Analogias, divergências conceituais e legais da pandemia de 1918 e a pandemia da Covid-19 em 2020 no Brasil: o caso da educação
Data
2023-08-01
Autores
Santos, Amanda Mendes Cordeiro
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Resumo
Com a pandemia de Covid-19, que gerou situação de isolamento social, obrigando o fechamento das escolas em atendimento às medidas sanitárias adotadas pelo país, e com o ensino remoto, alternativa de continuidade ao ensino presencial, engendraram-se bruscas mudanças em todo o sistema e processo de ensino. No Brasil, a situação pandêmica de 2020-22 não foi algo totalmente inédito, pois o país já havia passado pela pandemia da Gripe Espanhola em 1918. Desse modo, surgiu a questão de pensar se é possível visualizar avanços, ou similaridades, quanto às medidas educacionais legais e conceituais adotadas nas pandemias de 1918 e 2020, instigando a necessidade de estudos teóricos sobre o tema. O estudo consiste em uma revisitação filosófica e crítica dos períodos históricos de gripe Espanhola e de Covid-19. O objetivo geral do estudo ensejou cotejar as ações governamentais em âmbito federal e estadual voltadas a garantir o acesso e a permanência dos estudantes da Educação Básica diante de processo excepcional de pandemia nestes dois momentos históricos distintos: 1918/1919, com a pandemia da Gripe Espanhola no Brasil, e, 2020/2021, da pandemia de Covid-19. A categoria perseguida segundo as fontes históricas comportou o direito à educação: o acesso e a permanência na escola. Desvelou-se, nos dois períodos pandêmicos, a ocorrência de flexibilização da educação como resposta às circunstâncias excepcionais enfrentadas pelo sistema educacional. As ações governamentais, tanto em âmbito federal quanto estadual, para os dois períodos pandêmicos, foram de suspensão das aulas, com o foco na preservação da vida e ações na saúde pública. As principais divergências nas ações para os diferentes períodos relacionaram-se ao suporte aos alunos vulneráveis e à flexibilidade do calendário escolar; quando da Gripe Espanhola, houve o fechamento das escolas sem alternativa para o ensino presencial e aprovação automática, quanto ao novo coronavírus, decorreu-se o fechamento das escolas, com o ensino remoto como alternativa ao ensino presencial. Com esta pesquisa, pretendeu-se atualizar os estudos sobre políticas educacionais no Brasil, assim como construir bases críticas para o fenômeno do ensino remoto, por tornar-se estratégia hegemônica de governos no Brasil e no mundo, exigindo a devida compreensão das repercussões da atividade entre os educadores
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Palavras-chave
Gripe Espanhola, Novo Coronavírus, Pandemia, Educação, Políticas educacionais, Isolamento social - COVID-19, Ensino remoto emergencial