Atividade física no tempo livre e fatores ocupacionais em professores da educação básica da rede pública
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Dias, Douglas Fernando
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Resumo
Resumo: OBJETIVO: Aprofundar a compreensão sobre a relação trabalho e atividade física no tempo livre (AFTL) em professores da educação básica Para isso, consideraram-se os seguintes objetivos específicos: 1) Sintetizar as evidências científicas sobre fatores ocupacionais e atividade física (AF) em professores da educação básica no Brasil; 2) Analisar a associação entre fatores ocupacionais e atividade física insuficiente no tempo livre (AFI) (<15min/sem) em professores da educação básica da rede pública; e 3) Analisar a associação entre mudanças autorreferidas nas condições de trabalho e incidência e manutenção de níveis recomendados de AFTL (=15min/sem) em professores da educação básica da rede pública MÉTODOS: Para a estruturação desta tese, cada objetivo específico foi apresentado no formato de um artigo científico com metodologia, resultados e conclusões próprias, conforme descrito na sequência Objetivo 1) Revisão sistemática sem restrição de idioma ou de data de publicação com base nos descritores "professor", "atividade física" e termos relacionados Os demais objetivos específicos foram explorados no âmbito do projeto Saúde, Estilo de Vida e Trabalho de Professores da Rede Pública do Paraná (PRÓ-MESTRE), no qual professores das 2 maiores escolas estaduais de Londrina, atuantes em sala de aula e responsáveis por uma ou mais disciplinas foram entrevistados individualmente em dois momentos: baseline (nos anos de 212 e 213) e seguimento (após 24 meses) Objetivo 2) Estudo transversal com dados obtidos no baseline Objetivo 3) Estudo do tipo coorte prospectiva, mediante análise de dados do baseline e do seguimento RESULTADOS: Objetivo 1) Na revisão sistemática foram identificados 17 artigos que abordaram a AF em professores, todos publicados nos últimos dez anos, com delineamento transversal e avaliação da AF realizada por meio de questionários/formulários/escalas A prevalência de AF variou de 19,3% a 62,4% e apenas seis estudos verificaram sua associação com fatores ocupacionais No total, seis variáveis ocupacionais associaram-se à maior prática de atividade física Objetivo 2) A prevalência de AFI entre os professores entrevistados foi de 71,9%, condição associada de maneira independente à percepção de equilíbrio entre vida pessoal e profissional ruim ou regular, percepção de que o tempo de permanência em pé afeta o trabalho, percepção de capacidade atual para as exigências físicas do trabalho baixa ou muito baixa e contrato de trabalho temporário Objetivo 3) A incidência e manutenção de níveis recomendados de AFTL ao longo de 24 meses foi de 23,2% e 63,6%, respectivamente A análise ajustada mostrou que a incidência de níveis recomendados de AFTL associou-se com a manutenção de bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional, manutenção da percepção de que raramente trabalha demais e manutenção da percepção de que o trabalho raramente desgasta CONCLUSÕES: Com base nos estudos encontrados sobre o trabalho docente e a AF em professores da educação básica no Brasil, as evidências ainda são insuficientes e os resultados inconclusivos sobre tal relação Por outro lado, dois estudos originais incluídos nesta tese apresentaram evidências de que melhores condições de trabalho associam-se com menor prevalência de AFI e com maior incidência de níveis recomendados de AFTL
Descrição
Palavras-chave
Exercícios físicos, Saúde e trabalho, Professores, Minas Gerais, Exercise, Health and work, Teachers