Biogeografia e conservação de morcegos na Mata Atlântica

Data

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

Resumo: Entender como as espécies estão distribuídas no espaço, quais são os fatores limitantes de suas distribuições, e como isso tudo varia de acordo com a escala de análise, é importante para ajudar a prever a dinâmica das populações em resposta às mudanças climáticas e outras perturbações no ambiente Essas informações são úteis para guiar o planejamento da conservação prática, de forma a aumentar a eficiência da relação custo-benefício nos investimentos à longo prazo Para compreender padrões de distribuição é necessário que a base de dados de ocorrência de espécies utilizada nas análises seja uma fonte confiável e atualizada, com o máximo de informações precisas (ex taxonomia, local georreferenciado, indicação do esforço amostral) Dessa forma, o primeiro capítulo objetivou revisar as ocorrências de morcegos para a região de Londrina, Paraná, nos últimos 36 anos, e compilar um banco de dados com informações sistematizadas, além de identificar as lacunas de amostragem para ajudar a direcionar onde e como novos esforços devem ser empregados Essa revisão foi baseada em dados publicados e não publicados O segundo capítulo, objetivou identificar os padrões e os preditores (ambientais e espaciais) da beta diversidade de morcegos na Mata Atlântica, em diferentes escalas de análise Foi utilizada uma análise de particionamento da beta diversidade (em aninhamento e substituição) e um Modelo de Dissimilarirade Generalizado para correlacionar a beta diversidade com os preditores O terceiro capítulo, objetivou responder: 1) Onde estão localizados os centros de maior concentração e restrição de diversidade de morcegos dentro dos limites do hostspot global Mata Atlântica? e 2) Quanto em extensão dessas áreas já encontram-se protegidas por lei? Para isso foi utilizada uma análise de Interpolação Geográfica de Endemismo (GIE) e uma sobreposição do mapa de Unidades de Conservação (UCs) ao mapa resultante da GIE Os resultados apresentados nos três capítulos: 1- servem de base para estudos que queiram utilizar o banco de dados da distribuição de morcegos na região de Londrina; 2- Indicam que esta região ainda está subamostrada e direcionam novos esforços de amostragem para morcegos; 3- identificam as ecorregiões mais ricas em morcegos para a Mata Atlântica (costa e interior da Bahia e Serra do Mar); como a beta diversidade varia ao longo do gradiente latitudinal e longitudinal do bioma; e como a percepção dessa variação muda de acordo com a escala de análise; 4- ajudam a prever como as mudanças ambientais podem interferir na distribuição das espécies, ao indicarem a importância dos fatores ambientais na composição das espécies de morcegos; 6- apresentam uma área de endemismo para 63% das espécies de morcegos na Mata Atlântica, localizada no centro do bioma; 6- demonstra como a GIE, usando morcegos como modelo, pode ser uma análise que resulta em uma estratégia mais eficaz no planejamento das UCs na Mata Atlântica; e 7- indicam a urgência na criação de UCs dentro das regiões da costa e interior da Bahia

Descrição

Palavras-chave

Morcego, Mata Atlântica (PR), Biogeografia, Morcego, Proteção, Bats, Biogeography, Bats, Protection of, Mata Atlântica (Brazil)

Citação