CCS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
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Navegando CCS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE por Autor "Almeida, Elaine Regina Delicato de"
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Item Associação do polimorfismo genético do fator de necrose tumoral beta +252 G>A (rs909253) com a presença de autoanticorpos em pacientes com artrite reumatoideMedeiros, Fabiano Aparecido de; Simão, Andréa Name Colado [Orientador]; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Breganó, José Wander; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti [Coorientador]Resumo: Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune potencialmente incapacitante, cujo desenvolvimento tem sido associado à exposição a certos fatores ambientais em indivíduos geneticamente predispostos O fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) é a principal citocina envolvida na fisiopatologia da AR, induzindo a inflamação sinovial e sistêmica O fator de necrose tumoral beta (TNF-ß) é reconhecido basicamente pelos mesmos receptores que o TNF-a, e dessa forma eles apresentam efeitos similares O TNF-ß é homólogo ao TNF-a, e estudos demonstram que o polimorfismo genético do TNF-ß (rs99253) pode estar relacionado a alterações na expressão do TNF-a, com consequente aumento na produção de sua citocina Estudos indicam que o polimorfismo TNF-ß +252 G>A está associado a um maior risco de desenvolvimento de diversas doenças autoimunes, entre elas AR Objetivo: O presente estudo verificou a associação entre o polimorfismo do TNF-ß +252 G>A com a susceptibilidade à AR e a presença dos biomarcadores de diagnóstico e prognóstico, fator reumatoide (FR) e anticorpo anti-peptídeo citrulinado cíclico (anti-CCP), assim como com os níveis séricos TNF-a Métodos: Esse é estudo caso-controle, incluindo 261 pacientes com AR e 297 controles, todos da mesma região geográfica O diagnóstico de AR foi realizado de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatismo/Liga Europeia de Reumatologia, de 21 A atividade da doença foi avaliada pelo disease activity score in 28 joints, utilizando a proteína C reativa (PCR) ou a velocidade de hemossimentação (VHS) O polimorfismo genético do TNF-ß foi determinado pela reação em cadeia da polimerase e polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) com identificação de três genótipos: B1/B1, B1/B2 e B2/B2 Foram avaliados os seguintes marcadores inflamatórios: contagem de leucócitos totais, VHS, níveis séricos de ferritina, PCR, FR, anti-CCP, e os níveis plásmaticos de TNF-a e o seus receptores 1 (TNFR1) e receptores 2 (TNFR2) Resultados: Entre os pacientes, 42,1% apresentaram o alelo B2/B2, 47,9% B1/B2 e 1,% B1/B1, resultando em uma frequência alélica de 66,% para o alelo B2 e 34,% para o alelo B1 Não foi observada diferença significativa na frequência alélica e na distribuição genotípica entre os grupos no modelo aditivo, assim como no modelo dominante (p>,5) Pacientes com o alelo B1 demonstraram aumento em 4,23 vezes a presença do FR (p=,2) e 8,13 vezes para o anti-CCP (p=,1), independentemente dos dados demográficos, clínicos e inflamatórios Os pacientes que apresentaram o alelo B1, apresentaram maiores níveis de TNF-a e estes estavam associados com positividade do FR, anti-CCP ou ambos (p=,4, p=,11 e p=,38, respectivamente) Porém, pacientes com alelo B2 em homozigose, a presença desses anticorpos não alteraram os níveis de TNF-a (p>,5) Os receptores sTNFR1 e sTNFR2 não diferiram de acordo com os genótipos (p>,5) e enm com a presença de autoanticorpos Para verificar quais parâmetros poderiam influenciar os níveis de TNF-a e a presença de autoanticorpos de acordo com o genótipos, foram realizadas três modelos de regressão linear (tipos stepwise) de acordo com os genótipos O primeiro modelo de regressão foi realizado em pacientes com a presença de FR, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 2,4% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já no genótipo B1/B1+B1/B2 37,2% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de FR O segundo modelo de regressão foi realizado para pacientes com de anti-CCP, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 21,2% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já com o genótipo B1/B1+B2/B2, 39,7% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de anti-CCP O terceiro modelo de regressão foi realizado em pacientes com a presença de FR e anti-CCP, foi demostrado que em pacientes com o genótipo B2/B2, 21,2% da variação dos níveis de TNF-a podem ser explicados pelo DAS28-PCR Já com o genótipo B1/B1+B2/B2, 42,8% da variação dos níves de TNF-a podem ser explicados pelos níveis de sTNFR1 e pela presença de FR e/ ou anti-CCP Conclusão: Nossos resultados indicam que o polimorfismo TNF-ß +252 G>A não está associado com a susceptibilidade à AR e níveis de TNF-a, mas sim com a presença ou níveis de autoanticorpos Além disso, a presença do FR, anti-CCP ou ambos podem modular os níveis plasmáticos de TNF-a apenas em pacientes com o alelo B1, independentemente da atividade da doençaItem Associação entre o status de vitamina D e marcadores imunológicos, virológicos e de estresse oxidativo em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1Flauzino, Tamires; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Capobiango, Jaqueline Dario; Almeida, Elaine Regina Delicato deResumo: Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) provoca uma inflamação crônica e estresse oxidativo, que têm sido implicados na progressão da doença, assim como no desenvolvimento de outras doenças secundárias A deficiência de vitamina D é comum na população em geral e em pacientes infectados pelo HIV-1 e tem sido associada com progressão da doença No entanto, o papel da vitamina D na contagem de células T CD4+ e carga viral são contraditórios Além disto, o papel antioxidante da vitamina D na modulação do estresse oxidativo na infecção pelo HIV-1 tem sido pouco explorado Objetivo: Avaliar a associação entre níveis de vitamina D e os marcadores imunológicos, virológicos e de estresse oxidativo em pacientes infectados pelo HIV-1 Metodologia: O estudo foi realizado com 314 pacientes infectados pelo HIV-1 e 127 indivíduos não infectados controlados por idade, sexo, etnia e índice de massa corpórea Entre os pacientes, 219 (69,7%) estavam em terapia antirretroviral de alta potência (HAART) e 95 (3,3%) não receberam HAART A vitamina D foi avaliada pelos valores de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] utilizando imunoensaio de micropartículas por quimioluminescência Os indivíduos foram classificados de acordo com os níveis de 25(OH)D em dois subgrupos: vitamina D suficiente (=3, ng/dL) e vitamina D deficiente (<3, ng/mL) Os marcadores de estresse oxidativo avaliados foram hidroperóxidos lipídicos por quimioluminescência induzida por terc-butil, produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) e proteína carbonílica por espectrofotometria, dosagem dos metabólitos de óxido nítrico (NOx) pela reação de Griess, capacidade antioxidante total do plasma pelo método de Total radical-trapping antioxidant parameter (TRAP) e determinação dos grupamentos sulfidrila de proteínas por espectrofotometria Foram determinadas a carga viral do HIV-1 pelo método de branched DNA e a contagem de células T CD4+ e T CD8+ por citometria de fluxo Na análise estatística foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para avaliar a normalidade de distribuição das variáveis Transformações logarítmicas de dados contínuos foram utilizadas nas análises quando as variáveis não apresentaram distribuição normal A associação entre os status de vitamina D em pacientes infectados pelo HIV-1 e os marcadores imunológicos e virológicos foi avaliada utilizando a regressão logística binária, controlados para covariáveis que podem confundir a associação de interesse Análises de regressão logística multinomial foram utilizadas para definir as variáveis significativas do status de vitamina D em pacientes infectados pelo HIV-1 e controles utilizando as variáveis que se mostraram com valores de p <,1 A significância estatística foi definida como p <,5 Resultados: Os níveis de 25(OH)D e o status de vitamina D não diferiram entre pacientes infectados pelo HIV-1 e controles Os níveis de hidroperóxidos e AOPP estavam elevados em pacientes infectados pelo HIV-1 quando comparado aos controles (p<,1 e p=,2, respectivamente), enquanto que os níveis de TRAP, proteína carbonílica e NOx estavam diminuídos (p<,1) Independente da etnia e uso da HAART, pacientes infectados pelo HIV-1 com deficiência de vitamina D demonstraram maior nível de hidroperóxido quando comparado com os pacientes com níveis suficientes de vitamina D (p=,12) e controles (p=,22) A proteína carbonílica estava diminuída em pacientes com status deficiente de vitamina D comparado aos controles (p=,39), e não diferiu dos pacientes com status de vitamina D suficiente Além disso, pacientes com status deficiente e insuficiente demonstraram níveis diminuídos de NOx (p=,3 e p=,7, respectivamente) e TRAP (p=,1) comparado aos controles com status suficiente No entanto, os valores de NOx e TRAP nos pacientes não diferiram entre os status de vitamina D A deficiência de vitamina D foi associada com uso de HAART em geral (p=,1) e com terapias que incluíam os inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeo (NRTIs) e inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos (NNRTI) (p=,1 e p<,1, respectivamente) Níveis elevados de carga viral do HIV-1 foram independentemente associados com status suficiente de vitamina D (p=,1) Conclusão: Os resultados demonstram que a deficiência de vitamina D em pacientes infectados pelo HIV-1 está associada com aumento na lipoperoxidação; por outro lado, o status suficiente está associado com níveis elevados de carga viral do HIV-1 Estes resultados devem ser explorados com maior número de amostras para melhor elucidar o papel da vitamina D na fisiopatologia e progressão da doença na infecção pelo HIV-1Item Avaliação de marcadores imunológicos, metabólicos e de estresse oxidativo e da variante rs3761548 no gene FOXP3 em pacientes com esclerose múltiplaFlauzino, Tamires; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Oliveira, Sayonara Rangel de; Amarante, Marla Karine; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica, desmielinizante, imuno-mediada, com envolvimento de muitos mecanismos fisiopatológicos que acometem o sistema nervoso central Sua etiologia é complexa e multifatorial com a interação entre fatores genéticos, falha da tolerância imunológica e fatores ambientais A EM apresenta heterogeneidade no seu curso clínico, progressão da incapacidade, formas clínicas e resposta ao tratamento Portanto, a busca por biomarcadores que possam ser úteis para auxiliar o diagnóstico, predizer incapacidade e sua progressão ao longo do tempo, tem sido objeto de estudos Objetivo: Avaliar um conjunto de biomarcadores imuno-inflamatórios, metabólicos, de estresse oxidativo/nitrosativo e a variante rs3761548 no gene FOXP3 em pacientes com EM Metodologia: O estudo incluiu 17 pacientes com EM de ambos os sexos, com idade entre 18 a 7 anos atendidos no Ambulatório de Doenças Desmielinizantes do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário de Londrina e 182 indivíduos saudáveis Os pacientes foram classificados com EM remitente-recorrente (EMRR) e EM progressiva, que compreende as formas clínicas EM primariamente progressiva e EM secundariamente progressiva A incapacidade foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS), sendo catagorizada em leve (EDSS <3,) e moderada/grave (EDSS =3,) A progressão da doença foi avaliada pela escala Multiple Sclerosis Severity Score (MSSS) e foi considerada progressão quando MSSS =5, Os dados sociodemográficos, antropométricos, epidemiológicos e clínicos foram obtidos utilizando um questionário padronizado Amostras de sangue periférico foram coletadas para a determinação de biomarcadores imuno-inflamatórios, tais como interleucina (IL)-6, IL-17, IL-1 e fator de transformação do crescimento (TGF)-ß1 e biomarcadores metabólicos como presença de síndrome metabólica (SM), níveis plasmáticos de glicose, níveis séricos de ácido úrico, homocisteína; insulina, colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de alta densidade (HDL) e triglicerídeos; biomarcadores de estresse oxidativo e nitrosativo como peroxidação lipídica (hidroperóxidos), produtos avançados de oxidação proteica (AOPP), dosagem de proteínas carbonílicas e metabólitos do óxido nítrico (NOx) A identificação dos genótipos da variante rs3761548 do gene FOXP3 foi realizada em amostras de DNA genômico extraído das células do sangue periférico Uma sequência de 155 pares de bases do gene FOXP3 foi amplificado pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e polimorfismo no comprimento dos fragmentos de restrição (RFLP) Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos No primeiro artigo científico, foram incluídos 122 pacientes com EM Pacientes com EDSS =3, tinham idade mais avançada e apresentaram níveis elevados de homocisteína, ácido úrico, AOPP, LDL e maior proporção de SM, enquanto os níveis de HDL foram mais baixos quando comparados aos pacientes com EDSS <3, Um modelo de análise demonstrou que 36,3% da variação no escore EDSS pode ser explicado pela idade, pelo escore da resposta Th17/T regulatória (Treg), LDL/HDL e homocisteína (todos positivamente) e inversamente ao índice de massa corpórea (IMC) Após ajustar pelos diferentes esquemas de tratamento para EM usados pelos pacientes, os efeitos da idade, homocisteína e dos scores Th17/Treg e LDL/HDL na incapacidade continuaram significativos, enquanto que os efeitos do IMC não foram mais associados Além disso, as proteínas carbonílicas foram associadas com o aumento no EDSS No segundo artigo, foram incluídos 17 pacientes com EM (121 mulheres e 49 homens) e 182 controles saudáveis (13 mulheres e 52 homens), controlados pela idade, sexo, etnia, índice de massa corporal (IMC) e tabagismo A mediana do EDSS nesta coorte de paciente com EM foi 3,, utilizado como ponto de corte para a categorização dos pacientes para este artigo Os pacientes com EM apresentaram níveis mais altos de TGF-ß1 e IL-1 quando comparado aos controles (p <,1) Em análise multivariada com TGF-ß1 e IL-1 como variáveis dependentes e o diagnóstico como variável explanatória ajustando-se à idade, sexo, IMC, etnia e tabagismo, constataram que o diagnóstico de EM, idade e tabagismo apresentaram efeitos significativos no níveis de TGF-ß1 e IL-1 Testes para efeitos entre indivíduos mostraram que o diagnóstico de EM estava positivamente associado com os níveis de TGF-ß1 e IL-1 e exercia um efeito em seus níveis de 4,3% e 32,5%, respectivamente A distribuição dos genótipos CC, CA e AA em modelos codominantes, dominantes e recessivos, assim como do alelo A, diferiu de pacientes com EM e controles em mulheres, sendo associados com a suscetibilidade à EM No modelo dominante, a frequência dos genótipos CA + AA em mulheres com EM foi maior do que em mulheres saudáveis, com odds ratio (OR) de 2,57 [intervalo de confiança (IC) de 95%: 1,5-4,37] TGF-ß1 (OR 1,26, IC95%: 1,1-1,53, p = ,45) e incapacidade moderada/grave incapacidade (EDSS> 3) (OR: 2,678, IC 95%: 1,26-6,995, p = ,44) foram positivamente associados aos genótipos CA + AA Após ajuste com os fatores confundidores (idade, etnia, tabagismo, idade de diagnóstico e tratamento para EM), somente os valores de TGF-ß1 permaneceram associados aos genótipos CA + AA (OR 1,27, 95%IC: 1,1-1,54, p=,43 Conclusão: No primeiro artigo, os resultados demonstraram que a relação entre a resposta Th17/Treg, juntamente com a idade, níveis aumentados de proteína carbonílica e homocisteína e o escore LDL/HDL foram associados com a incapacidade No segundo artigo, nossos resultados demonstraram que a variante rs3761548 FOXP3 foi associada ao diagnóstico de EM em mulheres Além disto, em mulheres com EM, os genótipos CA+AA foram associados aos níveis mais elevados de TGF-ß1 quando comparadas com as do genótipo CC Esses dados sugerem que o alelo A da variante FOXP3 -3279 C> A pode exercer um papel no número e função das células Treg e pode ser um dos fatores envolvidos na suscetibilidade das mulheres à EM Estes resultados reforçam que o perfil imuno-inflamatório, metabólico, o estresse oxidativo e nitrosativo, e as variantes genéticas desempenham um papel fundamental no curso clínico da doença e podem ser possíveis novos alvos para o tratamento desses pacientesItem Avaliação do polimorfismo genético NcoI do fator de necrose tumoral B, marcadores inflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo como preditores da incapacidade, progressão da doença e depressão na esclerose múltiplaKallaur, Ana Paula; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Kaimen-Maciel, Damacio Ramón; Oliveira, Karen Brajão de; Simão, Andréa Name Colado [Coorientadora]Resumo: Introdução: Existem evidências de que mecanismos inflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo exercem importante papel na fisiopatologia da esclerose múltipla (EM) e depressão Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o polimorfismo genético NcoI do fator de necrose tumoral (TNF)-ß (rs99253), marcadores inflamatórios e do estresse oxidativo e nitrosativo (IO&NS) como preditores da incapacidade neurológica, progressão da doença e presença de depressão em pacientes com EM Métodos:Inicialmente, foi realizado um delineamento caso-controle com 212 pacientes com EM (15 mulheres e 62 homens), sendo 15 com a forma clínica remitente recorrente (EMRR) e 61 com as formas progressivas Posteriormente, foi realizado um estudo longitudinal com seguimento ambulatorial durante 5 anos Como controle, foram inseridos 249 indivíduos saudáveis (17 mulheres e 72 homens) O diagnóstico de EM foi realizado segundo os critérios revisados de McDonald; a incapacidade neurológica foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) em 26 e 211 e os pacientes foram divididos com incapacidade leve (EDSS < 3) e moderada ou grave (EDSS ? 3) A progressão da doença foi avaliada pelo aumento do EDSS no período de estudo e pela diferença entre os valores de EDSS obtidos em 26 e 211 (?EDSS) A atividade da doença foi avaliada pela presença de lesões gadolínio-positivas observadas na ressonancia magnética nuclear (RMN) A depressão foi avaliada pela Escala de Depressão e Ansiedade do Hospital (HADS), sendo considerado paciente com depressão quando o escore > 8, A dependência de nicotina foi identificada pelos critérios revisados do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais O polimorfismo genético NcoI do TNF-ß foi determinado pela reação em cadeia da polimerase e polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP) com a identificação de 3 genótipos: GG (TNB1/B1), GA (TNFB1/B2) e AA (TNFB2/B2) Foram avaliados os níveis séricos da interleucina (IL)-1ß, IL-6, TNF-a, interferon (IFN)-?, IL-4, IL-1, IL-17, proteína C reativa (PCR), albumina e ferritina Foram determinados os níveis plasmáticos de hidroperóxido (CL-LOOH), proteínas carbonílicas, produtos avançados da oxidação de proteínas (AOPP), metabólitos do óxido nítrico (NOx) e a capacidade total antioxidante do plasma Resultados:A média (± devio-padrão) do EDSS em 26 foi 1,62 ± 2,1 e em 211 foi 3,16 ± 2,29 e a duração da doença foi de 7,34 ± 7, anos Os níveis de IL-1, TNF-a, IFN-?, AOPP e NOx foram mais elevados e os de IL-4 foram menores em pacientes com EDSS =3 comparados aos obtidos em pacientes com EDSS < 3, quando avaliados em 211 (p=,5) O aumento do EDSS no período 26-211 foi positivamente associado aos níveis de TNF-a e IFN-? Níveis aumentados de IFN-? foram associados aos sintomas piramidais (p=,41) e níveis aumentados de IL-6 foram associados a sintomas sensitivos (p=,29) Níveis aumentados de proteínas carbonílicas e IL-1, assim como níveis diminuídos de albumina mostraram-se preditores dos sintomas cerebelares (p=,12, p=,36 e p=,17, respectivamente) O genótipo GA (TNFB1/B2) do polimorfismo NcoI do TNF-ß foi associado com menor risco de progressão dos sintomas piramidais (p=,1) O tratamento com IFN-ß e acetato de glatiramer reduziu os níveis de TNF-a mas não alterou os outros biomarcadores de IO&NS e progressão da doença Níveis aumentados de IL-6 e diminuídos de IL-4 e albumina foram associados com a presença de depressão nos pacientes com EM (p=,3, p=,44 e p=,13, respectivamente) A regressão logistica binária mostrou que pacientes EM com depressão (versus sem depressão) apresentaram mais sintomas intestinais e progressão da doença, níveis aumentados de IL-6 e diminuídos de albumina (p=,1, p=,3, p=,1 e p=,41, respectivamente) Em indivíduos com EM, a presença de sintomas piramidal, intestinal e visual foram preditores dos escores de HADS; 58,% da variação no HADS foram devidas a sintomas intestinais e visuais, assim como negativamente associados ao genótipo GA (TNFB1/B2) e lesões gadolínio-positivas na RMN Conclusão: Os marcadores inflamatórios e do estresse oxidativo (IO&NS) e o genótipo GA (TNFB1/B2) do polimorfismo NcoI do TNF-ß foram preditores de maior incapacidade na EM e associados com diferentes índices da progressão da doença, quando avaliada pelo EDSS e sintomas específicos, incluindo progressão dos sintomas piramidais, sensitivos e cerebelares Como os medicamentos modificadores da atividade da doença utilizados pelos pacientes não afetaram os biomarcadores do estresse oxidativo e nitrosativo e que estes biomarcadores foram preditores da progressão da doença, estes resultados sugerem que novos tratamentos da EM podem ter como alvo as vias do estresse oxidativo e nitrosativo Outra conclusão importante do estudo é que a EM com depressão está associada com sinais de inflamação periférica, maior incapacidade, progressão da doença, sintomas intestinais e visuais, mas com menor atividade aguda da doença avaliada pela presença de lesões gadolínio-positivas quando comparada com EM sem depressão Estes resultados sugerem que a depressão é parte dos sintomas neurológicos da EM e que o aparecimento deste sintoma é influenciado pela inflamação periférica enquanto neuroinflamação aguda e o genótipo GA (TNFB1/B2) parecem desencadear papel protetor para o aparecimento dos sintomas depressivosItem Efetividade do tratamento antirretroviral de pessoas vivendo com HIV/AIDS nas macrorregiões Norte e Leste do estado do ParanáVogler, Ingridt Hildegard; Reiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]; Almeida, Elaine Regina Delicato de; Dessunti, Elma Mathias; Capobiango, Jaqueline Dario; Lozovoy, Marcell Alysson BatistiResumo: Introdução: O Ministério da Saúde do Brasil estima que, aproximadamente, ,39% da população brasileira encontra-se infectada pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) O tratamento com medicamentos antirretrovirais é gratuito, garantido por lei e viabilizado pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais Este órgão desenvolveu uma logística nacional para a distribuição de medicamentos antirretrovirais e para o monitoramento laboratorial do tratamento de pacientes diagnosticados com o HIV-1 A cascata de cuidados é a ferramenta de avaliação das etapas de cuidado em HIV, sobretudo no que se refere ao diagnóstico da infecção, ao uso de terapia antirretroviral (TARV) e à supressão viral, que constituem o foco da Meta 9-9-9 proposta pela UNAIDS para o combate da epidemia Objetivo: Este trabalho teve como objetivo avaliar a efetividade do tratamento antirretroviral em indivíduos vivendo com HIV/Aids nas macrorregiões Norte e Leste do Estado do Paraná Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com coleta retrospectiva de dados sociodemográficos e dos resultados da contagem de linfócitos T CD4+ e carga viral do HIV-1 dos pacientes atendidos no período de 212 a 215 O levantamento dos dados foi realizado pelo Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL) que disponibiliza informações dos pacientes como sexo, idade, local de residência, grau de escolaridade e o histórico de exames laboratoriais para monitoramento da terapia antirretroviral A efetividade da TARV foi avaliada em três abordagens diferentes: a cascata de cuidados, a frequência de resposta imunológica e/ou virológica nos municípios de pequeno, médio e grande porte e a estabilização da resposta imunológica em indivíduos com supressão virológica Resultados: Foram incluídos um total de 416, 4651, 4876 e 53 pacientes vinculados no cuidado continuo do HIV-1 nos anos de 212 a 215, respectivamente, considerando flutuações anuais devido a entrada de novos casos pelo diagnóstico ou migração e a saída por óbito ou migração de pacientes para outras localidades A frequência de indivíduos retidos em cuidado mostrou uma tendência de estabilização na faixa de 81,7% a 86,9% no período Entre os indivíduos vinculados no cuidado, verificou-se um aumento progressivo no número de pacientes que faziam uso de TARV de 69,9% (212) para 78,4% (215), e na taxa de supressão viral de 5,2% (212) para 57,1% (215) Considerando apenas os indivíduos em uso de TARV, a frequência de supressão viral manteve-se estável na faixa de 66,4% a 72,8% Mulheres, individuos mais velhos e aqueles diagnosticados há mais tempo apresentaram melhores taxas de retenção no cuidado, uso de TARV e supressão viral Em pacientes em uso de TARV, a frequência das respostas imunológica, virológica e completa foi de 72,7%, 68,2% e 57,1%, respectivamente Estas mesmas frequências apresentaram níveis mais baixos entre os indivíduos vivendo em municípios de pequeno porte e foram de 69,8%, 64,6% e 53,%, respectivamente Nas cidades de pequeno porte, os pacientes apresentaram maior chance de ser do sexo feminino, de ter baixa escolaridade e de ter sido diagnosticado há seis anos ou mais, quando comparado aos municípios de grande porte Em indivíduos em uso de TARV que realizaram exames de monitoramento nos quatro anos de estudo e que foram classificados como apresentando resposta virológica sustentada, não sustentada e não-resposta, a frequência de resposta imunológica persistentemente acima de 35 células/µL foi de 94,1%, 81,8% e 71,9%, respectivamente A chance de um indivíduo que apresentou resposta virológica sustentada e contagem inicial de linfócitos T CD4+ acima de 35 células/µL manter este limiar nos próximos três anos foi 39 vezes maior quando comparado a indivíduos com contagem inicial inferior a 35 células/µL Indivíduos do sexo feminino e indivíduos adultos jovens com idade entre 15-29 anos apresentaram maior chance de pertencer aos grupos de respondedores virológicos não-sustentados e não-respondedores, quando comparado ao grupo de respondedores virológicos sustentados Conclusão: O presente estudo demonstrou um panorama do monitoramento do tratamento de pacientes com HIV-1 em parte da rede pública do Estado do Paraná no período de 212 a 215, com boas taxas de retenção em cuidados, uso de TARV e supressão viral A frequência das respostas imunológica, virológica e completa apresentou-se em níveis significativamente mais baixos entre indivíduos vivendo em municípios de pequeno porte Os resultados mostraram aumento no uso da TARV no período, mas ainda é necessário melhorar as taxas de supressão virológica Ficou comprovado que a contagem de linfócitos T CD4+ pode ser descontinuada para indivíduos com resposta imunológica superior a 35 células/µL e carga viral indetectável O reconhecimento das nossas diferenças sociodemográficas deve suscitar ferramentas para a implementação de ações que permitam corrigir os rumos em busca das metas 9-9-9 em nossa população