02 - Mestrado - Ciências da Saúde
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Navegando 02 - Mestrado - Ciências da Saúde por Autor "Araújo, Eduardo José de Almeida"
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Item Análise morfoquantitativa de neurônios entéricos do jejuno de ratos submetidos a alterações nutricionais pós-natais por manipulação do tamanho da ninhada(2021-08-25) Bruniera, Beatriz Neves; Araújo, Eduardo José de Almeida; Moreira, Estefania Gastaldello; Miqueloto, Carlos AlbertoO estresse causado por extremos nutricionais pode influenciar qualquer período do desenvolvimento de ratos. Restringindo-se ao controle nervoso gastrointestinal, estudos demonstram que estes extremos podem impactar neurônios entéricos. No entanto, a literatura é frágil quanto às consequências para neurônios de ratos expostos a extremos nutricionais durante a lactação e que chegam à fase adulta. Assim, este trabalho avaliou os efeitos da subnutrição e supernutrição, induzidas por modelo de programação de ninhadas, sobre aspectos morfoquantitativos dos plexos mientérico e submucoso do jejuno de ratos Wistar adultos. Dezoito ratos Wistar (Rattus norvegicus) machos foram distribuídos em três grupos: ninhada normal (NN), formado por animais oriundos de prole com 5 filhotes/matriz; ninhada reduzida (NR), formado por animais oriundos de prole com 2 filhotes/matriz; e ninhada expandida (NE), formado por animais oriundos de prole com 8 filhotes/matriz. O jejuno foi coletado, pesado e teve seu comprimento e largura mensurados. Multiplicou-se comprimento e a largura para obter a área jejunal. Anéis de 1cm do jejuno foram microdissecados, visando obtenção de preparados totais contendo o plexo mientérico e a camada muscular e o plexo submucoso. Estes foram submetidos à técnica de imunofluorescência para marcação da população total de ambos plexos (HuC/D+) e as subpopulações nitrérgica (nNOS+) e colinérgica (HuC/D+/nNOS-) no plexo mientérico e, no plexo submucoso, as subpopulações foram marcadas com calretinina fortemente e fracamente (Calr+ ).Capturaram-se 32 imagens em fotomicroscópio de fluorescência na objetiva de 20x, resultando em uma área para análise de 0,0448 cm2 .Contou-se o número de neurônios da população total e subpopulações nesta área do jejuno e projetou-se esse número para toda a área do órgão, como fator de correção devido à variação nas dimensões provocada pelo experimento. Além disso, a área de 100 corpos celulares de neurônios da população total e subpopulações de ambos os plexos foi mensurada. Utilizou-se o teste Shapiro Wilk para avaliar a normalidade. O teste t de Student para amostras independentes foi utilizado para comparar dados com distribuição normal entre os grupos NRxNN e NExNN. Dados com distribuição livre, utilizou-se o teste Mann-Whitney. Para todos os testes o nível de significância considerado foi de 5%. Os resultados mostraram que ratos do grupo NR tinham massa corporal maior que a do controle. Não se observou diferença significativa na massa corporal entre os grupos NE e NN. A área do jejuno estava ampliada nos dois grupos experimentais quando comparados ao controle. Neurônios de ambos plexos entéricos não sofreram nenhuma alteração no número da população total e das subpopulações avaliadas. Quanto à morfometria, observou-se hipertrofia de neurônios mientéricos estimados como colinérgicos tanto no NR como no NE, quando comparados ao NN. Também houve hipertrofia de neurônios submucosos marcados fracamente em NR e NE e nos marcados fortemente com calretinina apenas em NE comparados a NN.Conclui-se que a subnutrição e supernutrição durante a lactação de ratos Wistar não provoca perda de neurônios entéricos no jejuno de animais adultos. No entanto, o estresse nutricional causa hipertrofia do corpo celular de neurônios mientéricos estimados como colinérgicos e também de neurônios submucosos marcados fracamente e fortemente com calretinina.Item Atividade in vitro da beta-glucana botriosferana sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensisCarloto, Amanda Cristina Machado; Pavanelli, Wander Rogério [Orientador]; Costa, Idessania Nazareth; Araújo, Eduardo José de AlmeidaResumo: A leishmaniose é uma doença infecto-parasitária causada pelo protozoário Leishmania com diversas de manifestações clínicas A Organização Mundial da Saúde estima que 35 milhões de pessoas estão expostas ao parasito É um grave problema de saúde pública, sendo uma das dez endemias consideradas negligenciadas O tratamento disponível se baseia em fármacos de alto custo, causando sério efeitos colaterais, dificuldades na administração, além de já ter sido relatado o surgimento de cepas resistentes Com isso, a busca por novas alternativas terapêuticas que possam apresentar uma ação mais eficaz, sem causar efeitos colaterais aos pacientes, têm sido investigado por muitos pesquisadores Diversos trabalhos já demonstraram os efeitos benéficos das ß-glucanas fúngicas tais como atividade antiproliferativa sob linhagens tumorais, proteção contra infecções bacterianas e parasitárias Dentre estas, a botriosferana ß (1?3; 1?6) D-glucana tem mostrado promissora atividade biológica por apresentar propriedades antiproliferativas, pró-apoptótica, antioxidante, quimiopreventiva, anticoagulante, anticlastogênica, hipoglicêmica e hipocolesterolêmica O nosso objetivo foi avaliar in vitro o efeito da botriosferana sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis, bem como elucidar seu mecanismo de ação A atividade direta da botriosferana sobre formas promastigotas foi avaliada in vitro por contagem em câmara de Neubauer em 24, 48 e 72 horas, e observamos que em todos os períodos houve inibição da proliferação Adicionalmente, nós observamos que o composto induziu uma produção de óxido nítrico (NO), hiperpolarização do potencial de membrana mitocondrial, aumento de espécies reativas de oxigênio (EROs) e acúmulo de corpos lipídicos, desecadeando processo autofágico por monodansilcadaverina, danos à membrana do parasito e exposição de fosfatidilserina Com isso, foi visto que a maioria dos parasitas passavam por um processo de apoptose-like Além disso, o intervalo de concentrações utilizadas não alterou a viabilidade de macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c e eritrócitos ovinos Também observamos que a botriosferana foi capaz de reduzir o número de macrófagos infectados e o número de amastigotas por macrófagos, promovendo a produção de citocinas como TNF-a e IL-6 e consequentemente aumentando a produção de EROs e NO Com base nos dados obtidos, é possível inferir que a botriosferana ß (1?3; 1?6) D-glucana exerce efeito leishmanicida, atuando nas formas promastigotas através de processos autofágicos e apoptóticos e em formas intracelulares/amastigotas induzindo o aumento de espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico nas maiores concentraçõesItem Efeitos da dieta hiperproteica no íleo de camundongos com retocolite ulcerativa experimental(2022-12-14) Coronado, Vinicius Balan Ramos; Araújo, Eduardo José de Almeida; Deminice, Rafael; Andrade, Fábio Goulart deIntrodução: A retocolite ulcerativa (RCU) é uma as doenças inflamatórias intestinal (DII), que acomete o reto, colo e parte terminal do íleo, causando alterações fenotípicas e funcionais no sistema nervoso entérico (SNE). Estudos demonstram que os nutrientes da dieta também podem também desencadear alterações no fenótipo e função do SNE. O SNE é a inervação intrínseca do trato gastrointestinal, o qual é responsável pelo controle da sua motilidade e suas secreções. Assim, este estudo se propôs a investigar se um esse tipo de dieta hiperproteica (50%) aumenta a vulnerabilidade do íleo durante a fase aguda da RCU, bem como se intensifica interfere no processo inflamatório e, consequentemente, na estrutura do as possíveis alterações no SNE. Material e métodos: Foram utilizados camundongos C57BL/6 machos e, os quais foram distribuídos em quatro grupos experimentais utilizando sulfato de sódio dextrano (DSS) como indutor de RCU: DP (dieta padrão), HP (dieta hiperproteica), DP/DSS (dieta padrão e DSS 3%) e HP/DSS (dieta hiperproteica e DSS 3%). Foi realizado o acompanhamento diário da massa corporal dos animais, a consistência das fezes e presença de sangue oculto nas fezes para realizar o índice de atividade da doença (IAD). Segmentos do íleo foram submetidos à análise histológica para coloração com Hematoxilina e Eosina e à imunofluorescência para evidenciação da população geral (PGP9.5+) e das subpopulações neuronais nitrérgica+, nitrégica-, calretinina com fraca (Calr+) e forte (Calr++) imunorreatividade. Os dados foram expressos como média ± erro padrão da média. Dados com distribuição normal foram comparados pelo teste anova ANOVA two-way seguido do pós-teste de Tukey. Dados com distribuição livre foram comparados pelo teste Kruskall-Wallis seguido pelo teste de Dunn. Resultados: Os camundongos expostos ao DSS e que foram alimentados com a dieta hiperproteica apresentaram um IAD ainda maior que o dos animais que receberam dieta padrão (P<0,05). O grupo HP/DSS apresentou redução significativa da espessura da mucosa de regiões intervilares, da largura de cripta e da altura dos enterócitos quando comparado ao DP/DSS (P<0,05). No plexo mioentérico, foi observada uma atrofia dos neurônios nitrérgicos (P<0,05) e, no plexo submucoso, uma atrofia nas subpopulações estimadamente colinérgica (Calr++) e VIPérgica (Calr+) (P<0,05). Conclusão: A dieta hiperproteica piora os sinais clínicos da RCU na fase aguda da doença, assim como exerce uma influência sobre o tamanho dos neurônios entéricos no íleo dos camundongos