Colonização por microrganismos do grupo "ESKAPE" em recém-nascidos hospitalizados em unidades neonatais em um hospital universitário
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Gobo, Elisangela de Fátima
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Resumo
Resumo: Introdução: O grupo SKAPE, composto por Enterococcus faecium resistentes à vancomicina (VRE), Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA), Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa resistentes a carbapenêmicos (BGN NF-CR), Enterobactérias resistentes a cefalosporinas de terceira e quarta geração (ESBL) e resistentes a carbapenêmicos (CRE) Representam uma ameaça à saúde pública, em decorrência das limitações na terapia antimicrobiana A colonização por estes microrganismos é um fator que favorece o desenvolvimento de infecções, em especial nos pacientes imunocomprometidos, como os neonatos de baixo peso Objetivo: Avaliar a epidemiologia de recém nascidos internados em unidades neonatais, colonizados por microrganismos do grupo ESKAPE, num período de 2 anos e realizar análise molecular das principais Enterobactérias ESBL nos últimos dois anos de estudo Método: Foram analisados retrospectivamente os resultados em banco de dados do sistema LABHOS/LAC/HU de amostras de swab de vigilância nos anos de 2 a 217, e incluída apenas uma cultura por paciente, sendo a primeira a ser positivada durante a internação No período de 218 e 219 foi realizado estudo prospectivo, transversal, com amostras de swab de vigilância coletados semanalmente de RN internados nas unidades neonatais Dentre as amostras positivas para Enterobactéria produtoras de ß-lactamases de espectro estendido (ESBL) deste grupo, foi realizada análise de similaridade clonal e identificação genotípica para os genes de resistência Resultados: Entre os microrganismos multirresistentes mais frequentemente identificados destacam-se os bacilos Gram-negativos (929/117 – 84,%) Enterobactérias ESBL, foram responsáveis pela colonização de 753 (7,%) dos RN A colonização por Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos também foi evidenciada, com menor frequência (2,%) A densidade de incidência média de Klebsiella pneumoniae ESBL durante o período foi 2,3/1 pacientes-dia, com variações de zero em 2 a cerca de cinco em 213, 215, 218 e 219 Entre os cocos Gram-positivos os mais frequentes foram Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA), identificados em 11% das culturas de amostras de vigilância e Enterococcus spp resistentes à vancomicina (VRE) em (5,%), ambos relacionados a colonização dos RN Entre as Enterobactérias ESBL identificadas fenotipicamente nos anos de 218 e 219, houve uma alta frequência para Klebsiella pneumoniae ESBL (51%), das quais 45% foram submetidas a análise genotípica As principais Enzimas ESBL identificadas foram TEM (68,%), SHV (63,%) e CTX-M1/M15 (95,%) Conclusão: a frequência para os microrganismos do grupo ESKAPE, foi elevada nesses 2 anos de estudo, principalmente para os bacilos Gram-negativos, com destaque para Klebsiella pneumoniae ESBL que esteve em alta ao longo dos anos na colonização dos neonatos A colonização geralmente precede a infecção, elevando a mortalidade e morbidade nos sistemas de saúde, e desta forma, medidas efetivas de prevenção e controle se fazem necessárias
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Palavras-chave
Bactérias gram-negativas, Drogas, Resistência em microorganismos, Recém-nascidos, Resistência a múltiplas drogas, Gram-negative bacteria, Drug resistance in microorganisms, Infants (Newborn), Multidrug resistance