Avaliação do gerenciamento clínico por telemonitoramento de hipertensos e diabéticos de uma operadora de plano de saúde

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Resumo: Mundialmente os sistemas de saúde são pressionados a inovar os cuidados de saúde para pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e comprovar os efeitos das intervenções de promoção da saúde Este estudo avaliou o gerenciamento clínico por telemonitoramento para beneficiários com hipertensão arterial e diabetes mellitus de uma operadora de plano de saúde, de médio porte e localizada no Centro-sul do Paraná-PR, por meio de quatro estudos realizados no ano de 219 Verificou-se que, mensalmente, até 2 beneficiários com doença crônica não transmissível, de baixo e médio risco clínico, participavam desta intervenção, cujas ações de educação em saúde e de apoio à autogestão eram desenvolvidas por enfermeiro em conjunto com a equipe multidisciplinar em saúde, por meio de telecontato mensal, síncrono e previamente agendado, ao longo de 12 meses Identificou-se também o predomínio de mulheres (67%), idosos (86,2%) e beneficiários que estudaram até o ensino médio (67%) O consumo inadequado de refrigerante por homens foi menor que o das mulheres (OR= ,37) e para eles o peso elevado foi um fator de risco (OR= 3,57) Para os adultos a presença de hipertensão arterial (OR=,14) e a boa prontidão para a mudança comportamental (OR= ,21) foram fatores de proteção, assim como a presença de hipertensão arterial e o diabetes mellitus concomitantes foi para os idosos (OR= ,16) Para o modelo binário foi significativa a associação entre a idade, presença de hipertensão arterial (p= ,1; OR= ,14; IC= ,4-,51) e boa prontidão para a mudança comportamental (p= ,23; OR= ,21; IC= ,6-,76), indicando que esta intervenção alcançou a população recomendada para as ações de prevenção secundária Aferiu-se ainda que a maioria dos beneficiários com doença crônica estava satisfeita com esta intervenção (97%), a recomendaria (92%), gostaria de mantê-la (89,2%) e a classificou como excelente (93%) Participantes com menor escolaridade estavam mais satisfeitos com o conhecimento técnico dos profissionais (p= ,45), sua habilidade para explicar (p= ,4), importância do gerenciamento clínico (p= ,1) e satisfação geral com ele (p= ,28) Houve associação entre a idade, a qualidade das informações proferidas pelo profissional (p< ,1; RP= ,55; IC= ,7-,66), qualidade do gerenciamento clínico (p< ,1; RP= ,57; IC= ,72-,64) e satisfação geral com ele (p< ,1; RP= ,58; IC= ,71-,64), explicando a qualidade desta intervenção Por fim, constatou-se o predomínio de beneficiários com hipertensão arterial e diabetes mellitus com hábitos alimentares saudáveis no inicio desta intervenção e, ao seu termino, o aumento dos fisicamente ativos em 46,3% (p= ,69) e a redução dos que consumiam bebida alcóolica em 78% (p< ,1) e dos que diminuíram o índice de massa corporal em 1,4% (p= ,5), indicando a efetividade desta intervenção em apoiar os participantes em estimular e manter hábitos saudáveis Concluiu-se que o gerenciamento clínico por telemonitoramento apresentou implantação viável e efetiva, atingiu corretamente as pessoas com fatores de risco para doenças crônicas modificáveis, conquistou a satisfação dos participantes e lhes auxiliou a adotar e sustentar os indicadores de saúde dentro dos limites de normalidade

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Palavras-chave

Doenças crônicas, Telecomunicações na medicina, Monitoramento de paciente, Saúde suplementar, Chronic diseases, Telecommunication in medicine, Patient monitoring, Supplemental health

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