02 - Mestrado - Saúde Coletiva
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Navegando 02 - Mestrado - Saúde Coletiva por Autor "Andrade, Selma Maffei de"
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Item Adaptação transcultural e validação da ferramenta "Newest Vital Sign" para avaliação do letramento em saúde em professoresRodrigues, Renne; Mesas, Arthur Eumann [Orientador]; Andrade, Selma Maffei de; Colugnati, Fernando Antônio BasileResumo: Letramento em saúde (LS) é uma habilidade cognitivo-intelectual para obtenção e processamento de informações em saúde Constitui um fator que pode influenciar diferentes desfechos em saúde, uma vez que se baseia em capacidades cognitivas essenciais para o entendimento de informações sobre saúde Por essa razão, estudos que investigam o LS têm sido realizados em diferentes populações, evidenciando-se associações com estilo de vida, comorbidades e mortalidade Nesse contexto, os professores constituem um grupo populacional de especial interesse, pois avaliar o LS desses profissionais poderia ajudar a compreender certas relações entre saúde, estilo de vida e o trabalho docente e, além disso, a identificar hábitos e comportamentos modificáveis e subgrupos que necessitem de maior atenção à saúde Até o presente momento, não se encontra no Brasil instrumento validado adequado para a avaliação do LS em professores Assim, este trabalho visa à adaptação transcultural e validação, para aplicação em professores, da ferramenta de avaliação do LS Newest Vital Sign, composta por seis questões e de aplicação simples e rápida Foram seguidas as etapas para adaptação transcultural: tradução, retradução e revisão por um Comitê de Especialistas O teste de validação final foi realizado em 31 professores de educação básica da rede estadual de ensino de Londrina, Estado do Paraná, Brasil, avaliando-se consistência interna e validade de constructo Como resultado, a ferramenta em validação apresentou boa adaptação transcultural, com alfa de Cronbach de ,74 A validade de constructo foi evidenciada frente às características da população, de modo que o LS inadequado associou-se à maior idade, não observação de informações nutricionais e pior estado de saúde autorreferido Com base nesses resultados, concluiu-se que a ferramenta Newest Vital Sign, na versão em Português do Brasil (NVS-BR), possui boa validade em professores da educação básica e pode ser utilizada para rastreamento de letramento em saúde inadequadoItem Apego psicológico ao trabalho, sono e outros fatores associados em professores da educação básicaMelo, Juliana Moura de; Mesas, Arthur Eumann [Orientador]; Andrade, Selma Maffei de; Haddad, Maria do Carmo Fernandez LourençoResumo: A melhoria da educação pública tem sido tema constante nas agendas do governo e nas exigências da população Entretanto, apesar de sua relevância social, a profissão docente continua cercada por condições de trabalho desgastantes, que implicam no adoecimento desses profissionais O apego psicológico ao trabalho (APT), mediante o comprometimento de processos de recuperação do estresse, como o sono, pode ser um elemento importante na relação entre estresse ocupacional e a saúde Considerando a complexidade desse contexto, o objetivo do presente estudo foi identificar a frequência do apego psicológico ao trabalho e fatores a ele associados, com enfoque para o sono A população de estudo compreendeu 151 professores atuantes na Educação Básica em Londrina-PR, participantes do estudo Pró- Mestre Os dados sobre o apego psicológico ao trabalho e avaliação subjetiva do sono foram obtidos por meio do preenchimento de um diário ao longo de 7 dias, realizado pelos professores, e por entrevista, para o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI-BR) A análise objetiva do sono baseou-se no uso de actígrafo, de forma contínua, durante o mesmo período de preenchimento do diário O APT apresentou elevada frequência na população estudada, sendo que 3,5% dos professores apresentaram APT hoje (questões vivenciadas no dia corrente, antes de dormir), 47% APT amanhã (questões a serem vivenciadas no dia seguinte) e 28,5 % apresentaram APT hoje e amanhã (ambas as situações) As seguintes variáveis se mostraram associadas ao APT hoje: sexo feminino (p=,13), sintomas depressivos (p=,), maior pressão de tempo (p=,3), maior latência do sono registrada no diário (p=,13) e pior qualidade do sono (PSQI-BR) (p=,7) O APT amanhã, por sua vez, associou-se ao sexo feminino (p=,3), a sintomas depressivos (p=,), à ansiedade diagnosticada (p=,1) e respectivo tratamento (p=,), a trabalhar em até dois períodos do dia (p=,5), à maior pressão de tempo (p=,2) e pior qualidade do sono (PSQI-BR) (p=,2) Por fim, foi encontrada associação significativa entre o APT hoje e amanhã e as variáveis: sexo feminino (p=,4), depressão (p=,), ansiedade diagnosticada (p=,28), trabalhar em até dois períodos do dia (p=,26), maior pressão de tempo (p=,2) e pior qualidade do sono (PSQI-BR) (p=,2) Além de identificar características individuais de professores que apresentam apego psicológico ao trabalho com maior frequência, este estudo permite concluir que pensar em situações do trabalho momentos antes de dormir tem potencial para comprometer a qualidade do sono, o que deve ser considerado na prevenção e no tratamento de distúrbios do sono nessa populaçãoItem Asma em municípios do Paraná : análise de internações hospitalares e avaliação de um programa de atenção à saúdeCarmo, Tatiane Almeida; Soares, Darli Antonio [Orientador]; Andrade, Selma Maffei de; Ezequiel, Oscarina da SilvaResumo: A asma, considerada problema de saúde pública, tem estimulado a implantação de programas de controle deste agravo por todo o país Este estudo teve por objetivo avaliar o impacto de programas de controle da asma em municípios paranaenses e a efetividade do Programa de Controle da Asma no município de Londrina, Paraná Realizou-se um estudo dividido em duas fases A primeira foi realizada com um estudo de séries temporais desenvolvido com dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares de seis municípios do estado do Paraná O material de estudo foi constituído por internações por asma e crise asmática ocorridas entre 1998 e 26 Na segunda fase realizou-se um estudo de coorte retrospectiva com a seleção de Unidades de Saúde da Família (USF) de Londrina cujos programas estavam em fases diferentes de consolidação Foram selecionadas intencionalmente três USF, uma com programa consolidado e duas com programa não-consolidado A coleta de dados foi realizada por meio de um formulário estruturado aplicado no domicílio dos entrevistados Os resultados encontrados na fase I mostraram uma tendência de redução das internações em todos os municípios estudados Municípios com programa de asma apresentaram coeficientes de internação inferiores em comparação aos municípios sem programa A queda das internações nos municípios com programa foi maior que a dos municípios sem programa no período após a implantação dos programas de asma Na fase II foram entrevistados 313 asmáticos, 168 inscritos na USF com programa consolidado e 145 cadastrados nas USF com programa não-consolidado Houve predominância, em ambos os tipos de USF, de pacientes do sexo feminino, na faixa etária de 15 a 59 anos, com menos de nove anos de estudo e pertencentes às classes econômicas C, D ou E A USF com programa considerado consolidado apresentou melhor organização do Programa, com menor relato de taxa de abandono (2,8% em comparação a 36,6% das outras), maior participação de pacientes em grupos (32,1% versus 2,1%) e maior relato de recebimento de visitas domiciliares (48,2% versus %) Na amostra estudada também houve diferença significativa (p<,1) na utilização de broncodilatadores e no número de atendimentos de urgência entre os asmáticos cadastrados nas USF com programa consolidado e não-consolidado Dos asmáticos inscritos na USF com programa consolidado, 55,4% referiram uso de broncodilatador em comparação a 74,5% dos inscritos na USF com programa não-consolidado Em relação aos atendimentos de urgência, os resultados encontrados foram 29,2% e 55,9% respectivamente para as USF com programa consolidado e não-consolidado Um programa de controle da asma bem organizado pode resultar na redução dos atendimentos de urgência decorrentes de crises asmáticas contribuindo na melhoria dos indicadores de saúde, bem como para a elevação da qualidade de vida dos asmáticosItem Hemovigilância : eventos transfusionais adversos antes e após implantação de um Comitê Transfusional HospitalarSaito, Mariza; Souza, Regina Kazue Tanno de [Orientador]; Reiche, Edna Maria Vissoci; Andrade, Selma Maffei deResumo: Os eventos adversos associados ao uso do sangue podem ocorrer mesmo que o sangue e seus hemocomponentes sejam adequadamente coletados, processados, indicados e preparados A hemovigilância é uma ferramenta da segurança transfusional que visa reduzir os riscos relacionados à transfusão sanguínea e o monitoramento do uso racional do sangue, que no ambiente hospitalar cabe ao Comitê Transfusional Hospitalar (CTH) Trata-se de um estudo avaliativo, tipo antes e após, realizado com o objetivo de analisar as reações transfusionais notificadas antes e após implantação do CTH no Hemocentro Regional / Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, Paraná Foram utilizados como fontes de dados os relatórios mensais de transfusões sanguíneas, gerados pelo Sistema Automatizado de Informações do Hospital Universitário (SADIHU) no Hemocentro e as fichas de notificação das reações transfusionais ao Sistema de Notificações da Vigilância Sanitária (NOTIVISA) Foram caracterizadas as transfusões sanguíneas e seus eventos adversos Posteriormente, as diferenças nas taxas de incidência das reações transfusionais (18 meses antes e 18 meses após implantação do CTH) foram comparadas Verificou-se que o número de transfusões reduziu em 9,% e o de reações transfusionais em 47,1%, no período após implantação do CTH Não foram registradas transfusões autólogas O concentrado de hemácias (CH) e seus produtos (CH Filtrado e CH Lavado) foram os mais utilizados (63%), com incremento no uso de CH Filtrado (8,7% para 17,9%) e decréscimo do uso de plasma (22,7% para 17,6%) no período pós-CTH Os setores onde mais ocorreram transfusões sanguíneas foram aqueles que receberam pacientes de maior complexidade e a maioria dos receptores foi do sexo masculino (57,3%) Quanto às reações, entre os hemocomponentes envolvidos, o CH foi responsável pela grande maioria das reações (74,4%), sendo as reações febris não hemolíticas e as reações alérgicas as mais frequentes (97%) As reações predominaram em receptores do sexo feminino (55,6%) e mulheres na faixa etária acima de 6 anos Quanto à classificação pela tipagem sanguínea, de acordo com o fenótipo ABO/Rh(D), as reações transfusionais se distribuíram de acordo com a frequência fenotípica da população geral 68,4% dos pacientes que apresentaram reação tinham histórico de transfusão anterior e 91,7% das reações foram caracterizadas como leve Apenas um evento foi considerado grave, a reação hemolítica aguda por incompatibilidade ABO (,8%) Nenhum óbito por transfusão foi registrado A taxa de incidência dos eventos transfusionais adversos foi significativamente menor no período pós-implantação do CTH (RR: ,58 IC 95%: ,41-,83) Com relação ao tipo de reação, a taxa de incidência de reação febril não hemolítica foi significativamente menor no período pós-CTH (RR: ,55 IC 95%: ,35-,86) Embora as taxas de incidência tenham sido menores, para as reações alérgicas e outros tipos de reações, as diferenças não foram significativas Observou-se redução significativa da taxa de incidência das reações no sexo masculino, porém o risco de ocorrência de reação foi mais elevado entre as mulheres, quando comparado entre os sexos Os resultados obtidos reforçam a importância do CTH, no contexto da hemovigilância, na implementação de estratégias que busquem o uso racional do sangue, com o decréscimo das reações, como também o estímulo às notificações de todas as reações transfusionais, preservando o caráter sigiloso, voluntário e não punitivo do sistema de hemovigilância brasileiro