01 - Doutorado - Letras
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Navegando 01 - Doutorado - Letras por Autor "Alves, Regina Célia dos Santos [Orientador]"
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Item Entre gaguejos : Hilst, Beckett e os limites da linguagemAndré ,Willian; Alves, Regina Célia dos Santos [Orientador]; Barbosa, Sidney; Tofalini, Luzia Aparecida Berfoffa; Silva, Telma Maciel da; Vieira, Miguel Heitor BragaResumo: Este trabalho tem por objetivo propor uma aproximação entre alguns textos de Hilda Hilst e Samuel Beckett, desencadeando uma reflexão sobre o problema filosófico das limitações da linguagem Nas produções de ambos os autores, são recorrentes situações em que a linguagem empregada se mostra falha, insuficiente, ora por meio de narrativas cujos personagens não conseguem estabelecer comunicação com o contexto que os cerca, ora por meio de tentativas confusas de descrição, que não se completam A análise comparada visa a comprovar a tese de que existe um teor comum a percorrer certa parcela das literaturas hilstiana e beckettiana, e de que uma reflexão sobre os limites da linguagem se constitui como via de acesso das mais adequadas para a leitura/compreensão de seus textos Para sustentar tal leitura, propomos uma reflexão que, em termos metafóricos, se traduz na elaboração de uma “poética do gaguejo” Além do devido suporte crítico sobre as obras dos dois autores, nosso principal referencial teórico-filosófico, baseado na crítica da linguagem, é constituído por Ludwig Wittgenstein, Fritz Mauthner e Friedrich NietzscheItem Formas mínimas : minificção e literatura brasileira contemporâneaVieira, Miguel Heitor Braga; Alves, Regina Célia dos Santos [Orientador]; Rodrigues, Rauer Ribeiro; Kamita, Rosana Cássia; Simon, Luiz Carlos Santos; Fernandes, Frederico Augusto GarciaResumo: O trabalho propõe o estudo de formas mínimas de ficção, observando as especificidades teóricas que delas emanam e a maneira como se consubstanciam em material variado na literatura brasileira contemporânea A existência delas por si só não é novidade, pois é algo que remonta às próprias origens da literatura e se configurou inicialmente sob a roupagem de epigramas, aforismos, provérbios, fábulas, entre muitas outras Na contemporaneidade, essas formas mínimas assumem termos como miniconto ou minificção, em diálogo direto com gêneros como o conto, a crônica e o poema Porém, como será visto, as ligações são muito mais amplas Para os intuitos gerais, optamos pela divisão do texto em duas partes A primeira parte é dividida em quatro capítulos e se preocupa em: compreender os olhares teóricos que vêm tomando forma nos últimos anos e tratam a minificção sob um viés particular; verificar a relação tensionada entre ficção e minificção; propor algumas categorias formais de minificção; perceber sua comunicação com os suportes atuais de transmissão, circulação e armazenamento de literatura A segunda parte é dividida em cinco capítulos Buscamos, nela: delinear a minificção no contexto literário brasileiro; explicar por que Dalton Trevisan é um minificcionista por excelência; demonstrar o impacto da obra Os cem menores contos brasileiros do século para a literatura de minificção no Brasil; investigar a importância de editoras e da paratextualidade para a construção de um campo literário de minificção; propor um roteiro de obras e autores brasileiros contemporâneos variados que praticaram a minificção Ao fim, esperamos ter demonstrado de que modo as feições de um discurso ficcional mínimo é relevante e rico para a teoria literária e para a literatura brasileira contemporâneasItem O limite espacial urbano : marginalidade e exclusão em contos de Dalton Trevisan e de João AntônioMilan, Cléia Garcia da Cruz; Alves, Regina Célia dos Santos [Orientador]; Matsuda, Alica Atsuko; Limoli, Loredana; Pascolati, Sonia Aparecida Vido; Silva, Telma Maciel daResumo: Esta pesquisa tem como proposta analisar a constituição do espaço urbano em alguns contos de Dalton Trevisan e de João Antônio, investigando a marginalização e a exclusão das personagens Em Dalton Trevisan o espaço percorrido pelas personagens são ambientes domésticos que compreendem um universo de exclusão, enquanto que em João Antônio o espaço urbano das ruas é onde as personagens atuam e tentam resolver os seus problemas, enquanto caminham, igualmente excluídas e marginalizadas Para isso, escolhemos como corpus para análise da tese cinco contos de cada autor: “Que fim levou o vampiro de Curitiba”, “O vampiro de Curitiba”, “Debaixo da Ponte Preta”, “Menino caçando passarinho”, “Clínica de repouso” e “Uma Negrinha acenando”, de Dalton Trevisan; “Lapa acordada para morrer”, “Abraçado ao meu rancor”, “Maria de Jesus de Souza”, “Meninão do caixote”, “Guardador”, “Retalhos de fome numa tarde de GC”, de João Antônio Os contos foram divididos por temática para que pudéssemos realizar a análise comparativa entre os autores Assim, temas como a melancolia, o rancor, a exploração sexual e o crime hediondo, o olhar do menino, a velhice e a prostituição na adolescência perpassam os contos dos dois autores Além disso, as personagens que compõem as narrativas selecionadas sofrem mediante as condições do espaço urbano que habitam e também por falta de estrutura física, emocional e financeira para enfrentar situações que as levam para a miséria e violência urbana Nesse sentido, o espaço urbano se configura em uma estratégia narrativa tanto para Dalton Trevisan quanto para João AntônioItem Perseu contra Medusa : uma desconstrução do olhar petrificante sobre A bagaceiraLima, Elaine Aparecida; Alves, Regina Célia dos Santos [Orientador]; Silva, Odalice de Castro; Grácia-Rodrigues, Kelcilene; Fernandes, Frederico Augusto Garcia; Joanilho, André LuizResumo: O trabalho em questão objetiva a reavaliação da importância literária da obra A bagaceira de José Américo de Almeida, publicada em 1928 e convencionalmente dada como fundadora da geração de trinta Discordando das repetidas avaliações críticas sobre o romance e, consequentemente, colocando em xeque julgamentos que afirmam a narrativa almeidiana como o romance da seca, de linguagem direta, repleto de realismo primário, marcado por alta dose de pitoresco, desenhado por preconceitos, com personagens sem humanidade e divididos enormemente entre bons e maus, a tese construirá sua própria visão sobre o objeto Para tanto, seus capítulos serão organizados de forma a combinar teoria, crítica e literatura A intenção é formular um trabalho no qual, na mesma medida em que os discursos críticos repetidos vão sendo questionados, haja a análise do objeto e, igualmente, a comparação com alguns romances expressivos, produzidos desde o Romantismo até a década de trinta Todos os capítulos trarão à baila os aspectos mais controversos da crítica em torno da obra e, em seu interior, oportunizarão comparações com os romances de ambiente não urbano de José de Alencar, especialmente O sertanejo, Til e O tronco do ipê, com as produções de Franklin Távora, maiormente O Cabeleira, com a narrativa Luzia-Homem, de Domingos Olímpio, com Urupês, de Monteiro Lobato, com Macunaíma, de Mário de Andrade, com os romances mais expressivos de José Lins do Rego, sobretudo Menino de engenho, Banguê e Fogo morto e com as produções de Graciliano Ramos, São Bernardo e Vidas secas Procedendo desta maneira, verificaremos como algumas características literárias que, ao longo da história da literatura brasileira, mereceram elogios da crítica em outras narrativas, acabaram avaliadas como defeitos no romance de Almeida ou como estas mesmas peculiaridades são ignoradas no romance objeto Neste percurso, perceberemos A bagaceira como obra marcada por aspectos oriundos de diversos momentos da literatura nacional, sendo possível a consideração de que sua condenação seja decorrente da ausência de uma filiação incondicional ao movimento modernista de vinte e dois, de suas ligações com os romances de temática regional ou, ainda, prejudicada pela contínua relação que se constrói entre o político José Américo de Almeida, candidato à presidência da República, e sua produção literária, especialmente A bagaceira Contrariando a afirmação de Costa Lima: “a obra não é mais apta a despertar, por si mesma, o interesse do crítico e do leitor” (LIMA, 1986, p 338), procuraremos, em A bagaceira, qualidades capazes de comprovar sua importância para a história da literatura nacionalItem A presença da utopia na literatura brasileira contemporâneaBeretta, Laysa Louise Silva; Alves, Regina Célia dos Santos [Orientador]; Vieira, Fátima; Schütz, Rosalvo; Silva, Marta Dantas da; Marques, Bárbara CristinaResumo: É consenso entre os pesquisadores da arte e cultura pós-moderna que a utopia enfrenta o seu esmaecimento Lyotard, por exemplo, aponta para a crise das grandes narrativas e ideologias em A Condição pós-Moderna (1979); Russel Jacoby enxerga, em 21, o fim da utopia na apatia da juventude e no malogro da experiência e do projeto socialista; e Jameson pondera em A Política da Utopia (26) que “a pós-modernidade está paradoxalmente entrelaçada à perda daquele lugar além de toda história (ou depois do seu final) que chamamos de utopia” (JAMESON, 26, p 16) No Brasil e entre os pesquisadores que se concentram na literatura brasileira contemporânea, o consenso persiste Beatriz Rezende, ao refletir sobre a produção da atualidade em Contemporâneos: expressões da literatura brasileira no século XXI (28), afirma tratar-se de um “momento de descrença nas utopias que remetiam ao futuro, tão ao gosto modernista, e de certo sentido intangível de distância em relação ao passado” (RESENDE, 28, p 27) Assim e frente ao discurso uníssono de que a literatura brasileira contemporânea estaria contaminada pelo zeigeist da crise das ideologias, volto-me para o século presente e para três romances publicados entre os anos de 29 e 214, a dizer: Entre Rinhas de Cachorros e Porcos Abatidos, de Ana Paula Maia (29); Solidão Continental, de João Gilberto Noll (212); e Quarenta Dias, de Maria Valéria Rezende (214), a fim de desvelar a presença da utopia nas narrativas Para tanto, estabeleço, a partir de Karl Mannheim (1893-1947), Herbert Marcuse (1898-1979) e Ernst Bloch (1885-1977), onze categorias estruturantes para a utopia – na tese, pontos luminosos – e analiso cada uma das obras como quem traça uma constelação, quer dizer, permitindo a disposição dos pontos luminosos de modo não sequencial e fixo A intenção, com isso, é compreender de que forma a utopia emerge em cada um dos romances e, então, delinear a natureza da utopia presente em obras da literatura brasileira contemporâneaItem Presença do pensamento utópico nos romances de Lima BarretoMatsuda, Alice Atsuko; Alves, Regina Célia dos Santos [Orientador]; Maretti, Maria Lídia Lichtscheidi; Zappone, Mirian Hisae Yaegashi; Nascimento, Gizêlda Melo do; Santos, Volnei Edson dosResumo: A presente tese teve como objetivo verificar como se configurou o pensamento utópico nos romances de Lima Barreto Os romances analisados foram: Recordações do escrivão Isaías Caminha (199), Triste fim de Policarpo Quaresma (1911 em folhetim e 1916 em livro), Numa e a ninfa (1915 em folhetim e 1917 em livro), Vida e morte de M J Gonzaga de Sá (1919), Clara dos Anjos (1948 – publicação póstuma) Partiu-se do pressuposto de que o romancista tinha uma postura de um romantismo revolucionário ou utópico, de acordo com os tipos ideais descritos por Michel Löwy, uma vez que transpareceu nas críticas de seus textos a insatisfação com o momento presente, porém havia esperança na transformação da sociedade Lima Barreto, para suscitar essas mudanças, utilizou-se da literatura, pois, para ele, a literatura não devia ser apenas contemplativa, mas também militante, devia ter uma função social, preocupar-se com a solidariedade e com as relações humanas, tendo a função de melhorar o convívio entre os homens Com uma postura extemporânea, distante das ideias que vigoravam sobre arte e literatura, foi contra o discurso hegemônico, demonstrando uma visão além de sua época Como os filósofos, segundo a concepção de Nietzsche, representou a “má consciência do seu tempo” O estudo proposto é pertinente, visto que possibilita uma leitura na perspectiva da crítica sociológica, ao procurar na estrutura dos romances do escritor a questão da utopia Além disso, foi possível rever a crítica de suas obras, já que fora discriminado por muitos anos, marginalizado no meio literário pelos estudiosos da época que não perceberam a modernidade e a riqueza de seus textos A metodologia utilizada foi a de pesquisa exploratória que, por meio de levantamento bibliográfico sobre o assunto, possibilitou aprofundar o tema proposto Para que se compreenda como o pensamento utópico se apresenta nos romances de Lima Barreto, primeiramente, realizou-se um levantamento das questões teóricas acerca do conceito de utopia Em seguida, contextualizou-se o escritor na historiografia literária brasileira para depois investigar como o pensamento utópico de Lima Barreto transparece nos seus textos As análises revelaram que o pensamento utópico permeia os romances do escritor, ao trazer à tona o sentimento da humanidade, denunciando as injustiças, as discriminações dos menos privilegiados da sociedade e o abuso do poder da elite burguesa Constatou-se que o pensamento utópico está presente na luta contra a postura eugenista; na questão do espaço, ao discutir a exclusão da camada menos privilegiada da sociedade; na representação de grupos sociais marginalizados: negros, pobres, mulheres; na presença de protagonistas que fracassaram, mas que tinham ideais de transformação social, como Isaías, Policarpo Quaresma, Gonzaga de Sá, Clara dos Anjos Verificou-se que, por meio da literatura, Lima Barreto procurou transformar a sociedade para que fosse mais fraterna, solidária e justaItem Submissão e subversão : a complexidade dos relacionamentos entre homens e mulheres em alguns contos de Marina ColasantiOliva, Angela Simone Ronqui; Alves, Regina Célia dos Santos [Orientador]; Pereira, Márcio Roberto; Coqueiro, Wilma dos Santos; Leite, Suely; Corrêa, Alamir AquinoResumo: Esta tese tem o objetivo de verificar a temática da complexidade dos relacionamentos entre homens e mulheres, presente em alguns contos de Marina Colasanti, escritora contemporânea da literatura brasileira Parte-se da premissa que a autora, durante quarenta anos de produção literária (1975-215) percorre, reiteradamente, esse tema em sua produção contística Sendo assim, a fundamentação teórica da pesquisa foi baseada em estudos acerca da relação entre homens e mulheres, principalmente, na História, na Psicologia e na Sociologia, com o intuito de buscar subsídios para que se pudesse compreender os vínculos afetivos entre homens e mulheres e, posteriormente, corroborá-los as análises dos contos de Colasanti, que constituem o corpus ficcional do trabalho Nesse sentido, as teorias de Alves & Pitamguy, Bauman, Beauvoir, Bourdieu, Del Priore, Duarte, Foucault, Freyre, Oliveira, Rocha-Coutinho, Touraine, Xavier, entre outros, foram determinantes para a contextualização teórica desse estudo Ao longo de quatro décadas, Colasanti representa, artisticamente, diversos tipos de relacionamentos entre as figuras feminina e masculina nos quais há, em alguns deles, uma relação de domínio masculino e, consequentemente, submissão e passividade femininas Em outros, pode-se notar que as personagens têm consciência de que seus relacionamentos com os companheiros estão fadados à infelicidade, entretanto, por comodidade ou pelo impedimento por parte do homem, elas não conseguem se livrar deles Finalmente, há, em alguns contos, uma certa mudança nos papéis dos gêneros, visto que relacionamentos mais libertários são tematizados, nos quais são colocados à tona a sexualidade e o desejo femininos que, historicamente, no contexto da sociedade patriarcal do ocidente, foram proibidos ou recriminados Ao final, sendo o texto literário uma possibilidade de representação social, esperamos ter demonstrado que Marina Colasanti, por meio de seus contos carregados de simbologia, põe em cena variados tipos de relacionamentos entre homens e mulheres, não seguindo nenhuma evolução histórico-cronológica, fato este que pode confirmar que, na contemporaneidade, estes diversos tipos de relações ainda se encontram presentesItem A voz angolana nos contos de Boaventura Cardoso : configuração da memória ancestralBarros, Maria Aparecida de; Alves, Regina Célia dos Santos [Orientador]; Godoy, Maria Carolina de; Silva, Marta Dantas da; Silva, Lúcia Helena Oliveira; Santos, Rubens Pereira dosResumo: A presente tese objetiva estudar as obras de contos do escritor angolano Boaventura Cardoso, respectivamente, Dizanga dia Muenhu, O fogo da fala (exercícios de estilo) e A morte do velho Kipacaça, que contextualizam narrativas antecedentes à independência de Angola, ocorrida em 11 de novembro de 1975, após quase quinhentos anos de colonização luso-europeia Saltam das páginas estéticas, dramas substanciados na violência desferida pelo colonizador ao colonizado, que luta tenazmente, utilizando-se da palavra e corpo, como forma de resistência ao sistema capitalista Outro dado de resistência, reservado nas coletâneas, refere-se ao universo da religiosidade, substância valorativa para recomposição do homem negro banto e da própria nação angolana Ao apanhar ambos os assuntos do contexto histórico e transformá-los em produto artístico, há relevo à questão identitária, pois o autor recompõe as histórias recorrendo ao idioma do colonizador, fincando nestes caracteres uma das línguas nacionais de Angola: o quimbundo, utilizado pelo grupo etnolinguístico banto Nestes termos, defendemos a hipótese de que a arte de Boaventura Cardoso apresenta compromisso político na esperança de emancipação de Angola, símbolo de reedificação da identidade nacional, aceso por meio da voz coletiva e memória ancestral