Navegando por Autor "Oliveira, Karen Brajão de"
Agora exibindo 1 - 20 de 35
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Análise de polimorfismos genéticos das glutationa-S-transferases GSTM1 e GSTT1 e NAD(P)H quinona oxidoredutase (NQO1) na leucemia linfóide aguda infantojuvenil : suscetibilidade e prognósticoFujita, Thiago Cezar; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Ono, Mario; Amarante, Marla Karine; Losi-Guembarovski, Roberta; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de [Coorientador]Resumo: A leucemia é a forma mais frequente de câncer em crianças e adolescentes com menos de 14 anos de idade, representando cerca de 31% das doenças malignas antes dos 15 anos de idade A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é uma neoplasia hematológica caracterizada por um acúmulo excessivo de células progenitoras imaturas linfoides no sangue e na medula óssea Trata-se de doença heterogênea em relação as alterações genéticas, resposta ao tratamento e prognóstico Embora a sobrevida global dos pacientes com LLA na infância após a quimioterapia tenha melhorado ao longo dos anos, atingindo taxas de cura de 8%, muitos estudos estão sendo desenvolvidos na tentativa de melhorar o diagnóstico e a eficácia dos protocolos terapêuticos atuais As glutationas S-transferases (GSTs), como como GSTM1 e GSTT1 e a NAD (P) H quinona oxidoredutase 1 (NQO1) são enzimas envolvidas na fase II das reações de detoxificação As quinonas são uma classe de compostos orgânicos derivados de hidrocarbonetos aromáticos, encontrados em vários sistemas biológicos Envolvida no metabolismo das quinonas, a enzima NQO1 é uma redutase que protege contra os efeitos tóxicos dos medicamentos anticâncer O gene NQO1 possui um polimorfismo rs18566 (C69T), o que leva a uma baixa atividade enzimática Como a enzima codificada por esse gene realiza uma etapa importante na homeostase celular, fica claro que a ausência ou diminuição de suas atividades podem levar a um aumento na toxicidade e suscetibilidade ao desenvolvimento de neoplasias malignas, como a LLA Os genes GSTM1 e GSTT1 têm um polimorfismo que causa a exclusão homozigótica do gene e leva a atividade enzimática alterada Assim, o presente estudo avaliou os polimorfismos nos genes NQO1, GSTT1 e GSTM1 em pacientes com LLA e controles livres de neoplasia e analisou os níveis plasmáticos de GST no risco de progressão e resposta ao tratamento Amostras de sangue periférico de 74 pacientes com diagnóstico confirmado e 115 controles tiveram seus DNAs genômicos extraídos e amplificados por metodologia baseada na reação em cadeia da polimerase (PCR) para o polimorfismo do NQO1 O estudo caso-controle não indicou associação entre a presença das variantes polimórficas e a suscetibilidade a LLA ou sobrevida (OR: 83, CI95%: 5-139) No entanto, este polimorfismo foi correlacionado com a recidiva na LLA (p = ,3) No outro estudo, 64 pacientes com LLA e 68 controles foram analisados quanto aos polimorfismos dos genes GSTT1 e GSTM1 e os níveis plasmáticos de GST Ambos os polimorfismos não foram associados à suscetibilidade (GSTM1OR: 7, CI95%: 35 - 143; GSTT1 OR: 112, CI95%: 47-265) ou risco de recidiva de LLA e seus diferentes genótipos não alteraram os níveis plasmáticos de GST Entretanto, verificou-se aumento da concentração de GST na LLA em relação ao grupo controle (p<,1), mas não foi encontrada associação dos níveis plasmáticos de GST com os parâmetros analisados Assim, nas amostras analisadas, o gene NQO1 foi apontado como um possível candidato a marcador molecular de prognóstico ou progressão para a oncogênese da LLA, e os níveis aumentados de GST no plasma de pacientes com LLA sugerem um possível envolvimento no tratamentoItem Análise do envolvimento de marcadores sistêmicos de estresse oxidativo e de processo inflamatório no desenvolvimento de múltiplos tipos de câncer de pele não-melanomaBrito, Walison Augusto da Silva; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini [Orientador]; Simão, Andréa Name Colado; Oliveira, Karen Brajão de; Marinello, Poliana Camila [Coorientadora]Resumo: O câncer de pele não-melanoma (CPNM) é a neoplasia mais incidente no mundo O tipo mais comum é o carcinoma basocelular (CBC), seguido pelo carcinoma espinocelular (CEC), que por sua vez, pode originar-se de uma lesão pré-neoplásica denominada queratose actínica (QA) Sabe-se que o estresse oxidativo (EO) tem um papel importante na carcinogênese da pele, que ocorre principalmente devido à radiação ultravioleta, que também é capaz de induzir processo inflamatório, ambos relacionados com a iniciação, promoção e a progressão tumoral Entretanto, não está claro se marcadores sistêmicos de EO e do processo inflamatório estão associados com a presença de único e múltiplos tipos de CPNM Assim, este trabalho tem como objetivo investigar marcadores sistêmicos de EO e do processo inflamatório em pacientes com QA e CPNM que poderiam estar associados com a presença de múltiplos tipos de CPNM em um mesmo paciente Participantes foram categorizados em 6 grupos: Controle (sem câncer, n=75), CBC (n=9), CEC (n=24), QA (n=19), CEC+CBC (n=13) e CEC+CBC+QA (n=36) (CEP-UEL n processo 177557 e n 3146725) Três comparações foram feitas entre os grupos: 1) Lesões de CPNM de único tipo: controle vs CBC vs CEC; 2) Diferença entre lesão pré-maligna e CEC: controle vs QA vs CEC; 3) Lesões de múltiplos tipos de CPNM: CBC vs CEC vs CEC+CBC vs CEC+CBC+QA Amostras de sangue foram coletadas, processadas e armazenadas para posteriores análises Dados qualitativos foram analisados pelo teste de Qui-quadrado e pelo teste z para comparar proporções Dados quantitativos foram analisados pelo ANOVA (one-way) ou Kruskal-Wallis depois da verificação da normalidade e homogeneidade dos dados Todos os resultados com p<,1 na análise univariada foram incluídos no modelo multinomial de regressão logística p<,5 foi considerado significativo Na comparação 1, os pacientes com CBC e CEC apresentaram níveis menores de EO sistêmicos comparados ao controle, observado na redução da razão glutationa oxidada e reduzida (p=,12 e p=,25, respectivamente) e na redução da lipoperoxidação (p=,4 e p=,2, respectivamente) Na comparação 2, somente redução na lipoperoxidação dos pacientes com CEC comparados ao grupo controle (p=,37) foi observada Nenhum dos parâmetros avaliados diferiu entre a QA e o CEC Na comparação 3, foi possível observar que a atividade da gama-glutamil transpeptidase (GGT) é diferente nos pacientes com um único tipo de CPNM, e também que os pacientes com ambos os tipos de CPNM (CEC+CBC), apresentaram a maior atividade da enzima Entretanto, essa diferença é perdida quando se considera a localização da lesão Em conclusão, pacientes com CBC e CEC apresentam baixos níveis sistêmicos de EO; a atividade da GGT sistêmica é o único parâmetro de EO, dentre os avaliados, que difere entre os dois tipos de CPNM, além de estar associada com o desenvolvimento dos dois tipos de CPNM em um mesmo paciente, entretanto, a localização do tumor interfere nessas diferenças; nenhum dos marcadores de estresse oxidativo e inflamação analisados difere sistemicamente entre quem possui a lesão pré-maligna e maligna; os parâmetros de inflamação avaliados não diferem sistemicamente nos pacientes, independente de possuírem um ou mais tipos de CPNMItem Análise do polimorfismo CXCL12 rs1801157 e envolvimento dos inibidores de tirosina quinase na expressão da quimiocina humana CXCL12 e do seu receptor CXCR4 em leucemia mielóide crônicaFujita, Thiago Cezar; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Luiz, Rodrigo Cabral; Oliveira, Karen Brajão deResumo: As leucemias são doenças particularmente heterogêneas e complexas, tanto do aspecto morfológico quanto biológico A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença proliferativa do sistema hematopoiético caracterizada por uma superprodução de células da linhagem granulocítica, especialmente neutrófilos e ocasionalmente monócitos, resultando em acentuada esplenomegalia e elevada leucometria Cerca de 9% dos pacientes diagnosticados com LMC apresentam um “marcador” denominado cromossomo Filadélfia (Ph), produto de uma translocação entre os cromossomos 9 e 22, caracterizando uma oncoproteína denominada BCR/ABL O tratamento para LMC, Ph positivo, inclui diferentes estratégias, que vão desde o simples controle na contagem de leucócitos, eliminação das células Ph positivas por substituição de células alogênicas ou por supressão não-específica do clone neoplásico Dentre as drogas descritas para o tratamento de LMC na fase crônica são o Bussulfan e a Hidroxiuréia; transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas, Interferon-_ e inibidores do domínio tirosina quinase do BCR/ABL Ultimamente têm-se discutido o papel das quimiocinas e o seu envolvimento nas neoplasias O fator-1 derivado do estroma da medula óssea (SDF-1/CXCL12) é uma quimiocina que ao se ligar ao receptor (CXCR4), desenvolve importantes funções na migração, retenção e desenvolvimento de progenitores hematopoiéticos na medula óssea Além disso, o sistema CXCL12/CXCR4 está envolvido na quimiotaxia de células cancerosas e na metástase tumoral Observou-se que as células leucêmicas escapam da apoptose in vitro quando entram em contato com as células produtoras de CXCL12 Foi descrito um polimorfismo do CXCL12 designado rs181157 na região 3’ UTR da quimiocina CXCL12 relacionada com um possível aumento da expressão dessa quimiocina Portanto, o presente trabalho investigou a relação do polimorfismo rs181157 CXCL12 na expressão de CXCL12 e CXCR4 em pacientes com LMC comparado a indivíduos saudáveis No presente estudo, não foi encontrado relação entre a presença do polimorfismo 3’A para o CXCL12 e os pacientes acometidos por Leucemia Mielóide Crônica Além disso, não houve associação entre a expressão de CXCL12 e a expressão de CXCR4, teste de correlação de Sperman não significante (p = ,621) Entretanto, foi detectada uma maior expressão de CXCR4 (1,946 vezes maior) nos pacientes com Leucemia Mielóide Crônica (p = ,9) comparados aos indivíduos saudáveis Além disso, nesse trabalho, os diferentes aspectos da terapia na LMC também foram considerados para análise Nessa população, há uma inferência entro o tempo de tratamento com o mesmo quimioterápico e a expressão de CXCR4 (p = ,36) nos pacientes com LMC Curiosamente, sete pacientes analisados que possuem tempo de tratamento por um período igual ou superior a 2 meses, demonstraram aumento acentuado na expressão de CXCR4, sendo que esse aumento foi em média três vezes maior aos pacientes com tempo de tratamento inferior a 1 meses (p = ,43) Os aspectos moleculares desse trabalho podem auxiliar no diagnóstico, monitoramento e prognóstico das leucemias Podem proporcionar também uma melhor compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos na patogênese assim como outros alvos e alternativas terapêuticas para a Leucemia Mielóide CrônicaItem Análise do polimorfismo genético do receptor de quimiocina CCr5 em pacientes com Leishmaniose Tegumentar Americana da região Norte do ParanáOliveira, Karen Brajão de; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Borelli, Sueli Donizete; Estevão, DirceuResumo: As quimiocinas são importantes determinantes da resposta inflamatória A variante D32 do receptor de quimiocina 5 (CCR5) resulta na forma não funcional desse receptor, e tem sido relacianada com diversas doenças No presente trabalho, reação em cadeia da polimerase, utilizando oligonucleotídeos iniciadores específicos para o CCR5, abrangendo a região da deleção , detectou um produto de 225 pb para o alelo selvagem (CCR5) e um produto de 193pb para o alelo D32 O objetivo deste estudo foi investigar a variante D32 do gene do CCR5 na população brasileira com leishmaniose e comparar com indivíduos saudáveis e também verificar a progressão da forma cutânea para a mucocutânea da leishmaniose nos portadores do alelo D32 Dentre 1 pacientes com valores para teste de Montenegro e imunofluorescência indireta positivos para leishmaniose, 32% eram mulheres e 68% homens, com uma prevalência significativa de homens com idade entre 21 a 6 anos Encontramos uma freqüência de ,6 para o alelo D32 Os pacientes com leishmaniose apresentaram 89% (89/1) de CCR5/CCR5, 1% (1/1) CCR5/D32 e 1% D32/ D32 enquanto que os indivíduos saudáveis apresentaram 91% (91/1) de CCR5/CCR5, 8% (8/1) CCR5/D32 e 1% (1/1) D32/D32, portanto não houve diferença significativa entre os grupos analisados Os pacientes selvagens (89% - 89/1) apresentaram um largo espectro de manifestações clínicas Entre eles verificou-se 22,47% (2/89) de lesões mucosas com perfuração do septo nasal cartilaginoso e 77,53% (69/89) de lesões cutâneas Destes pacientes com septo nasal perfurado, 55% (11/2) apresentaram as lesões mucosas após 2,85 ± ,5 anos do diagnóstico inicial e valor médio para o teste de Montenegro de 11,87 (± 2,45) mm Já 45% (9/2) dos pacientes desenvolveram estas lesões após 16,25 (± 4,6) anos e apresentaram valores médios para o teste de Montenegro de 25 (± 2,74) mm Neste trabalho os portadores do alelo D32 (1% - 1/1) apresentaram apenas lesões cutâneas Finalmente em relação aos portadores D32, observou-se um espectro de manifestações clínicas menos severo, em comparação com indivíduos selvagens Apesar dos portadores do alelo D32 terem demonstrado ausência de lesões mucocutâneas, mais estudos são necessários para esclarecer o papel do CCR5 nos aspectos clínicos da leishmaniose devido ao baixo numero de portadores do alelo D32Item Análise dos polimorfismos genéticos de CXCL12 e CXCR4 e níveis plasmáticos de CXCL12 na leucemia linfoide aguda infantojuvenilPetenuci, Diego Lima; Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]; Amarante, Marla Karine; Oliveira, Karen Brajão de; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de [Coorientador]Resumo: A leucemia linfoide aguda (LLA) é uma doença maligna originada a partir de uma série de alterações genéticas e/ou epigenéticas em um único precursor hematopoiético que adquire características de malignidade No processo de desenvolvimento da doença, há um acúmulo inicial de leucócitos malignos na medula óssea com tendência de evasão para a corrente sanguínea e invasão para outros órgãos Embora de etiologia desconhecida, acredita-se que a leucemogênese ocorre a partir de uma complexa rede de interações entre fatores ambientais e genéticos que favorecem as modificações celulares Estudos de associação genética e suscetibilidade ao câncer, incluindo a LLA, têm avaliado polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) em genes que regulam a hematopoiese e outros processos imunológicos importantes A quimiocina CXCL12 e seu receptor CXCR4 desempenham uma função essencial no homing de células tronco hematopoiéticas e a ativação deste eixo serve de suporte para eventos malignos em células leucêmicas, além de desempenhar um importante papel na invasão extramedular em crianças com LLA O gene que codifica a quimiocina CXCL12 apresenta um polimorfismo no segmento conservado da região 3’UTR (rs181157) (G/A), o qual foi relacionado com o aumento de sua expressão, podendo facilitar a metástase e a mobilização de células leucêmicas Da mesma forma, foi descrito no gene CXCR4 um polimorfismo de base única (C/T) no códon 138 (rs222814) que vem sendo associado a diferentes neoplasias Neste contexto, no presente estudo, investigouse a associação destes polimorfismos e os níveis plasmáticos de CXCL12, com a suscetibilidade da doença, risco de recidiva, fase clínica dos pacientes e risco de óbito A análise dos polimorfismos foi realizada pelo método de reação em cadeia da polimerase seguido da avaliação do tamanho dos fragmentos de restrição (PCRRFLP), a partir de amostras de sangue periférico de 94 pacientes com LLA e 137 indivíduos livres de neoplasia; os níveis plasmáticos de CXCL12 foram determinados por ensaio de imunoadsorção ligado à enzima (ELISA) (grupo LLA n=62 e grupo controle n= 59) Não foram observadas associações entre os polimorfismos rs181157 e rs222814 com a suscetibilidade ou risco de recidiva da LLA; no entanto, foi observada uma forte associação do polimorfismo do CXCL12 com o risco de morte em pacientes com o genótipo AA comparado com os outros genótipos (p=,14) Diferentemente, os níveis plasmáticos da quimiocina não demonstraram diferenças significativas entre pacientes com LLA e grupo controle, nem quanto ao risco de recidiva No entanto, foi notado um significativo aumento de CXCL12 em pacientes (p=,4) e controles (p=,4) portadores do alelo A para o polimorfismo rs181157 Este estudo sugere que o polimorfismo no gene CXCL12 pode alterar a sua expressão, e indica um possível envolvimento do polimorfismo do CXCL12 e o risco de morte em pacientes com LLAItem Análise dos polimorfismos genéticos GSTM1 e GSTT1 em fumantes e nunca fumantesMelo, Luiz Gustavo Piccoli de; Nunes, Sandra Odebrecht Vargas [Orientador]; Barbosa, Décio Sabbatini; Oliveira, Karen Brajão de; Moreira, Estefânia Gastaldello; Maes, Michael; Guembarovski, Roberta Losi [Coorientadora]Resumo: Introdução: O transtorno do tabaco, além de ser a maior causa evitável de doença e morte prematura em todo o mundo, gera como consequência grande impacto econômico devido ao potencial de anos de vida perdidos, perda de produtividade e custos elevados com morte e saúde Além disso, sabe-se que o tabagismo é um dos principais fatores de risco para várias doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, pulmonares e vários tipos de câncer Durante a evolução, a espécie humana tornou-se capaz de metabolizar um grande número de compostos químicos que podem causar danos à saúde O equilíbrio entre as taxas de absorção e eliminação destes compostos tem um papel importante na prevenção de danos ao DNA Polimorfismos nos genes que codificam enzimas que promovem conjugação, fundamentais na homeostasia celular, como as glutationa-S-transferases (GSTs) e seu papel na suscetibilidade a diversas doenças têm sido extensivamente investigados Dentre os genes desta superfamília mais estudados encontram-se GSTM1 e GSTT1, os quais são altamente polimórficos por deleção na população humana objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar a possível associação entre polimorfismos dos genes das glutationa-S-transferases (GSTs) GSTM1 e GSTT1 e o transtorno por uso de tabaco e a cessação do tabagismo entre fumantes e nunca fumantes da Universidade Estadual de Londrina Método: Foi realizado um estudo de associação do tipo caso controle em que foram selecionados 182 portadores do transtorno por uso de tabaco, recrutados do Centro de Referência de Abordagem e Tratamento do Tabagismo (CRATT), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e 182 nunca fumantes recrutados na mesma instituição A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEL Os participantes foram submetidos a um questionário estruturado para avaliar as características sócio-demográficas, clínicas, doenças relacionadas ao uso do tabaco, tais como doença cardiovascular, câncer, diabetes e doenças pulmonar Foi avaliado o Índice de massa corpórea, bem como o uso de álcool, sedativos e história familiar de transtorno por uso de tabaco O diagnóstico de transtorno por uso de tabaco foi realizado por entrevista clínica estruturada, na versão clínica (SCD-1), baseada no DSM-IV A cessação do tabagismo foi avaliada utilizando monóxido de carbono exalado A partir do sangue periférico, os DNAs genômicos de pacientes e controles foram extraídos por Kit (Biometrix, Biopur, Curitiba, PR) e os polimorfismos genéticos foram avaliados através de Reação em cadeia da polimerase (PCR) Multiplex, segundo um protocolo padrão Foram feitas comparações utilizando análises univariadas e multivariadas Foram utilizadas as análises de Regressão Logística Binária e Multivariada Resultados: A análise de regressão logística mostrou uma associação significativa (efeito protetor) entre o transtorno do uso do tabaco e os polimorfismos dos genes GSTM1 e GSTT1, quando realizado o ajuste para anos de escolaridade, idade, sexo, estado civil e etnia Não houve associação significativa entre os polimorfismos GSTT1, GSTM1 e GSTT1/M1 e altas pontuações no teste de Fagerström para Dependência de Nicotina, idade de início do uso do tabaco, cessação do tabagismo após 52 semanas ou histórico familiar de tabagismo Pacientes com Transtorno por uso do Tabaco tinham mais doença cardiovascular, hipertensão, doenças pulmonares e uma história familiar de tabagismo, em comparação aos controles O genótipo nulo GSTT1 esteve associado com aumento do risco de hipertensão arterial Os resultados mostraram que o polimorfismo do gene GSTM1 e talvez do gene GSTT1 podem conferir proteção contra o transtorno por do uso do tabaco Conclusão: Os polimorfismos analisados nos genes das GSTs mostraram-se positivamente associados ao tabagismo (efeito protetor), mas não com a tentativa de cessação do tabaco Diante disso, descreve-se um novo paradigma que liga os efeitos periféricos dos genótipos nulos das GSTs (efeitos protetores) com os efeitos centrais dos polimorfismos genéticos dos genes responsáveis pelo circuito da recompensa relacionando-os com os efeitos fisiopatológicos do Transtorno por Uso do TabacoItem Associação das variantes genéticas rs5742909, rs231775 e rs3087243 de CTLA4 com a infecção pelo Papilomavírus Humano, no desenvolvimento de lesões intraepiteliais e no câncer cervical(2024-06-18) Oliveira, Maylla Cardoso de; Oliveira, Karen Brajão de; Guembarovski, Roberta Losi; Reiche, Edna Maria VissociResumo: O antígeno 4 associado ao linfócito T citotóxico (CTLA-4) é um receptor expresso na superfície de células T regulatórias (Tregs), T CD4+ e CD8+, sendo altamente expresso em Tregs e, quando ativo, regula negativamente a proliferação e ativação da própria célula T. Variantes de nucleotídeo único (SNVs) no gene que codifica o CTLA-4 podem levar à substituição de aminoácidos, alterar o splicing do mRNA e influenciar a expressão deste gene, afetando a resposta imunológica contra o Papilomavírus Humano (HPV) e o processo de malignização cervical. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho consistiu em avaliar a associação dos alelos, genótipos e haplótipos das SNVs rs5742909 (-318 C>T), rs231775 (+49 A>G) e rs3087243 (+6230 G>A) de CTLA4 com a infecção pelo HPV, no desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosas e no câncer cervical em uma amostra de mulheres atendidas pelo serviço público de saúde do Paraná, Brasil. Foram coletadas amostras de sangue periférico e de secreção cervical para extração de DNA genômico, utilizado para genotipagem das variantes genéticas (Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real) e caracterização da presença de HPV (PCR convencional). As combinações haplotípicas das SNVs de CLTA4 foram inferidas pelo software PHASE e as análises estatísticas foram realizadas no software SPSS Statistics, adotando-se nível de significância de p<0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina (CAAE 38937520.2.0000.5231). Foram incluídas 445 mulheres no estudo, agrupadas inicialmente de acordo com a presença (n=264) ou ausência (n=181) de infecção pelo HPV. O grupo com infecção pelo HPV foi subdividido de acordo com o grau de lesão: sem lesão (n=84), lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LIEBG) (n=19), lesão intraepitelial escamosa de alto grau (LIEAG) (n=56) e câncer cervical (n=105). Ao analisar a SNV rs5742909 (-318 C>T), pôde-se observar que mulheres com genótipo CT tiveram maior probabilidade de ter HPV do que aquelas com genótipo CC e mulheres portadoras do alelo T estavam mais suscetíveis ao desenvolvimento de HSIL e câncer cervical do que mulheres com o genótipo CC. Em relação a SNV rs3087243 (+6230 G>A), observou-se as mulheres portadores do alelo A tinham menor probabilidade de desenvolver LSIL do que mulheres com o genótipo GG. Não foi encontrada associação significativa relacionada a SNV rs231775 (+49 A>G). Na análise de haplótipos observou-se que mulheres heterozigotas para TAG tinham maior probabilidade de terem a infecção pelo HPV do que aquelas que possuíam outro haplótipo analisado. Além disso, as mulheres que eram homozigotas para TAG estavam mais suscetíveis a desenvolver LIEAG e malignização cervical do que aquelas que não eram portadoras do haplótipo TAG. Esse é o primeiro trabalho que avalia a associação das SNVs rs5742909 (-318 C>T), rs231775 (+49 A>G) e rs3087243 (+6230 G>A) de CTLA4 com a infecção pelo HPV, no desenvolvimento de lesões intraepiteliais e no câncer cervical em mulheres brasileiras, sendo importante para a caracterização genética dessas pacientes. Uma maior compreensão do papel das variantes genéticas de CTLA4 pode contribuir para o estabelecimento de novos biomarcadores e o desenho de tratamentos com alto nível de especificidade.Item Associação entre as variantes genéticas rs2241043, rs2241049 e rs6518661 do IL17RA e a suscetibilidade e gravidade da psoríase(2023-07-18) Alcantara, Camila Cataldi de; Simão, Andréa Name Colado; Oliveira, Karen Brajão de; Amarante, Marla Karine; Bello, Valéria Aparecida; Luz, Tamires Flauzino; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Oliveira, Sayonara RangelINTRODUÇÃO: A psoríase (PsO) é uma doença inflamatória crônica, mediada pelo sistema imunológico e de etiologia desconhecida. A resposta inflamatória normalmente tem início com um fator nocivo aos queratinócitos, estimulando a produção e secreção de citocinas. A indução da diferenciação das células T auxiliadoras dá início à uma produção de citocinas capazes de ativar e recrutar células do sistema imunológico para o local da lesão. Nesse microambiente, a Interleucina (IL) 17 exerce um papel primordial para a fisiopatologia da doença. O caráter multifatorial da PsO e a importância da IL-17 para a sua fisiopatologia evidenciam a necessidade de investigar como o fator genético pode influenciar na suscetibilidade à PsO e na resposta de pacientes aos novos tratamentos desenvolvidos contra essas moléculas. OBJETIVO: Revisar a literatura e avaliar a associação entre as variantes genéticas rs2241043, rs2241049 e rs6518661 do gene IL17RA e a suscetibilidade e gravidade da PsO. SUJEITOS E MÉTODOS: Este é um estudo caso-controle que incluiu 308 participantes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 70 anos, sendo 154 pacientes com diagnósticos de PsO e 154 indivíduos saudáveis. O diagnóstico de PsO foi feito por um dermatologista e o Índice de Gravidade e Extensão das Lesões Psoriáticas (PASI) foi usado para determinar a gravidade da doença. Os dados clínicos, epidemiológicos e antropométricos foram obtidos durante consulta clínica através do preenchimento de uma ficha de avaliação previamente estabelecida. As variantes genéticas do gene IL17RA foram genotipadas por reação em cadeia da polimerase em tempo real utilizando sondas TaqMan®. Três variantes genéticas localizados na região intrônica do IL17RA foram genotipados: T>C rs2241043, A>G rs2241049 e G>A rs6518661. RESULTADOS: Os pacientes com PsO eram mais velhos (p<0,001), tinham maior Índice de Massa Corporal (IMC) (p<0,001) e maiores níveis séricos de Proteína C Reativa (p<0,001) e Ferritina (p=0,002) quando comparados aos controles. A presença do alelo G em homozigose par o rs2241049 A>G demonstrou estar associado à proteção contra a PsO nos modelos dominante (OR=0,37, 95% IC 0,18-0,76, p=0,017) e recessivo (OR=0,39, 95% IC 0,20-0,76, p=0,005). A frequência do alelo A foi maior no grupo com PsO e o alelo C, no grupo controle (OR=0,799, 95% IC 0,67-0,95, p=0,0151). O genótipo CC do rs2241043 T>C demonstrou ser um fator de proteção contra o desenvolvimento de PsO grave (OR=0,30, 95% IC 0,10-0,093, p=0,020). Esta associação se manteve independentemente de idade, sexo, etnia e IMC (OR=0,303, 95% IC 0,095-0,965, p=0,043). A presença do alelo A em homozigose para o rs6518661 G>A demonstrou estar associado à proteção contra o desenvolvimento de PsO grave (OR=0,22, 95% IC 0,05-0,99, p=0,020). CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que o genótipo GG do IL17RA A>G rs2241049 é um fator protetor contra o desenvolvimento de PsO. Além disso, o alelo C em homozigose da variante IL17RA T>C rs2241043 e o genótipo AA do IL17RA G>A rs6518661 foram associados à proteção contra o desenvolvimento de PsO grave. Mais estudos são necessários para elucidar quais mecanismos genéticos e epigenéticos podem estar envolvidos nas associações, uma vez que esses genes estão localizados em regiões intrônicas.Item Associação entre o polimorfismo genético NcoI (rs909253) do fator de necrose tumoral beta e marcadores inflamatórios e metabólicos e o prognóstico em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico atendidos em um hospital universitárioParreira, Johnathan de Sousa; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Souza, Mônica Marcos de; Reiche, Edna Maria Vissoci [Coorientadora]Resumo: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo, causando um forte impacto econômico e social Várias vias fisiológicas, como o metabolismo lipídico, resposta inflamatória crônica, coagulação e hemostasia, regulação da pressão sanguínea e adesão celular têm sido implicadas na fisiopatologia do AVC e polimorfismos em genes que codificam moléculas envolvidas nestas vias representam importantes fatores para a patogênese e curso clínico do AVC Entretanto, os resultados prévios são contraditórios e não devem ser generalizados para a população brasileira, geneticamente uma das mais heterogêneas do mundo O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o polimorfismo genético NcoI (A252G, rs99253) do gene fator de necrose tumoral beta (TNFB) e marcadores inflamatórios, metabólicos e o prognóstico em pacientes com AVC isquêmico agudo da população brasileira O estudo incluiu 93 pacientes e 134 indivíduos saudáveis controlados por idade, sexo, etnia e índice de massa corpórea (IMC) A capacidade funcional dos pacientes com AVC foi avaliada no momento da admissão hospitalar pela Escala de Rankin Modificada O subtipo de AVC isquêmico foi classificado segundo os critérios de TOAST Amostras de sangue periférico foram coletadas em até 24 horas após o diagnóstico de AVC para a realização da genotipagem do polimorfismo NcoI do TNFB e determinação dos marcadores inflamatórios e metabólicos A análise do polimorfismo NcoI foi realizada pela técnica de PCR-RFLP, utilizando-se a enzima de restrição NcoI Os marcadores inflamatórios avaliados foram: contagem de leucócitos periféricos totais e plaquetas, velocidade de hemossedimentação (VHS), níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível (usPCR), ferritina, níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNFA) Os marcadores metabólicos foram: níveis séricos de ferro, colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL) colesterol, lipoproteína de baixa densidade (LDL) colesterol, triglicerídeos e níveis plasmáticos de glicose e insulina O índice de resistência à insulina foi determinado pelo modelo de avaliação da homeostase - resistência à insulina (HOMA-IR) Entre os pacientes, 57,% eram homens e 43,% eram mulheres, a mediana de idade foi 65 [interquartil 25%-75% (IQR): 56,-75,] e a mediana de IMC foi 25,4 kg/m2 (IQR: 21,9 - 29,4) A frequência de hipertensão, sedentarismo e dislipidemia foi maior entre os pacientes que os controles (p<,1) Pacientes com AVC apresentaram valores mais elevados de leucócitos totais, usPCR, ferritina, glicose e HOMA-IR (p<,1), VHS e insulina (p<,1) e menores níveis de HDL-colesterol (p<,1) comparados aos controles O subtipo de AVC isquêmico agudo de aterosclerose de grandes artérias foi diagnosticado em 28,% dos pacientes, infarto lacunar em 23,7%, infarto cardioembólico em 13,9%, outras etiologias em 8,6% e etiologia indeterminada em 25,8% Entre os pacientes com AVC, a frequência dos genótipos TNFB1/B1, TNFB1/B2 e TNFB2/B2 foi de 9,7%, 46,2%, 44,1%, respectivamente; dos alelos TNFB1 e TNFB2 foi de ,328 e ,672, respectivamente, sem apresentar diferença significativa entre os pacientes e controles (p>,5) Entretanto, os pacientes portadores do genótipo TNFB2/B2, comparados aos que possuíam outros genótipos, apresentaram maiores níveis dos marcadores inflamatórios TNFA e leucócitos periféricos e dos marcadores metabólicos ferro sérico, colesterol total, LDL colesterol, glicemia, insulina e HOMA-IR (p<,5) Verificou-se uma correlação positiva entre os níveis de leucócitos, IL-6, usPCR e VHS e negativa entre os níveis de ferro com o grau de incapacidade dos pacientes (p<,5) obtidos na admissão dos mesmos Os resultados mostram que o polimorfismo NcoI do TNFB não está associado, por si só, com o desenvolvimento e evolução do AVC isquêmico agudo nesta população; no entanto, o genótipo TNFB2/B2 está associado com maior resposta inflamatória e alterações metabólicas que aumentam a chance de ocorrência do AVC Os resultados confirmam a intensa reação inflamatória e alterações metabólicas associadas ao AVC isquêmico agudo Desta forma, esta variante genômica pode interagir com outros fatores genéticos e ambientais criando um perfil favorável que contribua para o desenvolvimento e evolução do AVCItem Avaliação da presença das mutações nos genes KRAS e EGFR e o envolvimento da expressão proteica do receptor CXCR4 em pacientes com câncer colorretal(2024-02-23) Fernandes, Mayara Bocchi; Amarante, Marla Karine; Hirata, Bruna Karina Banin; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Vitiello, Glauco Akelinghton Freire; Pereira, Nathália de Sousa; Oliveira, Karen Brajão deO câncer colorretal (CCR) é uma doença multifacetada na qual ocorre um complexo processo de carcinogênese. Mutações nos genes KRAS e EGFR estão envolvidas no desenvolvimento e progressão do CCR, associadas a mau prognóstico e resistência a certas terapias. Além disso, o eixo CXCL12/CXCR4 e outras vias podem desempenhar papéis essenciais na criação de um ambiente de suporte para o avanço do tumor, evasão imunológica, angiogênese e metástase na carcinogênese do CCR. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar mutações nos genes KRAS e EGFR, perfil MSI e a expressão do receptor CXCR4 no CCR. Tratou-se de um estudo transversal, no qual foram avaliados 66 pacientes atendidos no Hospital do Câncer de Londrina (HCL), de ambos os sexos. A análise das mutações nos genes KRAS e EGFR foi realizada por meio de reação em cadeia da polimerase, seguida de restrição enzimática (PCR-RFLP) e a expressão de CXCR4 foi realizada através de imuno-histoquímica (IHQ). O HCL analisou a instabilidade de microssatélites através da expressão das proteínas de reparo de incompatilidade do DNA (MSH6, MSH2, MLH1, PMS2) por técnica de IHQ. Os demais parâmetros clinicopatológicos analisados, foram obtidos partir dos prontuários dos pacientes. A análise dos dados foi realizada por meio do coeficiente Tau de Kendall, adotando um nível de significância de 5%. A mediana da idade dos pacientes foi de 64 anos, com intervalo interquartil de 57,5 - 69,5 anos e 51,5% eram do sexo feminino. As frequências de mutações nos genes foram as seguintes: 40,9% no códon 12 de KRAS, 31,8% no códon 13 de KRAS e 1,5% no códon 21 do EGFR. Nenhum paciente apresentou mutação no códon 19 do EGFR. No presente estudo, a mutação no códon 13 de KRAS correlacionou-se com um maior estadiamento da doença (Tau = 0,259; p = 0,031), número de linfonodos regionais acometidos (Tau = 0,267; p = 0,040) e com a expressão de MSH6 (Tau = 0,174; p = 0,04). Já a mutação no códon 12 de KRAS, correlacionou-se com a idade avançada (Tau = 0,358; p = 0,006). Com relação a MSI, a maioria dos pacientes expressavam as proteínas de reparo de incompatibilidade do DNA, indicando uma estabilidade de microssatélites. Além disso, a expressão de MSH6 correlacionou-se com menor idade e a expressão de MLH1 e PSM2 correlacionou-se com um menor tamanho tumoral. Quanto ao perfil de imunomarcação do CXCR4, a expressão do receptor no tecido tumoral foi encontrada, em sua maioria, em pacientes positivos para o acometimento de linfonodos, com tamanho tumoral T3, estadiamento III, positivos para as proteínas de reparo de DNA e negativos para mutação nos códons 12 e 13 de KRAS. As mutações em genes associados com o processo de carcinogênese colorretal encontradas no presente estudo, estão diretamente relacionadas com condições clinicopatológicas mais avançadas da doença. Portanto, a utilização de biomarcadores na prática clínica faz-se importante para as decisões diagnósticas, prognósticas e preditivas do CCR, além de constituir a base da medicina personalizada.Item Avaliação da resposta imune T helper (Th) 1, Th2, Th17 e T Regulatória (Treg) em pacientes com PsoríaseAlcantara, Camila Cataldi de; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Karen Brajão deResumo: INTRODUÇÃO: A psoríase é uma doença mediada pelo sistema imunológico, poligênica e caracterizada por uma reação inflamação crônica A pele é o principal órgão acometido; no entanto, unhas e articulações também podem ser afetadas por lesões avermelhadas, secas e escamosas A etiologia da psoríase é desconhecida e acredita-se que fatores genéticos, ambientais e psicológicos podem estar envolvidos no desenvolvimento e exacerbação da doença O diagnóstico da psoríase é clínico pelo reconhecimento das lesões e não há, atualmente, biomarcadores laboratoriais que possam auxiliar no diagnóstico da doença O sistema imune cutâneo é caracterizado pelo predomínio de citocinas anti-inflamatórias como a Interleucina (IL) 1 e Fator de Transformação do Crescimento - beta (TGF-ß) que ajudam a manter a homeostase do tecido cutâneo No entanto, pacientes com psoríase tem alteração da resposta imune com predomínio de macrófago do tipo 1 (M1), que apresentam fenótipo pró-inflamatório e citocinas da resposta imune T helper (Th) 1 e Th17 A adiponectina é uma adipocina com atividade anti-inflamatória que exerce importante função no sistema imunológico e no metabolismo celular e que tem sido pouco estudada em pacientes com psoríase OBJETIVO: O objetivo principal desse estudo foi avaliar os perfis de citocinas pró- e anti-inflamatório e determinar modelos preditores que auxiliem no diagnóstico de psoríase SUJEITOS E MÉTODOS: Este é um estudo caso-controle que incluiu 146 participantes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 7 anos, sendo 7 pacientes com diagnóstico de psoríase atendidos no Ambulatório de Dermatologia do Ambulatório de Especialidade do Hospital Universitário de Londrina e 76 indivíduos saudáveis (grupo controle) selecionados entre doadores de sangue do Hemocentro Regional de Londrina As citocinas pró-inflamatórias (IL-2, IL-6, IL-12, IL-17, IFN-? e Fator de Necrose Tumoral – alfa (TNF-a)) e as citocinas anti-inflamatórias (IL-4, IL-1 e TGF-ß) foram quantificadas por imunofluorimetria utilizando a plataforma Luminex® A adiponectina foi quantificada utilizando a técnica de enzima imunoensaio (ELISA) As citocinas foram avaliadas individualmente e em perfis: pró-inflamatórios M1 (IL-1ß+IL-6+TNF-a), Th1 (IL-2+IL-12+IFN-?), Th17 (IL-6+IL-17) e Sistema de Resposta Imune-Inflamatória (IRS) que compreende M1+Th1+Th17 As citocinas anti-inflamatórias formaram os perfis Th2+T regulatória (Treg) (IL-4+IL-1+TGF-ß) e o sistema anti-inflamatório (IL-4+IL-1+TGF-ß+Adiponectina) Para verificar qual é o perfil predominante foram utilizados dois índices: a relação IRS/Th2+Treg e a relação IRS/Anti-inflamatório RESULTADOS: Participaram deste estudo 76 controles saudáveis, sendo 58 mulheres e 18 homens, com idade média de 46 anos e Índice de Massa Corporal (IMC) médio de 25,9 kg/m2 e 7 pacientes com psoríase, sendo 31 mulheres e 39 homens, com idade média de 53 anos e IMC médio de 29,7 kg/m2 O diagnóstico de psoríase foi fortemente associado à alteração dos níveis de citocinas sendo responsável por 82,9% de sua variância, com um impacto particularmente forte na variação nos níveis de IL-2 (46,3%), IL-12 (45,1%), IL-1 (53,2%) e adiponectina (4,1%) Os níveis plasmáticos de TGF-ß e de adiponectina foram significativamente menores, enquanto, todas as demais citocinas (exceto IFN-?), estavam elevadas em pacientes com psoríase quando comparadas aos controles saudáveis Com exceção da relação IRS/Th2+Treg e do Índice Anti-inflamatório, que não demonstraram resultados significativos, todos os demais perfis foram associados ao diagnóstico de psoríase Os resultados também demonstraram que a psoríase exerce forte efeito sobre Th1 (29,3%), IRS (23,8%) e Th2+Treg (23,3%) Além disso, M1, Th1, Th17, Th2+Treg e a relação IRS/Anti-inflamatório estavam significativamente mais elevados em pacientes comparados aos controles A combinação dos perfis IRS e Th2+Treg (associados positivamente) com a adiponectina (associada negativamente) pode predizer a psoríase com 97,1% de sensibilidade e 94,% de especificidade CONCLUSÃO: Desta forma, é possível concluir que a psoríase é caracterizada pelo aumento dos perfis M1, Th1, Th2 e Th17 e pela redução de TGF-ß e adiponectina Além disso, nosso estudo propôs um modelo baseado em níveis elevados de IRS e Th2+Treg juntamente com níveis reduzidos de adiponectina que pode ser utilizado para a validação do diagnóstico de psoríase Assim, observou-se que a adiponectina desempenha um importante papel na modulação da resposta inflamatória crônica na psoríase, podendo vir a ser um novo alvo para o tratamento de psoríaseItem Avaliação das variantes dos genes da interleucina-10 (rs1800872) e do fator transformador de crescimento beta-1 (rs1800469) em pacientes com doença inflamatória intestinalGalvão, Talita Cristina; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Oliveira, Karen Brajão deResumo: Introdução: Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são doenças crônicas, imunomediadas, que afetam o trato gastrointestinal DII consistem em dois subtipos: Retocolite Ulcerativa (RCU) e doença de Crohn (DC) Acredita-se que as DII se desenvolvam como resultado de interações entre fatores ambientais, microbianos e imunomediados em um hospedeiro geneticamente suscetível No geral, citocinas anti-inflamatórias desempenham um papel na DII incluindo a interleucina 1 (IL-1) e o fator transformador do crescimento ß (TGF-ß) As diferenças na produção de citocinas têm sido associadas a variações genéticas nas regiões gênicas relacionadas à estas citocinas Diferenças individuais na síntese de citocinas poderiam explicar a suscetibilidade à DII e sua heterogeneidade fenotípica Estudos sobre a influência das variantes genéticas de TGFß1 e IL1 na patogênese da DII foram publicados com resultados controversos Objetivo: Avaliar a associação entre DII, RCU e DC e as variantes genéticas TGFB1 -59 C>T (rs18469) e IL1 -592 C>A (rs18872) e examinar a associação entre essas variantes e as citocinas presentes na DII, assim como verificar a associação com a atividade das doenças Sujeitos e Métodos: O estudo incluiu 178 pacientes com DII, 89 com RCU e 89 com DC, de ambos os sexos e com idades entre 18 e 7 anos, recrutados no Ambulatório de Gastroenterologia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Sul do Brasil e 171 indivíduos saudáveis A atividade da doença foi estabelecida pelos escores parcial, total e endoscópico MAYO para RCU e Índice de Atividade da Doença de Crohn (CDAI) para DC Após jejum de 12 horas, foram obtidas amostras de sangue venoso Os níveis plasmáticos de TGF-ß1 e IL-1 foram avaliados usando um sistema de detecção baseado em imunofluorometria O DNA foi extraído das células sanguíneas periféricas usando um kit comercial A concentração de DNA foi medida em 26 nm Para genotipar a IL1 -592 C>A, após a amplificação de um fragmento de 154 pb do gene IL1, este foi submetido à digestão com a enzima de restrição RsaI Os produtos de digestão foram analisados de acordo com o polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição (RFLP) As variantes TGFB1 -59 C>T foram genotipadas pelo ensaio de discriminação alélica TaqMan no sistema de reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR) Resultados: Os pacientes com DII não diferiram na idade, sexo, etnia e índice de massa corporal dos controles (p> ,5) Os níveis de IL-1 e TGF-ß1 aumentaram significativamente nas DII em comparação ao grupo controle (p <,1) A variante IL1 -592 C>A não foi associada a pacientes com DII, RCU ou DC O TGFB1 -59 C>T não apresentou diferença significativa na DII, na RCU e na DC e nos pacientes quando comparados aos controles no modelo alélico (p = ,418; p = ,653; p = ,381, respectivamente) O genótipo IL1 CC da variante -592 C>A apresentou maiores níveis plasmáticos de TGF-ß1 (p=,35) Os níveis plasmáticos de IL-1 e TGF-ß1 não diferiram entre os pacientes com RCU (p=,553; p=,51, respectivamente) em relação a remissão da doença avaliada pelo escore total de MAYO Não houve associação entre o escore total de MAYO e IL1 -592 C>A no modelo codominante, dominante ou recessivo em pacientes com RCU [(CC vs CA p=,492; CC vs AA p=,13); (CC vs CA+AA; p=,243), (CC+CA vs AA; p=,127) respectivamente], e no modelo genotípico do TGFB1 -59 C>T [(CC vs CT p=,8; CC vs TT p=,846); (CC vs CT+TT; p=,143), (CC+CT vs TT; p=,693) respectivamente Em relação aos pacientes com DC, os níveis de IL-1 foram maiores em pacientes com Índice Endoscópico de Gravidade da Doença de Crohn (CDEIS) >8 quando comparados com CDEIS =8 (p=,46) Níveis de TGF-ß1 não diferiram entre grupos em relação ao CDEIS (p=362) A variante genética da IL1 e TGFB1 não mostraram diferenças significativas em pacientes com DC em relação ao CDEIS em nenhum modelo de genótipo [(CC vs CA p=891; CC vs AA p=,46); (CC vs CA+AA; p=,922), (CC+CA vs AA; p=,418) respectivamente] e [(CC vs CT p=,472; CC vs TT p=,439); (CC vs CT+TT; p=,44), (CC+CT vs TT; p=566) respectivamente] Conclusão: Pacientes com DII apresentam níveis mais elevados de IL-1 e TGF-ß1, tanto na DC quanto na RCU, quando comparados com os controles O genótipo IL1 CC da variante -592 C>A foi associado a maiores níveis plasmáticos de TGF-ß O genótipo TGFB1 TT da variante -59 C>T foi associado a níveis mais altos de TGF-ß1 em pacientes com RCU A descoberta de novas variantes genéticas associadas às DII pode contribuir para o tratamento personalizado destes pacientesItem Avaliação de biomarcadores bioquímicos, genéticos e de estresse oxidativo/nitrosativo em indivíduos com doença de Parkinson em Londrina, ParanáBaltus, Thiago Hissnauer Leal; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Casagrande, Rubia; Cadoná, Francine CarlaResumo: A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente no mundo, e é causada por uma destruição progressiva de neurônios dopaminérgicos na substância nigra pars compacta (SNpc) Isto compromete o equilíbrio e vias de outros neurotransmissores (como acetilcolina, noradrenalina e serotonina) e resulta no desenvolvimento de sintomas motores (bradicinesia, rigidez muscular, tremor em repouso e perda de estabilidade postural) e não-motores (distúrbios autonômicos, alterações do sono, depressão e demência) Nos neurônios também são observadas inclusões citoplasmáticas de agregados de a-sinucleína denominadas Corpúsculos de Lewy (CL) que, juntamente com os sintomas motores clássicos, determinam o diagnóstico patognomônico da DP Alterações genéticas foram identificadas como responsáveis por cerca de 1% dos casos, relacionadas principalmente com a produção de a-sinucleína defeituosa, disfunções mitocondriais e falhas na execução de processos autofágicos Entretanto, a causa da destruição neuronal para os demais casos ainda permanece desconhecida e indícios sugerem a ação de múltiplos fatores O estresse oxidativo/nitrosativo (EO/EN) desempenha um papel singular no desenvolvimento da doença por estar envolvido na formação de CL, no dano mitocondrial e na neuroinflamação, resultando em dano crônico a importantes biomoléculas Apesar do seu papel ser extensivamente estudado na DP, alterações genéticas de elementos que possam modular favoravelmente o EO/EN ainda não são completamente conhecidas Considerando isso, foram selecionados polimorfismos genéticos que poderiam influenciar o equilíbrio redox e a inflamação para um quadro pró-oxidativo/nitrosativo Assim, os objetivos deste trabalho foram identificar a distribuição dos genótipos dos polimorfismos -94 ATTG ins/del NFKB1 (rs28362491); c*126G>A NFKBIA (rs696); e c47C>T MnSOD (rs488) em indivíduos com DP e sujeitos livres de doença; avaliar os biomarcadores de EO/EN: hidroperóxidos lipídicos (LOOH), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), metabólitos do óxido nítrico (NOx), grupamentos sulfidrila (SH), atividade da paraoxonase-1 (PON-1), capacidade total antioxidante (TRAP), e os biomarcadores bioquímicos: colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), e lipoproteínas de alta e baixa densidade (HDL e LDL, respectivamente) em todos os participantes; e avaliar possíveis associações entre os polimorfismos genéticos e os biomarcadores bioquímicos e de EO/EN 11 indivíduos foram convidados a participarem do estudo, sendo 55 na composição do grupo caso e 55 para a composição do grupo controle Todos os polimorfismos foram avaliados nos modelos genéticos codominante (AA x Aa x aa), dominante (AA x Aa + aa) e recessivo (aa x AA + Aa) A distribuição dos polimorfismos, nos três modelos genéticos foi semelhante entre os grupos No grupo caso, o genótipo del/del do polimorfismo NFkB1 foi associado a níveis elevados de LOOH no modelo dominante e níveis elevados de SH no modelo codominante No polimorfismo NFkBIA, níveis elevados de NOx foram associados ao genótipo GA no modelo codominante, e à combinação genotípica AA + GA, no modelo recessivo Não foi observada diferença na distribuição dos biomarcadores de EO/EN em relação aos genótipos/modelos avaliados no polimorfismo MnSOD Entre os grupos, níveis elevados de LOOH e reduzidos de NOx foram observados no grupo caso, reforçando o possível envolvimento do EO/EN na DP Desta forma, é possível concluir que a identificação de alterações genéticas de elementos envolvidos na inflamação e EO/EN pode representar um potencial foco na elucidação da etiologia da doençaItem Avaliação de parâmetros de estresse oxidativo em neoplasias benignas e malignas de cabeça e pescoçoAndrade, Lucas Rennan de Oliveira; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Marinello, Poliana CamilaResumo: O termo neoplasia de cabeça e pescoço faz referência a um conjunto de tumores benignos ou malignos, localizados anatomicamente no trato aerodigestivo superior Podem surgir em vários locais como nas mucosas da boca em regiões como lábios, base da língua, língua, assoalho bucal e palato duro, e na faringe em regiões como orofaringe, hipofaringe e nasofaringe Em grande parte das situações, a distinção entre tumores benignos e malignos é baseada em aspectos morfológicos Entretanto, em determinadas situações não existe concordância entre os aspectos do tumor com seu comportamento biológico dificultando o diagnóstico correto Sabendo do envolvimento do estresse oxidativo no desenvolvimento de vários tipos de neoplasias, o objetivo desse trabalho foi determinar os parâmetros de estresse oxidativo sistêmico em pacientes com alterações benignas e malignas em cabeça e pescoço Após aprovação pelo conselho de ética, (CEP-UEL nº 359521), foram incluídos 35 indivíduos saudáveis de um banco de dados em nosso laboratório, formando o grupo controle (n=35) No grupo experimental, foram coletadas amostras de sangue de 4 pacientes com lesões benignas e malignas em região de cabeça e pescoço, que foram divididos em dois grupos: BENIGNO (n=9) e CECP (n=31) As amostras de sangue coletadas foram utilizadas para avaliação de parâmetros de estresse oxidativo sistêmico Um questionário para avaliação de dados clínicos patológicos também foi coletado Quanto às análises de estresse oxidativo sistêmico, foram avaliados nos eritrócitos a defesa antioxidante mediados pela Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT) e Glutationa Reduzida (GSH), além da lipoperoxidação de membrana Os resultados para SOD e CAT mostraram que a atividade dessas enzimas foi maior em relação ao grupo controle Na análise da GSH, somente o grupo CECP apresentou níveis significativamente reduzidos em relação ao controle Quando o grupo BENIGNO foi comparado ao CECP nenhuma diferença significativa foi encontrada para os parâmetros citados Além disso a capacidade conter a lipoperoxidação foi significativamente menor no grupo BENIGNO e CECP Quando comparado entre si, não foram observadas diferenças relevantes Pelas análises realizadas, o estresse oxidativo a nível sistêmico foi mais pronunciado em pacientes com neoplasias benignas e malignas em relação ao grupo controle A análise comparativa entre os grupos não mostrou diferenças estatisticamente relevantes nos marcadores de estresse utilizados neste estudo, o que indica e justifica um aumento do estudo dos tipos de marcadores para estresse oxidativo em neoplasias de cabeça e pescoçoItem Avaliação do polimorfismo genético Delta32 (rs333) do receptor de quimiocina 5 em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico atendidos em Londrina, ParanáBaltus, Thiago Hissnauer Leal; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Losi-Guembarovski, Roberta; Oliveira, Karen Brajão deResumo: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma desordem inflamatória crônica, autoimune sistêmica e de etiologia multifatorial Caracterizado por ampla perda de tolerância imunológica a autoantígenos, com ativação do sistema imunológico, produção de autoanticorpos e formação de imunocomplexos Variações em genes que regulam a expressão de citocinas podem desempenhar um importante papel na susceptibilidade, atividade e progressão da doença Os objetivos deste estudo foram determinar a frequência do polimorfismo genético ?32 (rs333) do receptor de quimiocina 5 (CCR5?32) em pacientes com LES e em controles saudáveis e avaliar a associação entre este polimorfismo e as características clínicas e laboratoriais dos pacientes com LES Foram avaliadas 12 mulheres com LES atendidas no Ambulatório de Reumatologia do Ambulatório do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina e 132 mulheres saudáveis atendidas no Hemocentro Regional de Londrina, controladas quanto à idade, etnia e índice de massa corpórea (IMC) Dados demográficos, antropométricos, clínicos e laboratoriais foram obtidos por consulta a prontuários e pelo banco de dados do Programa LABHOS do Hospital Universitário da UEL A atividade da doença foi avaliada pelo Índice de Atividade de Doença (SLEDAI) O DNA genômico foi extraído de células do sangue periférico e o gene CCR5 foi amplificado pela reação em cadeia da polimerase (PCR) utilizando primers específicos Entre as pacientes, 84,2% apresentaram o genótipo CCR5/CCR5 e 15,8% apresentaram o genótipo CCR5/CCR5?32; entre os controles, 96,2% apresentaram o genótipo CCR5/CCR5 e 3,8% apresentaram o genótipo CCR5/CCR5?32 Diferenças significativas foram observadas em pacientes e controles portadoras do genótipo CCR5/CCR5?32 (p = ,12; odds ratio (OR): 4,77; intervalo de confiança (IC) 95% 1,72 – 13,24), assim como nas portadoras do alelo CCR5?32 (p = ,15; OR: 4,45; IC 95% 1,65-12,2), indicando uma maior chance de desenvolvimento da doença quando comparadas com pacientes e controles do genótipo homozigoto selvagem Entre as pacientes Caucasianas, 81,% apresentaram o genótipo CCR5/CCR5 e 19,% apresentaram o genótipo CCR5/CCR5?32 Entre as pacientes não Caucasianas, 9,2% apresentaram o genótipo CCR5/CCR5 e 9,8% apresentaram o genótipo CCR5/CCR5?32 Entre as mulheres saudáveis Caucasianas, 96,% apresentaram o genótipo CCR5/CCR5 e 4,% apresentaram o genótipo CCR5/CCR5?32 Diferenças significativas também foram encontradas quando comparadas, entre pacientes e controles da etnia Caucasiana, a frequência dos genótipos (p=,25; OR: 5,56; IC 95% 1,76-17,54) e dos alelos (p=,32; OR: 5,9; IC 95% 1,65-15,66) Em geral, as pacientes portadoras do genótipo CCR5/CCR5?32 apresentaram menor idade de início da doença (p=,32), níveis mais elevados de leucócitos (p=,56) e maior frequência de reatividade aos anticorpos anti-dsDNA (p=,484) comparadas às pacientes com o genótipo selvagem Pacientes Caucasianas portadoras do genótipo CCR5/CCR5?32 também apresentaram menor idade de início da doença (p=,276), níveis mais elevados de leucócitos (p = ,471) e maior frequência de reatividade aos anticorpos anti-dsDNA (p=,25) comparadas às pacientes com o genótipo selvagem Entre as pacientes não Caucasianas não foram observadas diferenças nas características clínicas e laboratoriais de acordo com os genótipos (p>,5) A menor expressão do CCR5 na membrana das células das portadoras do alelo CCR5?32 levaria a uma menor resposta inflamatória do padrão Th1 e, por consequência, a um maior envolvimento da resposta com padrão Th2 fortemente associada à resposta humoral autoimune, com produção aumentada de autoanticorpos anti-dsDNA, sugerindo uma evolução clínica mais grave Os resultados sugerem que este polimorfismo está associado com a presença de LES em mulheres Caucasianas e que o genótipo CCR5/CCR5?32 e o alelo CCR5?32 conferem maior susceptibilidade ao LES e maior atividade da doença nestas pacientesItem Avaliação do polimorfismo genético NcoI do fator de necrose tumoral B, marcadores inflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo como preditores da incapacidade, progressão da doença e depressão na esclerose múltiplaKallaur, Ana Paula; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón; Oliveira, Karen Brajão de; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: Introdução: Existem evidências de que mecanismos inflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo exercem importante papel na fisiopatologia da esclerose múltipla (EM) e depressão Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o polimorfismo genético NcoI do fator de necrose tumoral (TNF)-ß (rs99253), marcadores inflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo (IO&NS) como preditores da incapacidade neurológica, progressão da doença e presença de depressão em pacientes com EM Métodos:Inicialmente, foi realizado um delineamento caso-controle com 212 pacientes com EM (15 mulheres e 62 homens), sendo 15 com a forma clínica remitente recorrente (EMRR) e 61 com as formas progressivas Posteriormente, foi realizado um estudo longitudinal com seguimento ambulatorial durante 5 anos Como controle, foram inseridos 249 indivíduos saudáveis (17 mulheres e 72 homens) O diagnóstico de EM foi realizado segundo os critérios revisados de McDonald; a incapacidade neurológica foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) em 26 e 211 e os pacientes foram divididos com incapacidade leve (EDSS < 3) e moderada ou grave (EDSS ? 3) A progressão da doença foi avaliada pelo aumento do EDSS no período de estudo e pela diferença entre os valores de EDSS obtidos em 26 e 211 (?EDSS) A atividade da doença foi avaliada pela presença de lesões gadolínio-positivas observadas na ressonancia magnética nuclear (RMN) A depressão foi avaliada pela Escala de Depressão e Ansiedade do Hospital (HADS), sendo considerado paciente com depressão quando o escore > 8, A dependência de nicotina foi identificada pelos critérios revisados do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais O polimorfismo genético NcoI do TNF-ß foi determinado pela reação em cadeia da polimerase e polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) com a identificação de 3 genótipos: GG (TNB1/B1), GA (TNFB1/B2) e AA (TNFB2/B2) Foram avaliados os níveis séricos da interleucina (IL)-1ß, IL-6, TNF-a, interferon (IFN)-?, IL-4, IL-1, IL-17, proteína C reativa (PCR), albumina e ferritina Foram determinados os níveis plasmáticos de hidroperóxido (CL-LOOH), proteínas carbonílicas, produtos avançados da oxidação de proteínas (AOPP), metabólitos do óxido nítrico (NOx) e a capacidade total antioxidante do plasma Resultados:A média (± devio-padrão) do EDSS em 26 foi 1,62 ± 2,1 e em 211 foi 3,16 ± 2,29 e a duração da doença foi de 7,34 ± 7, anos Os níveis de IL-1, TNF-a, IFN-?, AOPP e NOx foram mais elevados e os de IL-4 foram menores em pacientes com EDSS =3 comparados aos obtidos em pacientes com EDSS < 3, quando avaliados em 211 (p=,5) O aumento do EDSS no período 26-211 foi positivamente associado aos níveis de TNF-a e IFN-? Níveis aumentados de IFN-? foram associados aos sintomas piramidais (p=,41) e níveis aumentados de IL-6 foram associados a sintomas sensitivos (p=,29) Níveis aumentados de proteínas carbonílicas e IL-1, assim como níveis diminuídos de albumina mostraram-se preditores dos sintomas cerebelares (p=,12, p=,36 e p=,17, respectivamente) O genótipo GA (TNFB1/B2) do polimorfismo NcoI do TNF-ß foi associado com menor risco de progressão dos sintomas piramidais (p=,1) O tratamento com IFN-ß e acetato de glatiramer reduziu os níveis de TNF-a mas não alterou os outros biomarcadores de IO&NS e progressão da doença Níveis aumentados de IL-6 e diminuídos de IL-4 e albumina foram associados com a presença de depressão nos pacientes com EM (p=,3, p=,44 e p=,13, respectivamente) A regressão logistica binária mostrou que pacientes EM com depressão (versus sem depressão) apresentaram mais sintomas intestinais e progressão da doença, níveis aumentados de IL-6 e diminuídos de albumina (p=,1, p=,3, p=,1 e p=,41, respectivamente) Em indivíduos com EM, a presença de sintomas piramidal, intestinal e visual foram preditores dos escores de HADS; 58,% da variação no HADS foram devidas a sintomas intestinais e visuais, assim como negativamente associados ao genótipo GA (TNFB1/B2) e lesões gadolínio-positivas na RMN Conclusão: Os marcadores inflamatórios e do estresse oxidativo (IO&NS) e o genótipo GA (TNFB1/B2) do polimorfismo NcoI do TNF-ß foram preditores de maior incapacidade na EM e associados com diferentes índices da progressão da doença, quando avaliada pelo EDSS e sintomas específicos, incluindo progressão dos sintomas piramidais, sensitivos e cerebelares Como os medicamentos modificadores da atividade da doença utilizados pelos pacientes não afetaram os biomarcadores do estresse oxidativo e nitrosativo e que estes biomarcadores foram preditores da progressão da doença, estes resultados sugerem que novos tratamentos da EM podem ter como alvo as vias do estresse oxidativo e nitrosativo Outra conclusão importante do estudo é que a EM com depressão está associada com sinais de inflamação periférica, maior incapacidade, progressão da doença, sintomas intestinais e visuais, mas com menor atividade aguda da doença avaliada pela presença de lesões gadolínio-positivas quando comparada com EM sem depressão Estes resultados sugerem que a depressão é parte dos sintomas neurológicos da EM e que o aparecimento deste sintoma é influenciado pela inflamação periférica enquanto neuroinflamação aguda e o genótipo GA (TNFB1/B2) parecem desencadear papel protetor para o aparecimento dos sintomas depressivosItem Avaliação dos efeitos da variante genética MTHFR 677c>T (rs1801133) sobre a suscetibilidade à esclerose múltipla, incapacidade por agravamento e progressão da doença(2024-04-18) Ribeiro, Claudia Mara; Reiche, Edna Maria Vissoci; Maciel, Damacio Ramon Kaimen; Oliveira, Karen Brajão de; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Luz, Tamires Flauzino; Oliveira, Sayonara RangelIntrodução: Vários mecanismos fisiopatológicos estão envolvidos na patogênese da esclerose múltipla (EM), entre eles a elevação dos níveis da homocisteína (Hcy). Variantes no gene MTHFR associadas ao aumento da Hcy são descritas; no entanto, os resultados são conflitantes sobre seu papel na fisiopatologia da EM. Objetivos: Realizar uma revisão da literatura sobre a relação entre a variante genética MTHFR 677C>T, níveis de Hcy, vitamina B12 e folato e sua associação com a suscetibilidade e fisiopatologia da EM; avaliar os efeitos da variante genética MTHFR 677C>T (rs1801133) sobre a suscetibilidade, incapacidade e progressão da doença. Métodos: Na revisão da literatura, utilizou-se as bases de dados PubMed/US National Library of Medicine/USA para a busca de artigos originais publicados no idioma Português e Inglês, no período de 1990 a 2023. Realizou-se, também, um estudo caso-controle em que foram avaliados 163 pacientes com EM e 226 indivíduos controles. O grau de incapacidade dos pacientes foi avaliado pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) e a progressão da doença foi avaliada pela escala Multiple Sclerosis Severity Score (MSSS). A genotipagem da variante MTHFR 677C>T foi realizada pela reação em cadeia da polimerase em tempo real. Foram avaliados os valores plasmáticos de marcadores inflamatórios como a proteína C reativa (PCR), interleucina (IL)2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17, interferon (IFN)-?, fator de necrose tumoral (TNF)-a e seus receptores solúveis (sTNFR1 e sTNFR2) e marcadores metabólicos como homocisteína, folato, 25 hidroxivitamina D [25(OH)D] e adiponectina. Dois novos escores foram propostos: índice de atividade inflamatória (IAI) composto pelos valores de citocinas de macrófagos M1 (IL-6 e TNF-a) + citocinas Th1 (IL-2 e IFN-?) + citocinas Th17 (IL-6 e IL-17) e citocinas regulatórias Th2 +T regulatórias (IL-4 e IL-10) e TNF-a+sTNFR1+sTNFR2; índice de gravidade da EM composto por o diagnóstico da EM + EDSS + MSSS. Resultados: No artigo 1, foram selecionados 30 estudos que avaliaram a associação dos níveis de Hcy, folato e vitamina B12 entre os pacientes com EM e indivíduos saudáveis. Os principais resultados encontrados foram: 18 estudos descreveram valores elevados de Hcy em pacientes com EM comparados aos controles; em relação aos valores de folato, 3 estudos mostraram diminuição e 1 estudo mostrou aumento nos pacientes com EM comparados aos controles. Em relação aos valores de vitamina B12, 8 estudos os valores foram menores nos pacientes comparados aos controles. Quando avaliada a possível associação entre a variante genética MTHFR 677C>T e a EM, foram selecionados 11 estudos realizados em diferentes populações; 5 artigos mostraram associação e 6 apresentaram resultados discordantes. No artigo 2, os resultados mostraram que a variante genética MTHFR 677 C>T não foi associada com a suscetibilidade à EM, incapacidade por agravamento e progressão da incapacidade (p>0,05); 21,8% da variação da incapacidade foi explicada pela idade, IAI e PCR (todos positivamente associados); 54,4% da variação do índice de gravidade foi devido a idade, IAI, Hcy, folato e PCR (todos positivamente) e adiponectina, sexo masculino, índice de massa corporal variante MTHFR 677 C>T no modelo recessivo e 25(OH)D (todos negativamente). Em pacientes e controles, 16,6% da variação nos valores de Hcy foram explicados pelo genótipo em homozigose (TT) da variante do MTHFR, sexo masculino e idade (positivamente associados) e folato (negativamente associado). Conclusão: Pelo artigo 1 verificou-se que os valores de Hcy foram mais consistentemente elevados em pacientes com EM, enquanto os níveis de folato e vitamina B12 foram conflitantes. Em relação à associação entre a variante genética MTHFR 677C>T e EM em populações distintas, 5 estudos mostraram associação, enquanto 6 estudos mostraram resultados discordantes, portanto, há necessidade de mais estudos em outras populações. No artigo 2, os resultados mostraram que não houve associação entre os genótipos da variante 677 C>T do MTHFR e a EM, incapacidade por agravamento e progressão da doença; no entanto, o genótipo TT desta variante mostrou efeitos indiretos sobre a suscetibilidade à EM e agravamento da incapacidade, e estes efeitos seriam mediados pela HcyItem Avaliação dos marcadores inflamatórios, metabólicos, hormonais e de estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com esclerose múltipla : um estudo de seguimentoPereira, Wildéa Lice de Carvalho Jennings; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Oliveira, Karen Brajão de; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón; Oliveira, Sayonara Rangel de; Carrilho, Alexandre; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: Introdução: Fatores genéticos, hormonais, ambientais e alterações nas vias metabólicas e imunológicas desempenham um papel importante no desenvolvimento e no curso clínico da esclerose múltipla (EM) Além disso, uma associação entre prolactinemia com sexo, incapacidade e formas clínicas dos pacientes com EM foi relatada com resultados conflitantes Objetivo: Avaliar o papel de biomarcadores inflamatórios, metabólicos, hormonais, de estresse oxidativo e nitrosativo (IMO&NS) na incapacidade, progressão da doença e formas clínicas, bem como a associação de prolactina com formas clínicas e acúmulo de incapacidade ao longo do tempo em pacientes com EM durante 16 meses Métodos: Foi realizado um estudo longitudinal com a inclusão de 14 pacientes com EM, nas formas recorrente-remitente (EMRR) e progressivas de EM (EMProg) que incluíram as formas primariamente progressiva (EMPP) e secundariamente progressiva (EMSP) Os dados clínicos e laboratoriais foram obtidos na admissão (T) e após oito (T8) e 16 meses (T16) da inclusão no estudo A Escala do Estado de Incapacidade (EDSS) foi aplicada em T, T8 e T16 e a variação dos escores de EDSS entre os tempos (?EDSS) foi calculada Valores de ?EDSS (como variável contínua ou dicotomizada como = ou >) foram usados para avaliar a progressão da incapacidade da doença Os resultados foram expressos, também, como escores compostos ponderados por unidades z Resultados: No primeiro artigo, foram avaliados 14, 128 e 122 pacientes com EM em T, T8 e T16, respectivamente A incapacidade em T, T8 e T16 foi maior entre pacientes com EMProg do que aqueles com EMRR Destes, 47 pacientes apresentaram acúmulo de incapacidade, aumentando de 3,4 (T) para 4,5 (T8) e para 5,1 (T16) Idade, frequência de tabagismo, paratormônio (PTH) e homocisteína foram maiores, enquanto o ácido fólico foi menor entre esses pacientes A variação da incapacidade (?EDSS) foi positivamente associada à hipertensão arterial sistêmica (HAS), idade, proteína C-reativa avaliada por método ultrassensível (usPCR), interleucina (IL)-17 e produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) e negativamente associada ao ácido fólico e cálcio A variação do ?EDSS de T8 a T16 foi predita pela redução de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] e ácido fólico de T a T8, e um aumento dos escores compostos pelas citocinas zIL-6+zIL-17-zIL-4 de T a T8 Além disso, 4,3% do ?EDSS em T16 foi explicado pela HAS, idade, tabagismo e o escore homocisteína-ácido fólico em T16 (positivamente), 25(OH)D em T8 (negativamente) e zIL-6+zIL-17-IL- 4 (positivamente) em T16 PTH, IL-6 e IL-4 foram mais elevados e 25(OH)D foi menor entre os pacientes com EMProg do que aqueles com EMRR No segundo artigo, avaliamos os níveis séricos de prolactina e ferritina em 12 pacientes com EM, sendo 11 com EMRR e 19 com EMProg Em uma primeira análise, a prolactina foi associada à incapacidade ao longo do tempo, mas após a introdução da idade e sexo na análise estatística, os efeitos da prolactina na incapacidade deixaram de ser significativos Prolactina e ferritina não diferiram ao longo do tempo entre os dois grupos de estudo Da mesma forma, após a introdução de idade e sexo como variáveis confundidoras, os efeitos do diagnóstico sobre os níveis de prolactina deixaram de ser significativos (P = ,563) A fim de avaliar o papel da prolactina na resposta inflamatória em pacientes com EM, avaliamos a associação de prolactina com ferritina O resultado mostrou que a prolactina estava associada negativamente à ferritina (P < ,1) e que o diagnóstico de RRMS e ProgMS e o tempo (T, T8 e T16) não tiveram efeitos significativos nos níveis de ferritina (P = ,927 e P = ,358, respectivamente) No entanto, após a introdução de idade e sexo, esta associação entre prolactina e ferritina não foi mais significativa (P = ,599), enquanto o diagnóstico (mas não o tempo) tornou-se significativo (P = ,1) A ferritina foi maior nos pacientes com EMRR do que nos com EMProg (239,5 ± 1,3 ng /mL versus 131,5 ± 21,7 ng/mL) após o ajuste para idade e sexo Além disso, 21,6% da variação da incapacidade foi predita pela idade (P < ,1) e sexo (P = ,49), enquanto a prolactina não foi significativa Conclusões: Os resultados mostraram que um conjunto de biomarcadores IMO&NS, juntamente com HAS e idade, foi fortemente associado com mudanças na incapacidade de pacientes com EM durante 16 meses de seguimento A ativação imune e o metabolismo do PTH e do ácido fólico e homocisteína, bem como os baixos níveis de 25(OH)D e cálcio, desempenham um papel na progressão da EM e de suas formas clínicas Esses biomarcadores podem ser úteis como possíveis biomarcadores laboratoriais para prever a progressão da incapacidade ao longo do tempo em pacientes com EM Além disso, os resultados sugeriram que os efeitos da prolactina na incapacidade de pacientes com EM relatados previamente podem ser um resultado espúrio, porque essas correlações refletem as associações positivas de idade com a incapacidade e a associação negativa da idade com a prolactinaItem Avaliação dos metais essenciais e biomarcadores inflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com esclerose múltiplaMezzaroba, Leda; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Simão, Andréa Name Colado; Oliveira, Karen Brajão de; Breganó, José Wander; Oliveira, Sayonara Rangel deResumo: Introdução: O desequilíbrio entre moléculas inflamatórias e anti-inflamatórias e oxidantes e antioxidantes tem sido implicado na desmielinização e dano axonal na esclerose múltipla (EM) Além disso, a quebra da homeostase de metais essenciais no sistema nervoso central (deficiência ou acúmulo) pode estar envolvida na patogênese de doenças neurodegenerativas Objetivos: Revisar o papel do zinco, cobre, manganês e ferro em doenças neurodegenerativas como doença de Alzheimer (DA), doença de Parkinson (DP) e EM e avaliar os biomarcadores imunoinflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo (IO&NS) em pacientes com EM Sujeitos e Métodos: Na revisão, utilizou-se a base de dados PubMed/US National Library of Medicine/USA, de 28 a 218 Realizou-se, também, um estudo caso-controle com 174 pacientes com EM e 182 controles Os biomarcadores IO&NS analisados no plasma foram fator de necrose tumoral (TNF)-a, receptores solúveis de TNF (sTNFR)1 e (sTNFR)2, adiponectina, hidroperóxidos lipídicos, metabólitos de óxido nítrico (NOx), TRAP, grupamentos sulfidrila (SH) e níveis séricos de zinco Na análise estatística empregou-se técnicas de estudo de aprendizagem por máquina e modelos matemáticos como Support Vector Machine (SVM), cálculo da área sob a curva ROC (AU/ROC) e testes de rede neural Resultados: Com a revisão, concluiu-se que a diminuição de zinco compromete a resposta imune inata e adaptativa e reduz sua capacidade antioxidante, enquanto que o aumento de íons cobre, manganês e ferro gera estresse oxidativo, injúrias permanentes, apoptose e morte celular No estudo caso-controle, os resultados mostraram associação entre EM e o perfil oxidante/antioxidante e que o diagnóstico de EM exerceu forte efeito sobre os biomarcadores avaliados, explicando 68,2% da suas variâncias, com forte efeito nos níveis de adiponectina (45,1%), zinco (36,8%), TRAP (36,8%) e efeito moderados nos níveis do sTNFR2 (16,7%) e TNF-a (14,7%) Níveis aumentados de zinco foram associados com menor probabilidade de desenvolvimento de EM [odds ratio (OR): ,12, p=,9], bem como de adiponectina (OR: ,11, p=,3), TRAP (OR: ,19, p=,2) e grupos SH (OR: ,223, p=,25) Por outro lado, níveis elevados de sTNFR2 foram associados com maior probabilidade de desenvolvimento de EM (OR: 5,6, p=,16) A combinação de zinco, adiponectina, TRAP, grupos SH e sTNFR2 formou o melhor modelo de biomarcadores para auxiliar no diagnóstico de EM (p<,1), no qual 97,4% dos sujeitos foram corretamente classificados com sensibilidade de 98,7% especificidade de 91,7% Os biomarcadores TRAP e adiponectina foram os mais importantes neste modelo, seguidos à distância pelo zinco e sTNFR2 Conclusões: O equilíbrio dos níveis de zinco, cobre, manganês e ferro exerce papel fundamental na manutenção da homeostase do SNC Os resultados do estudo caso-controle ressaltaram que a EM é caracterizada por níveis elevados de oxidantes e diminuídos de antioxidantes e que a capacidade antioxidante total do plasma, adiponectina, zinco, grupos SH e sTNFR2 desempenham um papel importante na fisiopatologia da EM A combinação destes biomarcadores constitui um modelo que pode ser incorporado no diagnóstico da EM, com alta sensibilidade, especificidade e acurácia, assim como as vias envolvidas com esses biomarcadores podem ser avaliadas como potenciais alvos para uma terapia individualizada de pacientes com EMItem Avaliação dos níveis séricos de vitamina D, marcadores inflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com esclerose múltiplaOliveira, Sayonara Rangel; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Oliveira, Karen Brajão de; Dichi, Isaías; Delfino, Vinícius Daher Alvares; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: Introdução: Esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica, desmielinizante, imuno-mediada, com envolvimento de muitos processos lesivos e de etiologia desconhecida A identificação de novos preditores da doença para auxiliar no diagnóstico, prognóstico, classificação das formas clínicas ou monitoração da eficácia terapêutica é de grande importância devido à heterogeneidade clínica e complexidade da EM Objetivos: O objetivo do presente estudo foi avaliar os níveis séricos de vitamina D e marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com EM Materiais e Métodos: Foram avaliados 258 pacientes com EM atendidos no Ambulatório de Doenças Desmielinizantes do Ambulatório de Especializadades do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, e 249 indivíduos saudáveis, doadores de sangue do Hemocentro Regional de Londrina A incapacidade dos pacientes foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) O estresse oxidativo foi avaliado pela formação de hidroperóxidos lipídicos iniciada por t-butil (CL-LOOH), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), dosagem de proteínas carbonílicas, determinação dos metabólitos do óxido nítrico (NOx) e capacidade antioxidante total do plasma corrigidos pelo ácido úrico (TRAP/AU) Os marcadores inflamatórios analisados foram proteína C reativa (PCR), albumina, proteínas totais e ferritina Os níveis séricos de 25 hidroxivitamina D [25(OH)D] foram quantificados por quimioluminescência e os pacientes com EM foram categorizados em 2 grupos: 25(OH)D =2 ng/mL (status não deficiente de vitamina D) e <2 ng/mL (status deficiente de vitamina D) Resultados: Pacientes com EM eram mais velhos que os indivíduos do grupo controle (p<,1), e os marcadores ferritina e CL-LOOH apresentaram associação positiva com EM e podem ser considerados preditores da doença [odds ratio (OR): 1,6; 95% intervalo de confiança (IC): 1,3-1,9, p<,1, e OR: 1,29, 95% IC: 1,7-1,52, p=,9, respectivamente)] Outros marcadores como albumina, TRAP/AU, AOPP e NOx apresentaram asssciação negativa com EM (p=,19, p=,3, p=,1, e p=,3, respectivamente) A regressão logística ajustada pela idade mostrou que pacientes com formas progressivas da EM apresentaram níveis séricos diminuídos de albumina e aumentados de AOPP quando comparados aos pacientes com a forma remitente-recorrente (EM-RR) Além disso, pacientes com EM apresentaram maior frequencia de deficiencia de vitamina D (p=,1) e menores níveis séricos de 25(OH)D (p=,2), NOx (p<,1) e TRAP/AU (p<,1) do que os controles Após a regressão logística com ajuste da idade, os valores de 25(OH)D, NOx e TRAP permaneceram significativos Pacientes com 25(OH)D < 2 ng/mL mostraram maior EDSS e menor AOPP que o grupo com 25(OH)D = 2 ng/mL (p=,16 e p=,46, respectivamente) Após regressão logistítica binária com as variáveis que apresentaram p<,1, somente o EDSS permaneceu associado com a deficiência de vitamina D, independentemente de fatores que podem influenciar a incapacidade dos pacientes, como estresse oxidativo (AOPP e NOx), idade, sexo, índice de massa corporal, etnia, duração da doença, tratamento para EM, uso do interferon beta e as formas clínicas da doença, com uma razão de chance de 1,38 (intervalo de confiança de 95%: 1,3-1,843, p=,31) Além disto, a análise de regressão linear mostrou uma associação entre os níveis séricos de 25(OH)D e EDSS (r2=,115, p=,2) e demonstrou que deficiência de vitamina D pode predizer 11,5% de aumento do EDSS em pacientes com EM Os resultados demonstraram, também, que os níveis de 25(OH)D não apresentraram asociação com as formas clínicas da EM (p=,553) Conclusão: Os resultados sugerem que ferritina, albumina e marcadores do estresse oxidativo e nitrosativo como CL-LOOH, AOPP, TRAP e NOx foram preditores de diagnóstico de EM, enquanto albumina e AOPP foram preditores das formas clínicas da doença Além disso, nossos dados sugerem que níveis diminuídos de 25(OH)D podem ser preditores de prognóstico, indicando que a deficiência de vitamina D pode ser considerada um dos fatores que contribui para o aumento da incapacidade dos pacientes, independente do estado redox dos pacientes, sugerindo que a vitamina D exerça propriedades anti-inflamatórias e imunomuduladoras em diferentes vias envolvidas na fisiopatologia da EM