Navegando por Autor "Lopes, Gilselena Kerbauy"
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Item Aderir ao tratamento antirretroviral: contribuições da análise do comportamento(2023-06-30) Santos, Emersson Augusto Paixão dos; Freitas, Maria Clara de; Kienen, Nádia; Lopes, Gilselena Kerbauy; Seidl, Eliane Maria FleuryOs avanços tecnológicos observados nas últimas décadas promoveram mudanças significativas no perfil das pessoas que vivem com HIV/aids. Devido às medicações de última geração, a infecção que era associada à morte passou a configurar uma condição crônica de saúde. Pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) podem viver sem adoecer ou transmitir o vírus ao atingirem a supressão viral. Esse desfecho é resultado da adesão a medicamentos antirretrovirais. Contudo, qualquer falha nesse processo pode limitar os efeitos do tratamento. Diante disso, intervenções voltadas para a adesão ao tratamento antirretroviral em pessoas que vivem com HIV (PVHIV) vêm se tornando estratégias para maximizar a qualidade de vida, e prevenir a ocorrência de infecções oportunistas. Esta pesquisa foi organizada em dois estudos. No Estudo 1, o objetivo foi identificar e analisar comportamentalmente as variáveis que contribuem para a efetividade de programas de adesão à terapia antirretroviral por meio de revisão sistemática de literatura. Foram realizadas buscas em um portal de periódicos que indexa bases de dados nacionais e internacionais, sendo selecionados sete estudos, que foram analisados segundo categorias previamente estabelecidas. Os resultados indicaram que os estudos que empregaram princípios de teorias comportamentais obtiveram melhores resultados em termos de promoção e manutenção da adesão ao tratamento antirretroviral. Ademais, quatro dos sete estudos não apresentaram uma definição operacional ou descritiva sobre o comportamento de adesão, enquanto os textos que definiram o conceito o fizeram a partir de uma perspectiva biomédica, como: “tomar a quantidade adequada da medicação diariamente, no horário correto”, o que indica que a definição deste conceito em termos de comportamentos não foi base para os estudos que compuseram a base de dados. No Estudo 2 o objetivo foi propor comportamentos que compõem a classe de comportamentos de aderir ao tratamento antirretroviral por PVHIV. O método de investigação utilizado foi baseado na Programação de Condições para o Desenvolvimento de Comportamentos (PCDC). As fontes de informação foram selecionadas e lidas a partir da prévia revisão sistemática da literatura (o Estudo 1), de modo a identificar comportamentos ou componentes de comportamentos que compõem a classe “aderir ao tratamento antirretroviral”. Com isso, foram identificadas vinte e duas classes de comportamentos que compõem a classe geral de “aderir ao tratamento antirretroviral” que foram distribuídas em três níveis de abrangência. Espera-se, com tal sistematização, oferecer para a área um modelo útil, baseado na Análise do Comportamento, que possa ser utilizado na criação, implementação e avaliação de programas para adesão ao tratamento antirretroviral em PVHIV. A regionalidade e o baixo número de artigos selecionados (n=3) pode configurar um limite do presente estudo. Estudos futuros desta natureza podem ampliar as classes de comportamentos propostas por meio do exame de fontes de informações nacionais, como protocolos dos serviços de cuidado à PVHIV disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e do relato de pacientesItem Análise de custo de pneumonia associada à ventilação mecânica em unidade de terapia intensiva pediátricaCoelho, Amanda Beraldo; Ferrari, Rosângela Aparecida Pimenta [Orientador]; Capobiango, Jaqueline Dario; Lopes, Gilselena KerbauyResumo: Objetivo: Analisar o custo de internações de crianças com pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) Método: Estudo quantitativo transversal, realizado no Hospital Universitário, situado no Sul do Brasil, entre 214 e 215 As fontes de dados foram: as fichas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar dos casos de pneumonia associada à ventilação mecânica, da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica; e a lista de internações, que contém os dados das crianças e os diagnósticos de entrada e saída Após confirmação dos casos, foram analisados os prontuários de cada criança, disponibilizados pelo Serviço de Arquivo Médico e Estatístico da instituição, para capturar os dados pertinentes ao estudo Também foi realizada coleta de dados na planilha de consumo e custo institucionais, da Seção de Custo Hospitalar da Diretoria Administrativa do Hospital Para a análise dos dados, foi realizada a frequência simples, de acordo com as informações inseridas no Microsoft Excel® 21 Resultados: Foram admitidas 434 crianças na UTIP, em ambos os anos do estudo, e 22 foram diagnosticadas com PAV Em 214, foram 9 casos de PAV, pouco mais da metade era do sexo masculino (55,5%) Constatou-se que o agravo atingiu, prioritariamente, crianças menores de cinco anos (88,9%) e bebês com seis meses (55,5%) O tempo de hospitalização variou de 12 a 63 dias; o tempo de internação na terapia intensiva, de 8 a 36 dias; e o custo total, de R$26779,76 a R$121913,28 Em 215, ocorreram 13 casos de PAV, cerca de 54% das internações foram de crianças do sexo feminino; 76,9% de crianças com menos de 1 ano de idade e, destas, 7% eram menores de seis meses O tempo de hospitalização variou de 24 a 3 dias; o tempo de internação na Terapia Intensiva, de 8 a 28 dias; e o custo total, de R$31613,84 a R$17726,64 Os antibióticos representaram o maior custo quando comparados aos sedativos e às demais medicações Conclusão: O prolongado tempo de internação das crianças, na terapia intensiva, foi um dos fatores que influenciou no custo total da internação Os antibióticos foram os medicamentos mais onerosos durante a internação das crianças com pneumonia associada à ventilação mecânica, quando comparados aos demais medicamentos e sedativos Portanto, é necessário investir em medidas de prevenção desse agravo, não só pelo incremento dos custos hospitalares, que causam grande impacto, mas devido ao prolongamento do tempo de hospitalizaçãoItem Análise dos fatores associados à letalidade por sepse relacionada a assistência à saúde em crianças hospitalizadas em unidade de terapia intensiva(2022-02-04) Amarante, Ana Cristina Alba; Capobiango, Jaqueline Dario; Perugini, Marcia Regina Eches; Lopes, Gilselena KerbauyObjetivo: Analisar os fatores associados a letalidade por sepse associada às infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) em crianças internadas em unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital universitário público do sul do Brasil. Métodos: Estudo caso-controle, cuja amostra foi composta por 90 crianças internadas na UTI pediátrica no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018. A coleta das informações foi realizada por meio de pesquisa em prontuários e informações das fichas de notificação de IRAS da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science, onde as associações entre as variáveis e o óbito foram avaliadas por meio do teste Quiquadrado (X2) ou Exato de Fisher quando apropriado, regressão logística simples e regressão logística múltipla, a medida de associação foi a Odds Ration (OR), com intervalos de confiança (IC) de 95%. O nível de significância adotado foi de 5% (p <0,05). Resultados: A análise bivariada demonstrou que o óbito esteve associado a idade menor ou igual a 12 meses (OR 5; IC 1,07-23,33; p 0,029); presença de comorbidade (OR 14,25, IC 1,80-112,46, p < 0.001), mal formação congênita (OR 3,28, IC 1,17-9,15, p 0,021), cardiopatia (OR 6, IC 1,83-19,67, p 0,004; neoplasia ( OR 17,25, IC 1,80-164,94, p 0,008) pneumonia associada a ventilação mecânica (PAV) de repetição ( OR 17,25, IC 1,80-167,94, p 0,008), choque séptico ( OR 10,16, IC 3,26- 31,65, p<0,001), uso de noradrenalina (OR 6.34, IC 2,01-19,98, p 0,002), uso de adrenalina ( OR 8,5, IC 1,43-50,53, p 0,021), infecção por CR (resistente a carbapenêmicos) (OR 14,57 IC 2,66-79,80, p 0,0012). Após a análise múltipla as variáveis cardiopatia (OR 12,48; IC 2,55-60,93; p 0,002), infecção por CR (OR 31,51; IC 4,01-247,25, p 0,001), neoplasia (OR 58,23; IC 4,54-746,27; p 0,002), uso de adrenalina (OR 13,14; IC 1,35-128,02, p 0,003) permaneceram associadas ao óbito. As bactérias Gram-negativas estiveram mais associadas à sepse secundária a PAV e à infecção do trato urinário relacionada a cateter vesical de longa permanência; e Staphylococcus coagulase negativa foi o agente mais frequente na infecção primária de corrente sanguínea. Conclusão: A sepse hospitalar secundária a PAV e associada a CR contribuiu para um elevado índice de letalidade na UTI pediátrica. As crianças portadoras de cardiopatia, neoplasia ou que necessitaram de adrenalina apresentaram piores desfechos.Item Atividade antibiótica de metabólito secundário produzido por pseudomonas aeruginosa em células planctônicas e biofilme de enterococcus faeciumAmichi, Deise Palazini; Andrade Filho, Galdino [Orientador]; Lopes, Gilselena Kerbauy; Morey, Alexandre TadachiResumo: Os enterococos são uma das principais causas de infecções relacionadas à assistência à saúde, devido ao aumento da resistência a uma vasta gama de antibióticos Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis são os isolados mais comuns O desenvolvimento de resistência à vancomicina tem sido descrito a partir do final da década de 8 e desde então foi observado um aumento das infecções e colonizações por VRE O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antibiótica da substância bioativa produzida por Pseudomona aeruginosa, cepa LV, sobre células planctônicas e biofilme de E faecium resistente à vancomicina (VREfm) Avaliou-se a atividade antibiótica em células planctônicas por microdiluição, determinando a concentração inibitória mínima (CIM) e o efeito da ação desta substância sobre a viabilidade celular, adesão à superfície de poliestireno e formação de biofilme A menor concentração capaz de inibir 1% do crescimento foi de 15,6 µg mL-1 Na curva de crescimento e tempo de morte observou-se uma redução das células viáveis entre 2-8 horas A substância F3d provocou redução, de 6%, na inibição de adesão das amostras de VREfm em superfície de poliestireno nas concentrações de 15,6 µg mL-1 e 7,8 µg mL-1 Houve uma diminuição de 8% de células viáveis durante a formação do biofilme, nas mesmas concentrações, e ainda uma redução acima de 5% do biofilme formado, na concentração de 25 µ g mL-1, com significativa redução da viabilidade celular A atividade efetiva antibiótica e a baixa toxicidade para o hospedeiro sugerem um potencial agente antibacteriano Entretanto, novos estudos farmacológicos serão necessários para confirmar esta hipóteseItem Atividade antibiótica de metabólito secundário produzido por Pseudomonas aeruginosa em Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemaseLopes, Gilselena Kerbauy; Andrade Filho, Galdino [Orientador]; Ogatta, Sueli Fumie Yamada; Oliveira Junior, Admilton Gonçalves de; Nakamura, Celso Vataru; Vespero, Eliana Carolina; Nakazato, Gerson; Ogatta, Sueli Fumie Yamada [Coorientadora]Resumo: Mais da metade das infecções relacionadas à assistência à saúde são causadas por microrganismos resistentes aos antimicrobianos, desafiando a terapia com os fármacos disponíveis A resistência bacteriana aos carbapenêmicos, com destaque para infecções causadas por Klebsiella pneumoniae produtora da arbapenemase KPC, estão associadas à elevadas taxas de mortalidade diretamente relacionadas às limitações impostas por este importante mecanismo de resistência Em contrapartida, o desenvolvimento de novos fármacos não mantém o mesmo rítmo dos múltiplos mecanismos de resistência desenvolvidos pelas bactérias Tendo em vista este cenário, a pesquisa por novas substâncias antimicrobianas é indispensável para o controle das infecções multirresistentes Os produtos naturais desempenham papel importante na descoberta de novos fármacos antimicrobianos Neste sentido, metabólitos secundários de Pseudomonas aeruginosa possuem potencial na produção de substâncias antibióticas, tendo em vista sua complexidade genética e diversidade metabólicaItem Atividade antimicrobiana de benzoiltioureias em agentes etiológicos de sepse neonatalBiasi-Garbin, Renata Perugini; Ogatta, Sueli Fumie Yamada [Orientador]; Bispo, Marcelle de Lima Ferreira; Tavares, Eliandro Reis; Lopes, Gilselena Kerbauy; Navarro, Miguel Octávio PérezResumo: Sepse neonatal representa importante causa de morbidade e mortalidade em recém-nascidos e Streptococcus agalactiae (Estreptococo do Grupo B - EGB) continua sendo o principal agente etiológico envolvido nessa infecção A dificuldade no diagnóstico e a emergência de isolados resistentes aos antimicrobianos comerciais representam desafio para prevenir esta infecção Considerando as atividades biológicas descritas para compostos contendo o núcleo tioureia, o objetivo deste estudo foi sintetizar e avaliar a atividade antimicrobiana in vitro de benzoiltioureias contra importantes agentes etiológicos de sepse neonatal e realizar um estudo preliminar de relação estrutura-atividade Uma série de vinte e seis benzoiltioureias com vários substituintes alifáticos e aromáticos na porção tioureia foi apropriadamente sintetizada Posteriormente, a substância que apresentou o melhor potencial antimicrobiano (N-(butilcarbamotioil) benzamida, composto 5, foi modificada através da introdução de diferentes substituintes na porção benzoíla, fornecendo mais três derivados Além disso, o composto 5 foi convertido nos derivados guanidina e ureia correspondentes, com o objetivo de confirmar a importância da fração tioureia para a atividade antimicrobiana Inicialmente, a atividade antimicrobiana dos compostos foi avaliada frente a cepas de referência de bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e leveduras, pelo ensaio de microdiluição em caldo, e as concentrações inibitórias mínimas (CIMs) foram determinadas Entre todos os derivados avaliados, os compostos alifáticos, principalmente 3, 5 e 6, foram mais ativos que os aromáticos contra todas as bactérias e leveduras utilizadas Streptococcus agalactiae ATCC 13813 foi a espécie mais sensível, apresentando valores de CIM de 62,5 µg/mL (5), 125, µg/mL (6) e 5, µg/mL (3), indicando que, para esta espécie, a atividade antibacteriana foi sensível ao comprimento da cadeia alquílica Além disso, a substituição isostérica de enxofre por nitrogênio ou oxigênio não produziu melhora no efeito antimicrobiano contra essa bactéria, sugerindo que o grupo tiouréia poderia ser considerado um grupo farmacóforo Em seguida, a atividade do composto 5 foi avaliada sobre células planctônicas e sésseis de isolados clínicos de EGB O composto 5 inibiu o crescimento de todos os isolados de EGB, com valores de CIM variando de 15,6 µg/mL a 62,5 µg/mL e valores de CBM iguais a 1, µg/mL para todos os isolados, indicando um efeito bacteriostático Este resultado foi corroborado pela análise da curva de morte e microscopia eletrônica de transmissão, que mostraram que o composto 5 na CIM reduziu a população de células planctônicas em aproximadamente 4 a 6 log após 24 h de tratamento e provocou mudanças significativas na ultraestrutura de EGB após 4 horas de incubação Com exceção de três cepas de EGB, o composto 5 na CIM diminuiu a viabilidade da maioria dos biofilmes maduros (24h) de EGB Adicionalmente, o composto 5 apresentou toxicidade seletiva para as cepas de EGB em comparação com seu efeito sobre as células de mamíferos, HeLa e eritrócitos humanos Estes resultados sugerem que o composto 5 apresenta potencial como protótipo para o desenvolvimento de uma nova classe de agentes antimicrobianos contra EGBItem Atividade antiviral de extratos de Trichilia catigua na replicação do poliovírus, herpes simplex e herpes bovinoEspada, Samantha Fernandes; Nozawa, Carlos [Orientador]; Faccin-Galhardi, Ligia Carla; Lopes, Gilselena KerbauyResumo: Os herpesvírus e poliovírus são responsáveis por doenças importantes em humanos e animais Infecções por herpes simplex vírus tipo 1 (HSV-1) e herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) são endêmicas e cosmopolitas, cujas infecções são caracterizadas pelo estabelecimento de latência A quimioterapia antiviral desempenha um papel importante no controle e disseminação das doenças herpéticas, entretanto, não é capaz de curar a doença O poliovírus (PV) é agente etiológico da poliomielite, uma doença incapacitante e potencialmente fatal Mesmo com o programa imunoprofilático mundial de erradicação do vírus, a infecção continua endêmica no Afeganistão, Nigéria e Paquistão Nenhum antiviral é licenciado para o tratamento dessa infecção Nas últimas décadas, tem havido um grande interesse nos produtos naturais com potencial atividade antiviral Neste contexto, os extratos vegetais têm proporcionado estas abordagens Devido à atividade antioxidante, antimicrobiana e antiprotozoária, dentre outras, a Trichilia catigua, planta nativa brasileira, foi selecionada para o estudo da ação antiviral O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antiviral do extrato bruto (EB) e das frações aquosa (FAq) e acetato de etila (FAc) de T catigua, na replicação do HSV-1, BoHV-1 e PV-1, em cultura de células HEp-2 As concentrações citotóxicas 5% (CC5) dos extratos foram determinadas pelo teste do MTT (brometo de dimetil-tiazolil-difenil-tetrazolio) A atividade antiviral foi determinada com adição do extrato e das frações, nas concentrações de 15 a 1 µg/ml, antes (-2h), durante (h) e após (1h e 2h) a infecção viral, monitorada por ensaio de redução de plaque A atividade virucida, a inibição da adsorção viral e o índice de combinação (IC) com acyclovir (ACV), para HSV-1, foram avaliados O EB, FAq e FAc demonstraram baixa toxicidade (CC5 >4 ug/ml), associada a um alto índice de seletividade (IS) (IS=CC5/IC5) Em conclusão, este estudo demonstrou que o extrato e as frações de T catigua apresentaram ação antiviral para os vírus, nos estágios iniciais da replicação Todos os extratos apresentaram alto efeito sobre a partícula viral (efeito virucida) e inibição da adsorção viral aos receptores celulares Portanto, conclui-se que os extratos de T catigua são promissores para futuras pesquisas e desenvolvimento de antivirais para o controle destas infecçõesItem Atuação de um time de resposta rápida no cuidado do paciente grave com recusa de vaga em Unidade de Terapia Intensiva : análise de custosUrizzi, Fabiane; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Dessunti, Elma Mathias; Lopes, Gilselena Kerbauy; Cardoso, Lucienne Tibery Queiroz; Delfino, Vinícius Daher AlvaresResumo: Objetivo: Analisar as características, intervenções e os custos diretos associados ao atendimento dos pacientes em demanda reprimida de leitos de terapia intensiva de um hospital universitário, terciário e público na cidade de Londrina no estado do Paraná Método: Estudo de coorte prospectivo de pacientes graves, em situação de demanda reprimida, atendidos pelo Time de Resposta Rápida do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina no período de fevereiro de 212 a fevereiro de 213 Os pacientes que preencheram os critérios de inclusão foram acompanhados diariamente até o desfecho que envolveu: transferência para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), melhora clínica, limitação de suporte terapêutico ou óbito A coleta de dados foi composta de dados clínicos e demográficos e incluíram: diagnóstico de indicação de UTI, comorbidades, tempo de hospitalização e em situação de demanda reprimida e desfechos Os itens de custos diretos foram agrupados em quatro categorias: suporte clínico, itens de consumo, recursos humanos e taxas hospitalares Os valores dos itens em moeda nacional (ano 214) foram embasados nos índices de preços de procedimentos médicos da Associação Médica Brasileira (AMB) e para medicamentos, soluções e materiais de consumo hospitalar os índices de preços da tabela Brasíndice Foram também coletados dados para o cálculo do índice prognóstico Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) Therapeutic Intervention Scoring System (TISS-28) para caracterização da população Os custos indiretos não foram incluídos no estudo Resultados: Foram incluídos e analisados 454 pacientes Houve predominância do sexo masculino (54,6%) A mediana de idade foi de 62 (47 - 73) anos As medianas foram de 22,5 (16 – 29) para o índice APACHE II, 8 (4 - 13) para o índice SOFA e de 27 (22 - 3) para o índice TISS A mediana do tempo de permanência em demanda reprimida foi de 3 (2 - 6) dias Dos desfechos observados 2 pacientes (,4%) foram transferidos para outra instituição, 25 (5,5%) pacientes tiveram decisão de limitação de suporte terapêutico após concordância do médico titular e dos familiares No período que aguardavam disponibilidade de leito para admissão na UTI, 11 (22,3%) pacientes evoluíram a óbito, 122 (26,9%) tiveram suas solicitações de admissão de UTI canceladas devido melhora clínica no período de demanda reprimida e 24 (44,9%) pacientes foram admitidos na UTI após um período de espera de 3 (2 - 6) dias O custo total dos pacientes não sobreviventes foi superior aos sobreviventes (R$ 1337,8 versus R$ 1835,53, respectivamente; p=,41) Conclusão: A população analisada apresentou aspectos clínicos com critérios clássicos para admissão em leitos de UTI, e com escores prognósticos elevados Os custos diretos de tratamento de pacientes graves em situação de demanda reprimida mostraram-se elevados Também houve diferença nos custos entre pacientes sobreviventes e não sobreviventesItem Avaliação de colonização por bacilos Gram negativos multirresistentes e desenvolvimento de infecção relacionada à assistência à saúde em crianças hospitalizadasMagalhães, Silvia Clay Gomes; Capobiango, Jaqueline Dario [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Lopes, Gilselena Kerbauy; Perugini, Marcia Regina Eches [Coorientadora]Resumo: A crescente colonização de pele e mucosas de pacientes hospitalizados por microrganismos multirresistentes (MR) merece atenção nos serviços de saúde Os MR como agentes de infecção são um desafio para o tratamento, tornando essa situação um problema de saúde pública Este trabalho teve como objetivo avaliar a colonização por bacilos Gram negativos multirresistentes (BGN MR) e determinar o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e genes de resistência em uma população pediátrica Foi realizado um estudo caso-controle e definido como paciente colonizado por BGN MR, quando o mesmo apresentava o primeiro swab negativo e após pelo menos um swab ou material estéril positivo para BGN MR, na mesma internação Os pacientes com dois swabs ou mais negativos e material estéril sem isolamento de BGN MR na mesma internação, foram considerados não colonizados por BGN MR As variáveis comparadas entre os grupos foram: infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS), cateter venoso central (CVC), ventilação pulmonar mecânica (VPM), cateter vesical de demora (CVD) e desfecho (alta ou óbito) A sensibilidade das bactérias aos agentes antimicrobianos foi analisada pela técnica de disco-difusão e a análise da diversidade genética dos isolados foi realizada por ERIC-PCR (Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus-PCR) A análise estatística foi realizada com o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS – IBM Corp, Nova York, EUA), versão 2 para Windows As variáveis categóricas foram analisadas pelo Teste de Qui-quadrado ou Exato de Fisher, e as variáveis contínuas foram analisadas pelo Teste de Mann Whitney Entre 687 pacientes entre a 12 anos de idade internados de Janeiro a Dezembro de 216, na Enfermaria de Pediatria e UTI Pediátrica do HU de Londrina, 432 crianças não colheram culturas, 255 crianças colheram cultura, destas, 16 foram caracterizadas como grupo controle 149 crianças tiveram culturas positivas, destas, 114 foram excluídas, pois não foi possível definir o momento da colonização e 35 crianças foram caracterizadas como grupo caso Os pacientes com infecção apresentaram 4 vezes mais chance de colonização por BGN MR em comparação aos não infectados O tempo para positivação do swab foi de 3 a 51 dias, com mediana de 9 diasAs crianças do sexo masculino colonizadas por BGN MR tiveram 16% menos chance de apresentar infecção que as do sexo feminino Entre as crianças colonizadas por BGN MR a presença de um procedimento invasivo, aumentou em 15 vezes a chance de apresentar infecção Para as crianças não colonizadas por BGN MR, a presença de um procedimento invasivo aumentou em 4 vezes a chance de apresentar infecção Entre as 2 cepas de BGN MR analisadas, menor resistência foi encontrada para ertapenem e amicacina, com 1% de sensibilidade ao meropenem e imipenem O mecanismo de resistência mais encontrado foi a produção de enzimas CTXM1, seguido de CTXM15 e SHV Nossos resultados demonstraram que a colonização por BGN MR foi associada a infecção em pacientes pediátricos, portanto, devem-se utilizar medidas de prevenção da colonização por MRItem Avaliação do gerenciamento clínico por telemonitoramento de hipertensos e diabéticos de uma operadora de plano de saúdeAggio, Cristiane de Melo; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço [Orientador]; Martins, Eleine Aparecida Penha; Lopes, Gilselena Kerbauy; Galdino, Maria José Quina; Marcon, Sônia SilvaResumo: Mundialmente os sistemas de saúde são pressionados a inovar os cuidados de saúde para pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e comprovar os efeitos das intervenções de promoção da saúde Este estudo avaliou o gerenciamento clínico por telemonitoramento para beneficiários com hipertensão arterial e diabetes mellitus de uma operadora de plano de saúde, de médio porte e localizada no Centro-sul do Paraná-PR, por meio de quatro estudos realizados no ano de 219 Verificou-se que, mensalmente, até 2 beneficiários com doença crônica não transmissível, de baixo e médio risco clínico, participavam desta intervenção, cujas ações de educação em saúde e de apoio à autogestão eram desenvolvidas por enfermeiro em conjunto com a equipe multidisciplinar em saúde, por meio de telecontato mensal, síncrono e previamente agendado, ao longo de 12 meses Identificou-se também o predomínio de mulheres (67%), idosos (86,2%) e beneficiários que estudaram até o ensino médio (67%) O consumo inadequado de refrigerante por homens foi menor que o das mulheres (OR= ,37) e para eles o peso elevado foi um fator de risco (OR= 3,57) Para os adultos a presença de hipertensão arterial (OR=,14) e a boa prontidão para a mudança comportamental (OR= ,21) foram fatores de proteção, assim como a presença de hipertensão arterial e o diabetes mellitus concomitantes foi para os idosos (OR= ,16) Para o modelo binário foi significativa a associação entre a idade, presença de hipertensão arterial (p= ,1; OR= ,14; IC= ,4-,51) e boa prontidão para a mudança comportamental (p= ,23; OR= ,21; IC= ,6-,76), indicando que esta intervenção alcançou a população recomendada para as ações de prevenção secundária Aferiu-se ainda que a maioria dos beneficiários com doença crônica estava satisfeita com esta intervenção (97%), a recomendaria (92%), gostaria de mantê-la (89,2%) e a classificou como excelente (93%) Participantes com menor escolaridade estavam mais satisfeitos com o conhecimento técnico dos profissionais (p= ,45), sua habilidade para explicar (p= ,4), importância do gerenciamento clínico (p= ,1) e satisfação geral com ele (p= ,28) Houve associação entre a idade, a qualidade das informações proferidas pelo profissional (p< ,1; RP= ,55; IC= ,7-,66), qualidade do gerenciamento clínico (p< ,1; RP= ,57; IC= ,72-,64) e satisfação geral com ele (p< ,1; RP= ,58; IC= ,71-,64), explicando a qualidade desta intervenção Por fim, constatou-se o predomínio de beneficiários com hipertensão arterial e diabetes mellitus com hábitos alimentares saudáveis no inicio desta intervenção e, ao seu termino, o aumento dos fisicamente ativos em 46,3% (p= ,69) e a redução dos que consumiam bebida alcóolica em 78% (p< ,1) e dos que diminuíram o índice de massa corporal em 1,4% (p= ,5), indicando a efetividade desta intervenção em apoiar os participantes em estimular e manter hábitos saudáveis Concluiu-se que o gerenciamento clínico por telemonitoramento apresentou implantação viável e efetiva, atingiu corretamente as pessoas com fatores de risco para doenças crônicas modificáveis, conquistou a satisfação dos participantes e lhes auxiliou a adotar e sustentar os indicadores de saúde dentro dos limites de normalidadeItem Avaliação do perfil de risco para ocorrência de delirium em idosos admitidos em hospital públicoAntonio, Carlos Henrique; Dellaroza, Mara Solange Gomes [Orientador]; Cabrera, Marcos Aparecida Sarria; Lopes, Gilselena KerbauyResumo: INTRODUÇÃO: O delirium é um transtorno neurocognitivo multifatorial considerado uma emergência médica devido ao seu efeito deletério associado ao pior prognóstico, sendo considerado um marcador para morbimortalidade OBJETIVO: Avaliar a ocorrência de delirium em idosos admitidos em hospital público e sua associação com fatores de risco MÉTODO: Pesquisa quantitativa, longitudinal, exploratória, realizada em um hospital público de média complexidade do Norte do Paraná, em pacientes idosos a partir de 6 anos de idade, internados em um hospital público A amostra coletada foi de 315 idosos, sendo 67 com delirium e 248 sem delirium Foram incluídos os pacientes recém-admitidos e avaliados com até 48 horas de internação, sendo o tempo mínimo de internação superior a 48 horas Os dados foram coletados nos prontuários, com os profissionais de saúde e com o próprio idoso ou acompanhante da pessoa idosa habilitado a responder A primeira coleta ocorreu nas primeiras 48 horas de internação, com a triagem do quadro de delirium e de seus fatores de risco preditivos e precipitantes Nas coletas subsequentes, aconteceu a avaliação diária com aplicação de escala de triagem diagnóstica de delirium e levantamento de novos fatores precipitantes Os pacientes foram acompanhados durante sete dias de internação ou até a alta hospitalar, transferência ou óbito, ou até o desenvolvimento de delirium durante esse período RESULTADOS: Identificados por meio de regressão logística, houve associação com delirium dos fatores de risco predisponentes: idade avançada, déficit visual e auditivo, dependência funcional, uso de psicoativos, quadro neurológico prévio de AVE e Alzheimer, déficit cognitivo, quadro confusional durante internação prévia Os fatores de risco precipitantes para o delirium foram: maior tempo de internação no pronto socorro, restrição física, presença de acompanhante, gravidade da doença, alterações nos níveis de ureia, creatinina e proteína C reativa, presença de infecção; privação de luz natural, oxigenioterapia e cateterismo urinário A correlação entre os fatores predisponentes e precipitantes são equivalentes no desencadeamento do delirium Houve associação de delirium com piora prognóstica, óbito e maior tempo de internação CONCLUSÃO: Avanços na identificação e gerenciamento dos grupos de risco para delirium pelos profissionais de saúde por meio da identificação e intervenção dos fatores de risco modificáveis poderão contribuir para a redução dos casos de delirium incidentes, de modo que seus resultados poderão promover redução dos custos hospitalares, do tempo de internação, da morbimortalidade e melhores condições de recuperação do idoso internadoItem Caracterização de Staphylococcus aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de um hospital universitárioDanelli, Tiago; Yamada-Ogatta, Sueli Fumie [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Lopes, Gilselena Kerbauy; Perugini, Marcia Regina Eches [Coorientadora]Resumo: Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos relacionados a infecções hospitalares e está associado à alta morbidade e mortalidade A colonização nasal persistente por este microrganismo pode aumentar o risco de infecções subsequentes A colonização por S aureus entre profissionais e estudantes da saúde pode ser a fonte para a transmissão e disseminação deste microrganismo nos serviços de saúde O objetivo deste estudo foi avaliar a colonização por S aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de saúde de um hospital universitário De cada participante, de dezembro de 217 a maio de 218, uma amostra nasal foi coletada e processada para identificação de S aureus de acordo com os métodos fenotípicos padrão e PCR multiplex visando o gene nuc Os S aureus isolados foram caracterizados quanto ao perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro e presença do gene que codificante da resistência a meticilina (mecA) e quatro fatores de virulência (coa, icaA, tst, lukS-PV e lukF-PV) Os isolados MRSA também foram caracterizados de acordo com a sensibilidade a oxacilina/cefoxitina, tipos SCCmec e REP-PCR Análises descritivas e de regressão logística binária foram realizadas para determinar a razão de chances para a colonização nasal por S aureus e MRSA Dos 324 voluntários, 42,9% (139) estavam colonizados por S aureus, dentre os quais a colonização foi mais frequente em estudantes do sexo masculino (p = ,1) Entre os genes que codificam fatores de virulência, coa (coagulase) foi encontrado em 1% (139/139) dos isolados, seguido por icaA (biofilme) em 97,8% (136/139), tst (toxina da síndrome do choque tóxico-1) em 15,8% (22/139) e lukS-PV e lukF-PV (leucocidina de Panton-Valentine) em 6,5% (9/139) Todos os isolados foram sensíveis a vancomicina e a maior taxa de resistência foi observada para a penicilina (9,6%) De acordo com a presença do gene mecA, 28,8% (4/139) dos isolados foram classificados como MRSA, destes 45,% (18/4) foram sensíveis a meticilina por ambos os métodos fenotípicos testados, sendo classificados como oxacilina-sensível mecA-positivo (OS-MRSA) De acordo com a tipagem SCCmec, todos os isolados MRSA foram classificados em seis tipos, sendo o mais frequente o tipo I, 62,5% (25/4), seguido do tipo IV, 22,5% (9/4), os tipos II, III, VI e VI foram identificados em 2,5% (1/4) cada e 5,% (2/4) foram classificados como não tipáveis Na análise da similaridade genética, 82,5% (33/4) das amostras MRSA foram agrupadas em 4 clusters com um mínimo de dois isolados, exibindo alta similaridade Em conclusão, os resultados do presente estudo revelam uma alta frequência de S aureus entre profissionais e estudantes da saúde do hospital estudado É importante enfatizar que os isolados apresentam diferentes perfis de resistência antimicrobiana, incluindo MSSA multirresistente, MRSA e OS-MRSA, e a presença de genes codificadores de virulência Ambos os grupos podem representar uma fonte potencial para o surgimento de S aureus altamente adaptado ao ambiente hospitalar Técnicas apropriadas devem ser empregadas para a identificação da resistência a meticilina em S aureus Esses dados destacam a importância do monitoramento contínuo da colonização nasal por S aureus na comunidade hospitalarItem Colonização do binômio mãe-criança por Staphylococcus aureus comunitárioCasonatto, Alexandre; Capobiango, Jaqueline Dario [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Lopes, Gilselena Kerbauy; Perugini, Marcia Regina Eches [Coorientadora]Resumo: O principal local de colonização de Staphylococcus aureus é o vestíbulo nasal (ou narinas anteriores) e na população geral a prevalência de colonização é de aproximadamente 2 a 3% O Staphylococcus aureus resistente à meticilina associado a comunidade (CA-MRSA) é uma ameaça global emergente em saúde pública por causar infecções invasivas leves e potencialmente fatais como a pneumonia necrotizante Além disso, a incidência de infecções por CA-MRSA é maior em crianças A admissão hospitalar de crianças colonizadas por S aureus podem ser uma fonte de transmissão e propagação do S aureus neste ambiente O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência de colonização por S aureus em crianças admitidas no Pronto Socorro Pediátrico do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU-UEL) As amostras de swab foram coletadas da mucosa de boca e narinas, axilas e virilhas de 2 crianças e suas respectivas mães, de maio de 218 a abril de 219 S aureus foi identificado por metodologias fenotípicas e moleculares Foram realizados testes fenotípicos para avaliar o perfil de resistência aos antimicrobianos e testes moleculares para detecção de genes de resistência e de virulência Em 32,5% das crianças foi detectada a presença de S aureus, sendo 35,4% MRSA Em 43 mães (21,5%) foi detectada a presença de S aureus, 17 amostras eram MRSA (39,5%) A colonização do binômio mãe-criança 46,5% (OR: 2,164 [IC 95% 1,83-4,323], p = ,27) As crianças com idade maior ou igual a seis anos apresentaram maior frequência de colonização por S aureus em relação às crianças menores de seis anos (OR: ,423 [IC 95% ,23-,778], p = ,5), porém as crianças menores de 6 anos apresentaram maior frequência (446%) de MRSA (65,2%) Três isolados de MRSA (12%) apresentaram resistência a cefoxitina, sendo o gene mecA positivo (OS-MRSA) O gene SCCmec IV foi detectado em 11/23 (47,8%) amostras e foi o mais frequente A maioria dos isolados de MSSA e MRSA foram positivos para o gene icaA, que codifica a produção de biofilme Foi detectada a presença de Panton-Valentine Leucocidina (PVL) em 11/25 (44%) dos isolados de MRSA Em relação aos isolados MSSA, 19 (48,7%) apresentavam PVL A presença de colonização por CA-MRSA em crianças atendidas em um pronto-socorro público de referência, no norte do Paraná, demonstra o risco elevado desta população adentrar com esse microrganismo no ambiente hospitalar, propiciando a disseminação do mesmo para outros pacientesItem Colonização por microrganismos do grupo "ESKAPE" em recém-nascidos hospitalizados em unidades neonatais em um hospital universitárioGobo, Elisangela de Fátima; Perugini, Marcia Regina Eches [Orientador]; Vespero, Eliana Carolina; Lopes, Gilselena KerbauyResumo: Introdução: O grupo SKAPE, composto por Enterococcus faecium resistentes à vancomicina (VRE), Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA), Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa resistentes a carbapenêmicos (BGN NF-CR), Enterobactérias resistentes a cefalosporinas de terceira e quarta geração (ESBL) e resistentes a carbapenêmicos (CRE) Representam uma ameaça à saúde pública, em decorrência das limitações na terapia antimicrobiana A colonização por estes microrganismos é um fator que favorece o desenvolvimento de infecções, em especial nos pacientes imunocomprometidos, como os neonatos de baixo peso Objetivo: Avaliar a epidemiologia de recém nascidos internados em unidades neonatais, colonizados por microrganismos do grupo ESKAPE, num período de 2 anos e realizar análise molecular das principais Enterobactérias ESBL nos últimos dois anos de estudo Método: Foram analisados retrospectivamente os resultados em banco de dados do sistema LABHOS/LAC/HU de amostras de swab de vigilância nos anos de 2 a 217, e incluída apenas uma cultura por paciente, sendo a primeira a ser positivada durante a internação No período de 218 e 219 foi realizado estudo prospectivo, transversal, com amostras de swab de vigilância coletados semanalmente de RN internados nas unidades neonatais Dentre as amostras positivas para Enterobactéria produtoras de ß-lactamases de espectro estendido (ESBL) deste grupo, foi realizada análise de similaridade clonal e identificação genotípica para os genes de resistência Resultados: Entre os microrganismos multirresistentes mais frequentemente identificados destacam-se os bacilos Gram-negativos (929/117 – 84,%) Enterobactérias ESBL, foram responsáveis pela colonização de 753 (7,%) dos RN A colonização por Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos também foi evidenciada, com menor frequência (2,%) A densidade de incidência média de Klebsiella pneumoniae ESBL durante o período foi 2,3/1 pacientes-dia, com variações de zero em 2 a cerca de cinco em 213, 215, 218 e 219 Entre os cocos Gram-positivos os mais frequentes foram Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA), identificados em 11% das culturas de amostras de vigilância e Enterococcus spp resistentes à vancomicina (VRE) em (5,%), ambos relacionados a colonização dos RN Entre as Enterobactérias ESBL identificadas fenotipicamente nos anos de 218 e 219, houve uma alta frequência para Klebsiella pneumoniae ESBL (51%), das quais 45% foram submetidas a análise genotípica As principais Enzimas ESBL identificadas foram TEM (68,%), SHV (63,%) e CTX-M1/M15 (95,%) Conclusão: a frequência para os microrganismos do grupo ESKAPE, foi elevada nesses 2 anos de estudo, principalmente para os bacilos Gram-negativos, com destaque para Klebsiella pneumoniae ESBL que esteve em alta ao longo dos anos na colonização dos neonatos A colonização geralmente precede a infecção, elevando a mortalidade e morbidade nos sistemas de saúde, e desta forma, medidas efetivas de prevenção e controle se fazem necessáriasItem Contato pele a pele precoce : proteção para colonização por bactérias multirresistentes no recém-nascido pré-termoSchimit, Tatiana Benevenuto de Oliveira; Perugini, Marcia Regina Eches [Orientador]; Rossetto, Edilaine Giovanini; Lopes, Gilselena KerbauyResumo: Introdução: O cuidado canguru, composto pelo contato pele a pele, promoção ao aleitamento materno e alta precoce, é prática que reduz a morbimortalidade em recém nascidos pré-termos, população suscetível à colonização por bactérias multirresistentes e infecções relacionadas à assistência à saúde Propósito: O objetivo do presente estudo foi investigar a associação do contato pele a pele com o processo de colonização do recém-nascido pré-termo por bactérias multirresistentes Métodos: Estudo longitudinal prospectivo que incluiu binômios, mãe recém- nascido pré-termo, hospitalizados no período de agosto de 218 a agosto de 219 em um hospital público do sul do Brasil Foi realizada a investigação de colonização por bactérias multirresistentes no binômio e avaliação de variáveis neonatais por meio de regressão logística de Poisson com variância robusta para obtenção de Razão de Prevalência (RP) e Intervalo de Confiança à 95% (IC95%) Resultados: A amostra foi composta por 114 recém-nascidos pré-termos Destes, a incidência de colonização por bactérias multirresistentes foi de 44% O tempo mediano para ocorrência de colonização do recém-nascido pré-termo por bactérias multirresistentes foi de 14 dias O contato pele a pele precoce, iniciado nos primeiros sete dias de vida, reduziu pela metade a prevalência de colonização do recém-nascido pré-termo por bactérias multirresistentes comparado aos que fizeram o contato pele a pele tardio (RP: 167, IC95% 16- 139; p = 6) Implicações para a prática: O contato pele a pele, iniciado nos primeiros sete 34 dias de vida do recém-nascido pré-termo, reduziu a incidência de colonização 35 por bactérias multirresistentesItem Descrição de utilização e manejo de Cateter Central de Inserção Periférica em unidade hospitalar privada(2022-12-12) Silva, Érika Bernardo da; Pieri, Flávia Meneguetti; Lopes, Gilselena Kerbauy; Paulino, Gabriela Machado Ezaias; Margatho, Amanda SallesIntrodução: O Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP) e´ um dispositivo intravascular que possibilita administração de terapêutica por períodos prolongados, sendo ele seguro e de fácil inserção por enfermeiro habilitado. Objetivos: Descrever a utilização e o manejo do CCIP em unidade hospitalar privada pela equipe de enfermagem especializada e identificar por meio da literatura científica as práticas desenvolvidas pelos enfermeiros no manejo do Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP) em adultos hospitalizados. Materiais e Métodos: Estudo transversal, realizado com uma amostra por conveniência de prontuários de pacientes que foram submetidos a inserção do CCIP por enfermeiro habilitado de hospital terciário localizado na região sul do Brasil, no período de 01 de abril de 2017 a 30 de novembro de 2021. Resultados: A amostra totalizou em 220 cateteres inseridos, considerando que alguns pacientes o procedimento foi realizado mais de uma vez durante o período de análise. De acordo com a indicação para a inserção do cateter, houve destaque para os pacientes em uso de soluções irritantes/vesicantes, falha na punção periférica e terapia intravenosa prolongada (>7 dias). Um total de 4 (1,8%) casos não foram submetidos a nenhuma punção venosa, 156 (70,9%) foram puncionados uma única vez e 60 (27,3%) foram avaliados tardiamente. Em 205 (93,2%) dos casos, o tipo de cateter eleito foi o Power PICC®; não valvulados 204 (92,7%) de poliuretano. A respeito da quantidade de lumens, 212 (96,4%) eram mono lumen; 131 (59,5%) foram guiados com Loc Ponta. Em 163 (74,1%) dos casos, a veia eleita para inserção foi a basílica. Quanto as ocorrências de complicações decorrentes pós inserção, houve destaque para o reposicionamento de ponta 26 (11,8%), obstrução 7 (3,2%), infecção da corrente sanguínea relacionada ao cateter 6 (2,7%) e 5 (2,3%) com trombose venosa profunda. O tempo de permanência do dispositivo foi uma média de 80,25 dias com o DP=67,40. A média do tempo de internação foi de 80,11 dias com DP=67,5. Dos cateteres, 186 (84,5%) foram retirados por término do tratamento, 34 (15,5%) permaneceram em home care e 61 (27,7%) em acompanhamento ambulatorial. Conclusão: A utilização e manejo do CCIP, é uma inovada tecnologia que está se tornando um procedimento comum à prática do enfermeiro.Item Doze anos de epidemia do HIV/AIDS em adultos no município de Londrina, Paraná, BrasilGonçales, Leandra Fagan Rodrigues; Pieri, Flávia Meneguetti [Orientador]; Lopes, Gilselena Kerbauy; Furuya, Rejane KiyomiResumo: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) atualmente é considerada um dos mais graves problemas de saúde pública no mundo, sendo o ambiente apontado como um dos fatores de influência para a transmissão Nessa perspectiva, torna-se fundamental entender o comportamento desta infecção, levando-se em consideração a localização geográfica dos indivíduos acometidos, bem como suas condições de vida e saúde Nesse contexto, foram desenvolvidos dois estudos que compõem esta Dissertação , ambos estão vinculados a um projeto maior, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina, com CAAE: 6371865231, número do Parecer:2978859 O estudo I teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico, demográfico e clínico dos casos de HIV/Aids e associar as infecções oportunistas com a mortalidade Trata-se de um estudo transversal, totalizando uma amostra de 221 casos de HIV/Aids notificados em janeiro de 27 a dezembro de 218 A maioria foi do sexo masculino com 73,8%, faixa etária dentre 3-59 anos (6%), escolaridade de ensino fundamental completo (47,3%), a raça/etnia sendo branco ou pardo (68,5%) Com relação ao desfecho mortalidade, apresentaram significância estatística com p <,1 para o teste qui-quadrado as variáveis: idade de 3-59 anos e =6 anos, nível de escolaridade analfabeto ou ensino fundamental completo, uso de drogas injetáveis e outras opções sexuais Com relação as infeções oportunistas, na análise bivariada observou-se sua associação como fator de risco para óbito O Estudo II, objetivou-se em analisar a relação espacial por meio do georreferenciamento e tendência temporal dos casos de HIV/Aids no município de Londrina, Paraná Estudo ecológico, no qual foram registrados 2777 casos novos, dentre eles, 21 endereços residenciais foram geocodificados Observou-se aumento progressivo da infecção no período Assim, foi possível identificar uma grande concentração de casos em toda a zona central da cidade, ilustrando uma distribuição heterogênea No mapa dos aglomerados dos casos, foi possível visualizar a distribuição dos serviços de saúde no município, permitindo ainda, visualizar a localização das unidades de saúde, dos ambulatórios de referência e ainda das unidades hospitalares Quanto à distribuição da mortalidade, foi possível observar um panorama homogêneo Por meio da técnica de análise de variações espaciais nas tendências temporais, pode-se interpretar a partir de sua tendência temporal interna o grau de crescimento ou redução dos casos de HIV/Aids no decorrer dos anos dentro do aglomerado, neste caso refere-se a região central, sendo esta comparada com a tendência externa, ou seja, a tendência em todo o município não pertencente a este mesmo aglomerado, refere-se à regiões norte e leste Pode-se verificar que há afinidade entre o espaço e a ocorrência da doença, corroborando com a importância em se pensar nas melhorias múltiplas, nas condições de vida da população, com ênfase nas regiões mais vulneráveis (áreas de aglomerados espaciais) identificadas e políticas direcionadas para a prevenção e promoção da saúde, um diagnóstico mais oportuno para que se consiga proporcionar o tratamento com redução da transmissão e da mortalidade frente aos casos de HIV/AidsItem Enterococcus faecium dependente de vancomicina : caracterização fenotípica e genotípicaLopes, Gilselena Kerbauy; Ogatta, Sueli Fumie Yamada [Orientador]; Lioni, Lucy Megumi Yamauchi; Perugini, Marcia Regina EchesResumo: A vancomicina, um antimicrobiano de amplo espectro, é indicada para tratamento de infecções graves Enterococcus spp resistente a este glicopeptídeo, com predomínio de Enterococcus faecium estão entre os principais agentes etiológicos de infecções relacionadas aos serviços de saúde Além disso, enterococos dependente de vancomicina para o crescimento foram isolados de amostras clínicas Neste trabalho Enterococcus faecium vanA, que cresce apenas na presença de vancomicina (VDEfm-UEL), foi isolado de fezes de uma paciente em antibioticoterapia endovenosa com vancomicina para tratamento de sepse por Staphylococcus aureus resistente a oxacilina VDEfm-UEL também apresentou resistência a ampicilina, ciprofloxacina, cloranfenicol, eritromicina, levofloxacina, penicilina, rifampicina e teicoplanina Além disso os genes que codificaram fatores associados a virulência: efaA, gelE e esp, foram detectados no genoma da bactéria A dependência de vancomicina parece estar associada a mutações em D-Ala-D-Ala ligase (Ddl), importante enzima com função na síntese da parede celular A inserção de uma adenosina mono fosfatada na sequência genética de ddl, resultou na formação de um códon terminador da tradução prematuro Este é o primeiro relato de VDE E faecium isolado em um Hospital Universitário no BrasilItem Escherichia coli enteroagregativa em pacientes HIV positivos com diarréia no norte do Paraná - BrasilBurgos, Tatiane das Neves; Pelayo, Jacinta Sanchez [Orientador]; Lopes, Gilselena Kerbauy; Vespero, Eliana Carolina; Rocha, Sérgio Paulo Dejato da; Kobayashi, Renata Katsuko TakayamaResumo: Escherichia coli enteroagregativa (EAEC) é um patógeno causador de doenças gastrointestinais, particularmente em pacientes imunocomprometidos, resultando em significativa morbidade e mortalidade Assim, o trabalho teve como objetivo verificar a prevalência de EAEC em pacientes hospitalizados infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) no estado do Paraná, Brasil EAEC foi pesquisada em 275 cepas oriundas de fezes diarreicas de 55 pacientes PVHA (pessoa vivendo com HIV/Aids) do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, através da pesquisa de genes de virulência pela técnica da PCR, teste de aderência em células HEp-2, biofilme, sorotipagem, teste de sensibilidade a antimicrobianos e filogenia EAEC foi detectada em 14 (25,4%) pacientes PVHA e todas as amostras apresentaram o padrão de adesão agregativo em células HEp-2 e foram classificadas em três grupos filogenéticos: A (35,7%), B1 (42,9%) e D (21,4%) Nelas ainda, foram identificados 12 sorotipos diferentes: O168:H4, O15ab:H6, O59: H19, O59:H6, O12:H25, O43:H2, O159:H?, O145:H34, O32:H14, O8:H51, O175: H28, O44:H18 Foi verificada a resistência intermediaria em três cepas (21,4%) para Cefalotina e duas (14,3%) foram resistentes para Trimetropin/Sulfametoxazol Foram classificadas como formadoras de biofilme 13 cepas (92,9%) Ainda as EAEC identificadas foram classificadas em dois grupos: EAEC tipica quando apresentava o gene aggR (57,1%) e EAEC atipica quando não apresentava esse gene (42,9%) Destaca-se o ineditismo deste trabalho uma vez que é o primeiro no Brasil a pesquisar EAEC em pacientes PVHA com diarreia e os resultados mostraram uma alta prevalência de EAEC neste grupoItem Estimativa do impacto das infecções nos custos das internações de criançasLeoncio, Jackeline Martins; Tacla, Mauren Teresa Grubisich Mendes [Orientador]; Lopes, Gilselena Kerbauy; Capobiango, Jaqueline DarioResumo: O presente estudo teve por objetivo avaliar o impacto das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) no custo da hospitalização de crianças Foi utilizado método epidemiológico, prospectivo, observacional, envolvendo todas as crianças admitidas na Unidade de Internação e de Terapia Intensiva Pediátrica de um hospital universitário público do norte do Paraná, entre julho e dezembro de 215 Foram incluídas todas as crianças hospitalizadas por período superior a 24 horas e excluídas as internadas por período superior a três meses A tabulação e análise dos dados foram realizadas utilizando-se o software Statistical Package for the Social Sciences, versão 2 Foram analisadas 173 crianças sendo 32 (15,5%) com diagnóstico de IRAS, a mediana de idade foi de três anos O período de hospitalização teve uma média de 12,3 dias, sendo que 7% das crianças permaneceram até 15 dias hospitalizadas Dentre as categorias diagnósticas, as doenças do sistema digestório foram as mais prevalentes Quanto aos procedimentos invasivos, 41,6% das crianças receberam ao menos um dispositivo, com ênfase no cateter venoso central (35,3%), cateter urinário (27,5%) e ventilação mecânica (22,5%), 59 (34,1%) crianças foram submetidas à cirurgia, sendo 47,5% gastrintestinais Em relação ao desfecho clínico, 169 crianças sobreviveram, três evoluíram a óbito e uma foi transferida para outro hospital A análise de custo nos setores mostrou que a mediana do custo da hospitalização de crianças na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica foi superior ao valor dos demais setores A hospitalização inferior a sete dias apresentou menor custo quando comparada aos outros períodos (p<,1) A presença de IRAS aumentou o custo em 4,2 vezes (p<,1) As internações das crianças que tiveram dois ou mais sítios infecciosos diagnosticados (p=,1) e aquelas que desenvolveram sepse (p<,1) foram associadas a maior custo, assim as colonizadas por microrganismos multirresistentes, com ênfase Escherichia coli e Acinetobacter baumanii, tiveram custos maiores Os custos do tratamento foram menores para o metronidazol e maiores para os antifúngicos As IRAS aumentaram significativamente as complicações infecciosas e o custo da hospitalização de crianças O elevado custo associado a crianças com IRAS justificam investimentos no âmbito da prevenção, do diagnóstico precoce e tratamento adequado aos pacientes