Melatonina modula a atividade de lactato desidrogenase e reduz viabilidade e potencial migratório de células tumorais HuH7.5
Data
2022-09-23
Autores
Cruz, Ellen Mayara Souza
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Resumo
O Carcinoma Hepatocelular (CHC), uma neoplasia primária derivada dos hepatócitos, é um tipo agressivo de câncer, apresentando apenas 18% de sobrevida em 5 anos, baixa responsividade e recorrente quimiorresistência. Diversos estudos têm buscado por compostos alternativos capazes de diminuir o potencial proliferativo e que sejam efetivos no tratamento do CHC. A melatonina é uma indolamina secretada principalmente pela glândula pineal, contudo outros órgãos são capazes de produzir melatonina para seu próprio uso e em menor concentração, dentre eles o fígado. Estudos já demonstraram efeitos potenciais da melatonina em inibir a proliferação celular, antiangiogênese, imunomodulador e antimetastático. O presente estudo teve por objetivo explorar a atividade antitumoral da melatonina contra a linhagem celular de carcinoma hepatocelular HuH7.5. Inicialmente, foi avaliada a viabilidade celular da linhagem tratada com a melatonina (0,50 – 4 mM) nos tempos de 24 e 48h por ensaio de 3-(4,5-Dimethylthiazol-2-yl) -2,5-Diphenyltetrazolium Bromide (MTT). Após este ensaio, foram escolhidas as concentrações de 2 e 4 mM para os demais experimentos. Foram avaliadas alterações morfológicas e capacidade de migração celular por microscopia eletrônica de varredura e ensaio de cicatrização de ferida. Também foram feitas imunomarcações para N-caderina e TGF. Para avaliar as alterações no metabolismo energético foram dosadas as concentrações de glicose e lactato, bem como a atividade da enzima lactato desidrogenase (LDH). Realizou-se também o ensaio de clonogenicidade, para análise de formação de colônias. As células tratadas com 2 e 4 mM apresentaram migração comprometida, além de alterações morfológicas como redução na microvilosidade, rompimentos nas junções aderentes e dano a membrana celular. Houve redução acentuada de N-caderina e TGF após os tratamentos. A melatonina reduziu os níveis de glicose, lactato e LDH intracelular, bem como o número de colônias formadas. Desse modo, foi possível verificar a ação citotóxica e antiproliferativa direta da melatonina sobre a linhagem tumoral, sugerindo a melatonina como uma candidata promissora para ser avaliada como coadjuvante no tratamento do CHC
Descrição
Palavras-chave
Hepatocarcinoma, Efeito Warburg, Melatonina, Metabolismo, Proliferação celular, Migração celular, Metabolismo energético, Fígado - Câncer