01 - Doutorado - Ciências Biológicas
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Navegando 01 - Doutorado - Ciências Biológicas por Autor "Araújo, Carlos Barros de"
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Item Application of computational methods to analyze vocal signals and repertoires of New World jaysRosa, Gabriel Lima Medina; Anjos, Luiz dos [Orientador]; Toledo, Luis Felipe; Jerep, Fernando Camargo; Lima, Robalinho; Araújo, Carlos Barros deResumo: Poucos componentes do comportamento animal podem ser registrados tão integralmente quanto vocalizações Produzir conhecimento a partir destas é possível por meio de inferências, descobertas de padrões e predições, mas para isso são necessárias as ferramentas computacionais adequadas Em ambos os capítulos desta Tese, exemplifico como análises acústicas e outros métodos podem ser explorados de forma robusta No capítulo primeiro, meu objetivo foi explorar as consequências de diferentes combinações de métodos para representar sons e de análise de agrupamento para acessar o nível de organização em agrupamento segundo suas características acústicas Por meio de análise de agrupamento, demonstrei uma nova estratégia para descrever a estrutura de repertórios vocais complexos de forma replicável mesmo na ausência e informações prévias além das características acústicas das vocalizações analisadas Para este fim, utilizei como exemplo os repertórios de três espécies de gralhas, Cyanocorax chrysops, C coeruleus e C morio No segundo capítulo, demostrei como abordagens computacionais essencialmente diferentes podem ser utilizadas de forma complementar para investigar variação geográfica em vocalizações de C coeruleus Ao comparar vocalizações de diferentes localidades, verifiquei relação direta entre aumentos em diferenças entre vocalizações em função de aumentos em suas distâncias geográficas, além de serem maiores que o esperado ao acaso em comparações entre as populações a Leste e Oeste da Serra do Mar Aprimorei esta inferência de forma empírica por meio de predições da população de origem de cada amostra, segundo suas características acústicas Por fim, discuti possíveis implicações destes resultados para a conservação desta espécie de gralha ameaçada, e sua conexão com a Mata Atlântica no Sul do Brasil e sua história, instável desde a última glaciaçãoItem Biogeografia e conservação de morcegos na Mata AtlânticaBatista, Carolina Blefari; Lima, Marcos Robalinho [Orientador]; Sofia, Silvia Helena; Jerep, Fernando Camargo; Oliveira, Ubirajara de; Araújo, Carlos Barros de; Lima, Isaac Passos de [Coorientador]Resumo: Entender como as espécies estão distribuídas no espaço, quais são os fatores limitantes de suas distribuições, e como isso tudo varia de acordo com a escala de análise, é importante para ajudar a prever a dinâmica das populações em resposta às mudanças climáticas e outras perturbações no ambiente Essas informações são úteis para guiar o planejamento da conservação prática, de forma a aumentar a eficiência da relação custo-benefício nos investimentos à longo prazo Para compreender padrões de distribuição é necessário que a base de dados de ocorrência de espécies utilizada nas análises seja uma fonte confiável e atualizada, com o máximo de informações precisas (ex taxonomia, local georreferenciado, indicação do esforço amostral) Dessa forma, o primeiro capítulo objetivou revisar as ocorrências de morcegos para a região de Londrina, Paraná, nos últimos 36 anos, e compilar um banco de dados com informações sistematizadas, além de identificar as lacunas de amostragem para ajudar a direcionar onde e como novos esforços devem ser empregados Essa revisão foi baseada em dados publicados e não publicados O segundo capítulo, objetivou identificar os padrões e os preditores (ambientais e espaciais) da beta diversidade de morcegos na Mata Atlântica, em diferentes escalas de análise Foi utilizada uma análise de particionamento da beta diversidade (em aninhamento e substituição) e um Modelo de Dissimilarirade Generalizado para correlacionar a beta diversidade com os preditores O terceiro capítulo, objetivou responder: 1) Onde estão localizados os centros de maior concentração e restrição de diversidade de morcegos dentro dos limites do hostspot global Mata Atlântica? e 2) Quanto em extensão dessas áreas já encontram-se protegidas por lei? Para isso foi utilizada uma análise de Interpolação Geográfica de Endemismo (GIE) e uma sobreposição do mapa de Unidades de Conservação (UCs) ao mapa resultante da GIE Os resultados apresentados nos três capítulos: 1- servem de base para estudos que queiram utilizar o banco de dados da distribuição de morcegos na região de Londrina; 2- Indicam que esta região ainda está subamostrada e direcionam novos esforços de amostragem para morcegos; 3- identificam as ecorregiões mais ricas em morcegos para a Mata Atlântica (costa e interior da Bahia e Serra do Mar); como a beta diversidade varia ao longo do gradiente latitudinal e longitudinal do bioma; e como a percepção dessa variação muda de acordo com a escala de análise; 4- ajudam a prever como as mudanças ambientais podem interferir na distribuição das espécies, ao indicarem a importância dos fatores ambientais na composição das espécies de morcegos; 6- apresentam uma área de endemismo para 63% das espécies de morcegos na Mata Atlântica, localizada no centro do bioma; 6- demonstra como a GIE, usando morcegos como modelo, pode ser uma análise que resulta em uma estratégia mais eficaz no planejamento das UCs na Mata Atlântica; e 7- indicam a urgência na criação de UCs dentro das regiões da costa e interior da BahiaItem Ecologia e conservação da Maria-catarinense (Hemitriccus kaempferi) : um endemismo da Mata Atlântica do sul do BrasilWillrich, Guilherme; Lima, Marcos Robalinho [Orientador]; Teixeira, Gustavo Monteiro; Júlio, Carlos Eduardo de Alvarenga; Marini, Miguel Ângelo; Araújo, Carlos Barros deResumo: O mundo está enfrentando uma crise de perda de espécies, e a prevenção de extinções é uma questão urgente Para tal, é necessário traçar estratégias de conservação para espécies em risco de extinção No entanto, tais estratégias devem ser baseadas em uma riqueza de informações ecológicas, que muitas vezes não são conhecidas para a maioria das espécies O presente estudo, teve como objetivos investigar aspectos ecológicos e de história natural de Hemitriccus kaempferi (maria-catarinense), uma espécie de ave ameaçada de extinção e endêmica da Mata Atlântica do sul do Brasil, de modo a contribuir futuramente para sua conservação Primeiramente, por meio do uso de modelos de distribuição de espécies buscouse identificar as áreas com maior adequabilidade para a espécie e também elucidar sua distribuição geográfica atual Adicionalmente estimou-se a proporção de habitat remanescente e a propoção de sua distribuição geográfica coberta por unidades de conservação Em um segundo momento, por meio do monitoramento populacional, buscou-se descrever diversos aspectos de sua história natural, que incluem: i) área de vida; ii) estratégias de forrageio; iii) dieta e; iv) biologia reprodutiva De acordo com o modelo de distribuição de espécies, as áreas com maior adequação ambiental para H kaempferi estão restritas às florestas de baixa altitude do litoral sul do estado do Paraná e litoral centro-norte do estado de Santa Catarina, no sul do Brasil A distribuição prevista abrange uma área de 795km2, dos quais apenas 45,26% estão cobertos por floresta e 1,11% por reservas A distribuição geográfica atual foi baseada em 166 localidades de ocorrência e abrange uma área de 6298,83 km2 (8% da distribuição prevista), dos quais 43,89% e 9,31% são cobertos por florestas e reservas, respectivamente Devido à distribuição restrita, grande perda de habitat e pequena cobertura de reservas, ações de conservação precisam se concentrar urgentemente na preservação dos remanescentes florestais, programas de restauração de habitat, estabelecimento de novas áreas protegidas e conscientização de cidadãos Em relação ao monitoramento populacional, foram observadas diferenças no comportamento entre os sexos, com machos extremamente territorialistas e fêmas que não defendem territórios e executam sozinhas todas as atividades reprodutivas, incluindo construção de ninho, incubação e cuidado parental A área de vida média dos indivíduos foi de ,77 ± ,36 ha, segundo o método de mínimo polígono convexo, e 1,88 ± ,59 ha segundo o estimador de Kernel fixo (95%) Alguns machos partilharam sua área de vida com uma ou duas fêmeas, enquanto outros não partilharam com nenhuma Em relação às estratégias de forrageio e dieta, foram observadas sete estratégias de forrageio para a espécie, sendo "upward striking" a mais utilizada (76%) Além disso, 11 ordens de artrópodes foram consumidas pela espécie, com prevalência das ordens Lepidoptera e Coleoptera Em relação à biologia reprodutiva, ninhos desta espécie se assemelharam aos ninhos descritos previamente para o gênero, possuindo formato de bolsa fechada, oval e fixação superior e lateral Ovos foram descritos pela primeira vez As informações obtidas no presente estudo sugerem que a espécie apresente um sistema de acasalamento políginico com defesa de recursos