01 - Doutorado - Ciências da Saúde
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Navegando 01 - Doutorado - Ciências da Saúde por Autor "Bacchi, André Demambre"
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Item Exposição ao paracetamol durante a gestação e lactação em ratos : avaliação de possíveis efeitos maternos e na proleRigobello, Camila; Barbosa, Décio Sabbatini [Orientador]; Bacchi, André Demambre; Estanislau, Célio Roberto; Brinholi, Francis Fregonesi; Ceravolo, Graziela Scalianti; Moreira, Estefânia Gastaldello [Coorientadora]Resumo: Paracetamol (PAR) é um analgésico e antipirético empregado nas diferentes fases da gestação e lactação, uma vez que seu uso é considerado seguro pelas agências regulatórias A livre passagem pela barreira placentária e a excreção pelo leite materno permitem que esse fármaco alcance fetos/neonatos em desenvolvimento Estudos epidemiológicos populacionais descrevem que o uso pré-natal do PAR aumenta o risco para transtornos do neurodesenvolvimento, tais como, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e transtornos do espectro autista (TEA) Nos estudos populacionais, o fraco controle das variáveis não permite o estabelecimento de relações de causalidades Assim, a presente pesquisa objetivou avaliar, em ratos, os possíveis efeitos do PAR quando utilizado durante a gestação e lactação sobre o comportamento e marcadores do estresse oxidativo da prole Ratas prenhes receberam, por gavage, PAR (35 ou 35 mg/kg) ou água a partir do dia gestacional 6 até o desmame (dia pós-natal – DPN 21) A toxicidade geral foi avaliada pelo acompanhamento do peso corporal materno e da prole O comportamento da prole foi avaliado através do teste de busca pelo ninho (DPN 1), estereotipia comportamental (DPN 27), teste de três câmaras de sociabilidade e teste do campo aberto (DPN 28) A concentração de glutationa reduzida (GSH), hidroperóxidos lipídicos (LOOH), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) e a atividade da superóxido dismutase (SOD) foram determinadas no córtex pré-frontal, hipocampo, estriado e cerebelo dos filhotes com 22 dias Além disso, na mãe e em filhotes (DPN 22) foi determinada a atividade sérica da aspartato aminotransferase (AST) e da alanina aminotransferase (ALT), enquanto que, no fígado desses animais foram verificados os níveis de AOPP e GSH, e possíveis alterações histopatológicas A exposição ao PAR não afetou as medidas de toxicidade geral A exposição perinatal ao PAR (35 mg/kg) aumentou a intensidade de estereotipia comportamental induzida por apomorfina e a locomoção no campo aberto (35 mg/kg), ambos em machos Ainda, reduziu a atividade exploratória no teste de três câmaras de sociabilidade (35 mg/kg) em ambos os sexos O tratamento na menor dose testada diminuiu a concentração de GSH no hipocampo e a atividade de SOD no estriado Mães expostas a ambas as doses do PAR apresentaram aumento da atividade de AST na ausência de alterações nos marcadores de estresse oxidativo hepático e na análise histopatológica do fígado, bem como na atividade de ALT em soro Devido à presença de AST em outros órgãos, os resultados sugerem lesões extrahepáticas advindas da exposição ao PAR Portanto, os dados indicam potencial neurotoxicidade do desenvolvimento do PAR Hipocampo e estriado mostraram-se mais vulneráveis ao desequilíbrio redox e filhotes machos mais susceptíveis às alterações bioquímicas e comportamentais comparados às fêmeas Tais observações podem ser relevantes para estudos de transtornos do neurodesenvolvimento em humanosItem Paraoxonase 1 e doenças psiquiátricasBoll, Karine Maria; Moreira, Estefânia Gastaldello [Orientador]; Bacchi, André Demambre; Barbosa, Décio Sabbatini; Estanislau, Célio Roberto; Ceravolo, Graziela ScaliantiResumo: Espécies reativas a oxigênio e nitrogênio (RONS) e marcadores imunoinflamatórios tem sido relacionados com doenças psiquiátricas como depressão, transtorno bipolar, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo e esquizofrenia (SCZ) A paraoxonase 1 (PON1) é uma enzima polimórfica antioxidante cuja atividade tem sido investigada em doenças que envolvem estresse oxidativo em suas fisiopatologias A atividade da PON1 pode ser mensurada utilizando diferentes substratos, que podem ou não ser influenciados por seus polimorfismos A relação entre atividade da PON1 e diversas doenças tem sido investigada utilizando diferentes terminologias, o que pode levar um leitor pouco familiarizado com a PON1 a conclusões equivocadas O objetivo deste trabalho é revisar os estudos que investigam a possível associação da PON1 com diferentes transtornos psiquiátricos e relatar os resultados utilizando uma terminologia padronizada, a fim de oferecer uma visão mais clara sobre esta análise Outro objetivo é delinear os marcadores de estresse oxidativo e nitrosativo e imunoinflamatórios em pacientes com SCZ crônica Na revisão da literatura, os estudos apontam redução da atividade da PON1 determinada com o substrato fenilacetato (arilesterase ou AREase), em pacientes com transtornos de humor (inclusive os crônicos) e nos pacientes esquizofrênicos não medicados Em SCZ crônicos polimedicados, atividade da AREase é usualmente similar aos valores do grupo controle Em relação à atividade da PON1 determinada com o substrato paraoxon (atividade POase), é difícil estabelecer conclusões porque os resultados são heterogêneos, o que pode ser parcialmente explicado pelo fato de que a atividade é influenciada pelo polimorfismo Q192R e a maioria dos autores não realiza ajuste da atividade POase pelo polimorfismo No estudo de caso-controle com SCZ crônicos, selecionaram-se 125 pacientes ambulatoriais e 118 controles saudáveis Foram quantificados hidroperóxidos lipídicos (LOOH), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), subprodutos de óxido nítrico (NOx), potencial antioxidante total plasmático (TRAP) e atividade da PON1/AREase Marcadores imunoinflamatórios já conhecidos por suas alterações em SCZ também foram mensurados: leptina, IL-6, receptor solúvel de TNF e quimiocinas CCL-11 e CCL-3 Não houve associações significantes entre SCZ crônica e marcadores de O&NS (AOPP, NOx, LOOH) e os antioxidantes (PON1 e TRAP) Leptina, sTNF-R, CCL-3 e CCL-11 estavam significantemente aumentados no grupo SCZ Não houve associação significante entre pró-inflamatórios e os biomarcadores de O&NS (leptina/CXCL-8 e AOPP; IL-6 e NOx; CCL-3 e LOOH; CCL-3/IL-6/NOx e TRAP) Este estudo de caso-controle sugere que há significantes correlações entre as vias inflamatórias e de estresse oxidativo e nitrosativo (O&NS) desempenhando um papel ativo na fisiopatologia da SCZ crônica Os resultados encontrados apontam que os marcadores de O&NS e a enzima PON1 (atividade AREase) não podem ser considerados biomarcadores aplicáveis para pacientes SCZ crônicos estáveis e polimedicados Em conclusão, a pesquisa e análise dos resultados envolvendo PON1 e sua relação com transtornos psiquiátricos necessita de atenção extrema para a metodologia e terminologia adotadas para verificar o "status" da PON1 e é altamente recomendado o ajuste ou correção dos resultados de acordo com os polimorfismos da população estudada Sem esta padronização e de novos e maiores estudos, não se pode avaliar a PON1 como marcador de transtornos psiquiátricos