Superfícies e subterrâneos : significações de morte, perda e renascimento em Ciranda de Pedra

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Resumo

Resumo: O principal objetivo deste trabalho é analisar o espelhamento do processo de morte, perda e renascimento que ocorre no romance Ciranda de pedra, de Lygia Fagundes Telles, tanto no plano físico, denominado neste trabalho como a superfície, quanto no plano psicológico de Virgínia, a protagonista do romance, o qual chamaremos de subterrâneo No plano físico, é possível vislumbrar na trajetória da personagem um processo de morte e perda, simbolizado tanto pela morte física quanto pela morte de certas ilusões, como a falta de pertencimento social que ela vivencia, e que a conduz posteriormente a um renascimento simbólico Serão estudados os processos psicológicos, antropológicos e sociológicos que Virgínia, a personagem principal, vivencia ao longo de sua infância e adolescência, e que determinam, em sua vida adulta, suas atitudes de vingança e destruição contra os outros personagens que impediram sua entrada em seu círculo social e afetivo, mas que ao final do romance também a conduzem a um renascimento simbólico No plano psicológico, este mesmo processo será analisado sob a ótica das teorias junguianas acerca da relação entre a psicologia e a alquimia Utilizaremos a simbologia das etapas alquímicas como um caminho de libertação, a fim de apontar a maneira como a protagonista vivencia no plano psíquico o mesmo processo de morte perda e renascimento do plano físico, simbolizado na psique pelo processo de completa harmonia psicológica, denominado por Jung de individuação Além do espelhamento entre os planos físico e psíquico, será verificada também a maneira como ocorre o imbricamento dos dois processos, na medida em que não permanecem separados, e acabam por se influenciar mutuamente

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Palavras-chave

Ficção brasileira, Morte na literatura, Psicologia na literatura, Brazilian fiction, Death in literature, History and criticism

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