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Item Efeito do exercício com pesos no controle da pressão arterial de repouso: revisão sistemática de ensaios clínicos aleatórios com metanálises(2009-03-05) Schiavoni, Durcelina; Cardoso, Jefferson Rosa; Cyrino, Edilson Serpeloni; Polito, Marcos Doederlein; Forjaz, Claudia Lucia de Moraes; Farinatti, Paulo de Tarso VerasObjetivos: Verificar a efetividade da prática regular de exercícios com pesos para a redução dos valores de pressão arterial (PA), de repouso, em indivíduos normotensos e hipertensos. Método: Revisão sistemática de ensaios clínicos aleatórios com metanálises. Os desfechos comparados foram: Pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), pressão arterial média (PAM) e percentual de gordura (% gord) considerando as diferenças entre gêneros, idades, tipo de treinamento (circuito, isométrico e convencional) e tempo de treinamento (até 12 semanas e acima de 12 semanas). Foram avaliadas as diferenças das médias (DM) e atribuído o tamanho do efeito do treinamento ( d de Cohen). As análises foram realizadas de acordo com as recomendações do Handbook da Colaboração Cochrane, por meio do programa Revman 5. Resultados: Foram encontrados 19 ensaios clínicos aleatórios que puderam ser comparados os efeitos do treinamento com pesos (TP) com a não realização de exercícios físicos sistematizados (Controle). Na comparação entre os grupos TP e Controle, o grupo TP apresentou uma redução estatisticamente significante para PAS (DM = -5,68 mmHg; IC 95% = -9,18;-2,17 mmHg; P < 0,0001) e PAD (DM = -4,03 mmHg; IC 95% = -6,52;-1,53 mmHg; P < 0,0001) quando analisado a população normotensa geral que realizou o método convencional de treinamento. Em ambos os desfechos o efeito do TP foi considerado de grande magnitude ( d de Cohen = 0,93 e 0,85 para PAS e PAD respectivamente). Não foram observadas reduções significativas na comparação dos desfechos PAS, PAD e PAM entre os grupos Controle e TP quando as metanálises foram analisadas separadamente por gênero, idade e disfunções metabólicas como hipertensão, diabetes e obesidade. Conclusão: Evidências foram encontradas quanto à efetividade do TP no método convencional, quando comparada com a não realização de exercícios físicos sistematizados na redução dos valores da PAS e PAD de repouso de indivíduos normotensos quando considerada a população em geral. Não foram encontradas evidências quanto à efetividade do TP na redução da PA de repouso quando analisada as características da população em relação ao gênero, idade e as disfunções metabólicas.Item Influência da prática regular de exercício aeróbio e resistido na hipotensão pós-exercício: revisão sistemática com metanálises(2013-10-31) Casonatto, Juliano; Polito, Marcos Doederlein; Cardoso, Jefferson Rosa; Nakamura, Fábio Yuzo; Silva, Bruno Moreira; Forjaz, Cláudia Lúcia de MoraesIntrodução: Diversos estudos têm identificado a ocorrência do fenômeno hipotensão pós-exercício, no entanto, os moduladores dessa queda da pressão arterial após a realização de uma única sessão de exercício ainda permanecem obscuros. Objetivos: Reunir de forma sistemática os resultados de estudos e aplicar o modelo meta-analítico para identificar a influência da prática regular de exercícios físicos de característica aeróbia e resistida sobre a hipotensão pós-exercício em normotensos e hipertensos, além de verificar o impacto de outros possíveis influenciadores do efeito hipotensor, como o estado clínico, duração/volume e intensidade. Métodos: Para contemplar os objetivos propostos, a presente tese foi composta por dois estudos de revisão sistemática com metanálises. O primeiro trata-se de uma revisão sistemática com metanálises para verificar a influência da prática regular de exercícios aeróbios sobre a hipotensão pós-exercício. O segundo realizou uma revisão sistemática com metanálises para verificar a influência da prática regular de exercícios resistidos sobre a hipotensão pós-exercício. As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Lilacs, EMBASE, SPORTDiscus e EBSCO sem limites de data até setembro de 2013. Os desfechos comparados foram: Pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica, considerando as diferenças entre prática regular de exercício aeróbio, estado clínico, duração/volume e intensidade. Foram avaliadas as diferenças das médias padronizadas e atribuído o tamanho do efeito hipotensivo seguido dos seus respectivos intervalos de confiança. Resultados: O presente estudo foi constituído por 121 estudos (88 com exercício aeróbio e 33 com exercício resistido). Especificamente para as metanálises constitui-se uma sub-amostra de nove estudos envolvendo exercício aeróbio e 19 envolvendo exercício resistido. O efeito hipotensor pós-exercício foi identificado nos dois modelos de exercício, independentemente da prática regular de exercício físico. Os sujeitos classificados como hipertensos apresentaram maior efeito hipotensivo em relação aos normotensos (-1,24; IC95%= -1,61 a -0,87 vs -0,33; IC95%= -0,52 a -0,15 - para pressão arterial diastólica, respectivamente) após a realização de exercício aeróbio. Conclusão: A magnitude da hipotensão pós-exercício não é influenciada pela prática regular de exercícios aeróbios e resistidos. Indivíduos hipertensos apresentam maior efeito hipotensor pós-exercício aeróbio quando comparados a seus pares normotensos. A duração/volume e intensidade aparentemente não exercem influência sobre a hipotensão pós-exercício.Item Efeito de dois anos de treinamento com pesos sobre a força muscular, composição corporal, perfil glicêmico e lipídico em mulheres idosas(2016-12-06) Cyrino, Letícia Trindade; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Deminice, Rafael; Ribeiro, Alex SilvaIntrodução: O envelhecimento causa modificações em diversas variáveis e idosos tornam-se mais susceptiveis a perturbação de sua saúde. Neste sentido, a prática de treinamento com pesos (TP) apresenta-se como estratégia para previnir ou mesmo mitigar o agravo de condições adversas. Entretanto, as informações sobre os possíveis efeitos do TP em mulheres, a partir de um período de intervenção prolongado são escassas. Objetivo: Verificar o efeito de dois anos de TP sobre a força muscular, composição corporal, perfil glicêmico e lipídico em mulheres idosas. Métodos: Sessenta e uma mulheres idosas (= 60 anos) e fisicamente independentes foram submetidas a dois anos de TP progressivo. As variáveis força muscular, massa muscular, qualidade muscular, gordura corporal, densidade e conteúdo mineral ósseo, água corporal total (ACT) e suas frações intra (AIC) e extracelular (AEC), glicose, colesterol total (CT), lipoproteína de alta densidade (HDL-c), lipoproteína de baixa (LDL-c) e muito baixa densdade (VLDL-c), e triglicerídeos (TG) foram analisadas na linha de base, após um ano (1 ano) e após dois anos (2 anos) de intervenção. Os programas de TP foram compostos padronizadamente por oito exercícios para os diferentes segmentos corporais (membros inferiores, tronco e membros superiores) e executados em 1-3 séries com múltiplas repetições, com uma frequência de duas a três sessões semanais. Os resultados são apresentados em média e desvio-padrão. Análise de variância (ANOVA) foi utilizada para a comparação das médias das variáveis ao longo do tempo, seguida pelo post hoc de Bonferroni para identificar as diferenças quando o valor de F foi significante. O valor de significância adotado foi de P < 0,05. Resultados: Todas as participantes realizaram no mínimo 85% das sessões de treinamento programadas. Aumentos significantes foram encontrados na força muscular, qualidade muscular, ACT, AIC, densidade mineral óssea e HDL-c (P <0,05). Por outro lado, uma redução significante foi identificada nas variáveis glicose, triglicerídeos, LDL-c e VLDL-c (P < 0,05). Conclusão: Os resultados sugerem que a prática do TP por períodos prolongados de tempo é uma estratégia efetiva para melhorar a força muscular, a qualidade muscular, a composição corporal e biomarcadores metabólicos em mulheres idosas.Item Efeito ergogênico da fotobiomodulação no teste de Wingate: ensaio clínico, cruzado, duplo cego e randomizado(2019-03-28) Corrêa, Julio Cesar Molina; Ramos, Solange de Paula; Freitas, Victor Hugo de; Moraes, Solange Marta Franzói deIntrodução: A fototerapia de baixa intensidade utilizando Diodos Emissores de Luz (LED - Light Emitting Diode, LEDterapia) ou Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação (Laser - Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, LASERterapia) tem demostrado aumentar a capacidade do desempenho muscular em exercícios com características predominantemente aeróbicos. Por outro lado estudos sugerem que também ocorra efeito ergogônicos em exercícios resistidos de curta duração e alta intensidade. O teste de Wingate possui uma grande validade prática e sua característica é predominantemente. Objetivo: avaliar os efeitos ergogênicos da fotobiomodulação com luz vermelha sobre a capacidade anaeróbia no teste de Wingate. Metodologia: 16 indivíduos do sexo masculino participaram de um ensaio clínico, duplo-cego, randomizado, cruzado e com situação de controle. Os sujeitos realizaram 3 sessões de testes de Wingate, com 48 horas de intervalo entre os testes. Na primeira sessão foi realizado teste de Wingate para avaliação do desempenho inicial dos voluntários. Os participantes foram pareados por desempenho no teste inicial e sorteados para receber fototerapia (630nm, 4,6 J/cm2, 6 J por ponto, 16 pontos) ou controle negativo, na segunda sessão de teste. Na terceira sessão de teste foi realizado o tratamento cruzado. A variância foi analisada com o teste de ANOVA One Way (dados paramétricos) seguido do teste post hoc de Tukey ou pelo teste de Kruskal-Wallis (dados não paramétricos) com teste post hoc de Dunn, considerante p<0,05. O tamanho do efeito para comparação das médias foi calculado usando a estatística de Cohen. Resultados: A sessão de teste com fototerapia promoveu a aumento do desempenho nas medidas máximas (PAmáx, PRmáx, RPMmáx, Vmáx) e DTP em relação a sessão com controle negativo. As medidas médias (PAméd, PRméd, RPMéd, Vméd) foram maiores nas sessões com fotobiomodulação em relação a sessão inicial. O deslocamento total foi maior na sessão com fotobiomodulação, seguido do teste inicial e controle negativo. Conclusão: a fototerapia promoveu melhorara do desempenho em um exercícios predominantemente anaeróbico.Item Análise de coordenação entre coluna torácica, lombar e pelve de pacientes com lombalgia específica no pré e pós-operatório(2020-08-25) Silva, Mariana Felipe; Cardoso, Jefferson Rosa; Kirkwood, Renata Noce; Moura, Felipe Arruda; Felício, Diogo Carvalho; Marques, InaraA lombalgia tem alta prevalência na população adulta e pode levar a alterações do padrão de marcha e coordenação entre os segmentos da coluna quando comparado a indivíduos assintomáticos. A hérnia discal lombar e a estenose do canal vertebral são umas das principais causas de lombalgia específica com sintomas que alteram a marcha desses pacientes. A cirurgia para correção dessas disfunções pode ser necessária para o tratamento e estudos demonstraram que a marcha de indivíduos após intervenção cirúrgica assemelha-se a de indivíduos controle devido à melhora dos sintomas, porém pode levar a alterações nas articulações adjacentes. Mudanças nos padrões de coordenação dos movimentos podem ser indicativos de disfunções e estudos com indivíduos com lombalgia demonstram uma coordenação entre segmentos da lombar e pelve em fase. Desta forma, o objetivo geral do trabalho é avaliar as diferenças entre os padrões de coordenação dos segmentos torácicos (superior e inferior), lombares (superior e inferior) e pélvico por meio do Vector Coding além de desfechos clínicos (dor e funcionalidade) de pacientes submetidos a cirurgias para correção de hérnias lombares ou estenose do canal vertebral lombar no período pré e pós-operatórios de um, três e seis meses durante a marcha em velocidade confortável e rápida comparados a indivíduos controle. Este estudo está dividido em dois artigos, o primeiro busca diferenças entre a frequência dos padrões de coordenação de pacientes com diferentes diagnósticos de lombalgia específica (estenose lombar ou hérnia discal lombar) e indivíduos controle durante a marcha em duas velocidades (confortável e rápida); o segundo investiga os ângulos de acoplamento dos padrões de coordenação, bem como desfechos clínicos (intensidade da dor e funcionalidade) entre pacientes com hérnia discal lombar submetidos a procedimentos cirúrgicos nos períodos pré e pós-operatórios de um, três e seis meses, comparados a indivíduos assintomáticos durante a marcha em velocidade confortável. Em ambos os artigos, os dados foram coletados por meio de um sistema de cinemática composto por 10 câmeras optoeletrônicas Oqus 400 (Qualisys Medical AB, Gothenburg, Suécia) com uma taxa de aquisição de 240 Hz. Para o primeiro artigo, foram incluídos vinte e um sujeitos divididos em três grupos: hérnia (n = 6), estenose (n = 4) e controle (n = 11). Foram calculadas as frequências dos padrões de coordenação durante a fase de apoio, oscilação e ciclo total da marcha e foram encontradas diferenças entre todos os grupos com diferenças dependentes da velocidade. Os pacientes com estenose foram o que apresentaram maiores diferenças em relação aos demais grupos, principalmente no plano sagital nos segmentos pelve e lombar inferior e em velocidades rápidas da marcha. Para o segundo artigo, dezoito participantes foram divididos em dois grupos: hérnia (n = 7) e controle (n = 11). Foram avaliados os desfechos clínicos de intensidade da dor e funcionalidade além dos padrões de coordenação durante todo o ciclo da marcha, ponto a ponto por meio da estatística circular. A intensidade da dor reduziu no 1º PósOperatório (PO) (Dif.Média (DM) = 3,4; P = 0,001), no 3º PO (DM = 6,0; P < 0,001) e no 6º PO (DM = 5,0; P < 0,001) comparado ao pré-operatório; a funcionalidade apresentou melhora no 1º PO (DM = 3,8; P = 0,025) e no 3º PO (DM = 7,4; P < 0,001), porém não se manteve no 6º PO. Quanto aos padrões de coordenação, diferenças foram observadas entre os grupos principalmente no plano transversal, na fase de oscilação da marcha, entre os segmentos pelve e lombar inferior. Após a cirurgia, grande parte das diferenças encontradas nos pacientes com hérnia no pré-operatório se igualam ao grupo controle após um mês. Conclui-se que pacientes com diferentes diagnósticos de lombalgia específica apresentam estratégias distintas nos padrões de coordenação e que pacientes com estenose do canal vertebral apresentam dificuldade nas transições de velocidade confortável para rápida. Ainda, pacientes com hérnia, quando submetidos a cirurgia, apresentam melhora nos desfechos clínicos e aproximam-se dos controles quanto aos padrões de coordenaçãoItem Efetividade de intervenções de educação em saúde e dança de salão na saúde metabólica, nível de atividade física, capacidade cardiorrespiratória e hábitos alimentares em mulheres idosas(2020-12-10) Scherer, Fabiana Cristina; Teixeira, Denilson de Castro; Cardoso Junior, Crivaldo Gomes; Ribeiro, Alex Silva; Marquez, Audrey de Souza; Benedetti, Tânia Rosane Bertoldo; Tomeleri, Crisieli MariaIntrodução: A trajetória do envelhecimento pode ser influenciada por fatores relativos ao estilo de vida, como a boa nutrição e a prática de atividade física, que por sua vez, podem promover melhoras na saúde metabólica e, consequentemente redução de agravos à saúde. Neste sentido, torna-se importante, conhecer os efeitos de diferentes tipos de intervenção sobre essas variáveis. Objetivos: Analisar os efeitos de um programa de educação em saúde (VAMOS) e de dança de salão (DS) no nível de atividade física, na capacidade cardiorrespiratória, nos hábitos alimentares e na saúde metabólica de mulheres idosas. Métodos: Ofertou-se o programa VAMOS, uma vez/semana e a DS três vezes/semana, durante 12 semanas em um contexto comunitário no município de Londrina-PR. Participaram 49 mulheres idosas (VAMOS, n = 27 e DS, n = 22; 71 anos), não participantes de programas estruturados de atividade física nos últimos três meses. As análises foram realizadas com os dados pré e pós-intervenções, com resultados de avaliações de atividade física habitual, capacidade aeróbia, hábitos alimentares, antropometria, composição corporal, perfil lipídico [colesterol total, colesterol lipoproteico de baixa densidade (LDL-c), colesterol lipoproteico de alta densidade (HDL-c), triglicerídeos (TG), não HDL-c e índice de Castelli II], glicemia de jejum, estresse oxidativo [produtos avançados de oxidação protéica (AOPP), hidroperóxidos por espectrofotometria (FOX), glutationa reduzida (GSH), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), potencial antioxidante total plasmático (TRAP) e grupamento sulfidrila (SH)]. Resultados: O grupo DS obteve melhora significativa na capacidade aeróbia (p < 0,05; ES = 0,58) e o grupo VAMOS redução significante do LDL-c (p < 0,05; ES = -0,37). Em ambos os grupos houveram reduções significativas, após as intervenções, na glicemia de jejum, colesterol total, não HDL-c e índice de Castelli II (p<0,05). Em relação ao estresse oxidativo, para o FOX (pró-oxidante), apenas o grupo VAMOS reduziu seus escores pós-intervenção (ES = -0,90) e para o TRAP (antioxidante), somente o grupo DS aumentou significativamente seus escores (ES = 1,22). Foi observado também aumento para os biomarcadores anti-oxidantes GSH, SOD e CAT para ambos os grupos de intervenção (p<0,05). Conclusões: O programa DS traz importantes benefícios na capacidade aeróbia e no antioxidante TRAP nas mulheres idosas participantes do estudo, já o programa VAMOS promove a redução do colesterol LDL-c e biomarcador pró-oxidante FOX. Ambas as intervenções são capazes de reduzir a glicemia em jejum, colesterol total, não HDL-c e índice de Castelli II e aumentar os antioxidantes GSH, SOD e CATItem Determinantes demográficos, socioeconômicos, antropométricos e da aptidão física na hipotrofia muscular de idosos ingressantes em programa de mudança do estilo de vida(2020-12-16) Coelho, Salete Trevisan; Burini, Roberto Carlos; Manda, Rodrigo Minoru; Tomeleri, Crisieli MariaO envelhecimento é um processo progressivo e dinâmico associado a alterações fisiológicas, morfológicas, bioquímicas e psicológicas, ocasionando perdas e maior dificuldade de adaptação. A queda na qualidade de vida no envelhecimento resulta da interação de diversos fatores, em especial o estilo de vida e as doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT). A hipotrofia muscular, condição de redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares, culmina em diminuição funcional da massa muscular com alterações patológicas e comprometimento das atividades cotidianas. O estilo de vida moderno tem sido fator de risco para inúmeras doenças crônicas não-transmissíveis e quadros clínicos, dentre elas a hipotrofia muscular, condição associada a redução da força muscular e, consequente, declínio funcional. Portanto, o objetivo do estudo é entender a relação entre determinantes demográficos, socioeconômicos, antropométricos e de aptidão física na hipotrofia muscular e na diminuição do desempenho funcional, além de possíveis fatores ligados a hipotrofia muscular. Foi realizado estudo transversal, descritivo e analítico em 600 idosos (138 homens e 462 mulheres), ingressantes (2005-2019) de programa para mudança do estilo de vida. Foram realizadas as seguintes avaliações: anamnese clínica, aptidão física, composição corporal e antropométrica. O nível de significância considerado foi de p<0,05. A população estudada apresentou 10,3% de hipotrofia muscular (n=62), sendo 47 mulheres e 15 homens. Adicionalmente foram observados os seguintes quadros clínicos: 45,3% de obesidade, 27,0% de ergopenia, 10,2% de hipotrofia muscular associada a ergopenia, 2,8% de obesidade associada a hipotrofia muscular, 9,8% de obesidade associada a ergopenia e 2,8% de obesidade associada a ergopenia e a hipotrofia muscular. O Índice de Massa Muscular (IMM) apresentou correlações positivas e significativas com o Índice de Massa Corporal e com indicadores de aptidão física. O nível de atividade física, a flexibilidade e o VO2máx tiveram seus valores reduzidos à medida que os quadros clínicos foram associados, atingindo seus menores valores na obesidade associada a ergopenia e a hipotrofia muscular (p<0,05). O nível de atividade física abaixo do recomendado, a flexibilidade ruim e o baixo VO2máx estiveram associados como fator de risco para hipotrofia muscular. Após realizado o ajuste para o gênero, somente o VO2máx baixo continuou como fator de risco. A hipotrofia muscular está associada ao declínio de indicadores da aptidão física, sendo o baixo VO2máx como maior fator de risco para hipotrofia muscular em idosos.Item Influência da motivação, apoio no estágio e preocupações docentes frente a competência profissional de estudantes do curso de licenciatura em educação física ofertado a distância(2021-03-22) Belem, Isabella Caroline; Both, Jorge; Souza Neto, Samuel de; Rinaldi, Ieda Parra Barbosa; Farias, Gelcemar Oliveira; Costa, Luciane Cristina Arantes daO objetivo deste estudo foi analisar a competência profissional, preocupação docente, motivação inicial e apoio no estágio e motivação acadêmica de estudantes do curso de licenciatura em Educação Física EAD. O estudo foi desenvolvido em três momentos: elaboração de estudos teóricos, validações e estudos empíricos. O primeiro momento foi centrado na realização de revisões sistemáticas acerca da competência profissional, preocupações docentes e motivação acadêmica. Além da escrita de um ensaio sobre o desenvolvimento da educação à distância e sua relação com os estágios. Os resultados das revisões sistemáticas evidenciaram que o tema “Motivação” é o mais investigado, seguido das “Preocupações docentes”, e a “Competência profissional”. Os estudos indicam haver uma relação entre competência e motivação, visto que a motivação atua como mediadora no processo de desenvolvimento das competências, além de preditora no desempenho e permanência no curso. Notadamente há uma escassez na literatura a respeito de estudos que investiguem os estágios na modalidade EAD. No segundo momento foram realizadas as validações dos instrumentos: Escala de Preocupações de Professores e Escala de Motivação Inicial e Apoio Pedagógico. Para tanto, participaram destes estudos alunos terceiro e quarto ano do curso de graduação em Educação Física licenciatura a distância e presencial, que cursavam a disciplina de ECS. Foram empregados os seguintes testes estatísticos: Coeficiente de Validade de Conteúdo, Coeficiente Kappa, Alfa de Cronbach e Análise Fatorial Confirmatória (AFC). O instrumento Escala de Preocupações de Professores final passou a ter 13 itens distribuídos em três dimensões: preocupação consigo, com a tarefa e com o impacto da tarefa, alcançando ajuste psicométrico adequado. A Escala de Avaliação da Motivação Inicial e Apoio Pedagógico mostrou-se adequada e com indicadores psicométricos válidos, sendo que a versão final foi compota por 32 itens distribuídas nas dimensões: Motivação Inicial, Modelo de Formação Educacional, Apoio no estágio e Resultados profissionais. O terceiro momento se refere aos estudos empíricos, no qual fizeram parte 212 acadêmicos de uma instituição privada de ensino superior, todos matriculados nas disciplinas de ECS. Para a coleta de dados foi utilizada uma ficha de identificação, a Escala de Autopercepção de Competência Profissional em Educação Física e Desportos, Escala de Motivação Inicial e Apoio Pedagógico, Escala de Preocupações dos Professores e a Escala de Motivação acadêmica. Para análise dos dados foi utilizado coeficiente de correlação de Pearson, ANOVA de medidas repetidas, ANOVA One-Way e AFC. Os resultados indicaram que os estudantes se percebem competentes, sobretudo quanto a habilidade de motivação, são preocupados consigo e com a tarefa, tem uma percepção positiva acerca de seus resultados profissionais, modelo de formação educacional e apoio no estágio, são motivados para vivenciar estímulos, por identificação e desmotivados. O modelo de competência profissional indicou que a motivação tem um pequeno impacto mediador na competência profissional (ß=0,13). As preocupações têm um grande efeito direto significativo na competência (ß=0,93), bem como a motivação e apoio no estágio (ß= -0,68). As preocupações tiveram efeitos diretos igualmente fortes sobre a motivação acadêmica (ß=0,96). A motivação inicial e o apoio no estágio também apresentaram efeito direto e forte sobre a motivação acadêmica (ß= -0,89). Conclui-se que os estudantes se percebem competentes, sobretudo em suas habilidades, apresentam preocupações consigo e com a tarefa e são desmotivados. Os modelos de formação educacional, resultados profissionais e o apoio no estágio foram fatores que influenciaram de modo positivo os alunos em sua formação e intervenção profissional. Contatou-se que a competência profissional é mediada pela motivação acadêmica, e que as preocupações e motivação e apoio no estágio contribuem para que os estudantes desenvolvam seus conhecimentos e habilidades durante a realização dos estágiosItem Estimulação audiovisual: implicações sobre as respostas psicofisiológicas durante o exercício físico em indivíduos com sobrepeso e obesos(2021-04-13) Barreto-Silva, Vinícius; Altimari, Leandro Ricardo; Okano, Alexandre Hideki; Gonçalves, Ezequiel Moreira; Casonatto, Juliano; Nascimento, Matheus Amarante doO objetivo desta tese foi analisar os efeitos da estimulação audiovisual (EAV) nas respostas psicofisiológicas de indivíduos sobrepeso e obesos durante o exercício físico a partir da elaboração de dois artigos científicos, com características de complementaridade. Desse modo, o presente estudo foi composto inicialmente por uma revisão sistemática com metanálise, que apresenta de forma geral o estado da arte sobre à EAV e respostas psicofisiológicas durante o exercício físico em indivíduos com sobrepeso e obesos, seguido de um artigo original envolvendo a utilização de EAV durante a prática de exercício físico em indivíduos obesos. A revisão sistemática foi conduzida de acordo com as diretrizes do PRISMA e submetida para registro no banco de dados internacional de revisões sistemáticas PROSPERO. Para a avaliação dos artigos considerou-se dois aspectos principais: análise de viés e o estudo em si, onde os pontos de análise foram criados com base nas sugestões da COCHRANE. Inicialmente, a revisão sistemática foi composta pela seleção de 6 (seis) artigos originais, de forma que apenas 3 (três) foram inclusos na metanálise, calculada utilizando o pacote “meta” no software R, versão 3.5. Os achados apresentaram resultados positivos relacionados à utilização da EAV, em pelo menos uma das variáveis avaliadas, indicando que a EAV se mostrou eficaz em melhorar o desempenho e as respostas afetivas ao programa de treinamento em indivíduos sobrepesos e obesos. Em relação ao artigo original vinte e quatro participantes (28,3 ± 5,5 anos; IMC = 32,2 ± 2,4 Kg/m²) foram submetidos a exercício físico em um cicloergômetro reclinado, em intensidade autosselecionada em três condições experimentais (estimulação sensorial [ES], privação sensorial [PS] e controle [CO]). Parâmetros Perceptivos (foco de atenção e esforço percebido), afetivo (estado afetivo e ativação percebida) e fisiológicos (variabilidade da frequência cardíaca) foram monitorados ao longo das sessões de exercício. A análise de variância one-way para medidas repetidas foi utilizada para comparar as variáveis auto-relatadas e psicofisiológicas (principal e efeitos de interação [5 pontos de tempo × 3 condições]). Os resultados indicam que a ES aumentou o uso de pensamentos dissociativos ao longo da sessão de exercícios (np 2 = 0,19), melhorou os sintomas relacionados à fadiga (np 2 = 0,15) e provocou respostas afetivas mais positivas (np 2 = 0,12) do que CO e PS. Por fim, a partir desses achados, pode-se concluir que a EAV interfere positivamente nas respostas afetivas, perceptuais e de desempenho físico de indivíduos sobrepeso e obesos durante sessões de exercício físicoItem Efeitos de diferentes modalidades de exercício físico em variáveis de aptidão física e funcional de idosas com e sem síndrome da fragilidade(2021-04-15) Gomes, Bruna Prado; Teixeira, Denilson de Castro; Trelha, Celita Salmaso; Dascal, Juliana BayeuxA fragilidade é uma síndrome geriátrica, que está associada a desfechos clínicos adversos, destacando-se o declínio físico e funcional, que são consequências importantes e limitadoras das atividades de vida diária. Objetivo: Verificar os efeitos de 12 semanas de três diferentes tipos de intervenções, Pilates Solo (PS), Dança de salão (DS) e Treinamento Aeróbico (TA), no status de fragilidade e em variáveis de aptidão funcional de idosas com e sem síndrome da fragilidade. Métodos: Foram analisadas 54 idosas fisicamente independentes, residentes do município de Londrina-PR. Os dados sociodemográficos foram coletados mediante um questionário, e a síndrome da fragilidade pela Edmonton Frail Scale (EFS), que classificou as idosas em não-frágeis (NF) e vulneráveis/frágeis (VF). O controle postural foi coletado nas condições bipodal com olhos abertos e bipodal sobre uma espuma, avaliado pela plataforma de força (EMG SYSTEM –BIOMEC 400). A aptidão funcional foi avaliada pelo Short Physical Performance Battery (SPPB), teste de caminhada de seis minutos (TC6) e teste de agilidade e equilíbrio dinâmico. A força muscular foi avaliada pelo dinamômetro isocinético (Biodex System 4 Pro®), nas contrações musculares concêntrica, nas velocidades de 60°/s e 180º/s. Resultados: Foi observado a prevalência de VF em 37% das participantes do estudo; já em relação as intervenções, 34% das idosas do grupo PS eram VF, enquanto havia 52% na DS e 20% no TA. Ao final das intervenções, 18% das idosas VF migraram para a categoria NF, enquanto 4% passou da classificação NF para VF. Ao considerarmos as modalidades de exercício físico, foi notório para o grupo PS: redução de escore da EFS e nas variáveis de pico de torque de extensão e flexão na velocidade de 180º/s para NF (p<0,05). Já no grupo DS houve um aumento do escore do SPPB para NF e VF, aumento do pico de torque em extensão para VF e de flexão para VF e NF na velocidade de 60º/s, e melhora do equilíbrio estático com olhos abertos, tanto para NF como para VF (p<0,05 para todos). No TA ocorreu um aumento do escore do SPPB para NF, aumento do pico de torque em extensão para VF e de flexão para NF e VF (p<0,05). Conclusão: Após as 12 semanas das intervenções o número de idosas VF foi reduzido em 18% e em todas as intervenções houve melhora nos desempenhos das idosas, com magnitude maior para as idosas NF e para as idosas da intervenção de DSItem Controle postural de mulheres idosas na visão de diferentes métodos de análise: cognição, fatores determinantes e diferentes intervenções com exercícios físicos(2021-04-22) Pereira, Camila; Teixeira, Denilson de Castro; Moura, Felipe Arruda; Amorim, Cesar Ferreira; Probst, Vanessa Suziane; Marchiori, Luciana Lozza de Moraes; Silva Junior, Rubens Alexandre daIntrodução: Alterações decorrentes do envelhecimento humano podem acarretar inúmeros comprometimentos na funcionalidade da pessoa idosa, dentre eles o controle postural (CP), que é essencial para a realização das tarefas diárias e prevenção de quedas. Objetivo: Analisar o CP de idosas por meio dos métodos de análise no domínio do tempo e no domínio do tempo-frequência, em várias condições de equilíbrio, 1) comparando o CP em idosas com diferentes estados cognitivos, 2) analisando quais fatores podem atuar como determinantes do CP, e 3) verificando os efeitos das intervenções Dança de Salão (DS), Pilates Solo (PS) e Treinamento Aeróbico na esteira (TA) no CP. Métodos: 129 idosas, foram avaliadas em relação ao CP, por meio de uma plataforma de força em cinco condições de equilíbrio: bipodal com olhos abertos (BIOA), bipodal com olhos fechados (BIOF), unipodal (UNIP), bipodal sobre espuma (BIES) e bipodal com realidade virtual (BIRV). A análise dos dados da plataforma foi feita pelo método de análise no domínio do tempo e no domínio do tempo-frequência (frequência baixa, média e alta). Foram avaliados ainda, o estado cognitivo das idosas pelo MoCA (Montreal Cognitive Assessment), o estado de saúde, status de fragilidade, depressão, a composição corporal, a força de pressão manual e de flexão e extensão de joelhos por dinamômetros, as vitaminas D e B12, e a função física pelo Short Physical Performance Battery. As idosas foram alocadas em um dos grupos de intervenção e submetidas à 36 sessões de treinamento durante 12 semanas. Resultados: Na análise no domínio do tempo do CP, idosas com melhor cognição apresentaram menores resultados (p<0.05) nas variáveis de CP que idosas com comprometimento cognitivo, nas condições BIOA, BIES, BIOF e BIRV. Já nos resultados no domínio do tempo-frequência, não foram observadas diferenças significativas (p>0.05) em nenhuma das variáveis e condições testadas. Observou-se também, que variáveis, principalmente a idade, índice de massa corporal, MoCA, depressão, massa magra e força muscular, quando combinadas, conseguem explicar o equilíbrio postural em grande porcentagem. A intervenção DS reduziu os valores das variáveis de CP nas idosas pelo método de análise no domínio do tempo (p<0.05) e apresentou menores valores que os outros grupos em todas as condições testadas. Já o grupo PS mostrou um aumento nas variáveis de CP nas condições BIOA e UNIP. Em relação ao método no domínio do tempo-frequência foi observado que na condição BIOA o grupo de TA apresentou melhoras pós intervenção. Na condição BIOF tanto o grupo TA quanto o DS apresentaram melhora pós intervenção, e o grupo DS apresentou melhores resultados em relação aos outros grupos tanto na condição BIOF como na posição UNIP. Conclusão: As idosas com melhor cognição apresentaram melhor CP que as outras idosas pelo método de análise no domínio do tempo, mas essas diferenças não foram percebidas pelo método no domínio do tempo-frequência. A idade, a composição corporal, a cognição e a força muscular, foram as principais preditoras do CP. Além disso, a intervenção com DS melhorou o CP de idosas, bem como se destacou entre as outras intervençõesItem Fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) em idosas: associação com aptidão física e os efeitos do exercício físico multicomponente(2021-06-25) Imaizumi, Mayara; Teixeira, Denilson de Castro; Mazo, Giovana Zarpellon; Cabrera, Marcos Aparecido SarriaIntrodução: A prática regular de atividade física parece modular o nível de BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor) periférico de idosos, embora os benefícios possam variar de acordo com o tipo de exercício. Apesar disso, a relação entre a aptidão física e os níveis de BDNF periférico, particularmente de idosas, ainda não é bem estabelecida na literatura. Objetivo: Analisar a associação do nível de BDNF com a aptidão física de idosas fisicamente independentes e investigar os efeitos de dois programas de exercícios físicos (Treinamento Funcional e Pilates solo) sobre os níveis de BDNF e aptidão física. Métodos: 139 idosas participaram das avaliações iniciais e foram inclusas nas análises de associação. Dessas, 90 participaram das intervenções. Para caracterização da amostra foram coletadas informações sociodemográficas e medidas antropométricas para o cálculo do IMC. Para avaliar a aptidão física, utilizou-se o Short Physical Performance Battery (SPPB), o teste de agilidade (AGI) da bateria da American Alliance for Health, Physical Education, Recreation & Dance (AAHPERD), o teste de seis minutos de caminhada (TC6) e o teste de preensão manual (PMAN), utilizando um dinamômetro hidráulico. O nível de BDNF foi mensurado pelo teste imunofluorimétrico multiplex de microesferas para a plataforma Luminex. Utilizou-se a versão brasileira da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage versão reduzida (GDS-15) para determinação dos sintomas depressivos e a função cognitiva foi avaliada por meio da Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA). Foram realizados dois programas de exercícios físicos multicomponentes: Treinamento Funcional (TF) e Pilates solo (PS), realizados por 12 semanas, três vezes semanais, com sessões de aproximadamente 50 minutos. O grupo controle participou de um programa de Educação em Saúde (ES). Resultados: Em relação aos testes de aptidão física, observou-se apenas uma correlação positiva fraca com a velocidade de marcha habitual. Após dividir a amostra em quartis do nível de aptidão física, não houve efeito do grupo para o nível de BDNF. Após o período de intervenção, os grupos TF e PS apresentaram aumento significativo nos níveis de BDNF e apenas o grupo TF melhorou o desempenho em um dos testes de aptidão física (TC6). Conclusão: Não houve associação entre o nível de BDNF e a aptidão física de mulheres idosas. No entanto, as duas modalidades de programas de exercício físico multicomponente aumentaram os níveis de BDNF, sugerindo que o nível de BDNF pode não depender apenas da condição física do indivíduo, mas sim do estímulo constante de exercícios físicos que englobam diferentes capacidades físicasItem Comparação entre a força muscular, composição corporal e capacidade funcional de mulheres idosas normotensas e hipertensas submetidas a 12 semanas de um programa de treinamento resistido(2022-02-02) Silva, Fabio José Antonio da; Cyrino, Edilson Serpeloni; Cardoso Júnior, Crivaldo Gomes; Barbosa, Décio Sabbatini; Teixeira, Denilson de Castro; Christofaro, Diego G. DestroIntrodução: A hipertensão arterial é uma doença crônico-degenerativa que está associada a uma série de outras comorbidades que afetam direta e indiretamente a qualidade e expectativa de vida, sobretudo, de idosos. Por outro lado, o treinamento resistido (TR) é uma estratégia não medicamentosa amplamente recomendada para idosos e que pode promover importantes benefícios para hipertensos. Apesar disso, pouco se sabe se as respostas adaptativas ao TR se diferem ou não entre idosos normotensos e hipertensos. Objetivo: Comparar o efeito de 12 semanas de TR sobre a força muscular, composição corporal e aptidão funcional em mulheres idosas normotensas e hipertensas. Materiais e método: Cento e dezoito mulheres (> 60 anos), fisicamente independentes, foram divididas em dois grupos: normotensas (NT, n = 58) e hipertensas (HAS, n = 60). Ambos os grupos foram submetidos a 12 semanas de TR para os diferentes segmentos corporais (oito exercícios, três séries de 8 a 12 repetições, três sessões semanais e de intensidade de leve a moderada). Medidas de PA (método oscilométrico), força muscular (testes de uma repetição máxima, 1-RM), composição corporal (absortometria radiológica de dupla energia e impedância bioelétrica), aptidão funcional (testes motores) e biomarcadores metabólicos (coleta de sangue) foram obtidas na linha de base e após o período de intervenção. Os hábitos alimentares foram monitorados nas primeiras duas e nas últimas duas semanas de treinamento. Resultados: Não houve diferenças significantes nos hábitos alimentares entre os grupos (P > 0,05). Uma redução significante na ordem de 5 mmHg foi encontrada na PAS do grupo HAS, com diferença significante do grupo NT (P < 0,05). Aumentos significantes de força muscular (P < 0,05) foram revelados em ambos os grupos (NT = 11,5% vs. HAS = 14,8%), sem diferenças entre eles (P > 0,05). Ganhos de massa muscular (NT = 5,1% vs. HAS = 4,5%) e redução da massa gorda (NT = -2,6% vs. HAS = -1,8%), com aumento no ângulo de fase (NT = 5,6% vs. HAS = 3,9%), foram identificados para NT e HAS (P < 0,05), sem diferenças entre os grupos (P > 0,05). Não foram encontradas diferenças para a DMO (P > 0,05). Aumentos significantes (P < 0,05) foram revelados em ambos os grupos para velocidade de marcha (NT = -5,1% vs. HAS = -1,8%) e distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (NT = 7,1% vs. HAS = 8,3%), sem diferenças eles (P > 0,05). Por outro lado, melhoria no desempenho no teste sentar e levantar foi identificada somente no grupo HAS (8,1%; P < 0,05). Nenhuma mudança significante na agilidade foi identificada nos grupos NT e HAS (P > 0,05). Uma redução significante (P < 0,05) para glicose (2,3%) e LDL-c (4,1%) foi revelada somente no grupo HAS. Nenhuma alteração significante foi encontrada para triglicerídeos, colesterol total, HDL-c e proteína C-reativa (P > 0,05). Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem que 12 semanas de TR podem promover melhoria da aptidão funcional, aumento da força, massa muscular e do ângulo de fase, bem como redução da gordura corporal, de forma similar, em mulheres idosas normotensas e hipertensas.Item Efeitos de um programa de promoção de atividade física na prática de atividade física, indicadores de aptidão física e cardiometabólicos em adolescentes(2022-04-18) Santos, Géssika Castilho dos; Stabelini Neto, Antonio; Queiroga, Marcos Roberto; Greguol, Márcia; Fernandes, Rômulo Araújo; Campos, Wagner deObjetivo geral: Analisar os efeitos do programa multicomponente de atividade física na promoção da atividade física, aptidão física e indicadores cardiometabólicos em adolescentes. Objetivos específicos foram: 1) verificar o efeito do programa ActTeens sobre a prática de atividade física, aptidão muscular e cardiorrespiratória, e indicadores de saúde cardiometabólica em adolescentes, 2) avaliar a implementação de um programa de intervenção multicomponente de promoção da AF em adolescentes brasileiros. Métodos: A presente tese adotou o modelo escandinavo. Foi desenvolvido e implementado uma intervenção de AF multicomponente, o qual teve uma duração de 12 semanas e incluiu três componentes principais: (1) sessões estruturadas de atividade física nas aulas de Educação Física; (2) auto-monitoramento associado com estabelecimento de metas diárias de passas; (3) orientação sobre um estilo de vida saudável (mHealth) (artigos 1 e 2). Duas escolas com cinquenta e cinco adolescentes (37,5% do sexo feminino; média de idade de 13,84±0,62 anos) foram incluídos no estudo e divididos em grupo intervenção (GI) ou grupo controle (GC). As variáveis analisadas foram: atividade física, aptidão muscular e cardiorrespiratória, indicadores de saúde cardiometabólica (glicose em jejum, pressão arterial e circunferência de cintura) e construtos teóricos (motivação autônoma, auto-eficácia e suporte social dos pais). Para análise de dados foram utilizadas as equações de estimativas generalizadas (EEG) e ANCOVA para analisar o efeito da intervenção intra e intergrupos. A avalição do processo foi realizada por uma equipe de avaliação independente utilizando checklist, por meio de observações e questionário para os alunos. Resultados: Foi observado que os adolescentes do grupo intervenção apresentaram aumentos significativos no tempo de prática de AF de intensidade moderada (média da diferença: 11,2 minutos/dia; IC 95%: 2,9; 21,0) e moderada à vigorosa (média da diferença: 18,9 minutos/dia, IC 95%: 5,9; 32,1) em comparação ao grupo controle. O grupo intervenção apresentou aumento significativo na resistência muscular de membros inferiores, na aptidão cardiorrespiratória e redução da pressão arterial sistólica e diastólica após 12 semanas de intervenção. Em relação ao estudo de avaliação do processo, a intervenção ActTeens teve um o alcance de 73,3%, com alta taxa de retenção dos participantes (96,3%), a satisfação reportada pelos adolescentes do GI com os componentes da intervenção, sessão estruturada e auto-monitoramento foram classificadas como alta (escore 5 e 4), já para a estratégia mHealth, 48,2% dos adolescentes do GI e 25% do grupo controle relataram que as mensagens recebidas os auxiliaram na adoção de um comportamento saudável. Conclusão: o presente estudo demonstrou que a intervenção multicomponente apresentou resultados positivos para a atividade física, bem como para os indicadores de aptidão física e pressão arterial. Em relação a avaliação do processo, de maneira geral, a intervenção teve boa aceitabilidade e alta satisfação com as estratégias adotadas no ambiente escolar e do auto-monitoramento mais estabelecimento individual de metas. No entanto, o mesmo não se comprovou para a estratégia de aconselhamento para um estilo de vida saudável (mHealth) quando utilizada de maneira isolada.Item O treinamento resistido periodizado com a quimioterapia atenua a atrofia, perda de força muscular e estresse oxidativo induzido pela doxorrubicina em camundongos(2022-04-22) Nunes, Jonathan Henrique Carvalho; Deminice, Rafael; Lopes, Wendell Arthur; Lira, Fabio Santos deIntrodução: A doxorrubicina (DOX) é um quimioterápico amplamente utilizado na área oncológica devido a sua eficiência na redução de tumores, no entanto, ela apresenta diversos efeitos colaterais, dentre eles, aumento do estresse oxidativo de forma exacerbada, além da perda de massa e força muscular. Nesse sentido o treino resistido (TR) parece ser uma importante intervenção para atenuação desses efeitos, porém, pouco se sabe sobre a melhor forma de periodizar essa modalidade durante os ciclos de quimioterapia que possa gerar melhores benefícios ao paciente oncológico. Objetivo: Determinar os efeitos do TR periodizado em relação aos dias da quimioterapia na força, massa muscular, marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo em camundongos tratados com DOX. Métodos: Camundongos Swiss foram divididos aleatoriamente em cinco grupos (n = 70) sendo 14 animais em cada grupo: controle (C), tratados com quimioterapia (Q), treinamento (T), treinamento tratados com quimioterapia (TQ) e treinamento periodizado com a quimioterapia (TPQ). A doxorrubicina (DOX) (i.p.) foi aplicada semanalmente em um total de 11 mg / kg durante 3 semanas (semana 1: 4 mg; semana 2: 4mg; semana 3: 3mg). O treinamento resistido consistiu de 4 a 8 escaladas, com intensidade progressiva, 3 vezes por semana durante 3 semanas. Ao final da terceira semana, os animais foram eutanasiados. Resultados: o tratamento com DOX promoveu redução no peso corporal (-14,6%), atrofia dos músculos esqueléticos extensor digital longo (-22,6%), sóleo (-27,6%), diafragma (-30,4%), redução da espessura da parede do ventrículo esquerdo (-42,5%) e perda de força (-29,6%). Peroxidação lipídica local, caracterizada por concentração muscular elevada de MDA (+62%) e concentração plasmática elevada de IL-6 (13,9%) também foi demonstrada em animais tratados com quimioterapia em comparação ao grupo controle (P<0,05). O treinamento periodizado em relação a quimioterapia, mas não o não periodizado, preveniu a atrofia do músculo sóleo (57,2%), EDL (33,3%) e diafragma (21,6%), perda de força muscular (77,3%) e peroxidação lipídica muscular (-53,2%), ambos com p<0,05. Conclusão: O treinamento periodizado com a quimioterapia, mas não o não periodizado, atenua a atrofia muscular induzida pela doxorrubicina, perda de força e dano oxidativo muscular. Nesse sentido, à periodização demonstra ser importante na prescrição de exercícios durante a quimioterapia.Item Efeitos dos exercícios aquáticos em mulheres submetidas às cirurgias mamárias após câncer de mama : revisão sistemática com metanálises(2022-05-25) Silva, Carla Tassiana da; Cardoso, Jefferson Rosa; Sunemi, Mariana Maia; Melo, Ana Paula deO câncer de mama (CM) é o mais comum entre as mulheres, inúmeras são as consequências clínicas e funcionais decorrentes dos tratamentos. Os exercícios aquáticos (EA) são recursos não farmacológico que pode oferecer as sobreviventes de câncer de mama uma série de benefícios. Os objetivos desse estudo foi avaliar os efeitos dos exercícios aquáticos na qualidade de vida (QV), linfedema, dor, fadiga e amplitude de movimento em sobreviventes de câncer de mama e comparar com exercícios em solo (ES) e grupo controle (GC). Trata-se de uma Revisão sistemática com metanálises, seguindo as recomendações da Cochrane Collaboration, PRISMA Statement e AMSTAR 2. As buscas foram realizadas em dez bases de dados (1945-2022), o risco de viés foi avaliado pelo risk of bias 2 (RoB-2) e a evidência foi classificada pelo Grades of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). Foram identificados 1.873 estudos, nove foram incluídos e quatro fizeram parte das metanálises; 22,2 % dos estudos foram classificados com baixo risco de viés. Nenhum efeito adverso relevante foi relatado. Os EA foram superiores ao grupo controle para o desfecho QV no subdomínio emocional com tamanho de efeito de 0,58 (IC 95 %: 0,19; 0,97; P=0,004), sem relato de heterogeneidade (I²=0%), a qualidade da evidência foi classificada como alta. Quando comparados com ES, não foram encontradas diferenças com significância para o desfecho dor (DMP=1,10; IC 95 %: 1,53; 3,74; P=0,41), heterogeneidade alta (I²=97 %) e qualidade da evidência, baixa. Os EA foram efetivos na qualidade de vida, para o subdomínio emocional quando comparados com GC e efeito adverso importante algum que contraindiquem EA foram encontrados.Item Tracking do tempo de tela e sua associação com a função cognitiva em adolescentes escolares: um estudo longitudinal de três anos(2022-06-28) Freitas, Mileny Caroline Menezes de; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Silva, Danilo Rodrigue Pereira da; Cossio-Bolaños, MarcoO objetivo do presente estudo foi analisar o tracking do tempo de tela (TT) e sua associação com a função cognitiva em adolescentes escolares da rede pública de ensino do município de Londrina-PR. O presente estudo se refere à segunda fase (follow-up) de um estudo longitudinal de base escolar, para o qual foram elegíveis os indivíduos que possuíssem dados completos na primeira fase (baseline), totalizando uma amostra de 394 escolares. Em ambas as fases foram coletadas informações sociodemográficas (escolaridade da mãe e idade), TT (questionário), atividade física (acelerometria), aptidão cardiorrespiratória (Shutlle-run). No follow-up foram coletadas as variáveis do controle cognitivo (controle inibitório [Teste de Stroop] e memória de trabalho [Teste de blocos de Corsi]), BDNF (coleta sanguínea). Generalized Estimating Equations (GEE) foi utilizada para análise do tracking. Análises de regressão linear múltipla com os devidos ajustes, foram realizadas no programa SPSS 25.0, adotando-se P<0,05. Participaram do estudo 153 adolescentes, com média de idade de 14,5 (0,7) anos. Rapazes diminuíram o tempo de assistir TV (26,3% vs. 12,8%; P<0,001), VG (21,9% vs. 15,3%; P<0,001), PC (estudo) (7,9% vs. 4,2%; P<0,001) e PC (lazer) (17,5% vs. 9,6%; P<0,001). As moças, diminuíram, TV (26,8% vs. 14,7%; P<0,001); VG (23,2% vs. 15,8%; P<0,001); PC (estudo) (6,3% vs. 3,2%; P<0,001); PC (lazer) (12,1%; P<0,001). Rapazes aumentaram o tempo de assistir na TV/celular/tablete (TCT) (13,1% vs. 32,7%; P<0,001) e celular (13,3% vs. 25,4%; P<0,001) e moças TCT (15,5% vs. 31,1%; P<0,001) e celular (16,1% vs. 25,6%; P<0,001). Para ambos os sexos, o tempo de TV apresentou moderada estabilidade, rapazes (ß=0,45; P<0,001) e moças (ß=0,55; P<0,001), alta estabilidade no tempo de TCT (ß=0,87; P<0,001) e celular (ß=0,67; P<0,001) para rapazes, bem como, TCT (ß=0,85; P<0,001) e celular (ß=0,69; P<0,001) para as moças. O aumento do ?% de celular associou negativamente com total score (ß=-0,24; r2= 0,06; P= 0,01) e block span (ß=-0,21; r2= 0,06; P= 0,02) (memória de trabalho) e positivamente com resposta congruente (controle inibitório) (ß=0,21; r2= 0,09; P= 0,01). A redução do tempo de TV associou-se positivamente com o tempo de reação (TR) incongruente (controle inibitório) (ß=0,19; r2= 0,12; P= 0,03). A redução do tempo de VG (ß=0,23; r2= 0,17; P= 0,01), PC lazer (ß=-0,19; r2= 0,16; P= 0,03) e PC estudo (ß=0,30; r2= 0,20; P= 0,001) associou-se de forma positiva com BDNF. Conclui-se que, o período dos 11 os 14 anos de idade demonstra um tendencia de estabilidade moderada a alta em decorrência do tipo de dispositivo, ademais, a associação positiva observada na redução do tempo de TV, VG e PC para estudo e lazer com o controle cognitivo, indica que estes TT podem ser um fator de risco à saúde cognitiva em adolescentes, portanto devem ser limitados.Item Efeito da suplementação de creatina na toxicidade muscular induzida pelo tratamento com doxorrubicina em camundongos C57/BL/6(2022-07-18) Cella, Paola Sanches; Deminice, Rafael; Bracarense, Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro; Chimin, Patrícia; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini; Rosa Neto, José Cesar; Marinello, Poliana CamilaIntrodução: A doxorrubicina (DOX) é um quimioterápico muito utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer. Devido a um aumento na produção de radicais livres a DOX induz miotoxicidade prejudicando a qualidade de vida dos pacientes. Sabendo dos efeitos pleotrópicos da suplementação de creatina no músculo esquelético, o presente estudo tem como objetivo de 1) estudar a miotoxicidade induzida por ciclos de tratamento com DOX e sua capacidade de promover perda de força, massa muscular e função física, parâmetros definidores da sarcopenia e fragilidade em camundongos e; 2) estudar os efeitos da suplementação de creatina sobre esses parâmetros de miotoxicidade induzida pelo tratamento com ciclos de DOX em camundongos. Metodologia: Foram realizados 3 experimentos. Experimento 1- objetivo foi desenvolver um modelo de tratamento de DOX em ciclos, compatível com o tratamento oncológico, útil para estudo de miotoxicidade: camundongos foram expostos a 4 diferentes regimes de tratamento com DOX (16 a 24mg-kg por 10 a 20 dias). Experimento 2- analisar o efeito do tratamento com DOX sobre os principais parâmetros da sarcopenia e fragilidade- perda de força, atrofia muscular e perda de função- em camundongos expostos a 18 mg/kg fracionados em 15 dias. Experimento 3- analisar os efeitos da suplementação de creatina na ração (4%) sobre a perda de força, atrofia e função muscular promovidos pelo tratamento com DOX em camundongos expostos a 16 mg/kg fracionados em 20 dias. Resultados O tratamento com DOX promoveu redução da força 20% (P<0,05) a partir do décimo dia e atrofia muscular, distúrbios compatíveis com a sarcopenia e induziu um escore de fragilidade moderado (P<0,05). A suplementação de creatina modulou a perda de força promovida pela DOX, amenizou a atrofia dos músculos EDL e sóleo, reduziu os níveis de IL-6 (interleucina-6), reduziu a depleção linfoide esplênica retardou a redução do folículo do baço, mas não alterou o escore de fragilidade. Conclusões: O tratamento com DOX promoveu perda de força, função muscular e atrofia, principais definidores da sarcopenia e fragilidade. A suplementação de creatina pode ser uma estratégia para auxiliar a amenizar a perda de força promovida pela DOX.Item Variáveis de lançamento da bola e efeito da altura de lançamento do arremesso de basquetebol(2022-08-02) Cunha, Rafael Baraldi da; Okazaki, Victor Hugo Alves; Barbieri, Fábio Augusto; Ugrinowitsch, Herbert; Rodacki, André Luís FélixO arremesso é o fundamento mais importante no basquetebol. Todavia, ainda se faz necessário sistematizar estudos que descrevam a cinemática do arremesso e analisem o efeito da altura de lançamento da bola. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática sobre a cinemática da bola e das articulações de lançamento do arremesso e analisar o efeito da altura de lançamento no arremesso de basquetebol. Para tanto, foi realizada uma revisão sistemática e um estudo experimental que manipulou a altura de lançamento da bola. A revisão sistemática incluiu estudos experimentais dos últimos doze anos (2009-2021), com análises cinemáticas do braço que realiza o arremesso de basquetebol e análises do ângulo, da altura e da velocidade de lançamento da bola. As buscas foram realizadas nas seguintes bases de dados: LILACS (154), PubMed (294), MEDLINE (239), SportDiscus (408), Scopus (597), Web ofScienci (240). A partir desse estudo, foi possível caracterizar a cinemática da bola e do braço de lançamento no arremesso de basquetebol. O estudo experimental analisou a cinemática do arremesso de 10 atletas universitários de basquetebol, desempenhando o arremesso (a) saltando do chão, (b) sob uma plataforma com acréscimo de (b) 10 cm ou (c) 20 cm em relação solo. Os dados foram coletados no sistema Vicon, processados em rotinas personalizadas e analisados no software SPSS. Não foram verificadas alterações no arremesso com a manipulação da altura de lançamento. Logo, foi sugerido que pequenas alterações, realizadas por meio da manipulação da altura de lançamento, foram compensadas pela variabilidade inter-articular, caracterizando a equifinalidade no movimento de arremesso.Item Região dominante de jogadores de futebol determinada por um modelo probabilístico baseado em variáveis cinemáticas instantâneas(2022-09-21) Caetano, Fabio Giuliano; Moura, Felipe Arruda; Andrade, André Gustavo Pereira de; Praça, Gibson Moreira; Dal Pupo, Juliano; Misuta, Milton ShoitiOs jogadores de futebol se movem constantemente durante a partida para ocupar diferentes regiões do campo com o intuito de gerar oportunidades para sua equipe e prevenir ações ofensivas dos seus adversários. As regiões dominantes são definidas como regiões do campo onde os jogadores conseguem atingir antes dos demais e normalmente são definidas sem considerar as características cinemáticas do deslocamento dos jogadores, ou negligenciam a possibilidade de haver espaços livres no campo. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi apresentar uma nova abordagem de representação da região dominante de jogadores de futebol baseada em modelos de movimento criados a partir das posições, deslocamentos, velocidades e acelerações instantâneas dos jogadores. A amostra foi constituída por 109 jogadores brasileiros profissionais de futebol analisados durante partidas oficiais, sendo computados aproximadamente 15 milhões de dados de posição registrados através de um sistema de rastreamento automático. Velocidades e acelerações vetoriais instantâneas dos jogadores foram utilizadas para gerar os modelos de movimento. Posteriormente foi computado um modelo de probabilidade através da função de histograma com normalização por função de densidade de probabilidade e por fim, determinadas as regiões dominantes dos jogadores. A determinação das regiões dominantes pelo modelo proposto foi avaliada em janelas de tempo futuro de um, dois e três segundos. As áreas das regiões dominantes determinadas pelo modelo proposto, os espaços livres e regiões de Voronoi foram calculadas, bem como os valores de área das regiões dominantes e regiões de Voronoi foram comparados. O modelo proposto foi aplicado para determinar a área do jogo, as regiões dominantes das equipes absolutas e relativas à área de jogo durante as partidas considerando o campo todo, as metades e os terços do campo, assim como foi analisada a relação da região dominante relativa das equipes com ações técnicas realizadas. Os valores médios de predições corretas na determinação das regiões dominantes dos jogadores foram 96,56%, 88,64% e 72,31% para as janelas de tempo de um, dois e três segundos, respectivamente. As áreas de região dominante dos jogadores foram inferiores as computadas pelo Voronoi com valores medianos de 73 e 171 m², respectivamente. O valor mediano de área dos espaços livres no campo foi 5.551 m², enquanto para área de jogo foi 1.588 m² e da região dominante das equipes considerando campo todo de 794 m². Os valores de área da região dominante das equipes foram superiores na metade defensiva do campo em comparação a ofensiva, enquanto na comparação entre os terços do campo, o terço médio apresentou maiores valores, seguido pelo terço defensivo e ofensivo. A área de região dominante relativa das equipes apresentou maiores valores para as equipes mandantes em todas as situações (exceto terço médio do campo), assim como apresentaram relação com melhores indicadores nas ações técnicas. A abordagem proposta mostrou-se mais realista, representando a natureza dinâmica da modalidade, e pode ser uma ferramenta útil para avaliar os comportamentos táticos relacionados à exploração espaço-temporal dos jogadores e equipes durante as partidas de futebol