Comparação entre a força muscular, composição corporal e capacidade funcional de mulheres idosas normotensas e hipertensas submetidas a 12 semanas de um programa de treinamento resistido

Data

2022-02-02

Autores

Silva, Fabio José Antonio da

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Resumo

Introdução: A hipertensão arterial é uma doença crônico-degenerativa que está associada a uma série de outras comorbidades que afetam direta e indiretamente a qualidade e expectativa de vida, sobretudo, de idosos. Por outro lado, o treinamento resistido (TR) é uma estratégia não medicamentosa amplamente recomendada para idosos e que pode promover importantes benefícios para hipertensos. Apesar disso, pouco se sabe se as respostas adaptativas ao TR se diferem ou não entre idosos normotensos e hipertensos. Objetivo: Comparar o efeito de 12 semanas de TR sobre a força muscular, composição corporal e aptidão funcional em mulheres idosas normotensas e hipertensas. Materiais e método: Cento e dezoito mulheres (> 60 anos), fisicamente independentes, foram divididas em dois grupos: normotensas (NT, n = 58) e hipertensas (HAS, n = 60). Ambos os grupos foram submetidos a 12 semanas de TR para os diferentes segmentos corporais (oito exercícios, três séries de 8 a 12 repetições, três sessões semanais e de intensidade de leve a moderada). Medidas de PA (método oscilométrico), força muscular (testes de uma repetição máxima, 1-RM), composição corporal (absortometria radiológica de dupla energia e impedância bioelétrica), aptidão funcional (testes motores) e biomarcadores metabólicos (coleta de sangue) foram obtidas na linha de base e após o período de intervenção. Os hábitos alimentares foram monitorados nas primeiras duas e nas últimas duas semanas de treinamento. Resultados: Não houve diferenças significantes nos hábitos alimentares entre os grupos (P > 0,05). Uma redução significante na ordem de 5 mmHg foi encontrada na PAS do grupo HAS, com diferença significante do grupo NT (P < 0,05). Aumentos significantes de força muscular (P < 0,05) foram revelados em ambos os grupos (NT = 11,5% vs. HAS = 14,8%), sem diferenças entre eles (P > 0,05). Ganhos de massa muscular (NT = 5,1% vs. HAS = 4,5%) e redução da massa gorda (NT = -2,6% vs. HAS = -1,8%), com aumento no ângulo de fase (NT = 5,6% vs. HAS = 3,9%), foram identificados para NT e HAS (P < 0,05), sem diferenças entre os grupos (P > 0,05). Não foram encontradas diferenças para a DMO (P > 0,05). Aumentos significantes (P < 0,05) foram revelados em ambos os grupos para velocidade de marcha (NT = -5,1% vs. HAS = -1,8%) e distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (NT = 7,1% vs. HAS = 8,3%), sem diferenças eles (P > 0,05). Por outro lado, melhoria no desempenho no teste sentar e levantar foi identificada somente no grupo HAS (8,1%; P < 0,05). Nenhuma mudança significante na agilidade foi identificada nos grupos NT e HAS (P > 0,05). Uma redução significante (P < 0,05) para glicose (2,3%) e LDL-c (4,1%) foi revelada somente no grupo HAS. Nenhuma alteração significante foi encontrada para triglicerídeos, colesterol total, HDL-c e proteína C-reativa (P > 0,05). Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem que 12 semanas de TR podem promover melhoria da aptidão funcional, aumento da força, massa muscular e do ângulo de fase, bem como redução da gordura corporal, de forma similar, em mulheres idosas normotensas e hipertensas.

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Palavras-chave

Treinamento de força, Pressão arterial, Hipertrofia muscular, Gordura corporal, Densidade óssea, Envelhecimento, Exercício resistido, Força muscular, Pressão arterial

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