A violência contra travestis e transexuais mulheres a partir de uma perspectiva analítico-comportamental

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Resumo

Resumo: A sexualidade têm sido assunto de tensão no mundo, grupos LGBTTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Intersexuais) estão buscando garantia de direitos sociais e criação de políticas públicas para combater a violência Dentro desta população, travestis e transexuais, são as mais expostas às situações de violência e vulnerabilidade O presente trabalho coloca em pauta o estudo da violência contra travestis e transexuais e espera ampliar o debate entre a Análise do Comportamento e questões sociais contemporâneas O trabalho está dividido em duas partes, compostas por propostas de artigos científicos a serem submetidos à publicação No primeiro artigo buscou-se caracterizar o processo de construção da identidade trans, incluindo variáveis que compõem o modo como se estabelece a estigmatização e discriminação dessa população pela sociedade, de acordo com a Análise do Comportamento Para isso, foi preciso esclarecer as concepções de sexo biológico, expressão de gênero, identidade de gênero e orientação sexual Foi utilizada a abordagem Análise do Comportamento, que diferente da Psiquiatria, não está preocupada com classificações patológicas, e sim com a função que tais comportamentos adquirem na relação indivíduo-ambiente Foi descrito como os indivíduos aprendem sobre sua personalidade e sentimentos e como a cultura influencia nesta questão, por meio do comportamento verbal Foi identificado também o papel da agência controladora Mídia, onde práticas culturais são disseminadas, sendo um meio de produção de conhecimento sobre sexualidade A pornografia é o espaço midiático do sexo e comumente tem conteúdos violentos e enuncia valores misóginos O Brasil é o país que mais consome pornografia trans no mundo e também é o que mais mata essa população Como a transfobia é uma das facetas do preconceito, foram descritas também ferramentas que a Análise Experimental do Comportamento tem utilizado para investigar atitudes preconceituosas e processos simbólicos culturais O segundo artigo buscou identificar as contingências mantenedoras da violência contra travestis e transexuais mulheres a partir de seus relatos Participaram do estudo 4 pessoas nascidas com o sexo masculino, sendo que 3 se consideraram transexuais mulheres e 1 travesti, com idade superior a 18 anos, do interior do Paraná Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, gravadas e transcritas logo após As transcrições foram categorizadas de forma não-apriorística e correlacionadas com a teoria da Análise do Comportamento As participantes relataram sobre suas vidas socias, sobre o processo de se compreender como travesti ou transexual e sobre situações de violências sofridas A partir dos relatos foram identificadas seis categorias: Estímulo aversivo; Possíveis reforçadores Sociais; Eventos privados; Comportamento Simbólico; Paradigma das Relações Conflitantes; e Agências de Controle Foi constatado que por terem passado por diversas situações de violências, desenvolveram repertório comportamental de fuga, esquiva e subprodutos emocionais como medo, ansiedade, estresse, baixa autoestima e depressão Identificou-se que certas práticas culturais como a falta de contato com diferentes vivências de gênero, falta de educação sexual, a disseminação de padrões heteronormativos baseados em educação religiosa rígida, a falta de leis que garantam segurança para esta população, são fatores contribuem para a estigmatização, isolamento e vulnerabilidade da população trans

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Palavras-chave

Análise do comportamento, Transexualidade, Violência, Cultura, Behavioral analysis, Transsexuality, Violence

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