão alimentar, a resposta periférica a insulina e a neoglicogênese hepática a partir da alanina, bem como o aumento do triacilglicerol plasmático, causados pelo tumor Entretanto, o tratamento com infliximabe não atenuou a redução da glicólise hepática e da glicemia e nem o aumento do lactato e uréia plasmáticos, induzidos pelo tumor Foi concluído que o tratamento com infliximabe melhorou algumas alterações associadas com a caquexia, tais como a redução do tecido adiposo e a perda de peso corpóreo e tendeu a amenizar outros parâmetros metabólicos afetados pelo tumor, fornecendo evidências adicionais para o papel do TNFa na patogênese das alterações metabólicas associadas ao tumor Walker-256Item Papel da ocitocina sobre os efeitos do peptídeo intestinal vasoativo no controle da homeostase energéticaMartins, Andressa Busetti; Zaia, Cássia Thais Bussamra Vieira [Orientador]; Curi, Rui; Souza, Helenir Medri de; Uchôa, Ernane Torres [Coorientador]Resumo: O peptídeo intestinal vasoativo (VIP) é um neurotransmissor anorexígeno atuando nas vias hipotalâmicas que participam do controle neural de ingestão alimentar A ocitocina (OT) participa do controle da homeostase energética e tem papel inibitório sobre a ingestão alimentar O presente trabalho teve por objetivo avaliar a participação da ocitocina nos efeitos do VIP sobre a ingestão alimentar, e no plasma glicemia, ácidos graxos livres (AGL) e corticosterona Para isso, por estereotaxia para microinjeção intracerebroventricular, foi implantada cânula guia, em ratos machos adultos Wistar No 7º dia pós-cirurgia, com jejum prévio de 16 horas, os ratos receberam microinjeção de antagonista de receptor de ocitocina (vasotocina, OVT) ou salina (,9%) e após 15 min, receberam uma segunda microinjeção de VIP ou salina Após 15 min da segunda microinjeção houve: 1) avaliação da ingestão alimentar por 12 min 2) eutanasia para coleta de sangue ou 3) os animais receberam uma única microinjeção de salina ou VIP e após 9 min foram anestesiados e tiveram o cérebro perfundido e retirado para análise imunoistoquímica por FRA-OT (antígenos relacionados à FOS-ocitocina) Observou-se hiperglicemia após microinjeção de VIP (p<,1) e o pré-tratamento com OVT bloqueou parcialmente o efeito do VIP, de modo que OVT reduziu a glicemia quando microinjetado antes de VIP A concentração plasmática de corticosterona (µg/dL) aumentou significativamente (p<,1) após microinjeção de VIP ou OVT comparado com salina, e o pré-tratamento com OVT reverteu parcialmente os efeitos do VIP Houve diminuição dos valores plasmáticos de ácidos graxos livres (µmolesdL-1) após a microinjeção de VIP (p<,1), mas aumento com microinjeção de OVT ou quando VIP foi microinjetado após o OVT (p<,2) Houve redução (p<,1) da ingestão alimentar após a microinjeção de VIP em relação ao grupo controle (p=,1) e o pré-tratamento com OVT reverteu parcialmente o efeito do VIP A imunoistoquímica aponta aumento qualitativo na expressão de FRA no grupo que recebeu VIP e presença de neurônios duplamente marcados (FRA-OT) nas regiões parvocelular medial e posterior, sugerindo a participação de neurônios OT no controle de ingestão alimentar promovido pelo VIP O tratamento prévio com OVT promoveu reversão parcial do efeito anorexígeno e das alterações metabólicas plasmáticas promovidas pelo VIP, sugerindo a participação da ocitocina nestes efeitos do VIP sobre a homeostase energéticaItem A exposição intrauterina à metformina foi segura para a função do endotélio e do tecido adiposo perivascular da aorta abdominal na prole adultaVidigal, Camila Borecki; Ceravolo, Graziela Scalianti [Orientador]; Uchôa, Ernane Torres; Fernandes, Glaura Scantamburlo AlvesResumo: A biguanida metformina (MET) têm sido utilizada durante a gestação para o tratamento de síndrome do ovário policístico e diabetes gestacional MET atravessa a membrana placentária e o tratamento materno pode expor a progênie a esta droga durante fases importantes do desenvolvimento Efeitos benéficos diretos vasculares têm sido descritos com o tratamento de metformina em humanos com diabetes mellitus Ainda, esta biguanida têm demonstrado efeitos protetivos sob o endotélio vascular e o tecido adiposo perivascular (PVAT) de ratos e camundongos obesos ou diabéticos, melhorando vasodilatação dependente de endotélio e corrigindo a expressão de adipocitocinas liberadas pelo PVAT Entretanto, não está claro se a exposição intrauterina à metformina é segura ao sistema vascular da prole Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos intrínsecos da exposição in útero à metformina na reatividade da aorta abdominal da prole na presença ou ausência de PVAT e endotélio Para isto, ratas Wistar foram tratadas com 293 mg/kg/dia de metformina (MET) ou água (CTR) por gavagem durante o período gestacional Na prole masculina adulta, foi avaliada a reatividade da aorta abdominal para fenilefrina, acetilcolina e nitroprussiato de sódio O relaxamento da aorta abdominal foi semelhante entre os grupos MET e CTR na presença e ausência de PVAT Além disso, a contração à fenilefrina foi similar entre os grupos MET e CTR na presença e ausência do PVAT e do endotélio Portanto, a exposição à metformina durante a gestação não tem efeito intrínseco na função endotelial e do PVAT da aorta abdominal, mostrando ser uma droga segura para o sistema vascular da proleItem Efeitos do exercício físico prévio sobre as concentrações de nitrito plasmático e tissular, e parâmetros cardiovasculares e autonômicos em ratos com parkinsonismo induzido por 6-OHDAJager, Lorena de; Pinge, Marli Cardoso Martins [Orientador]; Araújo, Eduardo José de Almeida; Ceravolo, Graziela ScaliantiResumo: A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra pars compacta (SNPc) Além dos sinais motores, há disfunções cardiovasculares, como hipotensão arterial postural, hipotensão arterial pós-prandial e labilidade da pressão arterial Estudos mostram que o exercício físico diminui o risco de desenvolver a DP, assim como retarda sua progressão Durante o treinamento físico, há um acréscimo na produção periférica de óxido nítrico (NO), o qual modula as adaptações cardiovasculares ao exercício Contudo, nenhum estudo avaliou os efeitos do exercício sobre os níveis periféricos de NO e os seus efeitos modulatórios nas disfunções cardiovasculares de indivíduos com DP Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade Estadual de Londrina (nº do processo: 1965321642) Animais treinados (T) ou sedentários (S) foram submetidos a cirurgia estereotáxica para microinfusão bilateral de 6-hidroxidopamina (6-OHDA) ou solução veículo (grupo Sham) Após 6 dias, os animais foram cateterizados (artéria e veia femoral) para registro dos parâmetros basais (24h após a cateterização), seguido da inibição da óxido nítrico sintase (NOS) pelo Nw-nitro-arginina-metil-ester (L-NAME, 1mg/kg – iv) A dosagem de nitrito foi realizada na aorta, coração, rim, adrenal e plasma por meio da reação colorimétrica de Griess Após 4 semanas de natação, houve bradicardia de repouso nos grupos treinados (6-OHDA T e Sham T) O NO estava aumentado na aorta do grupo 6-OHDA S e diminuído nos animais 6-OHDA T No coração, NO estava aumentado para Sham T quando comparado ao grupo sedentário e diminuído no grupo 6-OHDA T em relação aos animais 6-OHDA S e Sham T No rim, o NO estava diminuído em 6-OHDA S e Sham T quando comparados ao Sham S, e nas glândulas adrenais, houve diminuição no grupo 6-OHDA T em relação ao 6-OHDA S A administração de L-NAME promoveu menor aumento da pressão arterial média nos grupos 6-OHDA As reduções na frequência cardíaca foram melhoradas devido ao treinamento físico O grupo 6-OHDA S teve menor variância na pressão arterial sistólica, a qual não foi alterada pelo exercício Nossos dados indicam que o exercício físico não promoveu proteção em relação a diminuição de dopamina no estriado e que as alterações nas respostas ao L-NAME na pressão arterial foram decorrentes da lesão e na frequência cardíaca parecem ter sido devido ao treinamento físico Além disso, nossos dados mostram alterações no NO periférico o qual parece ser modulado diferentemente pelo exercício e o parkinsonismoItem Efeitos do estresse repetido e da atividade física sobre a função cardiovascular e autonômica em ratos acordadosVolpini, Vinicius Lucca; Gomes, Gislaine Garcia Pelosi [Orientador]; Pinge, Marli Cardoso Martins; Crestani, Carlos CesarResumo: O estresse é descrito como um fator de risco para doenças cardiovasculares, intensificando respostas simpáticas, principalmente direcionadas ao sistema cardiovascular, contribuindo para o aumento da contratilidade e frequência cardíaca A prática de exercício físico regular gera benefícios para o sistema cardiovascular e modifica a resposta cardiovascular de ratos treinados, gerando uma bradicardia de repouso Assim, nosso objetivo foi avaliar o efeito do estresse repetido sobre a função autonômica e a atividade do barorreflexo de ratos, assim como a associação prévia do treinamento físico Para isso, foi realizada a análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e da pressão sistólica (VPS) para avaliação da atividade do sistema nervoso autônomo no coração, e as oscilações rápidas da pressão arterial entre os batimentos, respectivamente; e a infusão de drogas vasoativas para ativação do barorreflexo Os animais foram divididos em três grupos: ratos submetidos ao estresse de restrição repetido por 1 hora durante 5 dias (GE); ratos treinados no protocolo de natação de 2 sessões (5 sessões por semana, 1 hora por dia; grupo GT), classificado como treinamento de intensidade moderada; e, animais submetidos aos dois protocolos, ou seja, foram treinados e no 4º dia antes do final do treinamento físico iniciaram o estresse repetido (GTE) Foi realizado o cateterismo da artéria e veia femoral para posterior registro da pressão arterial e administração endovenosa de drogas No presente estudo, a análise espectral da VFC e da VPS não demonstrou diferença estatística no domínio do tempo (DT) e da frequência (DF) (p>,5) entre os grupos analisados Entretanto, o estresse influenciou a atividade do barorreflexo através de um aumento na resposta bradicárdica imediatamente após o término do estresse e uma diminuição da resposta taquicárdica 3 minutos ao término do estresse de restrição (Pós3) Já o treinamento físico gerou aumento da bradicardia reflexa Além disso, a associação do treinamento físico ao estresse desencadeou uma resposta parassimpática menor imediatamente após estresse e maior atividade simpática no momento Pós3 Diante disso, nossos dados indicam que o estresse de restrição repetido modifica a atividade do barorreflexo e que o treinamento físico prévio tem papel relevante nessa modulaçãoItem Avaliação do efeito da lixisenatida sobre o crescimento tumoral e as alterações metabólicas induzidas pelo tumor Walker-256 em ratosQuintilhano, Débora Luiza; Bertolini, Gisele Lopes [Orientador]; Souza, Helenir Medri de; Bazotte, Roberto BarbosaResumo: Hipoinsulinemia e resistência insulínica têm sido observadas na caquexia do câncer Entretanto, poucos estudos têm avaliado o efeito de agentes secretagogos e sensibilizadores da insulina, como os agonistas de receptores do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1), na prevenção da caquexia do câncer O presente estudo investigou os efeitos da lixisenatida, um agonista de receptores de GLP-1, sobre o crescimento tumoral e parâmetros relacionados à caquexia-anorexia em ratos portadores de tumor Walker-256 Para tanto, os animais foram divididos nos seguintes grupos: ratos saudáveis tratados com solução salina, ratos portadores de tumor Walker-256 tratados com solução salina e ratos portadores de tumor Walker-256 tratados com lixisenatida A lixisenatida (5 µgkg-1), ou salina, foi administrada subcutaneamente, uma vez ao dia, por 6 dias, iniciando no mesmo dia da inoculação das células tumorais No 3º, 4º e 5º dias após a inoculação das células tumorais avaliou-se a ingestão alimentar No 6º dia de desenvolvimento tumoral foram avaliadas as massas corporal, tumoral, dos tecidos adiposos retroperitoneal e epididimal e dos músculos gastrocnêmio e extensor digital longo (EDL), a secreção de insulina, a resposta periférica à insulina e as concentrações plasmáticas de glicose, insulina, triacilgliceróis, lactato e ureia O tratamento com lixisenatida não alterou o crescimento tumoral e a ingestão alimentar e acentuou a perda de massa corporal em ratos portadores de tumor Walker-256 A redução da massa corporal encontrada nos ratos portadores de tumor deveu-se à perda de tecido adiposo O tratamento com lixisenatida também não foi capaz de melhorar a secreção de insulina e a resposta periférica à insulina e de prevenir o aumento das concentrações plasmáticas de triacilglicerol e lactato e a redução da glicemia e insulinemia dos ratos portadores de tumor Portanto, o tratamento com lixisenatida, além de não atenuar a caquexia, ainda promoveu perda de massa corporal nos ratos portadores de tumor Walker-256Item Caracterização de treinamento físico por natação e papel das isoformas da No-Sintase na modulação da atividade glutamatérgica da área rostroventrolateral do bulbo em ratos sedentários e treinadosRaquel, Hiviny de Ataides; Pinge, Marli Cardoso Martins [Orientador]; Antunes, Vagner Roberto; Ceravolo, Graziela Scalianti; Michelini, Lisete Compagno [Coorientador]Resumo: O objetivo deste estudo foi caracterizar um modelo de treinamento físico para ratos, usando parâmetros bioquímicos e composição corporal, e analisar a participação do óxido nítrico (NO) na neurotransmissão glutamatérgica da área rostroventrolateral do Bulbo (RVLM) em ratos sedentários e treinados Foram utilizados dois grupos de ratos Wistar; treinados (GTr) e sedentários (Gsed), ambos com peso inicial de 22 a 25g O protocolo de treinamento consistiu de 2 sessões de natação (1 hora/dia; 5 dias/semana) Em seguida as gorduras viscerais, glândulas adrenais, músculo sóleo e coração foram removidos e pesados Ainda foram avaliados, em amostras de sangue, os níveis plasmáticos de corticosterona, lactato e glicemia Também foi estimado o índice de massa corporal dos ratos Depois da última sessão de natação foi feito teste baroreflexo com doses crescentes de fenilefrina e nitroprussiato de sódio Foram implantadas cânulas-guia direcionadas a RVLM em ratos aleatórios dos dois grupos e após 3 dias de recuperação foram implantadas cânulas na artéria e veia femoral para registro direto da pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC) Foram microinjetadas as seguintes drogas na RVLM durante o registro: L-glutamato (5nmol/1nL), Carboxy-PTIO (scavenger de NO, 1nm/1nL), Dea NONOate (doador de NO, 5nmol/1nL), Nw-Propyl-L-Arginina (inibidor da nNOS, 4nm/1nL), L-NAME (inibidor não seletivo da NOS 15nm/1nL) e 14W (inibidor da iNOS 2nm/1nL) Foi avaliada a expressão gênica da iNOS, eNOS e nNOS (por real time qPCR) Foi observado menor valor de massa corporal e gordura visceral em ratos do Gtr Já os níveis plasmáticos de corticosterona, peso relativo das glândulas adrenais e músculo sóleo permaneceram inalterados Foi observado menor nível plasmático de lactato no Gtr, logo após a natação e em repouso, e aumento da glicemia apenas após a última sessão Ainda se observou no Gtr um maior peso relativo do coração, maior ganho baroreflexo e bradicardia de repouso Antes da microinjeção de Carboxy-PTIO, Nw-Propyl-L-Arginina, L-NAME e 14W,a microinjeção de L-glutamato gerou menor variação pressórica no Gtr, mas após a microinjeção das drogas não houve diferença entre grupos A microinjeção de doador de NO causou maior aumento da PAM no Gtr Também se observou menor expressão gênica para a enzima eNOS no Gtr Nossos dados indicam validade do protocolo proposto em relação à promoção de alterações benéficas ao organismo (nos parâmetros bioquímicos e de composição corporal) e ainda parece indicar que a natação favorece o controle cardiovascular por modulação da neurotransmissão glutamatérgica da RVLM através do NOItem Efeitos do surfactante polioxietileno amina (POEA) em parâmetros genéticos, bioquímicos e fisiológicos do teleósteo Prochilodus lineatusNavarro, Claudia Daniele Carvalho; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis [Orientador]; Moreira, Renata Guimarães; Zaia, Cássia Thais Bussamra VieiraResumo: O surfactante não iônico polioxietileno amina (POEA) é acrescentado em várias formulações de herbicidas à base de glifosato, que são amplamente utilizados em diversos tipos de cultura e podem contaminar os ecossistemas aquáticos Assim este trabalho foi desenvolvido em duas partes para avaliar os efeitos do POEA (i) em parâmetros bioquímicos, genéticos e fisiológicos e (ii) na resposta de estresse do peixe dulcícola neotropical Prochilodus lineatus Para realizar a primeira parte do trabalho, peixes jovens foram expostos a ,15 mgL-1 (POEA 1), ,75 mgL-1 (POEA 2) e 1,5 mgL-1 (POEA 3) de POEA ou somente a água (CTR) e após 24 h de exposição foram retiradas amostras de sangue, fígado e brânquias Em relação aos grupos CTR, os peixes expostos ao POEA 2 e POEA 3 apresentaram aumento na atividade hepática da enzima de biotransformação de fase I 7 etoxiresorufina-O-desetilase (EROD) e no conteúdo hepático do antioxidante não enzimático glutationa reduzida (GSH), enquanto que a atividade hepática da enzima de biotransformação de fase II glutationa-S-transferase (GST) se apresentou diminuída Por outro lado, os peixes do grupo POEA 1 apresentaram, no fígado, aumento na atividade da enzima antioxidante superóxido dismutase (SOD) e na ocorrência de peroxidação lipídica Nos peixes expostos ao POEA 3 também foi observado um aumento na atividade hepática da enzima antioxidante glutationa peroxidase (GPx) e uma diminuição no cortisol plasmático A exposição ao POEA, em todas as concentrações avaliadas, provocou o aumento nas concentrações plasmáticas do lactato e a diminuição na atividade hepática da enzima antioxidante catalase (CAT) e também no número de eritrócitos por volume de sangue e no conteúdo de hemoglobina O teste do cometa, utilizado para a análise de danos ao DNA nos eritrócitos, mostrou que o surfactante foi genotóxico em todas as concentrações avaliadas, porém a oxidação de bases não foi o mecanismo dominante de danos observados O POEA não alterou a osmolalidade, as concentrações plasmáticas de sódio, cloreto e glicose e tampouco interferiu na atividade branquial da Na+/K+- ATPase e atividade hepática da glutationa redutase (GR) Assim conclui-se que o POEA promoveu efeitos tóxicos no peixe P lineatus provavelmente associados a um estado pró-oxidante Na segunda parte do trabalho, peixes jovens pré-expostos a ,15 mgL-1 de POEA (grupo POEA + Estresse) ou apenas à água (grupo Estresse), durante 24 h, foram submetidos ao estresse aéreo por 3 min e amostrados imediatamente (t) ou após 1, 3 e 6 h da exposição aérea (t1, t3 e t6) Simultaneamente, peixes expostos a ,15 mgL-1 de POEA (grupo POEA) ou à água (grupo Controle), durante 24 h, foram amostrados (t) ou transferidos de aquários, para serem amostrados após 1, 3 e 6 h da transferência (t1, t3 e t6) Os peixes foram amostrados para a análise de cortisol, glicose, Na+ e Cl- plasmáticos, atividade branquial da Na+/K+-ATPase e dos parâmetros hematológicos: hematócrito, hemoglobina e número de eritrócitos por mm3 de sangue (RBC) Nos peixes do grupo POEA + estresse a resposta de estresse foi inibida, visto que em t1 e t3 a concentração de cortisol plasmático foi significativamente menor em relação aos animais do grupo Estresse e em t, t1 e t3 a glicemia foi menor, em relação aos animais do grupo Estresse A atividade da Na+/K+ - ATPase e a concentração de Na+ se apresentaram diminuídas em t, tanto para os peixes do grupo Estresse quanto do grupo POEA + Estresse, quando comparados aos peixes do grupo controle Porém, para t1 somente os animais do grupo POEA + estresse apresentaram menor concentração de sódio e atividade da Na+/K+ - ATPase A concentração de cloreto permaneceu inalterada para todos os grupos e períodos avaliados Para os parâmetros hematológicos os peixes do grupo Estresse apresentaram em t aumento de RBC, hematócrito e hemoglobina, os quais retornaram em seus valores basais em t1, t3 e t6 Tanto os animais do grupo POEA quanto os do grupo POEA + Estresse apresentaram uma diminuição nos valores de RBC e hemoglobina para os quatro períodos avaliados Estes resultados indicam que o POEA reduz as concentrações plasmáticas de cortisol, atuando como desregulador endócrino e prejudicando a resposta de estresse de P lineatus Baseado no presente estudo pode-se concluir que peixes pré-expostos ao surfactante POEA não são capazes de responder a qualquer estressor adicionalItem Efeito do tratamento crônico com Escitalopram na função cardiovascularVeríssimo, Luiz Fernando; Gomes, Gislaine Garcia Pelosi [Orientador]; Pinge, Marli Cardoso Martins; Souza, Hugo Celso Dutra deResumo: Há uma conexão estabelecida entre a depressão e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares com o elevado índice de mortalidade dessas doenças Estudos têm documentado um aumento de pacientes com doença arterial coronariana concomitante com a depressão Além disso, a depressão é três vezes mais comum em pacientes cardíacos em relação à população normal Nesse sentido, o estresse parece contribuir para o aparecimento do primeiro caso de depressão, da recaída depressiva, da recorrência da depressão e da exacerbação dos sintomas depressivos O escitalopram (ESC) é um antidepressivo da classe dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) amplamente utilizado por sua suposta segurança e melhor perfil de tolerabilidade frente aos antidepressivos tricíclicos Entretanto, ainda existem lacunas em relação aos efeitos cardiovasculares decorrentes do uso crônico de escitalopram, principalmente durante situações de estresseNo presente estudo, avaliamos a administração crônica de escitalopram por 21 dias em parâmetros cardiovasculares basais (pressão arterial média e frequência cardíaca), variabilidade da frequência cardíaca e da variabilidade da pressão sistólica , atividade do barorreflexo e nas respostas cardiovasculares durante ao estresse por restrição agudo em ratos O tratamento causou um aumento na pressão arterial média concomitante com uma diminuição da frequência cardíaca Na variabilidade da frequência cardíaca houve uma redução significativa no componente simpático e um aumento significativo no componente parassimpático, logo, o escitalopram causou um desbalanço autonômico com predominância parassimpática Já na variabilidade da pressão sanguínea, observou-se diminuição tanto no poder de baixa frequência (LF) quanto no poder de muita baixa frequência (VLF), indicando que o escitalopram causou uma diminuição da modulação simpática vascular e da autorregulação miogênica vascular O tratamento com escitalopram não modificou a atividade do barorreflexo Por outro lado, a resposta pressora gerada pelo estresse de restrição agudo diminuiu significativamente sem alterar a taquicardia Assim, o estudo nos mostrou que o tratamento crônico com escitalopram em ratos gera efeitos sobre a função cardiovascular basal, assim como durante situações aversivas, nos alertando quanto a necessidade de uma avaliação mais crítica na prescrição desse antidepressivo em pacientes que sofrem de doenças cardiovascularesItem Exposição lactacional à Sulpirida : avaliação do cuidado materno e de parâmetros reprodutivos e comportamentais na prole masculina de ratosVieira, Milene Leivas; Gerardin, Daniela Cristina Ceccatto [Orientador]Resumo: A incapacidade em produzir quantidades de leite suficiente para nutrir o bebê nos primeiros dias do pós-parto tem levado as mães a recorrerem à farmacoterapia, fazendo o uso de galactagogos Estes atuam bloqueando receptores dopaminérgicos, aumentando, desta forma, os níveis de prolactina O antipsicótico Sulpirida tem sido documentado como um efetivo galactagogo, porém é excretado no leite e neonatos acabam sendo expostos a esta droga durante uma fase do desenvolvimento do organismo, podendo levar à alterações funcionais e morfológicas na vida adulta Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar se a exposição materna à Sulpirida, durante a lactação, poderia comprometer o cuidado materno e/ou o desenvolvimento reprodutivo dos descendentes machos As ratas foram tratadas diariamente, por gavagem, com Sulpirida 2,5 mg/kg ou 25 mg/kg durante a lactação O comportamento materno foi avaliado no dia pós-natal 5 e 1 Na vida adulta, foram avaliados os seguintes parâmetros nos machos: peso de órgãos da reprodução; dosagem de testosterona plasmática; contagem, morfologia e motilidade espermática; histomorfometria testicular e, comportamento e preferência sexual O tratamento com Sulpirida não prejudicou o cuidado materno, mas nos filhotes causou aumento no peso da próstata, na dose de 25 mg/kg, e um dano testicular, evidenciado pela redução no peso testicular e no volume dos túbulos seminíferos, além de alterações histopatológicas observadas pelo aumento na porcentagem de túbulos seminíferos anormais em ambas as doses Os dados mostraram que a exposição maternal à Sulpirida pode ter impacto no desenvolvimento reprodutivo dos filhotes de ratos machos