Eficácia das ações defensivas em atletas de uma equipe profissional de futsal : fatores contextuais, circunstanciais e influência da percepção de bem-estar

dc.contributor.advisorRamos, Solange de Paula
dc.contributor.authorSouza, Eberton Alves
dc.contributor.bancaBrandt, Ricardo
dc.contributor.bancaFilgueiras, Guilherme Bracarense
dc.contributor.bancaBranco, Braulio Henrique Magnani
dc.contributor.bancaVasconcelos, Alan Bruno Silva
dc.coverage.extent92 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-10-22T19:34:47Z
dc.date.available2024-10-22T19:34:47Z
dc.date.issued2023-05-13
dc.description.abstractA eficácia das ações defensivas no futsal é definida como a capacidade de impedir ou dificultar ações ofensivas que possibilitem finalizações e gols da equipe adversária. O estado de bem-estar entre partidas, o estresse físico e emocional do jogador durante o jogo e variáveis contextuais e circunstanciais, podem, potencialmente, alterar seu desempenho físico e técnico-tático, reduzindo a eficácia defensiva individual e coletiva. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia das ações defensivas em atletas de futsal, em competições oficiais, sob a influência dos fatores contextuais, circunstanciais e da percepção de bem-estar. Foram avaliados 16 jogadores de futsal, profissionais e de categoria adulta, pertencentes a uma equipe profissional participante da Liga Nacional de Futsal, na temporada de 2022. Os atletas foram monitorados durante 21 jogos da primeira fase da competição. O questionário de bem-estar de McLean foi aplicado aos atletas, nos dois dias antecedentes aos jogos e no dia de jogo para avaliar a percepção média de dor muscular, fadiga, humor, qualidade de sono e estresse dos jogadores individualmente e das linhas defensivas. Os jogos foram filmados e as imagens foram utilizadas para análise de ações defensivas (desarmes, bloqueios, roubadas de bola, erros de passes dos adversários, coberturas, antecipações e interceptações) que resultaram na interrupção do ataque adversário. As situações contextuais incluíram os dias de intervalo entre os jogos, deslocamentos da viagem (km) entre jogos, local do jogo (mandatário ou visitante) e classificação do adversário no campeonato. As variáveis circunstanciais incluíram o tempo de jogo, tipo de contra-ataque, situação do início da jogada, local de início e fim da jogada, tipo ação defensiva e fim de jogada. A eficácia da jogada foi tabulada como ações que resultaram em sucesso da ação defensiva, finalizações do adversário e defesas do goleiro. Diferenças entre as variáveis foram determinadas por meio de testes t de Student e ANOVA one-way com post hoc de Bonferroni (dados paramétricos), ou teste de Kruskal-Wallis com post hoc de Dunn (dados não paramétricos). Os dados categóricos foram avaliados por meio do teste de Qui quadrado com correção de Yates e determinação de risco relativo com intervalo de confiança de 95%. A associação multifatorial do desfecho do jogo e eficácia defensiva foram determinados por análise de regressão linear multivariada ou regressão logística multivariada. Diferenças foram consideradas significantes se p<0,05. Os resultados do projeto são apresentados em dois estudos. A frequência de jogadas defensivas com sucesso foi maior nos jogos com vitória (p = 0,002) e em jogos como mandatários (p<0,05). A menor frequência de desarmes nos empates aumentou em 9% o risco relativo (RR) de derrotas (RR=1,09; IC95%=1,01 a 1,18) e reduziu em 38% o RR de vitórias (RR=0,62; IC95% = 0,42 a 0,91). A frequência de bloqueios foi 1,37 vezes maior nos jogos com vitórias em relação às derrotas (RR=1,37; IC95%=1,10 a 1,65). A marcação pressão foi maior nas jogadas de sucesso (p=0,0001). As diferentes situações de contra-ataque (p<0,0001) e goleiro linha (p<0,0001) aumentaram as falhas de defesa. As falhas de defesa apresentaram associação com o escanteio (p<0,0001) e cobranças de faltas (p<0,0001) e o sucesso com as jogadas sem contra-ataque (p<0,001) e iniciadas na quadra ofensiva (p<0,001). A efetividade de defesa do goleiro diminuiu no segundo tempo (p<0,001) e quando a finalização ocorreu na quarta linha defensiva (p<0,01). O bem-estar dos jogadores que formaram a linha defensiva não foi estatisticamente diferente entre aquelas linhas que tiveram êxito ou falharam nas jogadas defensivas. No entanto, a mediana do nível de bem-estar dos atletas que realizaram a ação defensiva foi inferior, 3,4 [3,0 a 3,9] unidades arbitrárias, em comparação com os demais jogadores da linha que não realizaram a ação defensiva (p<0,0001; 3,6 [3,4 a 3,7]). Os jogadores em linha defensiva tiveram níveis de bem-estar mais altos em jogos com derrota (p<0,05) e como mandatários (p<0,05). Os fatores associados com o nível de bem-estar foram a maior distância entre locais de jogo (p<0,0001), classificação superior do adversário (p<0,0001), e a posição de jogador (p<0,0001). As análises por posição indicaram que os jogadores de ala direita tiveram maior sucesso em ações defensivas (p<0,0001), e menor bem-estar em comparação com outras posições (p<,0001). Concluímos as jogadas de bola parada e contra-ataque, com menor número de passes e tempo de posse de bola adversária, e que se aproximam da quarta linha defensiva são de maior risco de falhas de defesa. O melhor nível bem-estar da linha defensiva não aumentou eficácia da ação defensiva, mas o jogador que apresentou nível de bem-estar inferior a mediana dos jogadores em linha realizou as ações defensivas com maior risco de sucesso.
dc.description.abstractother1The effectiveness of defensive actions in futsal is defined as the ability to prevent or hinder offensive actions that allow shots and goals from the opposing team. The state of well-being between matches, the player's physical and emotional stress during the game and contextual and circumstantial variations can potentially alter their physical and technical-tactical performance, maintaining individual and collective defensive effectiveness. The objective of this study was to evaluate the effectiveness of defensive actions in futsal competitions, in official competitions, under the influence of contextual and circumstantial factors and the perception of well-being. Sixteen professional and adult futsal players, belonging to a professional team participating in the National Futsal League, season 2022, were evaluated. The athletes were monitored during 21 games in the first phase of competition. McLean's well-being questionnaire was applied to athletes every two days before the games and on the day of the game to assess the perception of muscle pain, fatigue, mood, quality of sleep and average stress of individual players and defensive lines. The games were filmed and the images were used to analyze defensive actions (tackles, blocks, ball steals, opponent passing errors, coverage, anticipations and interceptions) that resulted in the interruption of the opponent's attack. The contextual situations included the days between games, increased travel distances (km) between games, location of the game (mandatory or away-home games) and opponent's classification in the championship. Circumstantial variables included game period, type of counterattack, situation at the start of the play, court location of start and end of the play, type of individual defensive action and end of play. The efficacy of the defensive play was tabulated as actions that resulted in successful defensive action, blocking opponent shots and goalkeeper deffenses. Differences between variables were determined using Student T tests and one-way ANOVA with Bonferroni post hoc (parametric data), or Kruskal-Wallis test with Dunn's post hoc (non-parametric data). Categorical data were evaluated using Fisher's exact test or Chi-square test with Yates' correction and determination of relative risk with 95% confident interval. The multifactorial association of game stage and defensive effectiveness was determined by multivariate linear regression analysis or multivariate logistic regression. Differences were considered significant if p<0.05. The results of the project are presented in two studies. The frequency of successful defensive plays was higher in winning games (p = 0.002) and in mandatory games (p<0.05). The lower frequency of tackles in draws increased the relative risk (RR) of defeats by 9% (RR=1.09; 95%CI=1.01 to 1.18) and reduced the RR of wins by 38% (RR=0.62; 95% CI = 0.42 to 0.91). The frequency of blocks was 1.37 times higher in victories compared with defeats (RR=1.37; 95%CI=1.10 to 1.65). Pressure marking was greater in successful plays (p=0.0001). The different situations of counterattack (p<0.0001) and flying goalkeeper (p<0.0001) increased defensive failures. Defense failures were associated with corner kicks (p<0.0001) and free kicks (p<0.0001) and success with plays without counterattacks (p<0.001) and initiated in the offensive court (p< 0.001). The goalkeeper's defensive efficacy decreased in the second half (p<0.001) and when the shot occurred in the fourth defensive line (p<0.01). The collective well-being of defensive line players was not statistically different between those lines that succeeded or failed in defensive plays. However, the median level of well-being of the athletes who performed the defensive action in each defensive line was lower, 3.4 [3.0 to 3.9] arbitrary units, compared to the other players in the same line (p<0.0001; 3.6 [3.4 to 3.7]). Defensive line players had higher levels of well-being in losing games (p <0.05) and mandatory games (p <0.05). The factors associated with level and well-being were the distance between playing locations (p<0.0001), opponent classification (p<0.0001) and the position of player (p<0.0001). Analyzes by position indicated that right wing players had greater success in defensive actions (p<0.0001) and lower well-being compared to other positions (p<0.0001). We conclude that contextual factors have little association with the success of defensive actions, but set pieces and counterattacks, with fewer passes and time in possession of the opponent's ball, and which come closer to the fourth defensive line are of greater risk of defense failures. The best well-being level of the defensive line did not increase the efficacy of the defensive action, but the player who presented a level of well-being lower than the median of the players in the line performed the defensive actions with greater success.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18203
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCEFE - Departamento de Educação Física
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL
dc.subjectEsportes coletivos
dc.subjectFadiga
dc.subjectDesempenho atlético
dc.subjectSono
dc.subjectEducação física
dc.subjectFutsal
dc.subjectFadiga muscular
dc.subjectDesempenho físico
dc.subjectGoleiros de futsal
dc.subject.capesCiências da Saúde - Educação Física
dc.subject.cnpqCiências da Saúde - Educação Física
dc.subject.keywordsTeam sports
dc.subject.keywordsFatigue
dc.subject.keywordsAthletic performance
dc.subject.keywordsSleep
dc.subject.keywordsPhysical education
dc.subject.keywordsFutsal
dc.subject.keywordsMuscle fatigue
dc.subject.keywordsPhysical performance
dc.subject.keywordsFutsal goalkeepers
dc.titleEficácia das ações defensivas em atletas de uma equipe profissional de futsal : fatores contextuais, circunstanciais e influência da percepção de bem-estar
dc.title.alternativeEfficacy of defensive actions in athletes from a professional futsal team : contextual and circumstantial factors and influence on the perception of well-being
dc.typeTese
dcterms.educationLevelDoutorado
dcterms.provenanceCentro de Educação Física e Esportes

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