Biopoder em cena : o grotesco e o ciborgue como contradispositivos cronenberguianos

dc.contributor.advisorYamamoto, Eduardo Yuji
dc.contributor.authorKuspiosz, Douglas Meurer
dc.contributor.bancaBastos, Manoel Dourado
dc.contributor.bancaFormentão, Francismar
dc.coverage.extent82 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2025-05-29T18:08:12Z
dc.date.available2025-05-29T18:08:12Z
dc.date.issued2025-03-21
dc.description.abstractEsta dissertação investiga as estratégias utilizadas pelo cineasta David Cronenberg para desestabilizar o sujeito enquanto dispositivo do biopoder. Partindo da teoria de Michel Foucault, compreendemos o sujeito não como uma essência autônoma, mas como uma construção normativa resultante da atuação dos dispositivos de poder. No entanto, se existem forças que capturam e normatizam, também há uma reação a partir dos contradispositivos, que operam a dessubjetivação e desafiam o biopoder. A partir da Teoria dos Cineastas, de Jacques Aumont, e da Análise de Conteúdo, analisamos quatro filmes de Cronenberg: Videodrome: A Síndrome do Vídeo (1983), A Mosca (1986), Crash – Estranhos Prazeres (1996) e Crimes do Futuro (2022). Identificamos que o cineasta mobiliza duas figuras literárias centrais como contradispositivos: o grotesco e o ciborgue. O grotesco, conforme discutido por Mikhail Bakhtin, expõe a materialidade fluida e mutável do corpo, desestabilizando sua firmeza e funcionalidade dentro da ordem biopolítica. Já o ciborgue, na perspectiva de Donna Haraway, dissolve binarismos estruturantes da subjetividade moderna, como o humano/máquina, minando as bases normativas do sujeito e agindo na criação de um corpo disfuncional, em um processo de destruição do sujeito. A análise revela que a obra de Cronenberg não apenas tematiza os efeitos do biopoder, mas propõe uma insurgência visual e narrativa contra ele. Seu cinema questiona a governabilidade da vida e sugere novas formas de existência, onde o corpo, longe do controle do sujeito, tem um horizonte para expor sua potência.
dc.description.abstractother1This dissertation examines the strategies employed by filmmaker David Cronenberg to destabilize the subject as a dispositif of biopower. Based on Michel Foucault’s theory, the subject is understood not as an autonomous essence but as a normative construction resulting from the operation of power dispositifs. However, while there are forces that capture and normalize, there is also a counteracting response through counter-dispositifs, which operate desubjectivation and challenge biopower. Employing Jacques Aumont’s Theory of Filmmakers and Content Analysis as methodological approaches, this study analyzes four films by Cronenberg: Videodrome (1983), The Fly (1986), Crash (1996), and Crimes of the Future (2022). This study identifies two central literary figures mobilized by the filmmaker as counter-dispositifs: the grotesque and the cyborg. The grotesque, as discussed by Mikhail Bakhtin, exposes the fluid and mutable materiality of the body, destabilizing its solidity and functionality within the biopolitical order. The cyborg, in Donna Haraway’s perspective, dissolves the structural binaries of modern subjectivity, such as human/machine, undermining the normative foundations of the subject and contributing to the formation of a dysfunctional body, in a process of subject deconstruction. The analysis demonstrates that Cronenberg’s work not only thematizes the effects of biopower but also proposes a visual and narrative insurgency against it. His cinema interrogates the governability of life and suggests new modes of existence, in which the body, freed from the constraints of the subject, unfolds its potentiality.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18852
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCECA - Departamento de Comunicação
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Comunicação
dc.subjectContradispositivo
dc.subjectBiopoder
dc.subjectDavid Cronenberg
dc.subjectGrotesco
dc.subjectCiborgue
dc.subjectComunicação
dc.subject.capesCiências Sociais Aplicadas - Comunicação
dc.subject.cnpqCiências Sociais Aplicadas - Comunicação
dc.subject.keywordsCounter-dispositif
dc.subject.keywordsBiopower
dc.subject.keywordsDavid Cronenberg
dc.subject.keywordsGrotesque
dc.subject.keywordsCyborg
dc.titleBiopoder em cena : o grotesco e o ciborgue como contradispositivos cronenberguianos
dc.title.alternativeBiopower on screen : the grotesque and the cyborg as cronenbergian counter-dispositifs
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Educação, Comunicação e Artes

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