02 - Mestrado - Serviço Social e Política Social
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Navegando 02 - Mestrado - Serviço Social e Política Social por Autor "Alves, Mario Venerando"
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Item Relações profissionais e a organização do trabalho em equipe no Sistema Único de Assistência Social(2023-11-28) Alves, Mario Venerando; Faquin, Evelyn Secco; Torres, Abigail Silvestre; Rizzotti, Maria Luiza AmaralO estudo investiga as determinações constitutivas das relações profissionais construídas pelas equipes de referência que atuam na Proteção Social Especial de média complexidade, no Sistema Único de Assistência Social. O conjunto de publicações governamentais com orientações técnicas, bem como os documentos oficiais que configuram o arcabouço jurídico-normativo para o trabalho na política de assistência social indicam a necessidade do enfoque interdisciplinar para a operacionalização do trabalho das equipes de referência. Direcionar a centralidade das análises para o campo dos trabalhadores da assistência social, com ênfase nas relações profissionais construídas entre as diferentes áreas do saber, sugere o reconhecimento da importância do trabalho desses profissionais, exercido em resposta aos desafios que a política tem enfrentado na atualidade. Tendo como objetivo analisar as relações profissionais construídas pelas equipes de referência no SUAS, considerando a perspectiva de interdisciplinaridade, realizamos uma revisão bibliográfica e documental sobre os temas que constituem esse estudo. A pesquisa de campo foi composta pela aplicação de questionários via Google Formulários e realização de entrevistas semiestruturadas com assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais que atuam na Proteção Social Especial de média complexidade em São José do Rio Preto. Em caráter conclusivo, este estudo identificou que as relações de trabalho são marcadas pelo paradigma técnico-burocrático dos processos de gestão do trabalho e pelas insistentes fragmentações operadas em um contexto ideológico neoliberal. Embora tenhamos um modelo de política de assistência social que caminha na direção de responsabilidade coletiva, convivemos com toda uma prática individualizada que atomiza tanto as vivências das pessoas nos territórios quanto o trabalho dos próprios profissionais. Destacamos que o trabalho em equipe requisita um compartilhamento e uma troca de poder, saber e afeto, que só é possível quando os profissionais se responsabilizam coletivamente com o objetivos e os princípios do SUAS. Identificamos um conjunto de determinantes que interferem e condicionam a forma como os diferentes profissionais organizam o trabalho em equipe e constroem as respostas profissionais no cotidiano dos serviços, caracterizando um conteúdo específico dessa entrega pública. Essas determinações envolvem as condições institucionais em que o trabalho social é realizado; bem como as concepções, discursos, valores, comportamentos, interações e decisões dos profissionais responsáveis pela implementação desta política pública. Seguramente, há uma potência nos trabalhadores e no trabalho em equipe no SUAS, contudo, a força desse coletivo só adquire materialidade e somente faz sentido quando a centralidade do trabalho são os cidadãos usuários da política. Entendemos que essa potência coletiva pode ser ampliada ou constrangida dependendo de como as relações entre os profissionais são construídas no cotidiano dos serviços socioassistenciais.