Semiotização da cidade nos processos de mediação e interação do comércio de Londrina, na pandemia de Covid-19

Data

2023-03-31

Autores

Bezerra, Jackeline Evangelista

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Resumo

No início do ano de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia devido ao novo coronavírus – SARS-CoV-2 –, e recomendou que as empresas implementassem medidas de emergência de saúde pública para evitar a proliferação do contágio no mundo. Com base no momento discutido por instituições e dos acontecimentos ante a pandemia, o estudo justifica-se pela importância social no que corresponde à comunicação entre pessoas e o comércio, e colabora para a compreensão da ruptura mundial ocasionada pela pandemia, tendo a cidade como laboratório, e ainda contribui academicamente na compreensão da comunicabilidade das cidades. O aporte teórico consiste na epistemologia da comunicação: interação e mediação, semiótica da cultura e na teoria geral dos sistemas. O estudo tem como objetivo geral analisar os processos epistemológicos de mediação e interação no comércio da região central de Londrina-PR em 2020 e 2021, durante a pandemia de Covid-19, tendo como recorte os impactos no comércio de rua e apontando as estratégias adquiridas pelo viés da abordagem sistêmica. A metodologia é de natureza exploratória e descritiva; qualitativa; e emprega as técnicas de pesquisa: observação fazendo uso do método à deriva; entrevistas com agentes do comércio; e, pela pesquisa bibliográfica, utilizando dados secundários, como as capas da revista Mercado em Foco da Associação Comercial e Industrial de Londrina – Acil. Os resultados mais expressivos da pesquisa apontam para a semiotização por meio dos signos gerados pelo ambiente pandêmico que fizeram parte da paisagem urbana do comércio, que permitiu um olhar através do prisma do pensamento semiótico da cultura de Lotman, para ver além do medo e da insegurança que impactaram o varejo e o cotidiano urbano. Sob a luz da abordagem sistêmica, foi possível avaliar que, embora o comércio tenha sido prejudicado com relação à sua autonomia, as estratégias adquiridas possibilitaram o uso de aplicativos, redes sociais, entre dispositivos da cibercultura, que contribuíram para a permanência sistêmica. Outro apontamento relevante é de que o comércio necessita se organizar melhor no que tange à comunicação urbana e aos problemas advindos da pandemia, com relação à regulamentação dos vendedores ambulantes sem alvará, que de fato é um problema social que atingiu, além da saúde, a parte econômica das pessoas. E esse aspecto trouxe à paisagem urbana do comércio de Londrina signos que são reflexos da pandemia, lidos como a falta de emprego, que faz com que as pessoas busquem alternativas informais de trabalho.

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Palavras-chave

Mediação, Interação, Semiotização, Teoria sistêmica, Pandemia, Comunicação, Comunicação social, Epistemologia da comunicação

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