Efeitos do óleo de copaíba e constituintes em Trypanosoma cruzi
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Izumi, Erika
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Resumo
Resumo: A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e afeta 15 milhões de pessoas na América Latina Atualmente, o único fármaco disponível para tratamento é muito tóxico, com diversos efeitos colaterais, e apresenta baixa eficácia na fase crônica Novas alternativas para o tratamento dessa doença podem surgir da associação de fármacos, supostamente mais eficaz e menos tóxica, e também dos produtos naturais Substâncias de origem natural têm sido usadas em outras doenças com resultados promissores, tanto isoladas como em associação O gênero Copaifera pertence à família Fabaceae, uma das maiores famílias em importância etnofarmacológica A planta produz um óleo que exsuda do tronco, chamado de óleo de copaíba, muito utilizado nas regiões Norte e Centro-Oeste para fins medicinais No presente trabalho foi avaliado a atividade tripanocida do óleo de copaíba e constituintes contra as formas epimastigota, tripomastigota e amastigota de T cruzi, bem como seus efeitos citotóxicos em eritrócitos e células LLC-MK2, na perda da integridade de membrana celular e mitocondrial do parasita, na capacidade de causar estresse oxidativo, alterações ultraestruturais e sinergismo As espécies estudadas foram C reticulata, C langsdorffii, C paupera, C martii, C multijuga, C officinalis, C lucens e C cearensis As substâncias estudadas foram o ácido copálico (1), ácido hidroxi-copálico (2), ß-cariofileno (3), ácido agático (4), ácido caurenóico (5), ácido pinifólico (6), ácido poliáltico (7) e copalato de metila (8) Todos os óleos de copaíba e constituintes avaliados mostraram atividade contra T cruzi em todos os estágios de vida Para os óleos de copaíba, o IC5 em epimastigotas variou de aproximadamente 17 a 5 µg/ml, em tripomastigotas o EC5 foi de 9 a 28 µg/ml e nas formas amastigotas, houve redução de 5% na replicação intracelular em concentrações abaixo de 5 µg/ml para a maioria das espécies Para as substâncias isoladas, a atividade de 5% sobre formas epimastigotas variou entre 13 e 53 µg/ml, de 12 a 525 µg/ml em tripomastigotas e em amastigotas intracelulares os valores de IC5 obtidos foram de ,4 a 13 µg/ml O óleo de C reticulata, C martii, C officinalis e as substâncias 1 e 3, causaram peroxidação lipídica em T cruzi Alterações de permeabilidade da membrana celular e mitocondrial foram detectadas após tratamento com óleo de C martii, C paupera, C officinalis e com a maioria das substâncias isoladas A citotoxicidade foi maior para células de linhagem do que para eritrócitos humanos, tanto no tratamento com o óleo de copaíba como seus constituintes A associação das substâncias 1 e 3 foi sinérgica em tripomastigotas, enquanto que 1 e 2, 2 e 3, e 1, 2 e 3 com benzonidazol foram aditivas A sazonalidade influenciou na atividade tripanocida do óleo de copaíba de C multijuga em formas epimastigotas Alterações ultraestruturais no protozoário tratado com o óleo de copaíba e alguns constituintes mostram desorganização nuclear, “swelling” mitocondrial, formação de vacúolos membranosos, destacamento do flagelo e diminuição do volume celular
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Palavras-chave
Microbiologia médica, Chagas, Doença de, Tripanossoma cruzi, Óleo de copaíba, Plantas, Medical microbiology, Chagas' disease, Copaiba oil