Avaliação dos marcadores inflamatórios, metabólicos, hormonais e de estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com esclerose múltipla : um estudo de seguimento
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Pereira, Wildéa Lice de Carvalho Jennings
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Resumo
Resumo: Introdução: Fatores genéticos, hormonais, ambientais e alterações nas vias metabólicas e imunológicas desempenham um papel importante no desenvolvimento e no curso clínico da esclerose múltipla (EM) Além disso, uma associação entre prolactinemia com sexo, incapacidade e formas clínicas dos pacientes com EM foi relatada com resultados conflitantes Objetivo: Avaliar o papel de biomarcadores inflamatórios, metabólicos, hormonais, de estresse oxidativo e nitrosativo (IMO&NS) na incapacidade, progressão da doença e formas clínicas, bem como a associação de prolactina com formas clínicas e acúmulo de incapacidade ao longo do tempo em pacientes com EM durante 16 meses Métodos: Foi realizado um estudo longitudinal com a inclusão de 14 pacientes com EM, nas formas recorrente-remitente (EMRR) e progressivas de EM (EMProg) que incluíram as formas primariamente progressiva (EMPP) e secundariamente progressiva (EMSP) Os dados clínicos e laboratoriais foram obtidos na admissão (T) e após oito (T8) e 16 meses (T16) da inclusão no estudo A Escala do Estado de Incapacidade (EDSS) foi aplicada em T, T8 e T16 e a variação dos escores de EDSS entre os tempos (?EDSS) foi calculada Valores de ?EDSS (como variável contínua ou dicotomizada como = ou >) foram usados para avaliar a progressão da incapacidade da doença Os resultados foram expressos, também, como escores compostos ponderados por unidades z Resultados: No primeiro artigo, foram avaliados 14, 128 e 122 pacientes com EM em T, T8 e T16, respectivamente A incapacidade em T, T8 e T16 foi maior entre pacientes com EMProg do que aqueles com EMRR Destes, 47 pacientes apresentaram acúmulo de incapacidade, aumentando de 3,4 (T) para 4,5 (T8) e para 5,1 (T16) Idade, frequência de tabagismo, paratormônio (PTH) e homocisteína foram maiores, enquanto o ácido fólico foi menor entre esses pacientes A variação da incapacidade (?EDSS) foi positivamente associada à hipertensão arterial sistêmica (HAS), idade, proteína C-reativa avaliada por método ultrassensível (usPCR), interleucina (IL)-17 e produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) e negativamente associada ao ácido fólico e cálcio A variação do ?EDSS de T8 a T16 foi predita pela redução de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] e ácido fólico de T a T8, e um aumento dos escores compostos pelas citocinas zIL-6+zIL-17-zIL-4 de T a T8 Além disso, 4,3% do ?EDSS em T16 foi explicado pela HAS, idade, tabagismo e o escore homocisteína-ácido fólico em T16 (positivamente), 25(OH)D em T8 (negativamente) e zIL-6+zIL-17-IL- 4 (positivamente) em T16 PTH, IL-6 e IL-4 foram mais elevados e 25(OH)D foi menor entre os pacientes com EMProg do que aqueles com EMRR No segundo artigo, avaliamos os níveis séricos de prolactina e ferritina em 12 pacientes com EM, sendo 11 com EMRR e 19 com EMProg Em uma primeira análise, a prolactina foi associada à incapacidade ao longo do tempo, mas após a introdução da idade e sexo na análise estatística, os efeitos da prolactina na incapacidade deixaram de ser significativos Prolactina e ferritina não diferiram ao longo do tempo entre os dois grupos de estudo Da mesma forma, após a introdução de idade e sexo como variáveis confundidoras, os efeitos do diagnóstico sobre os níveis de prolactina deixaram de ser significativos (P = ,563) A fim de avaliar o papel da prolactina na resposta inflamatória em pacientes com EM, avaliamos a associação de prolactina com ferritina O resultado mostrou que a prolactina estava associada negativamente à ferritina (P < ,1) e que o diagnóstico de RRMS e ProgMS e o tempo (T, T8 e T16) não tiveram efeitos significativos nos níveis de ferritina (P = ,927 e P = ,358, respectivamente) No entanto, após a introdução de idade e sexo, esta associação entre prolactina e ferritina não foi mais significativa (P = ,599), enquanto o diagnóstico (mas não o tempo) tornou-se significativo (P = ,1) A ferritina foi maior nos pacientes com EMRR do que nos com EMProg (239,5 ± 1,3 ng /mL versus 131,5 ± 21,7 ng/mL) após o ajuste para idade e sexo Além disso, 21,6% da variação da incapacidade foi predita pela idade (P < ,1) e sexo (P = ,49), enquanto a prolactina não foi significativa Conclusões: Os resultados mostraram que um conjunto de biomarcadores IMO&NS, juntamente com HAS e idade, foi fortemente associado com mudanças na incapacidade de pacientes com EM durante 16 meses de seguimento A ativação imune e o metabolismo do PTH e do ácido fólico e homocisteína, bem como os baixos níveis de 25(OH)D e cálcio, desempenham um papel na progressão da EM e de suas formas clínicas Esses biomarcadores podem ser úteis como possíveis biomarcadores laboratoriais para prever a progressão da incapacidade ao longo do tempo em pacientes com EM Além disso, os resultados sugeriram que os efeitos da prolactina na incapacidade de pacientes com EM relatados previamente podem ser um resultado espúrio, porque essas correlações refletem as associações positivas de idade com a incapacidade e a associação negativa da idade com a prolactina
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Palavras-chave
Esclerose múltipla, Marcadores inflamatórios, Marcadores hormonais, Marcadores metabólicos, Multiple sclerosis, Inflammatory makers, Metabolic makers, Hormonal makers