Manifestações do duplo em contos de Rubens Figueiredo
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Prado, Ana Carolina Penha
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Resumo
Resumo: Mito presente no imaginário coletivo, o duplo se apresenta sob distintas esferas no decorrer dos séculos Suas acepções e representações são vislumbradas no universo artístico, inclusive na literatura, na qual o mito teve a sua apoteose no século XIX, estendendo-se até a contemporaneidade Contudo, ainda que tenha sido representado de maneira vasta, Nicole Fernandez Bravo (2) afirma que o duplo sempre renasce nas obras literárias relacionado à morte, mais precisamente, como um símbolo da morte-renascimento Em vista disso, a presente Dissertação busca reconhecer essa representação em contos do autor Rubens Figueiredo Por meio da análise de três contos integrados nas obras As palavras secretas (1998) e O livro dos lobos (29), procura-se, aqui, perceber os elementos configuradores do duplo conforme postulados pelos estudiosos do tema e notar a presença da ideia de morte perdurada nas narrativas contemporâneas de Figueiredo Para tanto, inicialmente, realiza-se uma trajetória acerca das concepções do mito do duplo no decorrer da história, tendo como base estudos psicanalíticos e filosóficos de Otto Rank (213), Sigmung Freud (26), Julia Kristeva (1994), Clément Rosset (28) e Edgar Morin (1988); além disso, também é explorado como este se manifesta em consagradas obras da literatura ocidental, desde as grandes epopeias até os romances e contos modernos, com base no verbete produzido por Bravo (2) Reflete-se, posteriormente, sobre o gênero conto e os aspectos dessa narrativa; para isso, serão utilizados os estudos acerca do conto de Edgar Allan Poe (211), Júlio Cortázar (26), Ricardo Piglia (24) e Alfredo Bosi (215) Partindo dessa revisão sobre o gênero, buscar-se-á explorar a fortuna crítica do contista Rubens Figueiredo, a fim de retratar a importância da produção do autor para o seu contexto e de investigar como as suas narrativas vêm ao encontro com o mito do duplo Por fim, os contos “Os anéis da serpente”, “Um certo tom de preto” e “A ele chamarei Morzek” são analisados para que, assim, seja possível compreender em que medida o duplo se manifesta na prosa de Rubens Figueiredo como artifício narrativo do símbolo de morte-renascimento
Descrição
Palavras-chave
Contos brasileiros, História e crítica, Duplo (Literatura), Doppelgängers, Short stories, brazilian, History and criticism