01 - Doutorado - Ciências da Reabilitação
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Navegando 01 - Doutorado - Ciências da Reabilitação por Autor "Fernandes, Karen Barros Parron"
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Item Atividade física na vida diária e comportamento sedentário de pacientes com DPOC : mortalidade, perfil dos pacientes e impacto da variação sazonal e do uso de equipamentos portáteisFurlanetto, Karina Couto; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Bellinetti, Laryssa Milenkovich; Mayer, Anamaria Fleig; Fernandes, Karen Barros Parron; Guedes, Dartagnan PintoResumo: Introdução: A quantificação detalhada, objetiva e padronizada do nível de atividade física na vida diária (AFVD) de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) permitiu identificar que desfechos clínicos relevantes estão associados com o padrão de comportamento inativo desses pacientes Apesar da crescente relevância de diferentes aspectos da AFVD no mundo científico e na rotina clínica, muitas lacunas sobre este tema ainda existem na literatura atual Questões importantes precisam ser melhor elucidadas em pacientes com DPOC com base em evidências sólidas, como a associação entre inatividade e mortalidade, uma melhor definição do perfil da população, e o grau de influência de variações sazonais e do uso de equipamentos portáteis Adicionalmente, os termos “sedentarismo” e “inatividade física” são comumente e erroneamente considerados como sinônimos A presente tese de doutorado foi desenvolvida com o intuito de contribuir com evidências científicas envolvendo questões relativas à mortalidade, perfil dos pacientes e impacto da variação sazonal e do uso de equipamentos portáteis sobre a AFVD de pacientes com DPOC Métodos: Quatro estudos foram desenvolvidos, sendo 3 artigos originais e 1 artigo de revisão de literatura Os dois primeiros estudos abordam as formas e pontos de corte para identificar os pacientes com DPOC que apresentam padrão de comportamento sedentário, inativo ou ativo Os outros dois estudos abordam o impacto de dois fatores sobre a AFVD que ainda não estão bem estabelecidos, como a sazonalidade e o uso de equipamentos portáteis Foram desenvolvidos: (1) um estudo retrospectivo de coorte (n=11) para identificar um ponto de corte de comportamento sedentário em pacientes com DPOC e investigar sua associação com a mortalidade em um follow-up de 5 anos; (2) um estudo transversal (n=14) para comparar o perfil de pacientes com DPOC considerados fisicamente ativos ou inativos de acordo com diferentes classificações do nível de AFVD; (3) um estudo prospectivo de coorte para investigar a variabilidade da AFVD causada pela sazonalidade (verão e inverno) em pacientes com DPOC que vivem em regiões do mundo com diferentes características climáticas (Londrina, Brasil [n=19] e Leuven, Belgica [n=18]); e (4) um estudo de revisão de literatura que investiga se a utilização de equipamentos portáteis, como a oxigenoterapia domiciliar ou a ventilação não-invasiva (VNI) influenciam no aumento ou redução do nível de AFVD, e neste caso, de pacientes mais graves Resultados: O estudo (1) concluiu que 8:3 horas/dia em atividades que requerem <1,5 equivalente metabólico (MET) é um ponto de corte capaz de identificar pacientes com DPOC sedentários e que apresentam maior risco de mortalidade Este estudo também mostrou que cada hora/dia gasta em atividades <1,5 MET aumenta o risco de mortalidade em 42% O estudo (2) identificou que, independente do método de classificação utilizado, pacientes com DPOC fisicamente ativos são caracterizados por melhor capacidade de exercício, função pulmonar, composição corporal e estado funcional quando comparados a pacientes fisicamente inativos Adicionalmente, pacientes fisicamente ativos são possivelmente também caracterizados por melhor força muscular periférica e expiratória e qualidade de vida, além de menor prevalência de doença cardíaca estável e risco de mortalidade O estudo (3) mostrou que a AFVD dos pacientes com DPOC reduz no período do inverno em ambas as regiões do mundo, e de forma mais acentuada em pacientes brasileiros Além disso, identificou que pacientes brasileiros são mais ativos que pacientes belgas mesmo após o ajuste para as variáveis climáticas Por fim, o estudo de revisão de literatura (4) identificou que pacientes com DPOC que utilizam oxigenoterapia ou VNI domiciliar apresentam a AFVD ainda mais comprometida do que pacientes que não se utilizam desses equipamentos Possivelmente, fornecer equipamentos mais leves de oxigenoterapia não seja suficiente para reverter o comportamento sedentário Adicionalmente, diferentes estudos mostraram que intervenções com implementação de 3 meses de VNI noturna parecem aumentar a AFVD de pacientes com hipercapnia Conclusões: Os quatro artigos científicos desenvolvidos apresentam conclusões clinicamente relevantes e mostram que os fatores pesquisados nesta tese impactam na AFVD dos pacientes com DPOC A associação entre mortalidade e o ponto de corte para sedentarismo proposto sugere que estratégias para reduzir o comportamento sedentário podem aumentar a sobrevida desses pacientes Além disso, estratégias que encorajam o paciente com DPOC a se tornar fisicamente mais ativo são fortalecidas com as evidências encontradas por meio da comparação entre os pacientes fisicamente inativos ou ativos Por fim, as variações no clima e o uso de equipamentos portáteis como a oxigenoterapia domiciliar e a ventilação não invasiva noturna devem ser considerados nas avaliações futuras dos pacientes com DPOC pois são fatores que influenciam a atividade física diária Novas pesquisas em pacientes com DPOC são incentivadas, de forma que no futuro seja possível determinar quais formas de intervenção que objetivam o aumento da atividade física e a redução do sedentarismo podem resultar em benefícios reais para a saúde desses pacientesItem Avaliação da capacidade funcional em pacientes com DPOC : revisão da literatura sobre testes funcionais de membros inferiores, confiabilidade do cronômetro no registro da velocidade de marcha e utilização do teste 4-metre gait speed para prescrição..Reche, Gianna Kelren Waldrich Bisca; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Teixeira, Denilson de Castro; Karsten, Marlus; Fernandes, Karen Barros Parron; Trelha, Celita SalmasoResumo: Introdução: Testes funcionais, tais como velocidade de marcha, timed Up and Go (TUG), sit-to-stand (STS) e teste do degrau, ganharam popularidade tanto em pesquisa quanto na prática clínica nos últimos anos, visto que avaliam a capacidade funcional de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) de maneira prática, rápida e com menor custo Entretanto, as propriedades de medida dos diferentes protocolos de teste, aspectos técnicos e a utilização dos mesmos na prescrição de exercício ainda não foram solidamente estabelecidos A presente tese de doutorado foi então desenvolvida com o intuito de se aprofundar sobre a utilização de testes funcionais em pacientes com DPOC, e assim contribuir com as evidências científicas relacionadas à avaliação funcional desses pacientes Métodos: Três estudos foram desenvolvidos, sendo um artigo de revisão sistemática da literatura e dois artigos originais A revisão sistemática (1) avaliou as características e evidências disponíveis sobre as propriedades de medida dos testes de velocidade da marcha, timed Up and Go (TUG), sit-to-stand (STS) e teste do degrau; investigou a relação entre esses testes e alguns desfechos clínicos importantes na DPOC; e ainda viabilizou recomendações para a prática clínica e para pesquisas futuras O artigo (2) comparou e avaliou a concordância de dois métodos (cronômetro e vídeo) que registram o tempo de realização do teste velocidade de marcha em 4 metros (ou 4-metre gait speed, 4MGS) em pacientes com DPOC, e avaliou a concordância entre dois avaliadores que realizaram a mensuração do tempo apenas com cronômetro No artigo (3) foi avaliada a eficácia do teste 4MGS na prescrição da intensidade de exercício físico e para predizer a distância percorrida no teste da caminhada de seis minutos (TC6min) bem como identificar qual protocolo do teste melhor estima esses resultados em pacientes com DPOC Resultados: O estudo (1) concluiu que testes funcionais simples de membros inferiores revelam informações sobre desfechos clínicos importantes em pacientes com DPOC Os testes 4MGS; 5 repetições do movimento de levantar e sentar e o teste do degrau de 6 minutos (TD6) apresentam as propriedades psicométricas mais bem estabelecidas quando comparados aos outros testes, enquanto as propriedades do TUG precisam ser melhor estudadas O estudo (2) mostrou que o cronômetro apresentou resultado semelhante ao método critério (vídeo) e excelente concordância com ele em todos os protocolos do 4MGS testados Adicionalmente, quando o cronômetro foi utilizado por dois avaliadores independentes, verificou-se excelente concordância entre eles Como resultado do estudo (3), o 4MGS realizado com velocidade máxima em um corredor de 8 metros predisse melhor a intensidade do exercício, com um coeficiente de determinação R2 = ,46 Conclusão: Testes funcionais podem ser utilizados na prática clínica para avaliar a capacidade funcional em pacientes com DPOC Os testes 4MGS, 5STS, TUG e TD6 são bem tolerados pelos pacientes, práticos e viáveis, considerando o tempo, espaço e recursos disponíveis Além disso, refletem desfechos clínicos importantes na DPOC de morbimortalidade, hospitalizações, quedas, capacidade de exercício e qualidade de vida Para a avaliação do tempo gasto no 4MGS, o uso do cronômetro mostrou-se confiável, ampliando a possibilidade de uso do teste na prática profissional Por fim, a utilidade clínica do 4MGS pode ser maior do que previamente esperado, uma vez que todos os protocolos do teste se correlacionaram com o TC6min e o protocolo do 4MGS realizado com velocidade máxima em um corredor de 8 metros provou ser a melhor opção para a prescrição da intensidade do exercício para pacientes com DPOC moderada a muito graveItem Função pulmonar, função física, atividade física e comportamento sedentário na vida diária em pacientes com DPOCFerreira, Leila Donária de Oliveira; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Hernandes, Nidia Aparecida; Fernandes, Karen Barros Parron; Ferreira Filho, Olavo Franco; Mesquita, Rafael de BarretoResumo: Introdução: O paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresenta uma série de características que levam a diminuição da sua função pulmonar e prejuízos em sua função física, o que faz com que estes apresentem limitações para a realização de suas atividades de vida diária Além disso, esse indivíduo é menos ativo fisicamente e permanece a maior parte do seu dia em um comportamento sedentário Atualmente os pesquisadores têm como alvo torná-los fisicamente mais ativos e/ou menos sedentários, visto o impacto desse comportamento no dia-a-dia dessa população Objetivo: Estudar diferentes aspectos de variáveis relevantes da DPOC como a classificação GOLD (Global Obstructive Lung Disease) A-B-C-D função pulmonar, função física, atividade física na vida diária, comportamento sedentário e mortalidade Métodos: Três artigos originais foram desenvolvidos O primeiro estudo (1) aborda transversalmente a associação entre diferentes desfechos funcionais com a nova classificação do GOLD A-B-C-D (multidimensional) e GOLD I-II-III-IV (unidimensional) em 9 pacientes com DPOC O segundo estudo (2), também com delineamento transversal, verifica a associação da diferença entre a CVL (capacidade vital lenta) e CVF (capacidade vital forçada) com o nível de AFVD (atividade física na vida diária) em 28 pacientes com DPOC e verifica as diferenças na AFVD entre indivíduos com CVL maior ou menor do que a CVF E por fim, o terceiro estudo (3), um estudo de coorte retrospectivo, aborda o valor prognóstico de variáveis de atividade física (AF) e comportamento sedentário (CS) no intuito de prever a mortalidade em 12 pacientes com DPOC Resultados: O estudo (1) mostra que as classificações GOLD A-B-C-D e I-II-III-IV não refletem bem a funcionalidade dos pacientes com DPOC O TC6min (teste de caminhada de seis minutos) foi o único desfecho significativamente associado a ambas as classificações GOLD Boa funcionalidade avaliada pelo TC6min foi observada em 8%, 69% e 43,5% (GOLD B, C e D, respectivamente) e 81%, 59% e 29% (GOLD II, III e IV, respectivamente) Os coeficientes de associação (V Cramer’s) e correlação (Spearman) do TC6min com o GOLD multidimensional e unidimensional foram de V=,3, r=-,35 e V=,37, r=-,25; respectivamente No estudo (2) não foram encontradas correlações significativas entre CVL-CVF e as variáveis da AF no grupo geral No grupo CVL>CVF foi encontrada significância estatística na correlação entre a CVL-CVF e o tempo gasto/dia em pé (r=-,56) e sentado (r=,75) Já no grupo CVL=CVF, houve correlação significativa somente com o tempo gasto/dia em pé (r=,57) e deitado (r=-,62) E por fim, no estudo (3) observamos nas curvas de Kaplan-Meier que o número de passos/dia, o tempo ativo (atividades > 1,5 METs) e o tempo sedentário (atividades <1,5 METs) foram associados à mortalidade Na análise de regressão de COX univariada, o número de passos/dia (HR 3,1, IC 95% 1,2-8), o tempo ativo (HR 3,1, 1-5,5) e o tempo sedentário (HR 3,2, 4-7,3) foram considerados preditores de mortalidade na população referida No entanto, em uma análise multivariada, apenas o tempo sedentário foi preditor de mortalidade (HR 2,4, IC95% 1,9-8,8) Conclusões: Os três estudos desenvolvidos apresentam conclusões com potencial de aplicabilidade clínica e demonstram que os fatores pesquisados nesta tese impactam sobre diferentes desfechos em pacientes com DPOC Evidenciamos com o primeiro estudo (1) que houve associação fraca entre o GOLD (multidimensional e unidimensional) e o TC6min, e não houve associação com atividades da vida diária e o nível de AF Essa ausência de associação possivelmente está relacionada ao fato de que esses desfechos funcionais envolvem uma interação complexa, afetada não apenas por componentes físicos, mas também por fatores psicossociais, pessoais e ambientais Já no segundo estudo (2) demonstrou-se que, indivíduos com maior obstrução ao fluxo aéreo segundo a diferença CVL-CVF tendem a gastar mais tempo em atividades de menor gasto energético, que não envolvam caminhar; e o estudo (3) demonstra que, em análise de regressão multivariada, o comportamento sedentário apresenta melhor capacidade preditiva de mortalidade em pacientes com DPOC do que variáveis clássicas de AFVD como o número de passos e o tempo ativo Portanto, estratégias para reduzir o tempo sedentário podem vir a aumentar a sobrevida de pacientes com DPOC